Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Treinamento de Escatologia, Notas de estudo de Análise de Sistemas de Engenharia

Treinamento de Escatologia nas igrejas Assembleia de Deus

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 16/02/2010

carlos-henrique-seabra-4
carlos-henrique-seabra-4 🇧🇷

4.5

(32)

125 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Treinamento de Escatologia e outras Notas de estudo em PDF para Análise de Sistemas de Engenharia, somente na Docsity! IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS TREINAMENTO DE ESCATOLOGIA CARLOS HENRIQUE DA CONCEIÇÃO SEABRA chseabra@bol.com.br VILA DOS CABANOS - PA JANEIRO A JUNHO - 2010 Resumo Na altura da história do livro sagrado, de acordo com os relatos informados pelos profetas, percebemos o cumprimento do tempo bíblico iniciando do livro de Neemias onde houve a • Vigilância: O estudo das profecias capacita evitar os enganos e erros; • Salvação: mostra o caminho da comunhão com Deus e livramento da ira; • Confiança: as profecias ajudam a confiar no caráter e soberania de Deus; • Compromisso e missão: O estudo das profecias promove uma igreja evangelística PREMISSAS • Se tiver um início e haverá um fim • Evangelização mundial • Justiça divina e o Reino eterno • Tempo eterno • Morte, mal e o pecado terão um fim • Bem triunfará ESCATOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO Vinda do Redentor: semente da mulher (Gn 3.15); semente de Abraão (Gn 22.18); da tribo de Judá (Gn 49.10); descendente de Davi (2 Sm 7.12-13); Profeta, Sacerdote e Rei (Dt.18.15; Sl 110:4; Zc 9.9); Servo Sofredor (Is 42.1-4; 49.5-7; 52.13-15; 53); Filho do Homem (Dn 7.13-14); • A chegada do reino de Deus: Dn 7.13-14 • O estabelecimento do Novo Pacto: Jr 31.31-40; cf. 1Co 11.25; Hb 8.8-13; • A restauração de Israel: Jr 23.3; Is 11.11 • O derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne: Jl 2.28,29 • Novos Céus e Nova Terra: Is 65.17; 66.22. Profecia: Onde: Cumprimento: Como Filho de Deus Sl 2.7 Lc 1.32,35 Como descendente de mulher Gn 3.15 Gl 4.4 Como descendente de Abraão Gn 17.7; 22.18 Gl 3.16 Como descendente de Isaque Gn 21.12 Hb 11.17-19 Como descendente de Davi Sl 132.11; Jr 23.5 At 13.23; Rm 1.3 Sua vinda em tempo certo Gn 49.10; Dn 9.23,25 Lc 2.1 Seu nascer de uma virgem Is 7.14 Mt 1.18; Lc 2.7 Ser chamado Emanuel Is 7.14 Mt 1.22,23 Nascer em Belém Mq 5.2 Mt 2.1; Lc 2.4-6 Grandes viriam adorá-lo Sl 72.10 Mt 2.1-11 Matança dos meninos de Belém Jr 31.15 Lc 2.16-18 Ter chamado do Egito Os 11.1 Mt 2.15 Ser precedido por João Is 40.3; Ml 3.1 Mt 3.1-3; Lc 1.17 Sua unção com o Espírito Sl 45.7; Is 11.2, 61.1 Mt 3.16; Jo 3.34; At 10.38 Ser profeta semelhante a Moisés Dt 18.15-18 At 3.20-22 Ser sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque Sl 110.4 Hb 5.5,6 Sua entrada no ministério publico Is 61.1,2 Lc 4.16-21, 43 Se ministério iniciado na galiléia Is 9.1,2 Mt 4.12-16, 23 Sua entrada publica em Jerusalém Zc 9.9 Mt 21.1-5 Sua vinda ao templo Ag 2.7,9; Ml 3.1 Mt 21.12; Lc 2.27-32; Jo 2.13-16 Sua pobreza Is 53.2 Mc 6.3; Lc 9.58 Sua humildade e falta de ostentação Is 42.2 Mt 12.15,16,19 Sua ternura e compaixão Is 40.11; 42.3 Mt 12.15, 20; Hb 4.15 Sua ausência de engano Is 53.9 1Pe 2.22 Seu zelo Sl 69.9 Jo 2.17 Sua pregação por parábola Sl 78.2 Mt 13.34,35 Seus milagres Is 35.5,6 Mt 11.4-6; Jo 11.47 Ter sido injuriado Sl 22.6; 69.7,9,20 Rm 15.3 Ter sido rejeitado por seus irmãos Sl 69.8; Is 63.3 Jo 1.11; 7.3 Ser uma pedra de escândalo aos judeus Is 8.14 Rm 9.32; 1Pe 2.8 Ter sido odiado pelos judeus Sl 69.4; Is 49.7 Jo 15.24,25 Ter sido rejeitado pelos lideres judeus Sl 118.22 Mt 21.42; Jo 7.48 Os judeus e os gentios, contra Ele Sl 2.1,2 Lc 23.12; At 4.27 Seria traído por um amigo Sl 41.9; 55.12-14 Jo 13.18-21 Seus discípulos O abandonariam Zc 13.7 Mt 26.31-56 Seria vendido por trinta moedas Zc 11.12 Mt 26.15 Seu preço seria dado pelo campo do oleiro Zc 11.13 Mt 27.7 A intensidade de seus sofrimentos Sl 22.14,15 Lc 22.42,44 Seu sofrimento em lugar de outros Is 53.4-6,12 Mt 20.28 Sua paciência e silencio sob os sofrimentos Is 53.7 Mt 26.63; 27 12-14 Ser esbofeteado Mq 5.1 Mt 27.30 Sua aparência maltratada Is 52.14; 53.3 Jo 19.5 Terem-No cuspido e flagelado Is 50.6 Mt 14.65; Jo 19.1 Cravação de seus pés e mãos à cruz Sl 22.16 Jo 19.18; 20.25 Ter sido esquecido por Deus Sl 22.1 Mt 27.46 Ter sido zombado Sl 22.7,8 Mt 27.39-44 Mel e vinagre ser-Lhe-iam dados Sl 69.21 Mt 27.34 Suas vestes seriam divididas e sortes lançadas Sl 22.18 Mt 27.35 Seria contado com os transgressores Is 53.12 Mc 15.28 Sua intercessão pelos Seus assassinos Is 53.12 Lc 23.34 Sua morte Is 53.12 Mt 27.50 Nenhum dos Seus ossos seria quebrado Ex 12.46; Sl 34.20 Jo 19.33,36 Seria traspassado Zc 12.10 Jo 19.34,37 Seria sepultado com o rico Is 53.9 Mt 27.57-60 Não veria a corrupção Sl 16.10 At 2.31 Sua ressurreição Sl 16.10; Is 26.19 Lc 2.6,31,34 Sua ascensão Sl 68.18 Lc 24.51; At 1.9 Seu assentar à direita de Deus Sl 110.1 Hb 1.3 Seu exercer o oficio sacerdotal, no céu Zc 6.13 Rm 8.34 Seria a pedra principal da igreja Is 28.16 1Pe 2.6,7 Seria Rei em Sião Sl 2.6 Lc 1.32; Jo 18.33-37 Conversão dos gentios a Ele Is 11.10; 42.1 Mt 1.17-21; Jo 10.16; At 10.45-47 Seu governo reto Sl 45.6,7 Jo 5.30; Ap 19.11 Seu domínio universal Sl 72.8; Dn 7.14 Fp 2.9-11 A perpetuidade de Seu reino Is 9.7; Dn 7.14 Lc 1.32,33 Fonte: Bíblia Vida Nova ESCATOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO No NT o grande acontecimento escatológico predito no AT (a vinda do Messias) já ocorreu com a vinda de Jesus Cristo; • O NT mostra que muitas profecias descritas como um único acontecimento, envolvem duas etapas: a presente era messiânica e o futuro; • A relação entre estas duas etapas escatológicas é que as bênçãos da era presente são o penhor e a garantia de bênçãos ainda maiores na era por vir. • A pregação de Jesus pode ser resumida em Mc 1.15: "O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei e crede no evangelho". Em certo sentido, o Reino já estava presente no ministério de Jesus: "se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vós" (Lc 11.20; cf Mt 12.28). Mas, em outro sentido, o Reino ainda estava no futuro: "Venha o teu Reino" (Lc 11.2). ESCATOLOGIA NAS EPÍSTULA Texto devocional: "Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1Co 15.57,58). Textos Básicos: 1 Co 15.50-58 e 1 Ts 4.13 a 5.11 RELAÇÃO DO ARREBATAMENTO COM A SEGUNDA VINDA: a. Arrebatamento: harpazo - roubar, raptar, tirar à força, arrebatar (Mt 12.29; Jo 6.15; 10:12,28,29;Atos 8.39; 23.10; 2Co 12,2,4; 1Ts 4:17;Jd 23; Ap 12.5); misterion - mistério (não revelado); i. 1Co 15.26: “o último inimigo a ser destruído é a morte”; ii. Ap 20.14: “a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo”; i. tribunal de Cristo [Rm 14.10; 2Co 5.10]: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal”. (Ver também 2Tm 2.11,12; 4.8; Ap 11.18). TEORIAS SOBRE ARREBATAMENTO: a. Pré-tribulacional: O arrebatamento da Igreja (i.e., a vinda do Senhor nos ares para os Seus santos) ocorrerá antes que comece o período de 7 anos da tribulação. Segundo esta teoria, a Igreja não passará pela Tribulação. i. esquema: todos os crentes era da igreja tribulação milênio ii. Provas citadas: 1. a promessa de ser guardada da hora da provação (Ap 3.10); 2. a remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige necessariamente a remoção dos crentes (2Ts 2); 3. tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja já está isenta (Ap 6.17, cf. 1Ts 1.10; 5.9); 4. arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacional (1Ts 5.6); b. Meso-tribulacional: O arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da tribulação. i. esquema: todos os crentes era da igreja tribulação milênio ii.Provas citadas: 1. A última trombeta de 1 Co 15.52 é a sétima trombeta de Ap 11.15, que soa na metade da tribulação; 2. A Grande Tribulação é composta apenas dos últimos três anos e meio da septuagésima semana da profecia de Daniel 9.24-27, e a promessa de libertação da Igreja só se aplica a esse período (Ap 11.2; 12.6); 3. ressurreição das duas testemunhas retrata o arrebatamento da Igreja, e sua ressurreição ocorre na metade da tribulação (Ap 11.3,11); c. Pós-tribulacional: O arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação. O arrebatamento é distinto da segunda vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. A igreja permanecerá na terra durante todo o período da