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Guias e Dicas
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Conceitos importantes em farmacologia, Notas de estudo de Farmacologia

Farmacologia : ciência que estuda os fármacos conhecimento da sua história, origem, propriedades físicas e químicas, composição, absorção, biotransformação e excreção, efeitos terapêuticos e acessórios e o seu mecanismo de acção no organismo.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 17/02/2010

gerson-souza-santos-7
gerson-souza-santos-7 🇧🇷

4.8

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Baixe Conceitos importantes em farmacologia e outras Notas de estudo em PDF para Farmacologia, somente na Docsity! • Definições Farmacologia • ciência que estuda os fármacos • conhecimento da sua história, origem, propriedades físicas e químicas, composição, absorção, biotransformação e excreção, efeitos terapêuticos e acessórios e o seu mecanismo de acção no organismo. Ramos da farmacologia - Farmacognosia: origem, conservação, identificação, extracção, análise química dos fármacos que provêm dos reinos animal e vegetal - Farmácia: preparação dos fármacos - Farmacodinâmica: acções farmacológicas e mecanismos de acção; o que o fármaco faz no organismo - Farmacocinética: o que o organismo faz ao fármaco; absorção, biotransformação e excreção - Toxicologia: acções tóxicas dos fármacos Droga - produtos de natureza animal, vegetal ou mineral empregados na preparação de medicamentos Fármaco • substância activa de origem humana, animal, vegetal ou química a qual se atribui uma actividade apropriada para constituir um medicamento • Medicamento Definição - toda a substância que possua propriedades curativas ou preventivas das doenças e dos seus sintomas - Com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou a restaurar, corrigir ou modificar as suas funções orgânicas • pode ser curativo, profiláctico ou de diagnóstico Efeitos, podem ser - terapêuticos ( enquadra o medicamento em determinado grupo terapêutico) - laterais ou secundários ( todos os efeitos que não concorram para a melhoria da situação patológica a ser tratada); podem ser adversos quando são indesejáveis, ou quando dão lugar a interacções prejudiciais Formas farmacêuticas - Formas como se apresentam os medicamentos: pós, comprimidos, xaropes, pomadas, pomadas, supositórios... - Têm como objectivo: obter preparações medicamentosas susceptíveis de se conservarem com a máxima potência durante o maior período de tempo; de permitirem fácil administração; proporcionarem boa biodisponibilidade Biodisponibilidade - quantidade de princípio activo que fica disponível para ser utilizado como efeito terapêutico e o tempo que demora a fazer efeito e a chegar ao local de acção Constituição do medicamento: PAGE 1 - princípio activo - excipiente- toda a matéria prima que incluída nas formas farmacêuticas, se junta às substâncias activas para servir-lhes de veículo e para possibilitar a sua preparação e estabilidade; deve ser o mais inerte possível, tendo que se desagregar de forma a libertar o princípio activo - conservante- por vezes utilizado para evitar ou retardar a degradação do princípio activo Prazo de validade - período até ao qual o princípio activo tem estabilidade; garante a actividade do princípio ou que este não se torne tóxico Medicamentos organotrópicos - efeito terapêutico resulta duma acção directa sobre o organismo Medicamentos etiotrópicos - actuam sobre os agentes patogénicos que causam doença Medicamentos podem ser: - de uso interno- administrado no interior do organismo pelas cavidades naturais ou acidentais ( via oral, rectal, nasal, etc.) - de uso externo- exclusiva aplicação na superfície do corpo ou em mucosas facilmente acessíveis do exterior Medicamentos genéricos ou similares - têm o nome ou nomes do fármaco ou fármacos constituintes: apenas o nome químico ( denominação internacional comum) • Monitorização terapêutica - curva do perfil de resposta terapêutica de um indivíduo a uma determinada terapêutica ( valores de concentração do medicamento) - não é só administrar a dose e medir a concentração é a aplicação de conceitos matemáticos e o desenhar de curvas padrão de forma a ajustar a dose certa ao indivíduo Janela terapêutica - vai ser igual à diferença