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Guias e Dicas
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Revista eUAU, Notas de estudo de Arquitetura

Autodesk Ecotect Analysis Revit Certificado Digital

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 18/10/2009

julia-mar-9
julia-mar-9 🇧🇷

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Baixe Revista eUAU e outras Notas de estudo em PDF para Arquitetura, somente na Docsity! Magazine Digital eUAU! - Julho 09www.tecad.pt EM DESTAQUE Autodesk Ecotect Analysis 2010 Projecto Sustentável CASO DE SUCESSO A utilização do Revit MEP na TERMOSUL Projectos e Instalações AVAC P23 FORMAÇÃO Calendário de Formação TECAD P07 B.I. TERMOSUL Projectos e Instalações, S.A. Edição 04 Bimestral - Julho 2009 P18 CAMPANHAS Campanhas Activas Autodesk Amplificar Talento Magazine Digital eUAU! - Julho 09 www.tecad.pt Boas Férias! Há já vários meses que temos vindo a ser bombardeados pelas notícias que nos falam da crise. Todos os dias, invariavelmente, nos noticiários da rádio ou televisão, nos jornais, nas conversas do café, o tema é constante e o cenário é sempre pintado como sendo muito deprimente e cinzentão. Mesmo os mais optimistas têm dificuldade em fugir a estas “energias negativas”, mas mais do que insistir no problema, está nas nossas mãos ter atitude positiva! E porque o Verão é a altura do ano em que os dias são maiores, o sol brilha e tudo é mais fresco e luminoso é importante aproveitarmos para relaxar, esquecer os dramas da crise, estar atento às oportunidades, e sobretudo, repor as energias..! Destacamos nesta edição a apresentação da Solução Ecotect - uma ferramenta para análise da performance dos Edifícios, o caso de sucesso da implementação Revit MEP no gabinete TERMOSUL, a nova rubrica “Ferramentas de Arquitecto” do nosso mais recente colaborador “residente” - o Arq. Pedro Aroso - e ainda vários documentos técnicos e informativos relacionados com sistemas informáticos, software, gestão, fiscalidade, comunicação, entre outros. Aproveito este espaço para, em nome de toda a equipa eUAU! lhe desejar um óptimo Verão e...umas excelentes férias! Sumário Ficha Técnica A eUAU! é uma revista online e bimestral com o objectivo de divulgar conhecimento e informação de actualidade, a todos os profissionais nas áreas de arquitectura, engenharia, construção e território. A informação contida nesta revista poderá ser reproduzida somente com uma autorização prévia da TECAD. A informação relativa aos produtos está sujeita a alterações e/ou actualizações. Coordenação: Álvaro Sardinha Direcção Editorial: Vânia Guerreiro Design e Paginação: Pedro Silva Marketing e Comunicação: Luísa Duarte Colaboração: Ana Ferreira, Carlos Bruno, Duarte Miranda, Gabriel Serra (Gestec), Helena Santos, Joana Andrade, João Santos (QualiCAD), Maria José Cunha, Paula Ruivo, Pedro Aroso, Sérgio Antunes Editorial P03 Notícias Notícias breves P04 Publicidade Certificado Digital Qualificado P05 Em Destaque Autodesk Ecotect Analysis P07 B.I. Termosul A utilização do Revit MEP na Termosul P09 Ambiente e Sustentabilidade Sistemas de classificação e certificação ambiental de edifícios P10 Perfil Entrevista a Eng. Ricardo Soares P11 A Cor dos Números Contabilidade e Simplicidade - Parte 2 P14 Ficha Técnica Autocad Civil 3D Criação de Superficies - Parte 1 P15 Ficha Técnica REVIT Architecture Legendas de Materiais P16 Ficha Técnica REVIT MEP Criação de Famílias para Projecto Colaborativo baseado em Links P17 Laboratório Manutenção dos Postos de Trabalho P18 Campanhas Conheça as últimas campanhas Autodesk P19 Truques e Dicas AutoCAD – Configuração do ambiente de trabalho P21 Ferramentas de Arquitecto AutoCAD Architecture 2010 - Onde está o meu comando? P23 Formação Calendário de formação TECAD P24 Comunicar 28 passos para a felicidade segundo a perspectiva do Marketing Arq. Vânia Guerreiro Direcção Editorial vguerreiro@tecad.pt Magazine Digital eUAU! - Julho 09www.tecad.pt Em Destaque05 Autodesk Ecotect Analysis Joana Andrade O Autodesk Ecotect Analysis é uma ferramenta de análise do desempenho e comportamento dos edifícios, podendo funcionar como instrumento de verificação, mas estando a sua grande potencialidade no auxílio de escolhas de estratégias de projecto adequadas a um bom desempenho energético. Permitindo analisar desde o início do processo de concepção do projecto, qual será o desempenho do edifício, é um auxiliar no controlo e obtenção de conforto ambiental e acústico, bem como do desempenho energético e emissões de Carbono. Desta forma, o projectista pode tomar decisões conscientes e fundamentadas, no sentido de uma construção sustentável e ecológica, que seja eficiente em termos de conforto, cumprindo os requisitos de temperatura, iluminação e acústica. Sendo uma ferramenta originalmente criada por Arquitectos, tem uma linguagem e apresentação direccionadas ao fácil entendimento dos dados das análises, já que os arquitectos, como intervenientes iniciais no processo do projecto, devem voluntariamente (diria que agora obrigatoriamente) ter a preocupação de melhorar a performance energética dos edifícios novos e existentes, bem como reduzir as emissões de carbono, altamente responsáveis pelas