tribulação. i. esquema: todos os crentes era da igreja tribulação milênio ii. Provas citadas: 1. O arrebatamento e a segunda vinda são descritos pelas mesmas palavras; 2. Preservação da ira significa proteção sobrenatural para os crentes durante a tribulação, não libertação por ausência (assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas); 3. Há santos na terra durante a tribulação (Mt 24.22); d. arrebatamento parcial: Somente os crentes considerados dignos serão arrebatados antes de a ira de Deus ser derramada sobre a terra; os que não tiverem sido fiéis permanecerão na terra durante a tribulação. i.esquema: cristãos espirituais cristãos carnais era da igreja tribulação milênio ii.Provas citadas: Cristo vai arrebatar aqueles que o aguardam (cfe. Hb 9.28); enfatiza a vigilância e preparo; TEORIAS SOBRE O MILENIO: a. Pré-milenista: i. Significado: A segunda vinda de Cristo será antes do milênio. ii. Ordem dos acontecimentos: A Era da Igreja termina no tempo da Tribulação, Cristo volta à Terra, estabelece e dirige seu reino por 1000 anos, ocorrem a ressurreição e o juízo dos não-salvos, e depois vem a eternidade. iii. Método de interpretação: segue o método de interpretação normal, literal, histórico-gramatical. Apocalipse 20 é literal. iv. A questão do arrebatamento: não há unanimidade quanto ao tempo em que vai ocorrer o arrebatamento. Podem ser divididos em: pré-tribulacionista (antes da tribulação); pós-tribulacionista (arrebatamento após a tribulação); mid-tribulacionista (arrebatamento no meio da tribulação); b. Pós-milenista: i. Significado: A segunda vinda de Cristo se dará depois do milênio. ii. Ordem dos acontecimentos: A parte final da Era da Igreja (i.e., os últimos mil anos) é o Milênio, que será uma época de paz e abundância promovida pelos esforços da igreja. Depois disso, Cristo virá, haverá a ressurreição e depois o juízo e a eternidade. iii. Método de interpretação: amplamente espiritualizada no que tange a profecia. Apocalipse 20, todavia, será cumprido num reino terreno, estabelecido pelos esforços da igreja. c. Amilenista: i. Significado: A Segunda vinda de Cristo se dará no fim da época da igreja e não existe um Milênio na Terra. Estritamente falando, os amilenistas crêem que a presente condição dos justos no céu é o Milênio, e que não há ou haverá um Milênio terrestre. ii. Ordem dos acontecimentos: A Era da Igreja terminará num tempo de convulsão, Cristo voltará, haverá ressurreição e juízo gerais e a eternidade. iii. Método de interpretação: A interpretação amilenista espiritualiza as promessas feitas a Israel como nação, dizendo que são cumpridas na Igreja. De acordo com esse ponto de vista, Apocalipse 20 descreve a cena das almas nos céus durante o período entre a 1ª e a 2ª vinda de Cristo. PROFECIAS A RESPEITO DA TRIBULAÇÃO: a. Designações: dia do Senhor (Is 13:9, 24.21-22;Jr 46.10;Ez 30.3;Jl 1.15; 2:1,31; Am 5.18;Sf 1.14-18;Zc 14:1); dia da ira, angústia de Jacó (Dt 4.30; Jr 30.5-7); b. Antigo Testamento: “e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” (Dn 12:1); "os seus mortos serão arremessados e dos seus cadáveres subirá o seu mau cheiro; e os montes se derreterão com o seu sangue" (Is 34:1-3); "Ai do dia! Porque o dia do SENHOR está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso" (Jl 1:15); c. Novo Testamento: "Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo" (Mt 24:15); "haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver" (Mt 24:21-25). 1. Um período de sete anos. A primeira metade terá uma forma de paz (Dan 9:27). A segunda metade (42 meses ou 1.260 dias) será um tempo de grande tristeza e aflição na terra - Ap 13:5 2. Deus derramará a Sua ira sobre todos na terra (Ap 8:1). Sete selos (Cap 6, 8); sete julgamentos das trombetas (Cap 8,9 e 11); sete julgamentos das taças (cap. 16); homens clamarão para morrer mas não podem (Ap 6:15-17; 9:6) 3. O tempo para ser pronto é hoje (Lc 21:36; Mat. 25:1-13). 4. Os que são salvos antes deste período não passarão pela tribulação (Rm 5:9; I Tess 5:9; Ap 3:10). 5. Ap 6:12-17 nos dá uma descrição geral deste período 1) Sinais nos Céus (Lc 21:25a). 2) Sinais na Terra (Lc 21.25b; Mt 19.28;24:6-8). Terremotos (Mt24.7) Pestes (Mt 24.7) Guerras e fome (Mt 24.7). Progresso científico (Dn 12.4; Na 2.4). Apostasia (ITm 4.1; IITm 4.1-4; IIPe 2.1,2). Tempos difíceis (IITm 3.1-5; Tg 5.1-8). 2º BLOCO (Mt 24.15-28; Mc 13.14-23; Lc 21.20-24) [6] GRANDE TRIBULAÇÃO – DURANTE A TRIBULAÇÃO: a. Reconstrução do templo: objeto da aliança com o anticristo; b. Abominável da desolação (24.15; Mc 13.14; Lc 21.20): i. Profecia de Daniel: “quem lê, entenda” (Dn 9.27; 11.31; 12.11); 1ª ocorrência: Antíoco Epifânio (170 a.C.); 2ª ocorrência: general romano Tito (70 d.C.); ii. Dupla referência: 1ª referência: invasão de Jerusalém em 66-70 d.C. 2ª referência: imagem abominável no templo (Mt 24.15; Lc 21.22 “dias de vingança... para que se cumpram todas as coisas que estão escritas”). c. Instruções de fuga: para os que estiverem na Judéia, no eirado, no campo, sobre o telhado; lamento sobre as grávidas ou lactentes. Jesus fala da relação com bens e trabalho; Oração: inverno ou sábado; d. Tribulação e juízo: i. Mt 24.21: “haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver”; ii. Zacarias 13.8,9: "E acontecerá em toda a Terra, diz o SENHOR, que dois terços nela serão separados e morrerão; mas um terço será deixado nela. Esta terceira parte será purificada na forja da tribulação, até à altura do regresso de Jesus, altura essa em que se reconciliará com Ele”. iii. Lc 21.23: “haverá grande aperto na terra, e ira sobre este povo”; iv. Mt 24.22: os dias abreviados para bem dos escolhidos; v. Ap 7 – selo dos servos de Deus; vi. Dn 12.2: Miguel e os filhos de Israel; vii. Is 24.1,3-6,21,23: “A terra pranteia e se murcha... Na verdade, a terra está contaminada, por causa dos seus moradores... Por isso, a maldição consome a terra; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão... E será que, naquele dia... e. Dias abreviados: a tribulação será tão intensa que Deus a limitará aos 1260 dias; f. Falsos cristos: (Mt 24.23-26; Mc 13.21-23); 3º BLOCO – A VINDA DE JESUS VINDA DE JESUS – APÓS A TRIBULAÇÃO: a. Textos: Mt 24.29-31 Mc 13.24-27 Lc 21.25-28 b. Sinais no céu (24.31): i. Is 13.9-10: “o sol logo ao nascer escurecerá”; ii. Is 24.1,3-6,21,23: “E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá, quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte de Sião e em Jerusalém”; iii. Jl 2.31: “o sol se converterá em trevas e a lua em sangue”; iv. Ap 6.12-17: “o sol se tornou negro como saco de crina, a lua... sangue”; c. Sinal (Mt 24.30): vinda de Jesus como um relâmpago (Dn 7.13; Ap 1.7); d. Salvação (Mt 24.21; Mc 13.19): reunião dos salvos de todos os tempos. 4º BLOCO – ADVERTÊNCIAS PARÁBOLA DA FIGUEIRA: a. Textos: Mt 24.32-36,42 Mc 13.28-33 Lc 12.54-56 b. Texto paralelo: “Sabeis ... discernir o aspecto do céu, e não podeis discernir os sinais dos tempos?” (Mt 16.2-3; Mc 8.11-13) c. Figueira: não é Israel; Jesus está se referindo a um exemplo de florescer; d. Parábola: Jesus está dizendo COMO os sinais devem ser analisados; e. Sinais: “todas estas coisas” mostram que a vinda de Jesus é iminente; f. Geração: a qual geração Jesus está se referindo? i. Não é a geração que ouviu o sermão profético; ii. Não é a geração que viu o princípio de dores; iii. É a geração que vir o sinal definitivo: a abominação desoladora. COMPARAÇÃO COM DILÚVIO E DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA: a. Textos: Mt 24.37-41 Mc xxx Lc 17.26-37; b. Dilúvio: “comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento” c. Destruição de Sodoma e Gomorra: “O mesmo aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar”. d. Coisas legítimas: só Deus pode lançar luz sobre nossa relação com bens, trabalho e afetos: O que devemos deixar? Como o mundo tem nos enredado? e. Exortação de Jesus: “Lembrai-vos da mulher de Ló.” (Lc 17.32); f. Exortação de Paulo: “Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se não o fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que alegram, como se não alegrassem; e os que compram, como se não possuíssem; e os que se utilizam deste mundo, como se dele não usassem...” (1Co 7.29-31). COMPARAÇÃO COM LADRÃO: a. Textos: Mt 24.43-44; Mc xxx Lc 12.35, 39-41; b. Texto paralelo: “o dia do Senhor vem como ladrão de noite... mas, vós... não estais em trevas, para que esse dia vos apanhe de surpresa” (1 Ts 5.1-6); c. Vigiar: 1) observar atentamente; 2) espreitar; 5) tomar cuidado; 6) estar acordado; atento; 7) estar de sentinela; 8) precaver-se ou acautelar-se (Aurélio); i. Pergunta: “Senhor, dizes essa parábola a nós, ou também a todos?” (12.41) ii. Resposta: “O que, porém, vos digo, digo a todos: Vigiai!” (Mc 13.37) d. Idéia central: ninguém sabe quando o ladrão vem, por isso, vigie sempre; e. Aplicação: os sinais devem servir de alerta e prevenção para os crentes. PARÁBOLA DO SERVO BOM E DO SERVO MAU: a. Textos: Mt 24. 