entre a concentração mínima eficaz e a concentração tóxica mínima - quanto menor esta diferença, maior será o risco Semi- vida- tempo em que a concentração do medicamento se reduz a metade Concentração de pico- concentração máxima entre 2 tomas Concentração de vale- concentração mínima entre 2 tomas Utilizada em casos de: - idosos; crianças; doenças hepáticas, renais, cardíacas • medicamentos com janela terapêutica estreita: aminoglicosídios • Fases da passagem de um fármaco pelo organismo PAGE 1 - lipossolubilidade- quanto mais lipossoluvel mais facilmente passa - tamanho da molécula- muito grandes não passam nos poros da memb. - pH do meio ( ionização das moléculas)- > ionização, < passagem Difusão facilitada - por meio de um transportador ( proteínas e pirofosfatos) - sujeito a competição e saturação - de acordo com o gradiente de concentração Transporte activo - transporte contra o gradiente de concentração e com gasto de energia - utiliza transportador: sujeito a competição e saturação - sensível ás variações de temperatura - permite a substância de macromoléculas ou substâncias não lipossolúveis Pinocitose • invaginação da membrana e incorporação de uma substância sólida Factores que influenciam a absorção - área de absorção- maior área de contacto ( intestino), + rápida absorção - tempo de contacto- importante no tubo digestivo ( diarreia e obstipação) - intimidade de contacto- os medicamentos em solução ou suspensão são melhor absorvidos que os comprimidos; presença de alimentos prejudica a absorção no tubo digestivo - intensidade de irrigação - espessura da estrutura absorvente- mais fina, mais rápida a absorção Efeito de primeira passagem • ao ser absorvido, o fármaco é transportado para o fígado, se ele é eliminado principalmente pela via hepática e é biotransformado, então apenas uma pequena parte sobrevive à passagem do fígado 3.2- Distribuição - o fármaco distribui-se pelo líquido intravascular, espaço inter ou intra celular Volume de distribuição - volume de fluído em que o fármaco se encontra dissolvido ( valor abstracto) - quantidade de fármaco no corpo / concentração de fármaco no plasma - quanto maior o volume de distribuição menor a concentração no plasma a partir de um dado valor inicial - fármaco lipossolúvel, entra facilmente na célula o que implica um grande volume de distribuição - fármaco hidrossoluvel- permanece no espaço inter celular, logo tem um pequeno volume de distribuição Factores que fazem variar a distribuição Barreiras celulares PAGE 1 - barreira hemato- cefálica: protege o SNC impedindo que o fármaco passe para o espaço intra celular; para atravessarem têm de ser lipossolúveis; diminui o volume de distribuição a nível cerebral - barreira placentária: pouco selectiva Irrigação sanguínea - quanto mais intensa, mais facilitada e rápida a distribuição Ligação ás proteínas plasmáticas - apenas a forma livre dos fármacos é activa ( quando está ligado ás proteínas não consegue atravessar os capilares) - como a afinidade para as proteínas é diferente, pode suceder que, administrando 2 fármacos, o que tenha maior afinidade para as proteínas, vai competir com o outro, impedindo a sua ligação ás proteínas. Isto faz com que se passe a ter no plasma, sob a forma livre ( activa) concentrações superiores ás que teria se fosse administrado sozinho - indivíduos podem ter déficit de proteínas o que também provoca o aumento de concentrações 3.3- Biotransformação/ Metabolização - alterações químicas sofridas pelo fármaco no interior do organismo - orgão responsável é o fígado; sistema enzimático; sistema microssomal hepático/ citocromo P450 - no organismo todos os fármacos são metabolizados: a sua molécula sofre acção de enzimas que provocam mudanças, mais ou menos acentuadas, na sua estrutura, características físico- químicas e farmacológica - transformar o fármaco em algo mais hidrófilo e excretavel: geralmente os metabolitos são mais hidrossolúveis que os fármacos que lhe dão origem - há metabolitos que conservam totalmente a actividade dos fármacos ou até podem ter uma potência farmacodinâmica aumentada - influenciada por patologias e por indução enzimática ( interacção) Principais reacções de biotransformação Fase 1- Oxidação; Redução; Hidrólise Fase 2- Conjugação ( com ácido glucorónio, glicina, sulfato) Consequências