alterações climáticas. O Ecotect tem como objectivo facilitar o projecto sustentável, permitindo uma compreensão fácil dos efeitos dos factores climáticos, como o sol/ sombra, temperatura, l u m i n o s i d a d e , ventilação e ainda os efeitos da volumetria, características da envolvente construtiva e sistemas aplicados. O controlo destes efeitos permite alterar os projectos quando são ainda possíveis grandes decisões, como acontece nas fases prévias, em vez de se optar por resoluções artificiais e dispendiosas para corrigir problemas facilmente evitáveis e que fazem toda a diferença no impacto ambiental dos edifícios. Através da ligação directa entre o Autodesk Revit e Autodesk Ecotect, através dos ficheiros gbXML que levam toda a geometria do projecto e configuração dos espaços, é possível aproveitar o modelo de trabalho do Revit para as análises do Ecotect, eliminando-se a necessidade de realização de um modelo para análises de performance. Assim, os fluxos de trabalho são simples e directos, não havendo razão para não testar o edifício em qualquer fase de desenvolvimento do projecto. As análises do Ecotect permitem fazer uma grande variedade de estudos. Através da análise das sombras, indicando a localização do projecto, é possível perceber as sombras projectadas no edifício pela envolvente e as sombras que este próprio cria, a qualquer hora e dia do ano. Através do movimento do sol, é possível perceber as sombras exteriores e interiores dos edifícios durante todo o ano. É também possível fazer análises das reflexões do edifício, definindo quais os elementos neste que são reflectores, permitindo perceber qual o impacto destes. Existindo o desenho da envolvente, é possível verificar qual o acesso à luz solar que possuirá o edifício e zonas adjacentes. A análise dos níveis de iluminação no interior do edifício é também importante para perceber qual o aproveitamento possível da luz natural e, através da importação de perfis de iluminação (IES) é possível potencializar a utilização da luz artificial. Através dos ganhos solares do edifício, da sua geometria, dados construtivos e de utilização (que podem ser genéricos ou detalhados), é possível analisar o comportamento térmico genérico do edifício e de cada compartimento, sendo possível perceber se são cumpridas as Figura 1 - Estudos de radiação solar Figura 2 - Análise de alternativas de projecto Magazine Digital eUAU! - Julho 09 www.tecad.pt temperaturas de conforto para cada dia do ano, perceber quais as zonas mais e menos quentes/frias do edifício e quais as cargas de aquecimento e arrefecimento que o edifício terá de possuir para atingir as temperaturas de conforto. As análises acústicas permitem perceber a reverberação nos espaços e ainda perceber o efeito de reflectores acústicos de forma dinâmica, permitindo controlar o comportamento dos mesmos. Com a interacção com outras aplicações, é ainda possível tornar gráficas as análises de ventilação e fluxos de ar. O Ecotect importa as análises feitas por outras aplicações e torna-as gráficas como as que faz internamente, traduzindo os resultados para o modelo. Permitindo também outras análises mais complexas (como a gestão de recursos, orçamentação, índices de utilização e seus efeitos), este conjunto de funcionalidades, aliadas à visualização interactiva dos resultados, são de extrema utilidade para os projectistas que estão interessados em ter projectos coerentes, funcionais, confortáveis e sustentáveis. Em Destaque06 PUbliciDADE Figura 3 - Estudos de sombras Figura 4 - Estudo de impacto visual Magazine Digital eUAU! - Julho 09www.tecad.pt b.i. TERMOSUl07 A utilização do Revit MEP na TERMOSUL Projectos e Instalações AVAC Fundada em Fevereiro de 1982, a Termosul conta com uma vasta experiência na concepção, projecto e execução de instalações mecânicas de AVAC - Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado. Num cenário de valorização da qualidade de vida e de uma crescente consciencialização dos problemas energéticos e ambientais associados, a Termosul possui uma equipa técnica especializada e certificada, bem como todos os meios produtivos necessários para garantir uma elevada qualidade de execução segundo os padrões mais exigentes. Perante este contexto, a empresa decidiu investir, fortemente, na implementação de ferramentas tecnologicamente adaptadas à sua actividade: Autodesk Revit MEP e Autodesk Inventor. Vânia Guerreiro Com um importante currículo de obras realizadas, a Termosul têm conseguido conquistar prestígio e maturidade, possuindo um corpo técnico experiente e altamente qualificado e um invejável portfolio de obras realizadas. De acordo com o Eng. Ricardo Soares, Administrador da Termosul “O Revit MEP dá-nos a possibilidade de preparar o projecto directamente para a instalação, podendo o mesmo ser alterado em várias fases de acordo com diferentes necessidades da obra, sendo sempre o mesmo modelo de informação e não elementos desligados e sem relação entre si, tal como acontece quando desenvolvemos o projecto noutras aplicações”. A Termosul está vocacionada para as instalações de AVAC, principalmente de gama industrial onde a experiência associada ao potencial técnico é fundamental. “Em termos de