45-51; Mc 13.34-37 Lc 12.42-48; Analise do Livro de Daniel Mensagem: “A Soberania Universal de Deus”. Versos Chaves: 2:22, 4:25. Um companheiro do livro de Apocalipse. AUTOR: Daniel, como Ezequiel, esteve cativo em Babilônia. Foi trazido perante o rei Nabucodonosor em sua juventude e instruído na língua e nas ciências babilônicas (caldaicas), 1:17-18. SUA VIDA é similar à de José - foi elevado ao cargo mais alto do reino (2:48), manteve sua vida espiritual em meio a uma corte pagã, 6:10. TEMA PRINCIPAL: A soberania de Deus sobre os assuntos dos homens em todas as épocas. As confissões do rei pagão deste fato constituem os versículos chave deste livro, 2:47; 4:37; 6:26. PERSONAGENS: Daniel (“Deus é meu juiz”) Beltessazar (“um servo de Bel”) Hananias (“o Senhor é bondoso”) Sadraque (“inspirado pelo deus sol”) Misael (“quem é o que Deus é”) Mesaque (“quem é o que o deus lua é”) Azarias (“o Senhor ajuda”) Abednego (“servo de Nebo”) SEÇÃO I. É principalmente uma narrativa biográfica pessoal e uma história local. Contém eventos comovedores e incomparáveis de intervenções divinas no antigo Testamento. O livro se refere a seis conflitos morais nos quais participaram Daniel e seus companheiros. Primeiro conflito. Entre a intemperança pagã e a abstinência escrupulosa a bem da saúde. A abstinência obtém a vitória, 1:8-15. Segundo conflito. Entre a magia pagã e a sabedoria celestial na interpretação de sonhos. A sabedoria divina obtém a vitória, 2:1-47. Terceiro conflito. A idolatria pagã confrontada pela lealdade a Deus. A lealdade a Deus obtém a vitória, 3:1-30. Quarto conflito. O orgulho de um rei pagão confrontado pela soberania divina. Deus é vencedor - O rei foi lançado fora a comer erva, 4:4-37. Quinto conflito. O grande sacrilégio contra as coisas sagradas. A reverência obtém a vitória - a escritura na parede. Belsazar é destronado, 5:1-30. Sexto conflito. Entre o complô perverso e a providência de Deus para com os seus santos. A providência obtém a vitória. Deus fecha a boca dos leões, 6:1-28. SEÇÃO II. Visões e profecias que relatam como a poderosa mão de Deus muda o cenário no panorama da história, caps. 7-12. INTERPRETAÇÃO: O livro de Daniel é companheiro do livro de Apocalipse; ambos contém muita linguagem figurada. No capítulo 7 muitos comentaristas vêem as quatro bestas como representando os quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, e Roma (vs. 1-7), seguidos por uma visão do Messias que vem. No capítulo 8 aparece outro período da história medo-persa e grega sob a figura de uma besta. O capítulo 9 contém a oração de Daniel e uma profecia velada do tempo da vinda do Messias. Os capítulos 10, 11 e 12 contém predições adicionais de longo alcance e revelações de acontecimentos futuros. PORÇÕES SELETAS: (1) O propósito de Daniel, 1:8. (2) A pedra do monte, 2:44-45. (3) A resposta dos três jovens hebreus, 3:16-18. (4) A festa de Belsazar, cap. 5. (5) Daniel na cova dos leões, 6:1-24. (6) A visão do juízo, 7:9-14. (7) A promessa aos ganhadores de almas, 12:3. DANIEL Daniel, tal qual Ezequiel, encontrava-se entre os que foram levados cativos para Babilônia, por ocasião da invasão da Palestina pelas hostes de Nabucodonosor. 1:1-3 Admite-se que procedia de família de alta estirpe, talvez da Casa Real. Foi levado para Babilônia aos 16 anos de idade, oito anos antes de Ezequiel. Sendo assim, conclui-se que Daniel seguiu entre os capturados por ocasião da primeira invasão no terceiro ano de Jeoiaquim, ao passo que Ezequiel foi levado após a segunda invasão. Toda a sua vida desde então, passou-se na Babilônia (1:21) num período de 69 anos. No seio de uma Corte corrupta ele viveu uma vida santa, tanto assim é que, em Ezequiel 14:14-20, Daniel é apontado como padrão e modelo de justiça. Embora pertencesse a uma raça cativa, embora nunca abandonasse sua devoção e lealdade a Jeová, alcançou o mais alto cargo da administração pública e exerceu seu poderoso ministério político nos 3 impérios: babilônico, medo e persa. PROFETA Não era exclusivamente um servidor público do Estado, mas, sobretudo, um profeta de Deus. Suas profecias, dirigidas, de maneira particular, às nações gentílicas, antes mesmo que aos de sua raça, figuram, em nível igual, ao lado das mais notáveis da Bíblia. O “IMPRIMATUR” DO SENHOR JESUS Em Mat. 24:15, o Senhor confirma a inspiração divina deste livro. O próprio título do Senhor é baseado em Daniel 7:13, “filho do homem”. MENSAGEM Tem diversas mensagens. Os servos do Senhor leais e obedientes (1) freqüentemente são abençoados com vitórias neste mundo, 1:9,20 – 2:48,49 e (2) Deus lhes confia Seus segredos, 2:19, 22, 47; (3) Em tempos de sofrimento e provação, eles têm o conforto da Sua presença, 3:25. (4) Ergue-se também forte clamo contra o orgulho, 4:30-37 (5) em não honrar e glorificar a Deus, 5:22 e 23. Mas sua mensagem principal é proclamar a soberania universal de Deus, 4:25. ANÁLISE Contém duas divisões principais. A primeira trata, especialmente, de eventos históricos. A segunda de visões, e então de interpretações. O nome de Daniel, significa “Deus é meu juiz” (sugerindo a defesa que Deus lhe prestava) ou “Juiz de Deus”, isto é, aquele que transmite o juízo em nome do Senhor. Sugerem-se 6 divisões menores, como segue: 1) Histórica – escrita por Daniel na 3ª pessoa. a) Costumes pagãos (julgados): Tendo sido dedicado a Baal (seu novo nome significa que ele seria um favorito de Baal), contudo permaneceu fiel a Jeová. Ele e seus companheiros recusaram-se a comer, no Palácio do Rei pagão, carne de animais sacrificados aos ídolos. Deus lhe abençoou e aos seus companheiros, pela sua lealdade e deu-lhes a vitória. • Uma coisa tocante nesta Oração de (Daniel.9:3-19) é o fato de ele confessar os pecados da sua nação como se fossem os seus. Dessa forma Daniel identificou-se com o seu povo. • (Dn.9:5).." pecamos, e cometemos iniqüidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos; • Daniel sabia conjugar os verbos Biblicos na primeira pessoa Um Anjo na Missão da Resposta à Oração (Dn.9:20-23) • (D.9:21).." estando eu, digo, ainda falando na oração, do varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde. • Daniel não chegou a concluir a sua Oração. A resposta divina veio antes da sua conclusão! • Deus mobilizou um dos anjos mais proeminentes para isso - Gabriel. • Porque o mais proeminente? Porque o anjo Gabriel declarou que seu local de permanência é na presença de Deus.. • (Lc.1:19).." E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas". • A sublime missão do anuncio do nascimento do Senhor Jesus foi-lhe confiada, bem como a do seu precursor - João Batista....(Lc.1:11-22; Lc.1:26-38). • (Dn.9:21).." veio voando rapidamente. • Anjos são seres celestiais que se deslocam com rapidez incrível, além da concepção da mente humana. • Os anjos santos são liderados por Miguel, o arcanjo (Isto é, o chefe dos anjos). • Os anjos maus, decaídos, são chefiados por Lúcifer, o arcanjo que pecou e revoltou-se contra Deus. • (Dn.9:21).." tocou-me à hora do sacrifício da tarde. • Os Judeus tinham dois sacrifícios diários contínuos: • Pela manhã. • E a tarde. • O sacrifício da tarde era oferecido no crepúsculo, isto é ao por do sol (Ex.29:4,8). • É uma boa coisa começar e terminar o dia com Oração. • (Dn.23).." Porque és mui amado. Que maravilha da graça de Deus, e do seu amor, ser amado no céu! SETENTA SEMANAS Setenta Semanas Estão determinadas sobre o teu povo..(Dn.9:24). a. Extinguir a transgressão b. Dar fim aos pecados c. Expiar a iniqüidade d. Trazer a justiça eterna e. Sela a visão e a profecia f. Ungir o Santo dos santos Circunstâncias e observações sobre a profecia das Setenta Semanas: a) Findaram-se os 70 anos e não ocorria o repatriamento dos judeus..