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Bioquímica Fisiológica - Digestão, Notas de estudo de Enfermagem

Bioquímica

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 06/11/2009

Srta.Pacheco
Srta.Pacheco 🇧🇷

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Baixe Bioquímica Fisiológica - Digestão e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina Bioquímica Fisiológica Luis Madeira (monitor) Isto não é um documento oficial do Instituto de Bioquímica Fisiológica. Digestão ESTADIOS DA DIGESTÃO ................................................................................................ 1 1. FASE CEFÁLICA .....................................................................................................................................................1 2. FASE ORAL (BOCA)............................................................................................................................................1 3. FASE GÁSTRICA (ESTÔMAGO)........................................................................................................................1  A Regulação da Digestão no Estômago:............................................................ 1  A Digestão no Estômago.................................................................................... 2 4. FASE INTESTINAL (INTESTINO)........................................................................................................................2  A Regulação do Processo digestivo ................................................................... 2  A Digestão no Intestino Delgado ....................................................................... 3 5. INTESTINO GROSSO ...........................................................................................................................................5 Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina Bioquímica Fisiológica 2004-2005 Luis Madeira (monitor) 1 Estadios da Digestão 1. Fase Cefálica o Representa a antecipação da comida pelo cérebro atráves da visão ou do cheiro. A estimulação cefálica do Fluxo Salivar ocorre através da activação das Glândulas Salivares pelo Sistema Nervoso Parasimpático (SNPS). Durante esta fase ocorre o aumento da estimulação gástrica e aumento da secreção Insulínica; 2. Fase Oral (Boca) o A Presença de Comida na boca estimula receptores nervosos mecânicos e químicos que reforçam o estímulo de secreção salivar. o A acção mecânica dos dentes diminui a dimenção dos alimentos tornando a área de acção das enzimas maior;  A Saliva o É produzida em pares de glândulas salivares que estão localizadas ao longo da linha da mandíbula: Parótida, Submaxilar; Submandibular; o Contém Bicarbonato e iões fosfato. Apresenta uma Glicoproteína com função lubrificante, a mucina. A enzima em maior concentração na saliva é α-amilase que hidrolisa as ligações α1-4 para iniciar o processo de digestão dos Glícidos.  Em resumo, na boca ocorre a quebra mecânica da comida e hidratação pela saliva. 3. Fase Gástrica (Estômago) o O estômago é um saco muscular distensível que é capaz de comportar 1,5L ou mais. As paredes musculares são constituídas por 3 camadas de tecido muscular liso. As células do epitélio produzem muco e um liquor alcalino(bicarbonato). Entre estas células há muitos milhões de glândulas gástricas secretoras de HCl, denominam-se células oxínticas. Estas células além de acidificarem o meio segregam o Factor Intrínseco de Castle, importante na absorção da vitamina B12. Existem ainda as células zimogénicas (ou células chefe) que segregam proteínas como a proenzima pepsinogénio.  Regulação da Digestão no Estômago: o O pH ideal (<2) é atingido apenas quando 3 sinais chegam às células oxínticas. O sinal do SNPS (acetilcolina), Gastrina, (hormona produzidas nas glândulas ao nível do Piloro), e histamina (produzida em resposta ao estímulo dos componentes alimentares nas células adjacentes à Glândula Oxíntica, é portanto um fenómeno de regulação parácrina) o A Gastrina, é uma hormona segregada pela zona pilórica. A secreção desta hormona é aumentada pela ingestão de Etanol, cafeína e cálcio. A secreção de gastrina também é activada pelo SNPS. A Gastrina é inibida pela somatostatina quando o pH desce abaixo de 2. A somatostatina é uma hormona inibidora da secreção das hormonas polipeptídicas. Inibe a secreção de GH(daí o seu nome, Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina Bioquímica Fisiológica 2004-2005 Luis Madeira (monitor) 4 vamos obtendo micelas mistas (partículas contendo MAG, FFA, sais biliares, colesterol, etc) que são capazes de se mover pelo ambiente aquoso dos conteúdos intestinais sendo absorvidos pelo bordo luminal das células.  