projecto e engenharia AVAC o Revit MEP é já uma ferramenta indispensável na empresa, essencialmente na fase de dimensionamento. Relativamente a ferramentas de desenho e projecto sempre utilizámos software Autodesk. Anteriormente, possuíamos licenças de Autodesk Building Systems, mas a passagem para a solução Revit MEP foi claramente vantajosa, pois trata-se de uma solução muito mais eficiente e intuitiva na forma de trabalhar. Para além do Revit MEP, possuímos igualmente licenças de AutoCAD e Inventor que utilizamos sobretudo na preparação de desenhos de Centrais Térmicas, pois dada a complexidade inerente à pormenorização e nível de detalhe necessário neste tipo de instalações (por exemplo, o pormenor do parafuso ou da porca numa determinada ligação), ainda torna a realização pouco expedita se quisermos desenvolver tudo de raiz em Revit MEP. Adoptámos então a estratégia de desenvolvermos as peças/partes com níveis de detalhe mais exigente em Inventor e exportamos depois a geometria destes componentes para o Revit MEP. Quanto a nós, a grande vantagem na utilização desta solução é conseguir estabelecer com relativa facilidade as correcções e alterações em “tempo real” das situações de conflito que por vezes surgem entre as diferentes especialidades.”, explica o Eng. Ricardo Soares. Principais actividades A área de actuação na concepção, projecto e execução, abrange, predominantemente: Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado• Termoventilação• Coogeração• Energias renováveis• Centrais térmicas• Redes de fluídos• Redes de vapor e condensados• Redes de gás• Redes de ar comprimido• Piscinas• Concepção e implementação de sistemas de • controlo e Gestão Técnica Centralizada (GTC) Instalações eléctricas - média e baixa tensão• Instalações eléctricas - sistemas de controlo • (muito baixa tensão) Manutenção Pós-Venda• Figura 1 - Equipa TERMOSUL Figura 2 - Utilização Revit MEP na TERMOSUL Magazine Digital eUAU! - Julho 09 www.tecad.pt 10- Pode partilhar uma ideia que possa melhorar Portugal? Bom, penso que seja “Votar Sócrates”! (risos...). Infelizmente o povo português é um povo acomodado... reclamamos por mudanças, mas na realidade quando alguém opera essas mudanças, reclamamos porque algo foi mudado! Os últimos anos foram extremamente importantes para o desenvolvimento do nosso país e, infelizmente, muitas pessoas não têm noção disso...destaco, por exemplo, as profundas alterações na legislação sobre certificação energética que contribuíram para um avanço profundo do nosso país nesta matéria, e obviamente para um posicionamento importante, face aos restantes países da Europa. São necessárias mais iniciativas destas e é de louvar o trabalho efectuado ao nível executivo. Perfil10 Ricardo Soares Engenheiro Mecânico 1- Destaque um projecto ou acontecimento do seu percurso profissional. Penso que um dos momentos mais importantes foi quando entrei na Termosul. Trata-se de uma empresa pequena, familiar e eu vim contribuir para a modernização tecnológica e informática da empresa. Foi um desafio importante na minha carreira. 2- Existe alguma pessoa que tenha marcado a sua evolução social/profissional? Sim, o meu pai. 3- Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? Todas...dos Metallica (risos) 4- Qual o seu passatempo favorito? Os meus filhos! 5- Qual é a sua viagem de sonho? Às Maldivas... 6- Qual foi a última ideia absurda que teve? Eu não sou muito do tipo de ter ideias absurdas, e sempre que tenho alguma trato logo de a esquecer...(risos). 7- Qual a opinião acerca da evolução da economia? O nosso sector de actividade vive um contra-ciclo face à situação actual da economia...a recente legislação sobre Certificação Energética contribuiu fortemente para o desenvolvimento de um conjunto de investimentos públicos e privados que têm, de certa forma, beneficiado este sector. Contudo, penso que no próximo ano (e dependendo também do resultado das próximas eleições...) a tendência possa ser decrescente, face aos resultados actuais. Vamos ver... essencialmente, encaramos o futuro com confiança e tranquilidade. 8- O que lhe falta fazer na sua vida? Muita coisa! A nível profissional a minha necessidade pessoal de concluir a optimização de todos os nossos processos internos. Somos uma empresa familiar e pensamos continuar a sê-lo, é um aspecto do qual nos orgulhamos, mas tenho consciência, de que há ainda muita coisa que podemos melhorar e sobretudo optimizar. A nível pessoal, quero contribuir em tudo para o bem estar dos meus filhos, para que “cresçam bem”...! 