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O puerperio e suas complicações, Notas de estudo de Cultura

O PUERPERIO E SUAS COMPLICAÇÕES

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 09/02/2010

gabriele-braga-11
gabriele-braga-11 🇧🇷

4.3

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Baixe O puerperio e suas complicações e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! Puerpério Período variável, de evolução diferente de mulher para mulher, onde concomitante ao efetivo exercício da maternidade a mulher experimenta profundas modificações genitais, gerais e psíquicas, com gradativo retorno ao período não gravídico. O puerpério inicia-se após a dequitação da placenta ou pela cessação de sua função endócrina nos casos de morte ovular, e divide-se em três etapas: Puerpério imediato (1º ao 10º dia) Puerpério tardio (10º ao 45º dia) Puerpério remoto (após o 45º dia) Com a dequitação da placenta a mulher perde, subitamente, a sua fonte produtora de estrógenos, uma vez que os ovários tinham sua função bloqueada durante a gravidez, após cumprida a função do corpo lúteo. A queda dos hormônios esteróides que inibiam o efeito da prolactina, aliada a uma liberação aumentada da prolactina como efeito da sucção, determina o início da lactação. Ainda por conta do hipoestrogenismo a puérpera irá experimentar um período de atrofia genital, denominado de "crise genital" até que os ovários retornem a sua função endócrina plena, período este variável e dependente da função da lactação. Involução Uterina A manutenção da contractilidade, uterina após a dequitação da placenta promoverá a involução do útero, bem como a hemóstase do sítio de inserção placentária (globo de segurança de Pinard), que será sucedido pela trombose local dos vasos (fase de trombotamponagem). Nas primeiras 24 horas o útero alcança a cicatriz umbilical, mantendo um dextrodesvio, e apresentando-se de consistência firme. A involução far-se-á em ritmo irregular, a uma razão aproximada de 1 cm por dia, de modo que no l0º dia do puerpério já não será mais palpado acima da sínfise púbica, e seu peso que era de 1.000g estará reduzido a menos da metade, sendo que o processo de involução continuará por cerca de cinco a seis semanas. A cavidade uterina por sua vez sofre um processo de necrose e eliminação da decídua parietal, passando a regenerar-se pela proliferação do epitélio glandular, por ação estrogênica, após o 25º dia. O sítio de inserção placentária será regenerado progressivamente a partir do endométrio vizinho por um período que se prolonga até o puerpério remoto. Lóquios O fluxo genital decorrente da drenagem uterina puerperal denomina- se lóquios. De início o fluxo é sangüíneo (lochia rubra) de volume variável, normalmente não ultrapassando o de um fluxo menstrual, já a partir do 5º dia de puerpério tornam-se acastanhados (lochia fusca), tornando-se, gradativamente serossangüíneos (lochia flava) por volta do 10º dia, e finalmente tornam-se apenas serosos (lochia alva)· O odor é característico e depende da flora vaginal da mulher, podendo tornar-se fétido quando da ocorrência de infecção. Nas nutrizes ou nas mulheres submetidas à operação cesariana com limpeza abundante da cavidade uterina, os lóquios costumam ser de menor intensidade. Colo Imediatamente após o parto o colo apresenta-se com bordos edemaciados, limites imprecisos e com pequenas lacerações que terão resolução espontânea. A regressão do diâmetro cervical é progressiva, e por volta do 10º dia já se apresenta impérvio, com orifício em fenda na maioria das mulheres que tiveram parto vaginal. Vagina No pós-parto imediato a vagina encontra-se edemaciada, congesta, e com grande relaxamento das paredes vaginais, alterações que regridem após os dois primeiros dias. Ocorre nas primíparas, lacerações do hímen, que após cicatrizado, constituirão as carúnculas mirtiformes. A alteração mais importante é a atrofia da mucosa vaginal resultante do hipoestrogenismo, é a crise vaginal, que inicia sua recuperação por volta do 25º dia, fato comum às que tiveram parto vaginal ou cesáreo. O retorno do esfregaço vaginal à normalidade é individual e habitualmente retardado nas nutrizes. Embora a rugosidade da mucosa retorne gradativamente, a redução da mesma é evidente a cada parto. Vulva e Períneo Apresentam-se edemaciadas e congestas, retornando à normalidade rapidamente, lacerações