da biotransformação • inactivação do fármaco ( ex.: morfina) • conversão de uma substância activa em outra também activa ( diazepan) • conversão de uma substância inactiva ( pró- droga) em outra activa 3.4- Excreção Via renal - via mais importante - filtração glomerular, não seguida de reabsorção do fármaco filtrado - secreção tubular: transporte activo do fármaco para o lúmen tubular Via biliar - fármaco excretado pela bílis para o intestino e a excreção dá-se pelas fezes - parte do fármaco activo ainda é reabsorvido (ciclo entero- hepático) PAGE 1 Via pulmonar - importante para a excreção de anestésicos gerais e de compostos voláteis Outras vias - láctea, secreção digestiva, sudorípara, lacrimal, tracto intestinal NOTA: eliminação = metabolização + excreção renal 4- Farmacodinâmica - mecanismos de acções gerais dos fármacos - na sua maioria os fármacos exercem acções porque interactuam com receptores celulares existentes no organismo - desta interacção resulta uma modificação destes receptores que vai culminar na resposta terapêutica - nenhum fármaco cria efeitos, apenas modifica acções já existentes Conceitos importantes Receptor- componente celular ( normalmente proteínas) onde se fixam os fármacos para produzirem os seus efeitos Afinidade- capacidade de um fármaco se fixar a um receptor ( não modifica estrutura do receptor) Actividade intrínseca ou eficácia- capacidade de um fármaco produzir efeito, após fixação ( altera uma acção; modifica a estrutura do receptor de forma a produzir efeito terapêutico) Antagonista- fármaco que apenas possui a capacidade de se fixar sobre os receptores; impede a fixação de outras substâncias Agonista- possui actividade intrínseca e afinidade Agonista total- possui eficácia máxima Agonista parcial- produz efeito, mas não o máximo. Funciona como antagonista parcial se se fixar ao receptor antes de um agonista total. Antagonismo competitivo- quando fármaco antagonista se fixa ao receptor impedindo e competindo com fármacos agonistas; se a ligação do agonista for fraca, pode ser removido com o aumento da concentração do agonista Características da ligação fármaco- receptor - Reversível - especificidade do receptor para cada família de fármaco - regulação do nº e propriedades dos receptores disponíveis- depende da quantidade de moléculas de fármaco, de receptores; é preciso desabituar o receptor lentamente reduzindo a dose farmacêutica Acções farmacológicas não mediadas por receptores Natureza física: diuréticos osmóticos, anestésicos gerais gasosos ou voláteis, expansores do plasma e protectores gástricos Natureza química inespecífica: antiácidos, alcalinizantes Quelação Interacções medicamentosas 1- Antes da entrada no organismo PAGE 1 - piperacilina: penicilina com espectro de acção mais amplo; septicémias graves e profilaxia de certas intervenções cirúrgicas abdominais e ginecológicas Reacções alérgicas - anafilaxia: broncoconstrição, asma grave, dor abdominal, náuseas e vómitos, astenia extrema, morte rápida - Rash cutâneo: exantema generalizado - febre, asma vasculite 2.- Cefalosporinas Conforme a resistência classificam-se em: 1ª Geração: Cefalotina, Cefaloridina, Cefalexina, Cefradina, Cefazolina ( activos contra Gram + mas modestos com Gram -) 2ª Geração: cefoxitina, cefuroxima ( activos contra Gram – e anaeróbios) 3ª Geração: cefotaxima, ceftazidima ( não tem metabolização hepática), ceftriaxona ( não tem metabolização hepática e excreção é 50% renal e 50% biliar) Mecanismos de acção - inibem síntese da parede celular bacteriana Absorção - administração por via parentérica excepto cefalexina e Cefradina - não atravessam barreira hemato cefálica - pouco metabolizadas Expectro de acção - largo: Gram + e - Reacções alérgicas - normalmente os alérgicos a penicilinas são-no também a cefalosporinas Efeitos secundários - por via oral: náuseas, vómitos e diarreia - por via IV: tromboflebites - pode surgir reacção cutânea eritemática - aumentam a nefrotoxicidade dos aminoglicosídios ao usar ao mm tempo NOTA: Devem ser usadas com cuidado pois desenvolvem resistência com muita facilidade, sobretudo as de 1ª geração. 3.- Monobactamos ( aztreonam) 4.