9- Se possível, consegue resumir a sua Filosofia de Vida? Trabalho!! Muito trabalho!! Fotografia: Eng. Ricardo Soares PUbliciDADE Magazine Digital eUAU! - Julho 09www.tecad.pt A cor dos Números11 Contabilidade e Simplicidade - Parte 2 No artigo anterior, com o mesmo título, tive oportunidade de escrever que a contabilidade, embora pareça uma área do conhecimento com alguma complexidade, é, quanto a mim, de muito fácil compreensão. E tudo isto porque, como também foi dito, os movimentos contabilísticos se baseiam numa lógica facilmente entendível. Quem teve a pachorra de ler o que escrevi nesse texto, terá provavelmente acompanhado a sua leitura fazendo contas à sua vida e chegado talvez à conclusão que, ao contrário do país, a sua vida tem sido um enorme sucesso. Tem um carro e uma casa que não tinha, algum dinheiro depositado, mau grado os escândalos no BPP e BPN, umas acções (felizmente, não Madoff), mobiliário do último modelo, espera a devolução do IRS que o Governo prometeu para antes das férias (perdão, das eleições!), etc., e, por fim, … tem uma família feliz. Bem, este é o seu activo, ou parte dele, nem sempre devidamente valorizado, ou, melhor, nem toda a felicidade tem valor contabilístico registado. Mas não desanime, que um activo feliz vale bem mais que um amargurado. Por alguma razão as empresas, cada vez mais, apostam nos seus activos mais importantes: os seus colaboradores – internos e externos -, não obstante não ter sido ainda encontrado o termo valorativo que reflicta a sua “medida” em termos de registos contabilísticos. Claro que se lembrará que nem só de activos vive a sua vida. Tem também algumas “contas” que ainda não pagou: ainda faltam uns anitos para pagar a casa; da mobília ainda “correm por aí” dois ou três cheques; o IMI só está pago por metade … É melhor ficarmos por aqui para não acrescentarmos muito ao rol, que é, como quem diz, ao seu passivo. Claro que também lhe dissemos que teria de contar com o capital inicial que entrou para o negócio da sua vida: alguma herança ou doação dos seus pais, as prendas de casamento, que afinal até deram para rechear a casa ou os envelopes surpresa que foram direitinhos ao Banco, para evitar tentações. Afinal, do que estávamos a falar é que todos esses valores que lhe foram inicialmente dados têm de ser considerados como o seu capital inicial e que faz parte da sua situação líquida inicial. Foi mais ou menos aqui que ficámos no artigo anterior: o que se dizia era que, alinhavando e valorizando os valores do seu activo e do seu passivo, poderia saber, sem grandes complexidades contabilísticas, como estava a sua riqueza … ou pobreza, ou seja a sua situação liquida actual. Mais activo do que o passivo e o capital inicial: em princípio enricou! Deu-se o contrário?! Lamento, mas empobreceu! Por este processo, de lápis atrás da orelha, fez o balanço à sua vida. Sabe o que tem, sabe o que tinha inicialmente e sabe o que deve. Por diferença, ficou a saber se até hoje ganhou ou perdeu no negócio da sua vida. Não se esqueça de dar valor à felicidade, que nem tudo se mede em cifrões! O que faltará apurar é saber como chegou até aqui: qual foi o “caminho” (falando em termos contabilísticos)? Ou seja, quais foram os seus proveitos e os seus custos para dar o tal resultado, lucro ou prejuízo: o mesmo é dizer-se, quanto cresceu ou diminuiu a sua situação líquida. E, já agora, saber-se também que movimentos é que houve nas suas contas de activo e de passivo e a conjugação destas entre si e com as contas de custos e proveitos. É aqui que entra a lógica da movimentação das contas, o sistema chamado de “partidas dobradas”: para que haja equilíbrio permanente entre activo, por um lado, e passivo e situação líquida, por outro, não existe um registo simples apenas numa conta. Pelo contrário, há sempre movimento numa e/ou noutras contras que dão equilíbrio ao balanço (ou balança, como se queira). Vejamos um exemplo simples: do dinheiro existente em caixa, suponhamos 2.000 euros, vai depositar-se no Banco X à ordem 1.000 euros. De tão claro, que quase não precisa de explicação: aumentou o activo Depósitos à Ordem e diminui o segundo activo, no caso, a Caixa. Quer isto dizer que se “debitou” a conta D.O. e, por contrapartida, “creditou-se” a conta Caixa. Com este depósito de dinheiro que se encontrava em caixa, não ficou nem mais rico nem mais pobre. O seu activo está, em termos absolutos, exactamente igual. Em termos relativos já é um pouco diferente: o dinheiro no Banco estará, cremos, (bla, bla … bla) mais garantido e criará, perante aquele, quanto maior for este saldo, uma imagem de desafogo financeiro, facilitando os financiamentos e a negociação das taxas de juros. Vejamos um outro exemplo: a compra a prazo a um fornecedor de uma máquina moto-cultivadora para as tarefas na sua horta, no valor de 1.500,00 euros. É uma horta virtual? Pouco importa. Para exemplo, é suficiente. Aqui, o que aconteceu é que passou a ter no seu activo uma máquina, que lhe vai durar uns anos, que antes não tinha e que até lhe dá jeito. Que mais não seja, dá-lhe um ar de hortelão que está na moda. Veja o exemplo de Mrs. Obama e da Rainha de Inglaterra que prescindem de parte do jardim para ter couves. No caso, parece que verdadeiras. Que as suas sejam virtuais pouca diferença fará para o caso. Como o seu activo cresceu debita, portanto, a conta de Imobilizado- Maquinas Agrícolas; mas, atenção, cresceu também o seu passivo, pois ficou a dever mais do que devia, pelo que tem de creditar a conta de Fornecedores. Se calhar é altura de pagar ao fornecedor parte do valor da máquina. Que sejam 500,00 euros através de cheque. Vejamos o que acontece: a sua conta de Depósitos à Ordem diminuiu 500,00 euros. Credita, claro, esta conta. Mas, é verdade, o seu passivo também diminuiu em igual valor. Débito, portanto, na conta de Fornecedores. Muito do nosso saber resulta, como