pequenas são freqüentes e cicatrizam espontaneamente. A ocorrência de botões hemorroidários é freqüente, pela congestão venosa e pela compressão do plexo hemorroidário provocado pela passagem do feto no canal de parto. A regressão costuma ser espontânea. Assoalho Pélvico A musculatura pode sofrer distensões e lacerações que, num futuro INFECÇÃO PUERPERAL Considera-se como infecção puerperal aquela originada no aparelho genital, após parto recente. É um quadro grave podendo levar a paciente à morte, pois a infecção pode propagar-se por todo o organismo. Agente Etiológico: O estreptocóco é o microorganismo que mais freqüentemente ocasiona infecção do aparelho genital. Outros germes piogênico existentes no ambiente podem também causar esse tipo de infecção. Existem fatores que favorecem o aparecimento da infecção puerperal. São eles: Hemorragia antes do parto Parto prolongado Traumatismo do parto Sintomatologia A puérpera apresenta: Febre acima de 38ºC após o 1º dia do puerpério; Calafrios; Mal-estar geral; Dor localizada; O diagnóstico é feito pelos sinais e sintomas apresentados e cultura de secreção vaginal. O tratamento é feito à base de antibióticos. Cuidados de enfermagem O fundamental para que uma infecção puerperal seja evitada, são os cuidados a serem tomados desde o pré-natal até o puerpério. São eles: Suprimir os focos de infecção da gestante; Uso rigoroso de técnicas assépticas durante o parto eo puerpério; Cultura dos lóquios da puérpera com hipertemia após as primeiras 24 horas de parto; Isolamento das puérperas febris para evitar contaminação de outras pacientes; MASTITE PUERPERAL A mastite puerperal é uma infecção purulenta das mamas. É uma das mais graves complicações das mamas, ocorrendo com maior freqüência nas mulheres que amamentam. A porta de entrada dos germes são as rachaduras do mamilo. Sintomatologia A sintomatologia depende da porção afetada, porém pode apresentar: enrugamento mamário Hipertemia Dor Tratamento Instalado o processo, geralmente a conduta é: Não amamentar; Antibióticos e drogas que diminuem a secreção do leite; dieta seca para diminuir a secreção do leite; Aplicação de calor local; analgésico e antitérmico; Cuidados de enfermagem As medidas profiláticas são as mais importantes para evitar a instalação do processo. Para tanto é necessário que a mãe seja orientada quanto aos cuidados a serem tomados. São eles: Usar soutiens para sustentação; Limpar os mamilos antes e depois das mamadas, para evitar que fiquem resíduos de leite; Na hora de amamentar, fazer com que a boca do bebê preencha todo o mamilo; Fazer o bebê mamar nas duas mamas, em cada mamada; iniciando por aquela que foi dada por último; Não deixar o bebê morder o mamilo para que não se formem fissuras; Se após a amamentação a mama não esvaziar, proceder a retirada do leite com bomba; Cabe aos elementos da equipe de enfermagem orientar as mães, explicando a necessidade dos cuidados acima citados para que se evite a instalação da mastite. Psicose puerperal A psicose puerperal é uma complicação rara, que acontece principalmente em mulheres com histórica psiquiátrica regressa. As causas principais estão relacionados à insegurança, falta de auto- estima, podendo chegar até à perder o filho. As mães solteiras são freqüentemente afetadas, devido à falta de estrutura familiar sólida capaz de ajudá-la a criar o filho. Hemorragia A mulher perde cerca de 300 ml de sangue durante o parto normal. Esse valor é acrescido em 100 ml se a mesma fez episiotomia. É considerado hemorragia pós parto o sangramento, que ocorre em excesso logo após o parto. As causas principais de hemorragia são: atonia uterina, laceraçÕes do colo ou vagina e retenção de restos placentários. A atonia uterina ocorre devido exaustão da musculatura uterina resultando de um trabalho de parto prolongado ou precipitado, gravidez múltipla, hidrâmnio, D.P.P., manipulação excessiva para a dequitação. Sintomatologia Sangramento excessivo (pode não ser aparente) F 0 B 7 Útero amolecido e grande F 0 B 7 Sinais de choques hipovolêmico Tratamento e cuidados de enfermagem F 0 B 7 Administrar ocitócitos segundo prescrição médica; F 0 B 7 Observar involução uterina a cada 15 minutos, na primeira hora após o parto; F 0 B 7 Verificar SSVV a cada 15 minutos até estabilizar, a fim de detectar sinais de choque;
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