- Tienamicinas ( Imipenem- AB com espectro + alargado) 2- Macrólidos Mecanismos de acção - inibem síntese de proteínas, são portanto bacteriostáticos, sendo, no entanto, bactericida em concentrações elevadas Absorção PAGE 1 - eritromicina: administrada em comprimidos revestidos ou cápsulas, ou por EV - todos são bem absorvidos por via oral mas a eritromicina é inactivada pela acidez gástrica - a eritromicina e a azitromicina são excretadas activamente pela bílis, dando-se reabsorção parcial no intestino Espectro de acção - eritromicina: (alternativa a penicilina G) infecções de estreptococos hemolíticos do grupo A, corynebacterium diphteriae Efeitos secundários - náuseas e vómitos, dores abdominais 3- Clorofenicol e tetraciclinas Mecanismos de acção - actuam nos ribossomas impedindo a síntese proteica: bacteriostáticos Absorção - todas as tetraciclinas são absorvidas por via oral ( não completamente), sendo a doxiciclina a melhor absorvida por via oral e a menos afectada pela presença de alimentos e não é excretada por via renal ( pode ser administrada em insuficientes renais) - a ingestão de leite e antiácidos inibe a absorção de tetraciclinas - clorofenicol pode ser administrado por via oral ou EV e excretado pelo rim Expectro de acção - tetraciclinas: largo espectro; 1ª escolha para cólera, peste e brucelose - cloranfenicol: usado apenas na febre tifóide e paratifóide Efeitos secundários • Tetraciclinas: alterações digestivas ( ardor, náuseas e vómitos e diarreia), coloração castanha dos dentes, não deve ser administrado a grávidas nos últimos meses nem em crianças até 12 anos • Clorofenicol: anemias 4- Aminoglicosídeos Mecanismos de acção - todos são bactericidas: inibem a síntese proteica Absorção - Absorção oral muito baixa - Neomicina administrada por via tópica - Via EV: gentamicina, netilmicina, canamicina, tobramicina, amicacina e estreptomicina - Circulam quase na totalidade na forma livre - Excreção renal Espectro de acção PAGE 1 - pouco aconselhados para microorganismos anaeróbios, facultativos ou Gram + - úteis nas infecções por Gram - : enterobactérias e pseudomonas - por vezes associam-se a ß- Lactâmicos - netilmicina é utilizado para infecções urinárias nosocomiais (– tóxico) Efeitos secundários - ototoxicidade, podendo conduzir a surdez e afectando o feto - nefrotoxicidade: permite acumulação do AB; máxima com a gentamicina - dor no local de injecção Estreptomicina - 1º tuberculostático, hj de 2ª ou 3ª escolha, útil nos doentes com SIDA - Muito limitado devido a toxicidade, resistência bacteriana e ausência de absorção digestiva Amicacina • + eficaz dos aminoglicosídios e o que tem resistido ao estabelecimento de resistências; fármaco de reserva Monitorização terapêutica - pequena janela terapêutica obriga a que a sua utilização seja o mais reduzida possível e durante o menor tempo possível 5- Quinolonas • Bactericidas: alteram a estrutura do DNA bacteriano • bem absorvido por via oral • são muito caras e têm pouca importância devido ao rápido desenvolvimento de resistências • Fluoroquinolonas: Norfloxacina, ciprofloxacina, ofloxacina • Espectro de acção: aeromonas, enterobactérias.. • Utilizadas em : infecções urinárias resistentes a outros AB; infecções gastrointestinais; infecções respiratórias 6- Outros agentes etiotrópicos 6.1- Co- trimoxazol • bem absorvido por via oral, penetra no LCR • utilizado em infecções pulmonares, urinárias e intestinais, desde que não hajam contra indicações 6.2- Clindamicina • bem absorvida por via oral mas também administrada por IM ou EV • pode provocar diarreias e colites; 2ª escolha 6.3- Vancomicina • inibe a síntese de parede celular: bactericida • administrado em EV em perfusão • primeira escolha para infecções provocadas por estafilococos resistentes à penicilina PAGE 1 Aciclovir • Infecções por herpes simplex e por varicela Zoster • Inibe os vírus em replicação activa • Pode ser administrado por via oral, tópica ou EV, distribuindo-se muito nos tecidos • Eliminação renal • Efeitos adversos: irritação local ( aplicação tópica), cefaleias, diarreias, náuseas e vómitos ( EV) Vidarabina • Infecções por herpes simples e Zoster: foi sendo substituído pelo Aciclovir • Usado em encefalites por herpes • Administrado por EV durante período prolongado ( 12 H) Zidovudina • AZT incorpora-se na cadeia de DNA viral, inutilizando-a • Via oral; bastante absorvido pelo SNC; excretado pela urina • Reacções