se sabe, de convenções. A Gabriel Serra Técnico Oficial de Contas geral@gestec.pt Magazine Digital eUAU! - Julho 09 www.tecad.pt leite, iogurtes, farinha, açúcar…, produtos de grande rotação, que, diga-se, para facilidade de entendimento, não origina stocks. Valor da compra a prazo: 3.000 euros. Lançamentos a fazer: aumento do passivo pela dívida criada, pelo que se credita Fornecedores; e débito de uma conta de custos – Compra de Mercadorias (ou Consumo). Entretanto, toda a mercadoria foi vendida por 3.623 euros. Parece pouco, mas olhe que não! Este tipo de artigos tem margens baixas e mais baixas se tornam por força do preço de aquisição mais elevado do que o das grandes superfícies e a tentativa de concorrência com estas no preço de venda. E os lançamentos? Ficou com 263 euros na registadora para trocos e depositou o restante, 3.400 euros, no Banco. Claro, debita Caixa e D.Ordem pelos respectivos valores e vai creditar a conta de proveitos – Venda de Mercadorias pelo total, 3.623 euros. Bem chegamos assim a outras duas convenções, que se destinam a compensar (ou a fazer de contra-peso no balanço): As contas de custos debitam-se pelos aumentos e • creditam pelas reduções. As contas de proveitos, na inversa, creditam-se pelos • aumentos e debitam-se pelas reduções Supondo que tinha parado aqui o negócio, que não havia outras despesas ou custos a registar, o seu ganho teria sido de 623 euros, assim reflectido na demonstração de resultados (outra peça fundamental na análise da actividade da empresa) que mostra os custos e os proveitos respectivos: por um lado, o proveito havido: 3623 €; no outro, o custo: 3.000 € Lucro: 623 €. E que reflecte o balanço? O activo (Caixa e D.Ordem) cresceu 3.623 €. O passivo (Fornecedores) também cresceu, mas apenas 3.000 €. Então, e a diferença? A diferença, como se viu, é o lucro de 623 € que vai acrescer à situação líquida. Se tudo fosse assim simples, sempre tinha tido algum ganho. O que isto quer dizer é que estas duas peças contabilísticas (balanço e demonstração de resultados) se interligam entre si. O resultado obtido no período em estudo (um mês, um ano, cinco anos …), lucro ou prejuízo, é obtido pela diferença entre proveitos e custos, sendo exactamente igual ao acréscimo ou diminuição da situação líquida em igual período. Claro, se não houver outros movimentos exteriores aos resultados: aumento ou redução do capital, por exemplo., a reflectir-se também na situação líquida. Mas, atenção, que os custos do negócio não se resumem aos custos com a mercadoria. E os salários e os encargos sociais? E a renda? E a electricidade? E os combustíveis para ir à feira da Malveira buscar a fruta e os legumes? E as reparações? E a depreciação dos equipamentos, que, embora recomendados por um amigo, não duram toda a vida? E os juros correspondentes ao leasing? E os “gastos” com o “tipo da contabilidade”, que pouco se importa com a cor do Governo, mas, em vez de olhar por mim, parece polémica nas comemorações da entrada no século XXI, com uns a querer que os festejos se dessem em 2000 e outros em 2001, tem a ver com o ano do nascimento de Cristo e com o nosso calendário actual. De facto, não se sabendo com exactidão o ano de nascimento de Cristo, tais comemorações tem por base apenas convenções. O mesmo se passa com a movimentação das contas. Vejamos, pois, algumas das convenções da contabilidade, que os lançamentos acima espelham: O equilíbrio na movimentação das contas. O total • lançado a débito tem de ser igual ao total lançado a crédito. Os activos debitam-se pelos aumentos (ficamos mais • ricos) e creditam-se pelas diminuições (reduzimos o nosso activo ou o nosso património). As contas do passivo creditam-se pelos aumentos • (passámos a dever mais) e debitam-se pelas diminuições (pagámos ao Banco ou a um fornecedor uma dívida). Num registo horizontal e colunado, os movimentos • a débito registam-se na coluna da esquerda e os créditos na da direita. Razão também para, num registo deste tipo, o balanço das empresas apresentarem o activo à esquerda; e o passivo e a situação líquida à direita. Começa a chatear este jogo. Apesar de tanto trabalho, nem um “tostão” de ganho. Mais valia que tivesse havido perca. Mas que raio de jogo é este que não dá adrenalina nenhuma? Até agora jogámos apenas o jogo da neutralidade, ou seja, enquanto se movimentarem apenas contas de activo e passivo não há situação líquida acrescida ou diminuída. Não há, pois, quaisquer ganhos ou perdas. Estes só aparecem com o exercício do negócio, como veremos a seguir. Mas não desista, que o jogo a sério só agora começa. Qual é negócio que lhe dava jeito? Ser dono da SportTV? Tenha calma, que eu estou cá há mais tempo e fui o primeiro a lembrar-me. Os Hipermercados Continente? Infelizmente para si, já têm dono. Bem, para facilitar a exposição, comecemos, pois, com um Minimercado, de proximidade, que só vende, mesmo a si, que é o dono, aquilo que V. se esqueceu de comprar na grande superfície. Vantagem: tem menos lançamentos a fazer. E se gosta de arriscar a sério, tenha a certeza que a adrenalina sobe (queria dizer, desce) ao rubro: o resultado vai estar sempre no vermelho. Não, não estamos a falar de eleições no Benfica, mas, sim, de