A Absorção de Monossacáridos o São absorvidos pelos transportadores de glicose SLGT 1 e de frutose GLUT 5. Podem ser transportados contra o gradiente de concentração à custa de iões Na+ através da membrana (cujo diferencial de concentração é mantido pela bomba Na+/K+ ATPase). A frutose como descrito é transportada no GLUT 5 por difusão facilitada. Dos enterócitos sai glucose e frutose pelos transportadores baso-laterais GLUT 2. No entanto nem todos os glícidos absorvidos são libertados para a corrente sanguínea. Pelo menos uma porção de glicose absorvida é utilizada pelo enterócito para a produção de energia (ATPases e multiplicação) sendo metabolizada a lactato. Este passo é de extrema importância como será visto mais tarde.  A Absorção de Aminoácidos e Péptidos o Os produtos da digestão proteica são absorvidos no lumen intestinal por transportadores específicos quer sob a forma de aminoácidos que sob a forma de di ou tripéptidos. Os aminoácidos são depois excretados para a corrente sanguínea. Mas tal como os glícidos, parte deles são oxidados de uma forma muito inteligente (glutamina, glutamato e aspartato) A glutamina aliás é extraida da corrente sanguínea através da parede contra-luminal sendo oxidada. Alguns di- tripéptidos são absorvidos por transportadores conhecidos como PEPT1 e PEPT2 que também existem nos túbulos renais. O transporte de péptidos foi sugerido ser mais rápido que o dos aminoácidos. O transporte destes está relacionado com o H+ (gradiente de pH mantido na célula graças ao transportador Na+/H+).  A Absorção de Lípidos o É provável que a absorção dos ácidos gordos seja mediada pelo transporte facilitado levado a cabo pelos transportadores FAT e FATP (Fatty acid translocase, e Fatty acid transport peptide). Quando dentro da célula FFA ligam-se FABPpm (Fatty acid binding protein) que promove o movimento dentro do citosol. o Dentro dos enterócitos os FFA e os monoacilglicerois são reesterificados para formar novas moléculas de TAG. Isto ocorre principalmente pela via dos monoacilglicerois (por oposição ao que ocorre na maior parte dos tecidos, via do ácido fosfatídico). Os triacilglicerois são armazenados com a Apolipiproteína B, formando-se a partícula a que chamamos quilomicron. Estas são as maiores Lipoproteínas plamáticas. Elas saem do enterócito pelo túbulo lácteo (o diâmetro dos quilomicron é da mesma ordemdo comprimento de onda da luz visivel, logo há refracção da luz) denominado tal devido à coloração turva (tipo leite); Nem todos os àcidos gordos são reesterificados a TAG. Aqueles com cadeia mais curta, ou seja, com menos de 12-14 carbonos, não são bons substractos para a esterificação (de notar que são em menos concentração na dieta). O colesterol ingerido é incorporado em micelas mistas sendo em seguida absorvido pelas células Universidade de Lisboa Faculdade de Medicina Bioquímica Fisiológica 2004-2005 Luis Madeira (monitor) 5 mas parte dele é de novo exportado activamente no intuito de manter a homeostase. O transportador ABC-A1 está envolvido. Este processo também exclui o colesterol dos peixes e das plantas mas pelos transportadores ABC-G5 e G8 (ABC=ATP binding cassette). No enterócito o colesterol é esterificado pela ACAT. Tanto o Colesterol como os seus esteres são transportados nos linfáticos pelos Quilomicron.  A digestão atrás descrita ocorre predominantemente no jejuno. No íleon é absorvida a Vitamina B12 e os sais biliares (muito importante na manutenção da homeostase do colesterol) 5. Intestino Grosso o Uma das funções mais importantes do intestino grosso é a absorção de H2O. Mas a actividade bacteriana nos Glícidos que escaparam actividade digestiva enzimática torna disponível energia que de outro modo teria sido perdida. A acção bacteriana, fermentação, permite fornecer 5% da energia basal diária. o Os Glícidos, como a celulose, que não são susceptiveis à degradação enzimática são quebrados (parte deles) por bactérias no cólon. No conjunto das substâncias utilizadas estão alguns ácidos gordos, por vezes chamados voláteis, entre os quais, Acetato, Propionato e Butirato. O acetato pode ser transformado em acetil CoA pelo fígado e outros órgãos. O propionato entra pela veia porta e é absorvido quase na sua totalidade pelo fígado para oxidação. O butirato é utilizado como combustível nos próprios colonócitos. O butirato parece estar envolvido na protecção das neoplasias do cólon. Devido aos benefícios da fermentação no cólon há produtos conhecidos como prebióticos e probióticos quesão considerados importantes. Os prébióticos são glícidos de difícil digestão (inulina ou frutooligosacáridos). Probióticos são bactérias que por vezes chamamos de Yogurtes vivos. o Um dos processo que também é muito importante no cólon é a degradação da Ureia hepática em amónia que pode ser reabsorvida. Esta pode ser utilizada pelos tecidos para a formação de aminoácidos. Esta recuperação da ureia pode ser fulcral no jejum quando temos de manter o balanço nítrico o mais alto possível.
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