(Dn.9:2; Jr.25:11-12;29:10). b) Por que 70 anos de cativeiro e nem mais nem menos? Tratava-se de disciplina de Israel por quebra deliberada dos preceitos divinos (Leviticos.25:3-5; 26:14,33-35; Cronicas.36:21). • O cativeiro de Judá foi, em grande parte, fruto da desobediência dos Judeus quanto às palavras do Senhor. • Vemos na passagem de Levíticos que Deus determinou a observância de uma ano Sabático, ou de Descanso, quando a terra descansava. Isso devia ser observado cada 7 anos. • Ora, durante os quase 500 anos que vão da monarquia de Israel ao seu cativeiro, eles não cumpriram o preceito do Senhor. • Resultado: Deus mesmo fez a terra repousar, mantendo seus maus " Inquilinos " fora por 70 anos. • Ora, 70 anos é o total de anos Sabáticos ocorridos no espaço de 490 anos. • (IICron.36:20-21).." E os que escaparam da espada levou para a Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia, • (V.21).." para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram. • Deus lida muito bem com pessoas e nações que quebram as suas leis, mesmo as civis, como esta que acabei de mencionar. c) As Setentas Semanas da profecia em foco (Dn.9:24-27) são Semanas de anos; não de dias. Eis o porque disso: • O original não diz " SEMANA ", e sim "SETES " (Setenta Setes). Quando se trata de semana de dias, como em (Dn.10:2,3), é acrescentado, em hebraico, a palavra para dias: "YAMIN " . • É Bíblica a expressão "Semana de anos". (Ler Lv.25:8; Nm.14:34; Ez.4:7). Aplicação prática de uma "Semana de anos" (Gn.29:20-27). • Os seis ditosos eventos preditos, a respeito de Israel, em (Dn.9:24), ainda não se cumpriram. • Em (Dn.9:27), por ocasião da última das Setenta Semanas, a Bíblia diz: (Dn.9:27).." E ele fará firme aliança com muitos por uma Semana" É algo ridículo um pacto entre nações por uma Semana de dias, quando somente o protocolo e as celebrações muitas vezes tomam mais de uma Semana. d) A autenticidade desta profecia (Dn.9:24-27) foi atestada por Jesus, em (Mateus.24:15), onde Ele mostra que a última das Setenta Semanas é ainda futura, uma vez que o fato ali citado por Jesus ainda não ocorreu depois que Ele proferiu aquelas palavras. A Divisão das 70 Semanas em Três Grupos. (V.25).." Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. (V.26).." E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; me o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações. (V.27).."E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. A leitura acima efetuada mostra que as Semanas estão divididas em (3) Três grupos. Sendo Semanas de anos, totalizam 490 anos. Os (3) Três grupos são: a) Um de 7 semanas. (V.35).." Eis que a vossa casa se vos deixará deserta. E em verdade vos digo que não me vereis até que venha o tempo em que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Portanto nesse intervalo que Israel é rejeitado a Igreja é formada e Arrebatada para o céu. Realmente, à luz de (Dn.9:24), a profecia das Setenta Semanas nada tem com a Igreja, a não ser indiretamente, como já mostrei, no caso do Intervalo: "e até o fim ". Após o Arrebatamento da Igreja terá inicio então a 70a Semana - os (7) Sete anos em que ocorrerá a Grande Tribulação, a qual é descrita em detalhes em Apocalipse capítulos 6 a 18. É assombrosa a precisão da profecia Bíblica! Análise resumida das Setenta Semanas. Essas Semanas tratam das provações e sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu libertador apareça, para que, como diz o final do (V.24) da profecia em estudo, os pecados de Israel tenham fim, e para trazer a justiça eterna. (Dn.9:24).." Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos. Estas "Semanas" não se referem à Igreja, mas a Israel. Porque? (Dn.9:24).." Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo (O povo de Daniel, Judeus) e sobre a tua santa cidade (A cidade de Jerusalém). a) "Setenta Semanas estão determinadas". Terão seu fiel cumprimento, pois estão determinadas por Deus. b) As seis coisas preditas, que estão para acontecer durante as Setenta Semanas (Ou 490 anos) a Israel. • "Fazer cessar a transgressão" . O tipo de transgressão do seu povo, que Daniel acabava de confessar em Oração. • "Dar fim aos pecados". O sentido original é de deter, restringir. O mesmo vocábulo original é traduzido " Tornar inativo" . • "Expiar a iniquidade". A obra realizada por Cristo no Calvário operará então em favor de Israel. • "Trazer a justiça eterna". Isto terá lugar em Israel pela transformação interior, conforme o que está escrito em...(Jr.31:33-34) 1) "Selar a visão e a profecia". Quando o povo andar em retidão, abandonando as suas transgressões, a visão e a profecia podem ser seladas..(Jr.31:34). 2) "Ungir o Santo dos santos". Certamente isto tem a ver com a purificação do templo de Jerusalém que foi profanado pela "Abominação desoladora" mencionada em... (Dn.11:31).." E 8sairão a ele uns braços, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício, estabelecendo a abominação desoladora. E à qual se referiu Jesus em.... (Mt.24:15).." Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda) c) Estas seis coisas, para terem lugar, necessário se faz que Cristo venha e que Israel seja restaurado e convertido. (Dn.9:25).." Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 1) "Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém". Aqui temos a indicação do tempo em que começaria a primeira Semana. Essa ordem ou decreto, como já falei (Ne.2:1), foi entregue a Neemias para sua execução no ano 445 aC. 2) "Até o Messias, sete semanas e sessenta e duas semanas". Isso totaliza 69 semanas de anos, ou seja, 483 anos. É o tempo que vai da reconstrução de Jerusalém pelos repatriados até a morte e ascensão do Messias. (Dn.9:26).." E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações. a) "Sessenta e duas semanas". A isso acrescentem-se mais as 7 semanas do (Dn.9:25), como que perfaz 69 semanas até a morte e ascensão de Jesus. b) "Será tirado o Messias". (Ou morto o Ungido, ler (Isaias.53:8) onde isso é mais bem explicado). (Isaias.53:8).." Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido. c) "E não será mais". (E já não estará, ler (Mateus.23:39). (Mt.26:39).." Porque eu vos digo que, desde agora, me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor! d) " e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário". Jerusalém foi destruída no ano 70 dC. O povo que a destruiu foi o romano. Logo, de acordo com as palavras deste versículo, é de área do antigo Império Romano que deve proceder ao futuro Anticristo. Essa área incluía a Grécia, que era parte do dito império, bem como os demais territórios situados em todo o contorno do mar Mediterrâneo. e) "O seu fim". Isto é, o fim da cidade (Jerusalém) e seu santuário (O templo). Isso fala de sua destruição no ano 70 d C, à qual já me referi. f) "Será como num diluvio". Isto é, será irresistível e esmagador, assim como foi quando Tito, o General, arrasou a cidade e o povo, com suas tropas. g) "E até o fim haverá guerra". Esse tempo indefinido entre as Semanas 69a e 70a não é contado como parte delas como está bem claro mediante o exame dos versículos 26 e 27. Tal tempo não determinado: "Até o fim", já vai para 2.000 anos! É esse tempo em que a Igreja está sendo constituída, edificada, e preparada para ser Arrebatada da Terra para o céu. Os eventos desse tempo não concernem a " Teu povo e tua santa cidade" (isto é, de Daniel). Por que o tempo chamado "Até o fim", situado entre a 69a e a 70a semana não é contado quanto a Israel????? 