resultados, que também podiam ser deste, mas não são. Comecemos, então, o negócio. Já tem prateleiras, registadora, arcas congeladoras, uma carrinha. Entrou com o capital mínimo e o restante está a dever em leasing. Se tivesse ficado por aqui, ou aproveitasse os 15 dias para devolver tudo, ficava com uma certeza: não perdia. Assim, não lhe gabo a sorte Comecemos por comprar alguma mercadoria: legumes, fruta, A cor dos Números12 Magazine Digital eUAU! - Julho 09www.tecad.pt um ponto de interrogação pois apontam para o parâmetro “Mark” de cada material, ainda não preenchido. A partir do momento em que inseriu todas as etiquetas no desenho poderá substituir as interrogações por uma numeração ordenada. A identificação numérica passa a ser característica de cada material e assim é possível criar a legenda a partir de uma tabela de materiais (View > Create > Schedules > Material Takeoff). Nesta situação em particular, a tabela utilizará a categoria “Wall” mas poderá fazer-se o mesmo com “multicategory” por exemplo. Os campos a inserir na tabela são “Material: Mark” e “Material: Name”, ordenados por “Material: Mark”. Deverá seleccionar “Itemize every item” e na aparência da tabela retirar a selecção de “Grid Lines” e de “Show Headers”. Poderá utilizar o parâmetro “Material: Description” na tabela em vez de “Material: Name” caso o tenha preenchido com a informação que pretende apresentar. Após gerar a tabela substitua o título por “legenda”. São apresentados na tabela todos os materiais constituintes da parede, mesmo os que não foram numerados: para não apresentar os materiais não numerados deverá voltar à edição da tabela (View Properties > Filter) e filtrar os resultados com a regra “Material: Mark is greater than or equal to 1”. Poderá então inserir o desenho e a sua legenda (tabela) numa folha. A formatação da tabela deverá ser feita de acordo com as preferências do utilizador, em termos gráficos e de conteúdo e qualquer etiqueta aplicada a partir do momento em que a tabela é criada é adicionada à mesma automaticamente. Atenção à nomenclatura ou descrição dos materiais: uma preocupação inicial com este aspecto poupará tempo na finalização do projecto. E a sugestão apresentada é isso mesmo, uma sugestão de representação da identificação dos materiais. O importante é que cada um adeque numa fase inicial as ferramentas do Revit à sua própria forma de trabalhar e de representar, para retirar o máximo partido das mesmas. Ficha Técnica15 REVIT Architecture 2010 Legendas de Materiais As ferramentas de aplicação de etiquetas e “keynoting” do Revit facilitam muito o trabalho de identificação dos materiais que constituem os elementos construtivos, principalmente nas fases avançadas de projecto, em que o detalhe tem muita importância. Através de algumas configurações simples é possível adaptar graficamente estas ferramentas à forma de representação de cada projectista e ganhar tempo para as ideias. Descreve-se de seguida um exemplo de aplicação de etiquetas com números numa parede, associadas a uma tabela que depois de inserida numa folha funcionará como legenda do elemento gráfico (parede). A NormaBim já integra a codificação Master e UniFormat traduzida para Português. Começando com uma vista de detalhe (corte), para identificar os materiais nela definidos deverá aplicar etiquetas de materiais (Annotate > Tag > Material) que, se ainda não foram editadas, apresentarão Figura 1 - Numeração dos materiais Figura 2 - Tabela de materiais / Legenda Figura 3 - Folha de impressão Arq. Ana Ferreira Especialista em Autodesk Revit aferreira@tecad.pt Magazine Digital eUAU! - Julho 09 www.tecad.pt No entanto, devem ser levados em conta alguns aspectos. Tomando como exemplo os projectos de AVAC, a utilização do Link da Arquitectura impossibilita a colocação de grelhas, difusores ou outras máquinas que “furem” elementos construtivos, como as paredes e tectos falsos. Desta forma, todos os equipamentos para criação de sistemas devem ser feitos de forma a permitir a colocação nas faces dos elementos construtivos e não “através” dos mesmos, devendo utilizar-se famílias “Face Based”. Para criação destas famílias há alguns aspectos a ter em atenção. Uma vez que não há templates de criação de famílias nativos do Revit para criação de famílias “Face Based” de todas as categorias, deve optar-se pelo template “Generic Model – Face Based”. Após abrir o ficheiro para criação de nova família através desse template, o primeiro passo deverá ser a definição da categoria da família, para que esta funcione correctamente quando inserida no projecto. Uma vez que este tipo de família será feito baseado numa face, o template possui um bloco que simboliza o objecto onde a família será inserida. É importante salientar que este bloco, embora se apresente no plano horizontal, simboliza tanto um elemento vertical (por exemplo uma parede) como um elemento horizontal (por exemplo um tecto falso). Caso o objecto a criar seja colocado num elemento e atravesse o mesmo (por exemplo um difusor aplicado ao tecto falso, cuja caixa e máquina fica acima do tecto falso) deve desenhar- se “para o interior” do bloco, ou seja, tomando o topo como a face de inserção, o objecto