adversas: tóxico para a medula: anemia e leucopenia • PAGE 1 Analgésicos com acção central Mecanismo de actuação • analgesia central obtém-se por interferência com os receptores opiáceos • analgésicos opiáceos ( origem natural) e analgésicos opióides ( sintéticos ou semi- sintéticos Efeitos da estimulação dos receptores opiáceos Morfina Farmacocinética • absorção lenta por via oral ( efeito máximo após 90-120 minutos) e sofre forte efeito de 1ª passagem • normalmente é administrado por via parentérica: IM, SC- efeito máximo após 30-60 min.; EV e epidural- 20’ • efeito dura cerca de 4 H nas vias parentéricas e oral, e 6-24H na epidural • distribui-se por todos os tecidos: penetra no feto ( não deve ser usado na gravidez) • excreção renal Mecanismo de acção • actua no SNC , podendo ter efeitos depressores ou estimulantes ( neurónios excitatórios ou inibitórios) Efeitos • analgesia, sedação, depressão respiratória, euforia e dependência • o seu uso é indicado em pós operatório em doentes oncológicos, no entanto está limitado devido á depressão respiratória no tratamento de dor aguda e à dependência e tolerância à dor crónica Codeína • acção semelhante á morfina mas 12 vezes menos potente: provoca menor euforia e raramente provoca dependência • eficaz por via oral, sendo utilizada como antitússico ( deprime centro da tosse) Petidina/ Meperidina • analgésico opiáceo mais utilizado; 10 vezes inferior à morfina • é bem absorvida oralmente mas sofre forte efeito de 1ª passagem • normalmente administrada IM: absorção irregular • utilizada para trabalho de parto • pode causar dependência Metadona • ligeiramente mais potente que a morfina ( no entanto provoca menos euforia) PAGE 1 • bem absorvido por via oral • sintomas de privação menos intensos que os da heroína: usada quase exclusivamente em casos de desintoxicação de toxicodependentes. Fentanil • cerca de 100 vezes mais potente que a morfina • administrado por EV: efeito de início rápido e de curta duração: 30-45’ • uso limitado a fases anestésicas ( gerais) Nalorfina • escasso efeito analgésico: usada fundamentalmente pelo seu antagonismo, que reverte efeitos tóxicos dos agonistas puros Pentazocina • administrada por via oral; aceitável analgesia com limitada depressão respiratória; pode provocar síndroma de privação Buprenorfina • utilizado antes da morfina: se este não surtir efeito passa-se à morfina • administração SL • analgesia com duração de 8-10H Naloxona • antagonista de eleição: reverte a depressão respiratória causada por morfina ou petidina em 2-3 minutos Clonixidina, Tramadol • elevada potência analgésica e ausência de depressão respiratória, dependência e tolerância • Analgésicos, antipiréticos e anti- inflamatórios Salicilatos • Ácido salicílico e derivados : acido acetil salicílico Acções • Analgésica: tratamento de dores somáticas ( músculo – esqueléticas) pouco intensas • Antipirética: abaixamento do ponto de regulação do centro termorregulador ( em febre) • Antiinflamatória: em doses superiores à que se utiliza para os outros efeitos Farmacocinética • Absorção por via oral • Ligação forte ás proteínas plasmáticas • Atravessam a barreira hemato cefálica e placentária PAGE 1 1.- Gases Protóxico de azoto • Analgésico pouco potente: ajuda a diminuir a concentração de agentes mais potentes- anestésico auxiliar; serve geralmente para manter a anestesia • Solubilidade no sangue e SNC é baixa; não metabolizado pelo fígado; eliminado pelos pulmões • Vantagens: não provoca irritação; não deprime centro respiratório; não atinge a função renal ou hepática • Desvantagens: não tem efeito relaxante muscular ( provoca hipóxia se usado sozinho); 2.