'E pelo fato de Israel durante esse tempo estar fora de sua terra, o que ocorreu após o ano 70 dC. Até 1.948. Mas o certo é que há ainda muitos milhões de Judeus fora da Palestina. h) "Desolações são determinadas". Os tempos do fim serão caracterizados por guerras e suas misérias. (Dn.9:27).." E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. Cinco coisas terão lugar durante a última "Semana", os sete anos de ascendência do Anticristo: • O Anticristo fará uma aliança de peso, com os judeus, por sete anos. Note as palavras da profecia "Fará firme aliança". • A aliança ele (O Anticristo) a quebrará no meio da semana, isto é, decorridos três anos e meio. • A Grande Tribulação terá inicio sobre Israel. "Sobre a asa das abominações virá o assolador". • O Anticristo dominará "Até que a destruição....se derrame sobre ele". • Cristo aparecerá para destruir o Anticristo e suas hostes, livrando assim Israel da destruição total quando toda esperança de salvação estiver perdida..."Até que a destruição que está determinada, se derrame sobre ele". Isso ocorrerá na Batalha do Armagedom... (Ver estudo sobre O Arrebatamento da Igreja Israel, o Relógio Escatologico de Deus). Destinatários – As 7 igrejas da Ásia (em geral, fundadas por Paulo). Data – 95 ou 96 d.C. Local - Patmos - ilha vulcânica, rochosa e estéril, localizada a 56 km da costa da Ásia Menor (Turquia). Para lá eram enviados os prisioneiros na época do imperador romano Domiciano (81 a 96). Outra hipótese defendida por alguns é a de que João tenha estado lá em algum momento do governo de Nero (54-68). Idioma - Grego (Ap.1.8; 21.6; 22.13). Tema - Conflito entre o bem e o mal. A vitória de Cristo e a implantação do seu Reino. Versículo-chave - Apc.1.7. Versículo-esboço – Apc.1.19. O QUE É APOCALIPSE? Esta palavra, de origem grega, significa "revelação". Revelar é mostrar, tirar o véu, desvendar. Falamos do Apocalipse como algo oculto. Porém, trata-se de uma revelação. O livro revela que Deus tem um plano, cujo desfecho é a vitória de Cristo. Podemos não saber o que é a besta, mas sabemos que ela será vencida pelo poder de Deus. Esta revelação está clara e evidente no Apocalipse. Características particulares - Único livro bíblico com bênção e maldição relacionadas ao seu uso (1.3 e 22.18-19). Classificação - livro profético. (único do NT embora haja blocos proféticos em outros livros como em Mt.24, Mc.13, Lc.21, etc.). Personagem central - O Cordeiro. Destaques - Verbo vencer (Apc. 2 e 3; 12.11; 15.2; 17.4; 21.7); Testemunho (Apc.1.2,9; 6.9; 12.11,17; 19.10; 20.4; 22.18,20). Verbo vir (referente à vinda de Cristo) (Apc. 1.4,7,8; 2.5,16; 3.3,11; 4.8; 22.20). O Apocalipse contém, logo no início, uma mensagem de bênção para os seus leitores. "Bem- aventurado aquele que lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo." (Ap.1.3). O texto nada diz sobre a compreensão, mas sobre o conhecimento. É desejável que entendamos o Apocalipse. Se, porém, não entendermos, este não deve ser o motivo para que o abandonemos. Precisamos ler, ouvir, estudar, guardar o seu conteúdo. Pode ser que muitas de suas profecias não possam ser compreendidas antes de se cumprirem. Contudo, se as conhecemos, poderemos reconhecê- las quando se cumprirem e, reconhecendo, poderemos tomar as atitudes certas no momento certo. Jesus disse: "... quando virdes... a abominação da desolação... então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes." (Mt.24.15). Portanto, quando certos fatos ocorrerem, nós poderemos identificá-los, caso estejamos munidos do conhecimento profético. O GÊNERO APOCALÍPTICO Esse foi um estilo literário que se destacou principalmente entre os anos 210 a.C. e 200 d.C. Seu ambiente de origem era uma época de tribulação para povo de Deus. Diante de circunstâncias que incluíam opressão, perseguição, exílio ou domínio estrangeiro, os escritos apocalípticos traziam uma mensagem de esperança através de uma linguagem enigmática. Seu objetivo era reanimar judeus ou cristãos, trazendo-lhes profecias a respeito da futura intervenção divina para libertar o seu povo, restituindo-lhe a glória usurpada. Muitos "apocalipses" surgiram, tendo como principal modelo o livro de Daniel. Este foi escrito durante o exílio Babilônico e trazia uma mensagem sobre o Reino de Deus que viria destruindo todos os reinos opressores. Daí em diante, muitos livros apocalípticos foram produzidos. Um dos momentos de opressão vividos por Israel foi o domínio romano, produzindo assim mais uma ocasião propícia a esse tipo de literatura, que muitas vezes incluía profecias messiânicas. Diversos escritos desse tipo não foram reconhecidos como canônicos. Como exemplos podemos citar o Apocalipse de Baruque, Apocalipse de Pedro, O Pastor de Hermas, A Assunção de Moisés, A Ascensão de Isaías, O livro de Jubileus, Os Salmos de Salomão, Os Testamentos dos Doze Patriarcas, I Livro de Enoque, II Livro de Enoque, II Esdras e IV Esdras. O Apocalipse de João se encaixa perfeitamente nessa corrente literária. Contudo, seu messianismo não se encontra vago como em outros escritos. Nele, o Messias é claramente identificado como sendo o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Este é o único livro desse gênero no Novo Testamento. Contudo, existem blocos apocalípticos em outras partes da bíblia. Por exemplo: Daniel 7 a 12, Isaías 13,14, 24, 25, Ezequiel 1, 28 a 39, Zacarias 9 a 14, Mateus 24, Marcos 13, Lucas 21, I Tessalonicenses 5 e II Tessalonicenses 2. . CARACTERÍSTICAS, CONTEÚDO E AUTORIA DOS LIVROS APOCALÍPTICOS Características e conteúdo: Mensagem de esperança, escatologia, intervenção divina, visões, símbolos, criaturas estranhas, mensagem oculta, uso de pseudônimos, profecias e apelo à imaginação. O Apocalipse de João só não se encaixa no quesito pseudônimo. Os escritores apocalípticos normalmente não assinavam suas obras. Muitos colocavam algum outro nome famoso e reconhecido, como Enoque, Salomão, etc., para darem mais credibilidade ao livro. João, porém, colocou seu próprio nome, conforme vemos no livro (Ap.1.1,4,9-11). Tal autoria é reconhecida pela maior parte dos críticos e comentaristas. Há quem diga que alguém usou o nome de João, mas essa hipótese não tem muitos adeptos. Alguns detalhes do livro reforçam a crença na autoria joanina. Jesus é apresentado como o Verbo de Deus e o Cordeiro (Ap.19.7,13), exatamente como acontece no evangelho de João (1.1,29). A palavra "testemunho" se destaca assim como acontece no evangelho e na primeira e terceira epístolas. Notamos assim "a mão" de João no Apocalipse. GÊNESIS X APOCALIPSE Existe um paralelo evidente entre Gênesis e Apocalipse, conforme se observa pelos itens a seguir: GÊNESIS APOCALIPSE Início Fim Criação da terra Nova terra Criação do céu Novo céu Criação do sol A Nova Jerusalém não precisa do sol Vitória de Satanás Derrota de Satanás Adão Cristo Eva Igreja (noiva) Entrada do pecado Fim do pecado Maldição Fim da maldição Bloqueado caminho à árvore da vida. Acesso à árvore da vida. CIRCUNSTÂNCIAS E OBJETIVO Na época em que o Apocalipse foi escrito, a igreja estava sofrendo muito por causa da perseguição do Império Romano. João estava preso em Patmos e todos os outros apóstolos do primeiro grupo haviam morrido. Seria natural que muitos começassem a questionar se aquele não seria o fim do cristianismo. Será que a igreja resistiria àquela fúria das forças do mal? O livro de João vem mostrar o futuro: o castigo dos ímpios, a volta de Cristo, seu triunfo juntamente com a igreja e o estabelecimento do Reino de Deus. O Império Romano não prevaleceria contra os desígnios divinos. A LINGUAGEM SIMBÓLICA A linguagem direta tem suas limitações. A transmissão de uma mensagem complexa pode exigir uma infinidade de palavras e ainda assim ficar obscura. Alguns fenômenos, experiências e elementos naturais não podem sequer ser explicados de modo compreensível. Como podemos explicar a um cego de nascença o que seja cor? Qualquer explicação, por mais correta e científica que seja, não lhe dará nenhuma idéia a respeito do assunto. Como explicar um sabor, um cheiro ou um som? Nenhuma informação substituirá a experiência. As palavras serão inúteis. Nesses momentos de dificuldade, sempre procuramos um elemento de comparação. Buscamos algo que já seja do conhecimento do ouvinte e usamos para dar uma idéia a respeito do que queremos dizer sem ter encontrado palavras adequadas. Se temos esse problema em relação a elementos naturais, o que dizer dos espirituais, cuja essência nem sabemos definir? O espírito é uma realidade bíblica. Contudo, sua definição ou identificação de "substância" é algo fora do nosso alcance. O que dizer então de Deus, da trindade, do céu e das realidades celestiais? Por isso, a bíblia usa tanto a linguagem simbólica. Por outro lado, como se diz, "uma imagem vale mais que mil palavras". Então, até mesmo lições relativamente simples são transmitidas através de figuras, propiciando assim um recurso poderoso que leva a mensagem de forma concentrada, fixando-a na mente do receptor. Por exemplo, quando Jesus disse que era o "pão da vida" (Jo.6.35), ele buscou um elemento do cotidiano dos seus ouvintes para mostrar que ele vinha suprir a necessidade espiritual do homem. Quando a bíblia fala em "reino de Deus", está buscando na monarquia, sistema de governo comum naquela época, uma série de princípios existentes na relação rei-súdito que deveriam existir na nossa relação com Deus. A linguagem simbólica traz muito conteúdo em poucas palavras. Assim, se usamos o leão como símbolo, logo nos vem a mente sua ferocidade, sua coragem, sua