criado deve desenvolver-se no sentido da base, ficando no interior do bloco que simboliza o componente onde se irá inserir o objecto. Outra consideração importante relativamente à criação de famílias para o Revit MEP prende-se com a parametrização dos conectores a condutas ou tubagens. Quando se pretende que o conector da família (difusor, ventilador, transição, etc.), se adapte de forma automática às tubagens colocadas no projecto, devem controlar-se as dimensões do conector através de parâmetros de instância, garantindo a alteração dinâmica e automática dos sistemas criados no projecto. Ficha Técnica16 Revit MEP 2010 Criação de Famílias para Projecto Colaborativo baseado em Links A utilização de Links de ficheiros Revit é uma das formas de coordenação do trabalho das várias especialidades, oferecendo às equipas multidisciplinares a possibilidade de trabalhar de forma conjugada e com a informação sempre actualizada, mantendo cada equipa os seus ficheiros de Revit e trabalhando de acordo com as suas preferências e necessidades. Figura 3 - Exemplo família Difusor Figura 1 - Template familía “Generic Model” Figura 2 - Famílias Arq. Joana Andrade Especialista em Autodesk Revit jandrade@tecad.pt Magazine Digital eUAU! - Julho 09www.tecad.pt laboratório17 Manutenção dos Postos de Trabalho Quando compramos um computador novo, tudo é uma maravilha! O Windows não demora a carregar, os ficheiros não demoram a abrir, é tudo magnífico! Com o passar do tempo toda aquela rapidez parece abrandar. Já demora mais tempo a carregar o sistema operativo e quando abro um ficheiro do Word parece que demora muito mais. E porquê? Conforme se vai utilizando o computador também se vão instalando programas novos, desinstalando outros. O Windows faz actualizações, ficheiros temporários são criados, entradas de registo que apontam para lado nenhum... Tudo isto ajuda à dita lentidão do computador. E o que fazer perante isto? Existem várias aplicações de software e boas práticas que ajudam a tornar os computadores máquinas mais eficientes e rápidas. Quando se compra um computador já com Sistema Operativo instalado, uma boa solução é perder algum tempo e voltar a reinstalar a máquina. Isto porque, geralmente, existe sempre muito software não necessário instalado na máquina pelo fabricante. Se não se vai utilizar, nem vale a pena estarem instalados. Quando se efectuar esta reinstalação pode-se aproveitar e criar logo duas partições, uma para sistema e software e a outra para dados. Isto faz com que, em caso do Sistema Operativo se corromper, tenhamos os dados guardados noutra partição, podendo assim reinstalar a máquina sem perda de informação. Para ajudar o utilizador a efectuar a dita limpeza do “lixo” existente no computador, existem uma série de aplicações desenvolvidas especialmente para isso. Temos o exemplo dum bastante conhecido, o CCLEANER. Este pequeno programa é muito poderoso no que diz respeito a eliminar o que de obsoleto há na máquina. Desde ficheiros temporários do Windows, de Internet, Cookies, Atalhos inválidos, limpeza de entradas inválidas no registo, e até permite a desinstalação de software assim como controle sobre os serviços que são executados no arranque. Quanto mais serviços estiverem activos mais lenta se torna a máquina a arrancar. Já temos então uma boa solução para efectuar a limpeza. Mas será que chega? Bem, já ajuda a recuperar alguma performance. Mas podemos ainda aliar este software a outros serviços bastante conhecidos. Por exemplo, efectuar a limpeza de disco utilizando o utilitário do Windows. Isto permite comprimir ficheiros muito antigos, eliminar a reciclagem entre outros parâmetros. Depois disto tudo o ideal é realizar uma desfragmentação para organizar todos os blocos do disco rígido. Tendo todos estes aspectos em consideração e mantendo toda a informação no disco rígido organizada, conseguimos obter mais rapidez e performance nas máquina. Evitamos assim também problemas de instabilidade no Sistema Operativo que provocam perda de produtividade e performance. Pode efectuar o download da aplicação Ccleaner (gratuita) em http://www.ccleaner.com/ PUbliciDADE Figura 1 - Limpeza de disco de dados Figura 2 - Ccleaner Duarte Miranda MCP- Microsoft Certified Professional dmiranda@tecad.pt Magazine Digital eUAU! - Julho 09 www.tecad.pt modelo em cor branca. Para alterar as cores, vamos ao comando OPTIONS, separador Display, botão Colors e escolhe-se a opção Restore classic colors. Claro que podemos escolher outras cores. Quanto aos ícones, não há um processo simples para repor a visibilidade antiga, a menos que os editemos um a um. 3. Botões dos auxiliares de desenho – Outro choque, os botões da linha Status têm um símbolo pouco perceptível. Esta é fácil: tecla direita em cima e desmarca-se a opção Use Icons. 