- Vapores Halotano • Provoca suave e rápida perda de consciência em 2-3 minutos, não acompanhada de efeitos irritantes • Efeitos laterais: hipotensão, bradicárdia, afecta centro termorregulador. • Efeitos laterais adversos: deprime musculatura lisa dos brônquios, pode ocorrer hipóxia ( necessita de ventilação); hepatotóxico • Não tem acção analgésica, apenas provoca inconsciência Isoflurano • Permite recuperação rápida e suave; a indução ocorre em menos de 10’ • Deprime a respiração e pode provocar hipotensão- vasodilatação coronária; produz relaxamento muscular • Pouco metabolizado pelo fígado • Desvantagens: irritante das vias aéreas superiores; muito caro; depressão respiratória • Vantagens: ajuste fácil e controlado da anestesia; raras arritmias cardíacas; sem toxicidade hepática ou renal 2- Anestésicos gerais EV 2.1- Barbitúricos Tiopental • Acção ultra- rápida; destituído de acção analgésica • Deprime o miocárdio e provoca hipotensão; deprime centro respiratório PAGE 1 • Vantagens: não irritante; rápida recuperação ( sem excitação e sem vómitos), útil em intervenções rápidas e com pouca dor, para provocar sono leve durante anestesia local 2.2- Benzodiazepinas • Diazepam e midazolam usam-se como indutores anestésicos sobretudo em doentes com problemas do miocárdio ( não provocam depressão do miocárdio). Excelente actividade ansiolítica, hipnótica, anticonvulsivante e amnésica retrógrada Diazepam • Útil como tranquilizante, efeitos anti- convulsivos e relaxamento muscular; receitado como sedativo para cirurgia • Reacções adversas: hipotensão, náuseas e vómitos, depressão respiratória 2.3- Analgésicos opiáceos • São usados com anestésicos gerais: doses elevadas por EV provocam rapidamente anestesia profunda; marcada depressão respiratória • Sufentanil: analgesia pós- operatório de grande duração 2.4- Neurolépticos Droperidol • Dose alta por EV provoca estado de neurolepsia: doente sem perder a consciência, mantém-se indiferente ao que se passa, não conseguindo comunicar • Anticonvulsivante e forte efeito antiemético • Aumenta o efeito de outros agentes depressores do SNC: potencia o feito dos analgésicos opiáceos Anestésicos locais • Fármacos que inibem o processo de condução nos nervos periféricos • Aminoésteres- procaína, cloroprocaína • Aminoamidas- lidocaína, mepivacaína, bupivacaína • Provocam tremores, convulsões e depressão do miocárdio Lidocaína • Muito potente, curta latência e duração de 1-2 H • Largamente potenciada pela adrenalina ( que provoca vasoconstrição; não se utiliza nas extremidades pois pode provocar necrose) • Administrada por EV ( se fosse administrada por via oral, seria toda metabolizada na 1ª passagem pelo fígado • Utilizado como antiarrítmico por EV em situações agudas de arritmias do miocárdio PAGE 1 Bupivacaína • Longa duração: 3- 10 H • Utilizada para analgesia do parto, dores pós operatórias e algumas dores crónicas • Psicofármacos • Fármacos que actuam principalmente sobre o psiquismo, emoções, atitudes mentais e comportamento • Em termos clínicos classificam-se em: a) Sedativos- provocam diminuição da excitação e agitação psicomotora, sem indução do sono; provocam sonolência, dificuldade na concentração, redução da iniciativa, da atenção e da actividade b) Hipnóticos- induzem o sono c) Tranquilizantes- diminuem ansiedade e tensão emocional Tranquilizantes Barbitúricos • Fenobarbital e tiopental • Exercem acções depressoras centrais, que variam de intensidade de acordo com a dose e via de administração • EV :em situação de emergência (convulsões- fenobarbital); indução de anestesia ( tiopental) • Efeitos laterais: dependência ( ansiedade, insónia), tolerância • Têm vindo a ser substituídos por benzodiazepinas Benzodiazepinas • Acção ansiolítica, calmante, diminuidor da tensão emocional e da agressividade • Actuam sobre os receptores de neurotransmissores ( GABA) Diazepam • Funciona como antagonista dos receptores ansiogénicos e inibe os antagonistas dos receptores do GABA - reduz o tempo de adormecimento, aumenta o tempo de sono total e reduz a frequência do despertar nocturno - Reacções adversas: (pouco intensas) sonolência, cansaço, indiferença, lentidão mental, falta de coordenação - todos os tranquilizantes potenciam os depressores do SNC ( álcool, barbitúricos) PAGE 1 • Diuréticos • Medicamentos que aumentam a excreção renal ( diurese) por acção directa sobre o rim • A diurese pode ser estimulada por: 1- por inibição da libertação da HAD: quando se procura a eliminação renal de uma substância ou diminuir a sua concentração na urina 2- diminuição da reabsorção tubular de sódio e água 1- Diuréticos osmóticos- Manitol • Aumenta a osmolaridade dos líquidos em que está presente: não há reabsorção de água no t. c. p. • Diurético de baixa eficácia • Via EV; não é metabolizado; apenas excreção renal • Indicado em casos de: choque, cirurgia cardiovascular, glaucoma, edema cerebral • Contra indicações: IC, edema do pulmão • Efeitos adversos: náuseas e vómitos, cefaleias, etc. 2- Inibidores da anidrase carbónica- acetazolamida • Inibição de anidrase carbónica reduz a secreção de H+, daí que aumente a concentração de Na+ e HCO3- no túbulo renal • Administrado por via oral • Usado em glaucoma • Contra indicado: nefrite, cálculos urinários, gravidez e cirrose hepática 3- Diuréticos da ansa- Furosemida • Diuréticos de maior potência: rápidos e de pouca duração • Inibe o transporte activo de Na+ e Cl- na ansa de Henle, o que diminui a reabsorção no ramo descendente e tubo colector • Bem absorvido por via oral; IM e EV tem efeito brusco e intenso; metabolização hepática; excreção renal . • Efeitos laterais: hipovolémia, hiponatrémia, hipocaliemia, hipocalcémia, hiperuricémia • Indicado em: edemas de causa hepática ou cardíaca; por EV: edema cerebral e agudo do pulmão, intoxicação barbitúrica 4- Diuréticos tiazídicos e análogos - Clorotiazida • Potência moderada • Acção semelhante à furosemida ( inibe a reabsorção de Na+ e Cl- ): expoliam magnésio mas retêm • Apenas via oral; semi- vida de 2 H; excretada sem metabolização ao fim de 3-6 horas PAGE 1 • Indicação: edema cardiopático, glomerulonefrite aguda e HTA • Efeitos laterais: hipocaliémia, hipocalcémia, hiperuricémia, agravamento de insuficiência hepática 5- Diuréticos poupadores de potássio 5.1- Espironolactona • Comporta-se como antagonista competitivo da aldosterona, ao nível dos seus receptores situados no tubo contornado distal • Mal absorvida por via oral, mas é a utilizada ( com alimentos) • Indicada para: hipertensão causada por aldosterona, cirrose hepática com edema • Contra indicações: anuria, insuficiência renal • Efeitos laterais raros: cefaleias, confusão mental, náuseas e vómitos, ginecomastia 5.2- Amiloride e Triamtereno • Amiloride actua no tubo contornado distal ( t.c.d.); triamtereno no tubo colector • Reduz a perda de potássio sem ser antagonista da aldosterona • Praticamente só utilizada em associações com outros diuréticos • Utilizados em conjunto com diuréticos da ansa porque: evitam a espoliação das tiazidas ou do potássio e de H da furosemida; evitam a espoliação de Mg e capazes de corrigir hipomagnesiémia; em doente digitálico reduz a possibilidade de intoxicação digitálica • Anti- hipertensores Classes A- Diuréticos ( tiazidas e análogos, diuréticos da ansa, diuréticos poupadores de potássio) B- Bloqueadores- ß, Bloqueadores α1 e Bloqueadores α e ß C- Vasodilatadores directos ( arteriais e venosos) D- Bloqueadores da entrada de cálcio- antagonistas do cálcio E- Modificadores do eixo renina- angiontensina ( inibidores da enzima de conversão) A- Diuréticos • Anti hipertensores mais usados: fácil manuseamento, pouco tóxicos, elevada eficácia • Clorotiazida, furosemida, espironolactona.... • Raramente administrados isoladamente: associam-se para reforçar a eficácia de outros anti hipertensores PAGE 1 B- Bloqueadores- ß, Bloqueadores α1 e Bloqueadores α e ß Bloqueadores- ß • Grupo de fármacos mais adequado para uso crónico • Provocam redução do débito cardíaco e queda ligeira da resistência periférica ( desce TA) • Retirada de terapêutica deve ser feita de modo gradual se não pode provocar angina de peito ou enfarte do miocárdio Propranolol • Administração oral- acção prolongada • Indicado para: hipertensão, angina de peito, arrítmias • Efeitos laterais: broncoespasmo, fadiga, pode originar impotência • Contra indicações: insuficiência cardíaca, edema pulmonar, bradicárdia Atenolol • Via oral; não é sujeito a metabolismo hepático • Indicações: hipertensão, angina de peito, arrítmias cardíacas • Efeitos laterais: = propranolol Bloqueadores α1 • Fenoxibenzamina- incompletamente absorvida por via oral. - Efeitos laterais: hipotensão postural, taquicárdia • Prazosina – bem absorvida por via oral; provoca vasodilatação; - hipotensão postural por vezes acompanhada de síncope, pode produzir sonolência, cansaço e palpitação PAGE 1 Insulina Utilização • tratamento de diabéticos insulino dependentes- Diabetes tipo I • controlo da Diabetes Mellitus tipo II, que não respondem tratamento com dieta e ou antidiabéticos orais • doenças pancreáticas e metabólicas Mecanismo de acção • provoca a descida dos níveis de glicose, aumentando o transporte para as células e promovendo a conversão de glicose em glicogénio ( fígado); glicose em triglicéridos ( tecido adiposo); Validade • frasco aberto no frigorífico: 1 ano • frasco aberto sem refrigeração: 1 hora • frasco fechado no frigorífico: data de validade Administração • deve ser feita à temperatura ambiente • ângulo de 90º em indivíduos obesos; 45º em magros • não se deve massajar após a administração Absorção • rapidamente absorvida por via SC, sendo a velocidade dependente do tipo de insulina, do local de injecção, dose administrada da existência de Ig G anti insulina e da dieta Tipos de Insulina Insulina rápida- início rápido, mas têm reduzida duração de acção Insulinas intermédias- dissolvem-se mais gradualmente, durações de acção mais longa; Insulina com protamina neutra de Hagedorn e Ins. lenta Insulinas lentas- de acção prolongada, em que o início de acção é muito lento e o pico máximo é prolongado: Insulina ultra- lenta e Ins. Zíncica com protamina • Antidiabéticos orais - controlar diabetes tipo II Sulfonilureias ( fármacos de 1ª linha) - 1ª geração: tolbutamida, carbutamida, cloropropamida • 2ª geração ( maior afinidade para células do pâncreas): glibenclamida ( alta potência, duração longa); glipizida ( alta potência, curta duração, mas início rápido); gliclazida ( intermédia potência e longa duração) Mecanismos de acção • Estimulação e libertação de insulina ao nível das células do pâncreas PAGE 1 Efeitos laterais • Náuseas, tonturas, cefaleias, icterícia, intolerância ao álcool, hipoglicémia Contra Indicações • Diabetes Mellitus tipo I, ceto- acidose, gravidez, insuficiência renal ou hepática Biguanidas • Metformina, fenformina, buformina Mecanismos de acção • Aumentam a sensibilidade à insulina • Promovem a diminuição dos níveis de glicose no sangue, por redução da absorção gastro intestinal Reacções Laterais • Acidose láctica, hipoglicémia, sabor metálico, anorexia, náuseas e vómitos, má absorção de Vit. B12 Contra indicações • Ceto acidose, gravidez, insuficiência renal ou hepática, carência de Vit. B12 Inibidores das α- Glucosidases • Acarbose, Miglitol • Mecanismo de acção: inibe as enzimas responsáveis pela digestão do amido e da sacarose, retardando a sua absorção • Efeitos secundários: flatulência, distensão abdominal, diarreia, meteorismo • Contra indicações: doença inflamatória do intestino, colite ulcerosa, predisposição para obstrução intestinal • Anticoagulantes • Opõe-se ao aparecimento de trombos, à sua extensão ou à sua recidiva. • Classificam-se em a) Heparinas b) Anticoagulantes orais Heparina ( não fraccionada) • Não dissolve o trombo, apenas impede a sua progressão: inibe/ bloqueia várias enzimas da cascata da coagulação, impedindo a formação de fibrina; • Acção directa, imediata e curta • Administração por EV ( infusão contínua ou directa) ou SC ( início ao fim de 1H), nunca por IM ( provoca hematoma) • Indicado para: profilaxia e tratamento de trombose, tratamento de embolias PAGE 1 • Contra indicado em: caso de lesões susceptíveis de sangrar (úlcera péptica), AVC, HTA, estado de choque • Efeitos laterais: hemorragias, trombocitopenia, antídoto do sulfato de Protamina, • Liga-se ás proteínas plasmáticas 8 95%) Heparinas de baixo peso molecular • Traxiparina, enoxaparina • Indicadas para profilaxia e tratamento de fenómenos trombo embólicos • Administração SC • Vantagens em relação à heparina padrão: semi vida maior e menos complicações hemorrágicas Anticoagulantes orais- Antagonistas da Vit. K • Estrutura semelhante à Vit. K: Varfarina, Dicumarol, Acenocumarol • Inibem o efeito da Vit. K, que é essencial para a activação de factores da cascata de coagulação • Usados por via oral: têm uma acção retardada porque é necessário um tempo de latência para o consumo dos factores que existam em circulação • Indicações: prevenção de trombo- embolismo venoso, tratamento de trombose venosa, prevenção de embolismo sistémico e de AVC • Tratamento sem urgência e de continuidade à heparina; mais indicados na prevenção do que no tratamento • Efeitos colaterais: Hemorragias ( pele, mucosas do tubo digestivo e árvore urinária), hematúria, equimose • Em caso de sangramento a Vit. K pode ser usada como antídoto, mas é necessário algum tempo para a sua acção ( não é suficiente em casos graves). PAGE 1
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