força, sua fome, sua beleza, sua "majestade", etc. Se falamos em cordeiro, estamos destacando sua cor e sua índole como símbolos de pureza, inocência, docilidade, submissão, etc. Todos nós estamos bastante acostumados à linguagem simbólica. Utilizamos diariamente tais recursos para enriquecer nossa fala. Estamos sempre fazendo comparações implícitas ou explícitas de modo automático. Os escritos apocalípticos têm ainda um motivo a mais para usar a linguagem simbólica: era a necessidade de criptografar a mensagem, de modo que os inimigos nada compreendessem a respeito da mesma. Só os destinatários poderiam decifrá-la. QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO TEXTO SIMBÓLICO OU LITERAL? Este é um dos maiores dilemas que envolvem o estudo bíblico. O que é literal e o que é simbólico? Encontramos ambos os casos dentro das Escrituras. Então o problema se torna maior: como discernir o literal do simbólico? Tal tarefa nem sempre é fácil. Muitas vezes é difícil e, em algumas situações, parece impossível, a não ser que tenhamos uma iluminação divina. A história de Adão e Eva é literal ou simbólica? Tais personagens são reais ou fictícios? O profeta Jonas foi mesmo engolido por um peixe ou trata-se de uma parábola? Entendemos como literais ambos os casos, uma vez que o próprio Jesus citou a história de Jonas como fato e Paulo citou Adão e Eva da mesma forma. Contudo, isso não convence àqueles que vêem toda a bíblia como algo figurativo. Se todo o conteúdo bíblico for simbólico, então anula-se o seu aspecto concreto. A bíblia seria então comparável a qualquer obra de ficção e o cristianismo seria lendário. Por outro lado, se todo o seu conteúdo for considerado literal, então muitas passagens se tornarão inexplicáveis ou absurdas. Por exemplo: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna." (João 6.54). Logicamente, Jesus estava utilizando linguagem simbólica. Muitos dos seus ouvintes o interpretaram literalmente e o resultado foi o escândalo (João 6.52). Da mesma forma, quando Jesus disse que Nicodemos precisava nascer de novo, aquele doutor da lei tomou suas palavras de modo literal. O mesmo entendimento foi aplicado sobre "derrubar o templo e reconstrui-lo em três dias". Precisamos de discernimento para não cairmos no mesmo erro. Muitas vezes, é a falta de fé que faz com que algumas pessoas considerem como simbólico um texto literal. Por exemplo, a ressurreição de Cristo pode ser tão inacreditável para alguns, que podem acabar considerando-a um símbolo. Encontramos na bíblia diversas situações que envolvem o literalismo e o simbolismo: Texto literal É aquele que se refere a fatos. São histórias ou profecias. Se desconsiderarmos seu caráter literal, estaremos anulando as palavras de Deus. Por exemplo, a crucificação de Jesus está relatada em um texto literal (Mt.27). Texto simbólico É aquele que utiliza linguagem figurada. Por exemplo, a parábola do filho pródigo (Lc.15). 12 Religião organizada. 24, 144 mil 1000 Grande quantidade A bíblia utiliza muito o simbolismo numérico. O livro de Apocalipse usa tal recurso de forma intensa, principalmente o número 7. Temos 7 igrejas, 7 candeeiros, 7 selos, 7 anjos, 7 trombetas, 7 taças, 7 espíritos, 7 estrelas, etc. ALGUNS PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO Para entender um livro, precisamos lê-lo por completo. Assim, teremos uma visão geral do mesmo. Perceberemos a intenção do autor e a sua mensagem geral. Caso contrário, se lermos um verso aqui e outro lá de modo desordenado, terminaremos com uma coleção de retalhos desconexos. Lendo todo o livro, vamos descobrir que ele é auto-explicativo em alguns pontos, como se vê em Apocalipse 1.20. Podemos ler o capítulo 12, verso 5, onde o autor menciona o "filho varão", aquele que "regerá as nações com vara de ferro". A comparação com 19.13 a 16 nos fará compreender que aquele que "regerá as nações com vara de ferro" chama-se "Verbo de Deus", "Rei dos reis" e "Senhor dos Senhores". Logo, o próprio texto já nos mostrou quem é o "filho varão": o próprio Senhor Jesus. Tal conclusão também se utiliza do conhecimento geral que temos da bíblia. O Salmo 2 chama de "Filho" aquele que "regerá as nações com vara de ferro". O livro de Hebreus, no capítulo 1, nos informa que esse "Filho" é o Senhor Jesus. Além disso, o evangelho de João (1) nos diz que Cristo é o Verbo que se fez carne. Fizemos então um rastreamento de várias expressões que nos possibilitam uma interpretação inequívoca sobre o "filho varão" de Apocalipse 12. Outro exemplo: que dragão será aquele mencionado em Apocalipse 12.3? Se lermos até o versículo 9, teremos a resposta. No capítulo 20, verso 2, a explicação é repetida. O próprio texto diz que o dragão é o Diabo, também conhecido como "antiga serpente". Que serpente é essa? Aquela de Gênesis 3. Observa-se então que existe uma "linguagem bíblica" que muitas vezes permite que o texto de um livro possa ser interpretado por outro livro bíblico. Quem é o Cordeiro de Apocalipse 5? Não existe nenhum mistério sobre tal figura, uma vez que João Batista apresentou Jesus como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1.29), sendo ele o definitivo sacrifício tantas vezes representado pelos cordeiros mortos durante as páscoas realizadas desde a saída de Israel do Egito (Êx.12). O mesmo Jesus é chamado "Leão da Tribo de Judá" (Ap.5.5). A origem de tal expressão encontra- se em Gênesis 49, quando Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos seus filhos. Ao falar de Judá, Jacó profetizou sobre a vinda do Messias (Gn.49.8-12). É conclusivo também que, se alguém não conhece a bíblia de modo geral, não deve se arriscar no terreno das interpretações apocalípticas. Precisa começar por Gênesis. Outros exemplos: A ceifa – Compare Ap.14.16-20 e Mt.13.39-43. Muitas águas – Ap.17.1 e 17.15 Noiva – Ap.19.7; 21.9-10; 22.17 e Ef.5.25-27. O fundamento da Nova Jerusalém – igreja - Ap.21.14 e Ef.2.20-21. PRINCIPAIS CORRENTES DE INTERPRETAÇÃO DO APOCALIPSE 1 – Pretérita. Afirma que todo o apocalipse já se cumpriu. Seus defensores vêem o Império Romano como a representação dos inimigos descritos no livro. A queda do Império teria sido então o ápice do juízo divino profetizado por João. A destruição de Jerusalém, no ano 70, também é vinculada ao Apocalipse por aqueles que localizam sua escrita durante o período de Nero (54-68). 2 – Futurista. Os futuristas projetam todo o cumprimento do Apocalipse para os últimos dos últimos dias, às vésperas da consumação dos séculos. Afirmam que nada se cumpriu nem está se cumprindo, mas tudo se cumprirá repentinamente no futuro e em um curto espaço de tempo. Esta é a mais escatológica das interpretações, no sentido mais extremo da palavra. 3 – Histórica. Essa corrente defende a tese de que o Apocalipse vem se cumprindo desde os dias de João até o fim dos séculos. São muitos os que concordam com essa posição. Entretanto, surgem muitas dificuldades e divergências quando se tenta uma identificação entre os fatos ou personagens históricos e os relatos apocalípticos. 4 – Simbólica, ou espiritual. Os adeptos dessa visão se abstêm de fazer ligações entre as profecias e os fatos. Procuram apenas extrair do Apocalipse as lições e os princípios morais ou espirituais ali contidos. Não devemos tomar uma postura extremista nessa questão, mas buscar uma visão equilibrada, que pode levar em conta todas as quatro correntes de interpretação. Cremos em um cumprimento histórico que, automaticamente, engloba a visão pretérita e a futurista. Por exemplo, as cartas às 7 igrejas se referiam a problemas existentes nos dias de João. Está cumprido. Entretanto, os princípios espirituais ali presentes são perfeitamente aplicáveis aos nossos dias. Pela sua infinita sabedoria, Deus nos deixou uma Palavra que não perde sua validade. Devemos nos lembrar que um relato sobre fatos ocorridos nos dias de João pode também ser uma profecia para outra época. Por exemplo, quando escreveu o Salmo 22, o autor estava falando de suas próprias experiências e, ao mesmo tempo, estava profetizando sobre os sofrimentos de Cristo. Vistas sob este ângulo, várias profecias apocalípticas podem ter se cumprido na queda do Império Romano e terem ainda outro cumprimento mais amplo nos últimos dias. A profecia de Jesus em Mateus 24 parece estar ligada à destruição de Jerusalém e também aos últimos dias. "Os que estiverem na Judéia fujam para os montes... Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam." (Mt.24,16,34). ESBOÇO DO APOCALIPSE 1. Introdução e saudações - 1.1-8 2. Visão de Jesus glorificado - 1.9-20 3. Cartas às 7 igrejas - 2.1 a 3.22 4. Visão do trono no céu - 4.1-11 5. O livro selado e o cordeiro - 5.1-14. 6. Abertura dos 6 primeiros selos - 6.1-17. 7. Os 144 mil selados - 7.1-8. 8. Visão dos santos na glória - 7.9-17 9. Abertura do sétimo selo. As quatro primeiras trombetas - 8.1-13. 10. A quinta e a sexta trombetas - 9.1-21. 11. O anjo e o livrinho - 10.1-11. 12. As duas testemunhas - 11.1-14. 13. A sétima trombeta - 11.15-19. 14. A mulher e o dragão - 12.1-18. 15. A besta que subiu do mar - 13.1-10. 16. A besta que subiu da terra - 13.11-18. 17. O cordeiro e os remidos no monte Sião - 14.1-5. 18. Os 3 anjos e suas mensagens - 14.6-13. 19. A ceifa sobre a terra - 14.14-20. 20. As 7 taças - 15.1 a 16.21. 21. A grande Babilônia - 17.1-18 22. A queda da Babilônia - 18.1-24. 23. As bodas do Cordeiro - 19.1-10. 24. O cavaleiro do cavalo branco - 19.11-21. 25. O milênio - 20.1-6. 26. A derrota de Satanás - 20.7-10. 27. Juízo Final - 20.11-15. 28. Novo céu e nova terra - 21.1-8. 29. A Nova Jerusalém - 21.9 a 22.5. 30. Encerramento e saudação final - 22.6-21. OUTROS DETALHES Nestas cartas, Jesus faz advertências contra a frieza espiritual (2.4-5), as heresias (2.14-15), a prostituição e falsas cerimônias (2.20-22), as obras de aparência (3.2) e a falsidade religiosa (3.15-17). • A partir do cap. 4 desenrola-se um duplo panorama:visões do céu e da terra , em tempos futuros no desenvolvimento dos capítulos seguintes ,há contraste da glória nos céus com o juízo de Deus sobre a terra e as obras satânicas. • O apocalipse foi dirigido a uma igreja sofredora.Havia perseguições por parte de Roma , a Inimizade dos judeus, as heresias. É um livro de esperança, para quem sofre, e juízo, para os perseguidores. • Cap. 4 e 5: revela-se o “Trono de Deus”. É chegada o tempo de juízo, com a abertura do “livro do Juízo” (5.7). • Cap.6: cada abertura de cada selo mostra um juízo de Deus que recairá sobre a terra, no tempo da “grande tribulação”. • Cap.7 e 8: o povo de Deus na terra, neste período, os judeus ,serão “selados”, continuando no cap. 8 os juízos de Deus: há caos ecológico (8.7-9), incluindo o envenenamento das águas (8.10.11) e escuridão (8.12).”Ai,ai,ai dos que moram na terra” (8.13)! • Cap.9: está profetizado que os ímpios sofrerão no mínimo por 5 meses (9.5). O poder da morte será sustado neste período: (9.6). Infelizmente está escrito que os “homens não se arrependeram” (9.20-21) • Há coisas que o apóstolo João foi negado que relatasse (10.4). Deus ainda enviará duas testemunhas que pregarão o evangelho neste período (11.3-13). Mas Satanás, irado, bastante temerária. Por mais razoável que possa ser tal interpretação, não podemos perder de vista o fato de que a mensagem de Deus é para nós hoje. Teoria 3 – As 7 igrejas são apenas aquelas da Ásia, às quais o Apocalipse foi endereçado. Essa posição é literal e perfeita em sua afirmação. Contudo, se a aplicabilidade das cartas fosse restrita àquelas igrejas, então não haveria motivo para que tais mensagens chegassem às nossas mãos. Enfim, todo o livro de Apocalipse nos seria estranho e inútil, pois foi originalmente destinado às 7 igrejas da Ásia. O entendimento literário está exato, mas não podemos desconsiderar o peso simbólico do texto. O próprio número 7, significando perfeição, totalidade ou plenitude, faz com que as 7 igrejas representem a totalidade da igreja de Cristo em todos os tempos e em todos os lugares. RESUMO DAS 7 IGREJAS DO APOCALIPSE Nomes das Virtudes Pecados e Promessas aos Tip os 1) 2) igrejas Ressaltadas fraquezas vencedores Das eras Das condições repreendidos históricas nas igrejas modernas ÉFESO Boas obras, Perda do Alimento Fim da Igrejas ativas A igreja paciência, amor, celestial idade que enfatizam ortodoxa doutrina reincidência 02:07 apostólica em demasia a Ap 2:1-7 sadia, 02:04,5 ortodoxia, mas disciplina carecem de na igreja, fervor espiritua ódio ao mal 02:02,3 ESMIRNA Constância Nenhuma A coroa da vida Os Igrejas A igreja espiritual, reprovação 02:10 primeiros missionárias e pobre, tesouro séculos de outras que porém rica celestial perseguição padecem Ap 2:8-11 02:09,1 perseguição PÉRGAMO Perseverança Tolerância Bênçãos A época de Igrejas A igreja apesar do a doutrinas espirituais Constantino, sustentadas em ambiente erradas e escondidas, prosperidade pelo governo ambiente mau heréticas alimento divino, temporal mau 02:13 02:14,2 um nome novo Ap 02:17 2:12-17 TIATIRA Amor, Pouca Autoridade A época da Desenvolvimento A igreja da serviço disciplina, espiritual e apostasia de numerosas profetisa espiritual, fé tolerância a iluminação papal seitas novas imoral e paciência uma profetisa 2:26-28 Ap 02:19 corrupta 2:18-29 2:20-23 SARDES Nenhuma, Formalismo Um manto de A Idade Igrejas que A igreja para a extremo, justiça, registro Média manifestam moribunda maioria iminente e formalismo Ap 3:1-6 de seus morte reconhecimento crescente, membros; espiritual, celestial 3:5 declínio alguns são inatividade espiritual louvados por 03:01 sua pureza 03:04 FILADÉLFIA Guardar Nenhuma Converter-se O período Todas as igrejas A igreja “minha registrada em colunas da Reforma, verdadeiramente fraca mas palavra”, espirituais, a época de espirituais leal testemunho levar uma Lutero Ap 3:7-13 03:08 inscrição divina 03:12 LAODICÉIA Nenhuma Tibieza, Companheirismo Os últimos Igrejas A igreja registrada arrogância divino, dias mundanas rica, porém espiritual, entronização populares, pobre inconsciência divina satisfeitas Ap 3:14-22 de suas 03:21 consigo necessidades, mesmas pobreza e cegueira espiritual 3:15-17 A ADORAÇÃO NO APOCALIPSE A adoração é elemento de grande destaque no Apocalipse. O tema central é o combate entre o bem e o mal. Os seres humanos ou celestiais demonstram seu posicionamento nesse conflito através da adoração que prestam. Um dos grandes desejos de Satanás é conseguir para si a adoração que é devida a Deus (Mt.4.9). TEXTO ADORAÇÃO A Apc.4.10 Deus Apc.5.12-14 Deus e o Cordeiro Apc.9.20 Demônios e ídolos Apc.11.1,16 Deus Apc.13.4 O dragão e a besta. Apc.13.12 A besta Apc.13.15 A imagem da besta Apc.14.2 Deus Apc.14.9,11 A besta e sua imagem. Apc.16.2 A imagem da besta Apc.19.4 Deus Apc.19.10 Um anjo (recusada) e Deus Apc.19.20 A imagem da besta Apc.20.4 A besta e sua imagem Apc.22.8-9 Um anjo (recusada) e Deus Em Apocalipse 8.1 verificamos que houve silêncio no céu durante meia hora. Isso nos faz deduzir que existe um som de louvor e adoração constante no céu. João viu os 24 anciãos e os seres viventes que adoravam a Deus e ao Cordeiro. As impressionantes profecias do livro estão intercaladas com manifestações de adoração e cânticos. Em sua visão do céu, João viu um santuário e peças que nos lembram o tabernáculo e o templo do Velho Testamento. Existe no céu um lugar de culto utilizado pelas hostes celestiais. Ali também adoraremos a Deus e ao Cordeiro pelos séculos dos séculos. AMOR E JUÍZO João, o discípulo amado, fez do amor um de seus principais temas, seja no seu evangelho ou em suas epístolas. Em Apocalipse, porém, o amor de Jesus e da igreja é mencionado apenas até o capítulo 3. Ao falar à igreja de Filadélfia, Jesus declara: "Eu te amo." (Apc.3.9). Filadélfia significa "amor fraternal". A partir do capítulo 4, o tom da mensagem muda completamente. Não mais se menciona o amor de Deus mas apenas sua justiça. A santidade divina foi afrontada pelo pecado. Sua ira manifesta sua justiça através de guerras, pestes e catástrofes naturais. Sabemos, porém, que o amor de Deus é eterno e sua manifestação ocorre através das bodas do Cordeiro e da recepção dos salvos na glória. VISÃO GERAL - uma hipótese de interpretação A experiência pessoal de João pode representar a experiência da igreja. No início do livro ele se encontra vivendo sua própria tribulação, preso e exilado. Então o Senhor Jesus vem até ele. No capítulo 4, João é arrebatado ao céu e passa a ver o derramamento da ira divina sobre a terra. Assim, a vinda de Cristo proveria socorro à igreja atribulada, levando-a consigo no arrebatamento. Em seguida, a terra ficaria submersa na Grande Tribulação. Tal interpretação é frágil em sua consistência pois o texto bíblico não diz que João possa estar representando a igreja. Os que defendem o paralelo na questão do arrebatamento de João, chamam a atenção para o fato de que a partir do capítulo 4 