4. Comando LAYER – O comando LAYER, desde a versão 2009, funciona em paleta, que pode estar sempre visível e mostrar imediatamente no desenho qualquer alteração que seja feita. Apesar de a ideia ser interessante, em desenhos muito complexos, a alteração de propriedades de layers pode revelar-se muito demorada. Nestes casos, pode usar-se o comando CLASSICLAYER para mostrar a caixa clássica das layers. Se quisermos optar por ter esta caixa (e abandonar a paleta das layers) sempre que se acede ao comando LAYER, dá-se o valor 0 à variável LAYERDLGMODE. Quaisquer comentários são bem-vindos. Boas optimizações, boas férias (se for o caso) e até à próxima edição! Truques e Dicas20 Para seleccionarmos a visibilidade de barras de • ferramentas, é fácil: basta marcar a tecla direita em cima de uma barra existente e escolher a que queremos visualizar. Mas... e se não houver nenhuma barra visível, como acontece no ambiente puramente ribboniano? Simples: executa-se o comando –TOOLBAR (não esquecer o menos antes do nome do comando), digita-se o nome da barra e confirma-se a opção Show. 2. Cores – O AutoCAD 2010, de fábrica, vem o espaço do Figura 3 - Barra de comandos Figura 4 - Drawing Window Colors Figura 5 - Barra de estado “Status” PUbliciDADE Magazine Digital eUAU! - Julho 09www.tecad.pt O AutoCAD Architecture (até à versão 2007 designado Architectural Desktop, mas mais conhecido por ADT), completou o seu 10º aniversário em 2008, tor- nando-se o produto AEC com maior número de licenças vendidas até hoje (mais de 500 000). Infelizmente, essa efeméride ficou tristemente associada ao lançamento daquela que eu considero a pior versão do ADT comercializada até hoje, ou seja, o AutoCAD Architecture 2009. Só para terem uma ideia dos seus inúmeros bugs, a Autodesk já disponibilizou três Service Pack (agora chamados Produt Update) para corrigir essas anomalias. Consequentemente, os programadores que integram o famoso “ADT Team” viram-se confrontados com uma questão de sobrevivência: ou produziam um upgrade realmente fiável, ou teriam que pensar seriamente em mudar de vida. Nestas circunstâncias, o AutoCAD Architecture 2010 era aguardado com grande expectativa. Para grande surpresa e alívio dos utilizadores, esta nova versão tem revelado uma maturidade notável, fazendo esquecer rapidamente o pesadelo do ano passado. Neste número da eUAU! não vou falar das novidades, mas sim de um aspecto que tem apoquentado todos aqueles que usam o AutoCAD 2010, ou algum dos produtos da sua família: refiro-me ao famigerado Ribbon. Confesso que gosto do Microsoft Office 2007, pioneiro na substituição dos menus pelo ribbon (que traduzido para português quer dizer fita), por isso instalei o ACAD2010 sem nenhuma espécie de preconceito e claramente disponível para aderir às suas tão apregoadas novas funcionalidades. O estado de graça durou apenas uma semana. Ao longo desse período acedi, vezes sem conta, ao Help. Aí é possível encontrar uma secção destinada a ajudar os utilizadores mais experientes, mas fortemente habituados aos menus e às toolbars (barras de ferramentas) que caracterizavam a interface das versões anteriores, mostrando a correspondência dos comandos entre a versão antiga e a actual. Aqui reside a primeira dor de cabeça: onde está o menu Help? Não vale a pena queimarem as pestanas à sua procura, porque deixou de existir: cliquem no ícone do Infocenter, situado no canto superior direito do ecrã, representado através de um sinal de interrogação (figura 1). Quando se abrir a janela, por baixo de General Information, escolham Where Is My Command? (figura 2). Mais tarde descobrirão que podem aceder directamente a Where Is My Command?, clicando na pequeno triângulo invertido, de modo a abrir um menu contextual com várias opções (figura 3). Na janela Where is my command? encontrarão duas colunas (figura 4) com os nomes dos menus disponíveis no AutoCAD Architecture 2009 (Format, Design, Document, Window, só para citar alguns). Ferramentas de Arquitecto21 Figura 1 - Botão de acesso ao HELP Figura 2 - Where is My Command? Figura 3 - Where is My Command? AutoCAD Architecture 2010 Onde Está o Meu Comando? Arq. Pedro Aroso Formador AutoCAD Architecture pedroaroso@clix.com Magazine Digital eUAU! - Julho 09 www.tecad.pt Para exemplificar o modo de funcionamento desta ferramenta de ajuda, vamos procurar ver onde está alojado o Style Manager no Ribbon, sabendo que anteriormente estava localizado no menu Format (figura 5). O ordenamento dos comandos não é feito por ordem alfabética, mas sim pela frequência do uso, facto que explica o aparecimento do Style Manager em primeiro lugar. Ficamos assim a saber que devemos mudar o painel de Home para Manage e, de seguida, em Style & Display panel, seleccionar Style Manager (figura 6). Simples? Nem por isso. Na minha opinião, o ribbon não proporciona maior rapidez na execução das tarefas. Mas, mais grave do que isso, alguns comandos ficaram pura e simplesmente esquecidos. Dou dois exemplos: onde está o comando Wall Properties? E o comando Insert Modifier Style as Polyline...? No primeiro caso somos conduzidos para a janela Properties, sendo obrigados a escolher o tipo e objecto pretendido, antes de proceder à respectiva selecção. No segundo exemplo, a situação é ainda mais anacrónica, pois a alternativa consiste em escrever WALLMODIFIER _PLINE na linha de comando. Por estas e por outras, decidi instalar os menus mas, sobre isso, falarei no próximo número da eUAU! Ferramentas de Arquitecto22 Figura 4 - Exemplo Prático Figura 5 - Exemplo Prático PUbliciDADE Figura 6 - Exemplo Prático
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