a igreja não é mais mencionada com este nome dentro do ciclo de visões do Apocalipse. Supostamente, teria sido encerrado seu período histórico terreno representado pelas 7 cartas. Os fatos apresentados em relação à igreja são bíblicos. A dificuldade está em localizá-los em determinados símbolos e estabelecer-lhes a ordem de ocorrência. De acordo com esta hipótese, que é muito aceita e essencialmente futurista, a abertura do primeiro selo seria o início da Grande Tribulação (Ap.7.14), que incluiria os selos, as trombetas, as taças e todos os flagelos destinados aos ímpios e às forças do mal. No meio da cena encontram- se o dragão e as duas bestas tentando usurpar a glória que é devida ao Cordeiro. O dragão é Satanás. As duas bestas são o Anticristo e o Falso Profeta. Durante a Grande Tribulação muitos seriam salvos e morreriam por sua fé. Enquanto isso, estaria acontecendo no céu as bodas do Cordeiro. Ao fim desse período, Cristo desceria do céu para aniquilar a besta e o falso profeta. O dragão seria preso por mil anos e nesse período Cristo reinaria com todos os santos sobre a terra. Estaria encerrada a Grande Tribulação e inaugurado o milênio, ao fim do qual, Satanás seria solto e tentaria novamente uma reação contra Cristo. Entretanto, seus agentes seriam consumidos antes de iniciarem a batalha. Na seqüência ocorre o juízo final, que será o julgamento de todos os homens. Aqueles cujos nomes não se encontram no livro da vida serão lançados no lago de fogo, onde serão atormentados eternamente. Em seguida, João vê a Nova Jerusalém. Essa passagem é vista como uma descrição do estado eterno dos salvos. A cidade seria o lugar onde viveremos para sempre com Cristo. QUESTIONAMENTOS E OBSERVAÇÕES Algumas dessas afirmações são amplamente aceitas. Tal arranjo escatológico pode parecer bastante apegado ao texto. Contudo, observamos que essa interpretação contém alguns pontos questionáveis e incertos. Outros parecem perfeitos. A primeira dificuldade é entender o arrebatamento de João como arrebatamento da igreja, conforme já mencionamos. O arrebatamento de João se deu antes de se tocarem as 7 trombetas. Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, disse que o arrebatamento da igreja aconteceria quando a última trombeta fosse tocada. Disse também que a ressurreição dos santos acontecerá antes do arrebatamento. Encaixando isso no quadro apocalíptico, teríamos o arrebatamento da igreja junto com a ressurreição no capítulo 20. Sendo assim, a igreja teria participado ou, pelo menos, presenciado a Grande Tribulação. Em Mateus 24, Jesus menciona a Grande Tribulação (v.21) antes do fato que parece ser o arrebatamento (v.31). No meio da tribulação estarão os escolhidos (v.22). Estes podem indicar toda a igreja, mas alguns comentaristas dizem que são apenas os que forem salvos durante o período. Alguns eruditos se recusam a ver as duas testemunhas como dois homens. Daí surgem outras hipóteses. Seriam elas o Velho e o Novo Testamento? Tal sugestão não parece razoável. Há quem entenda que as testemunhas sejam apenas um símbolo da igreja em seu papel de evangelização. - O dragão do capítulo 12 é Satanás. A mulher representa a nação de Israel. O Filho Varão é Cristo. O resto da semente parece representar a igreja. As menções a Israel no Apocalipse constituem pontos de dúvida. Elas podem se referir à nação de Israel ou simplesmente à igreja, o "novo Israel". Assim acontece com os 144 mil eleitos de Deus (Apc.7.4). São 12 mil de cada uma das tribos. Como sabemos, tais números têm valor simbólico. Portanto, não faz sentido pensarmos que 144 mil seja o número final dos salvos. Na seqüência do mesmo capítulo, João vê os remidos de toda tribo, língua, povo e nação, cujo número era incontável (Apc.7.9). CONCLUSÃO O Apocalipse trata dos últimos lances da guerra histórica entre o bem e o mal. Satanás usa suas últimas armas durante o tempo que lhe resta. Contudo, a vitória divina é inevitável. Em meio a todo esse combate estão os homens, servindo a um dos lados. A mensagem apocalíptica é um aviso divino para a humanidade. Não existe esperança para as forças demoníacas, mas para os homens sim. Ignorar o Apocalipse seria como rasgar uma notificação judicial sem tê-la lido. O prazo está se esgotando. Ainda que o mundo dure mais 1000 anos, é o nosso tempo de vida que determina nossa chance de deixar o mal e escolher o bem. O arrependimento é também um tema em destaque no Apocalipse (2.5,16,21,22; 3.3,19; 9.20,21; 16.9,11). Deus poderia extinguir a raça humana em um instante. Porém, ele manda seus castigos aos poucos, esperando que os homens sintam a culpa pelo pecado e se arrependam. Devemos ouvir a sua voz enquanto temos tempo. Antes que o juízo venha, existe uma porta aberta para o Reino de Deus através do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. "O Espírito e a noiva dizem: Vem. Quem ouve diga: Vem. Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida." (Ap.22.17). RESUMO DOS ACONTECIMENTOS A Cronologia do Fim Com relação aos eventos futuros, todos nós desejamos obter as seguintes respostas: quando, como, onde e porque. Não é fácil colocarmos os acontecimentos em tal ordem que nos dê uma idéia do que irá acontecer em primeiro, em segundo ou em terceiro lugar. Tentaremos fazê-lo. Somos cientes de que nada podemos realizar sem a ajuda do Espírito, que em nós habita. 1) Sinais precursores da vinda de Jesus 1)..a Surgimento de falsos profetas; fome, guerras e terremotos em maior intensidade; maior perseguição aos servos fiéis; maior desobediência à Palavra; aumento da desobediência na relação familiar; aumento da crueldade, do orgulho, da ganância, da traição (Mt 10.21; 24.4-11; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-9; 4.3-4; 2 Pe 2.1-3; 2 Pe 3.3-5; Jo 15.19-20; At 14.22). 2) O Arrebatamento 2)..a A Igreja será arrebatada na primeira fase da vinda do Senhor; não sabemos quando será. Teremos nossos corpos transformados. Estaremos livres da ira vindoura (Mt 24.42-44; 1 Ts 1.10; 4.16-17; Ap 3.10-11; Rm 8.23; 1 Co 15.50-55). 3) Tribunal de Cristo 3)..a O julgamento dos crentes segundo as suas obras. Não será julgamento para condenação. Uns receberão muitos galardões; outros, reprovação, poucos galardões ou nenhum (Mt 5.11-12; 25.Jo 5.22; Rm 14.12; 1 Co 3.12-15;9.25-27; 2 Co 5.10; Gl 6.8-10; Cl 3.23-25; Hb 6.10; Ap 2.26-28). 4) As Bodas do Cordeiro 4)..a Dar-se-á o encontro de há muito esperado do noivo (Jesus) com a sua noiva (Igreja). Estaremos com Jesus para sempre. "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro" (Ap 19.7-9). 5) A Tribulação 5)..a Eventos anteriores à Tribulação: grandes sinais e maravilhas realizados por falsos profetas; grande atividade satânica e considerável aumento da apostasia (abandono da fé). 6) Anticristo 6)..a Inteligente e carismático, surgirá como líder mundial logo no início da tribulação. (2 Ts 2.3-9; 1 Jo 2.18; Ap 13.1-10) Surgimento do Falso Profeta (Ap 13.11-16). Início da abertura dos sete selos de Apocalipse 6. Grande perseguição a todos os que permanecerem fiéis a Cristo (Dn 12.10; Ap 6.9-11; 20.4). 7) Grande Tribulação 7)..a O tempo total da Tribulação será de sete anos. Chama-se Grande Tribulação os últimos três anos e meio desse período. Será um tempo de aflição sem medida. A feitiçaria e as atividades demoníacas alcançarão grau máximo. Deus continuará derramando seus juízos sobre a terra (Ap 9.1-21; 16.1-21). Tempo de grande sofrimento para os judeus (Dn 9.27; Is 13.9-11; Mt 24.15-28; Jr 30.5-7). 8) A Vinda de Jesus (Segunda fase) 8)..a Jesus surgirá de forma visível e triunfará sobre o Anticristo e seus exércitos na Batalha do Armagedom. Virá com os crentes, os anjos e os santos da tribulação. Satanás será preso por mil anos (Zc 12.10; 14.3-7; Ap 20.2; 19.11-21). 9) O Julgamento das Nações 9)..a Esse julgamento objetiva selecionar os povos que participarão do Milênio (Jl 3.2,11,12,14; Mt 25.31-46). 10)O Milênio 10)..a Período de mil anos sob o reinado de Jesus (Ap 20.4; 2 Tm 2.17; Rm 8.17). 11)Última revolta de Satanás 11)..a "Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações... a fim de ajuntá-las para a batalha. Mas desceu fogo do céu, e os consumiu. E o diabo foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para sempre” (Ap 20.7-10). 12)O Juízo Final 12)..a Os ímpios de todas as épocas ressuscitarão para serem julgados segundo suas obras (Ap 20.11-15). ANEXOS:
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved