Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Origem e Evolução dos Bancos: De Tábulas de Argila aos Caixas Eletrônicos, Notas de estudo de Tecnologia Industrial

Saiba como os bancos surgiram na babilônia e evoluiram ao longo dos séculos, oferecendo segurança e facilidade ao comércio. Desde a antiguidade até os dias atuais, os bancos se transformaram em instituições essenciais para a economia mundial.

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 24/09/2009

marlon-oliveira-2
marlon-oliveira-2 🇧🇷

4.6

(68)

129 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Origem e Evolução dos Bancos: De Tábulas de Argila aos Caixas Eletrônicos e outras Notas de estudo em PDF para Tecnologia Industrial, somente na Docsity! O que são os bancos? Cadernos BC Série Educativa Com certeza, você já foi alguma vez a um banco e viu que muitas pessoas vão ali para levar ou buscar dinheiro. Muito bem, ainda que você não acredite, antes que as moedas e cédulas existissem, já havia algo parecido com os bancos atuais. 3 Na Babilônia, uma das regiões mais ricas do antigo Oriente, as pessoas não iam aos templos apenas para adorar seus deuses. Guardavam neles objetos de valor – metais preciosos, jóias ou cereais, como a cevada e o trigo –, porque ali estariam seguros e ninguém poderia roubá-los. Os sacerdotes não cobravam para cuidar desses bens, mas podiam emprestar uma parte deles para quem precisasse e, em troca, recebiam algum pagamento. Mais tarde, surgiu o dinheiro. As pessoas que o utilizavam na compra e na venda de mercadorias precisavam de maneiras e lugares seguros para guardá-lo. Então começaram a aparecer cambistas (pessoas que trocavam um tipo de moeda por outro) e prestamistas (pessoas que emprestavam dinheiro) gregos, romanos e árabes. Posteriormente, na Idade Média, foi a vez de os ourives (pessoas que trabalhavam o ouro e outros metais preciosos) se encarregarem de trocar, emprestar e cuidar do dinheiro. Eram, em geral, homens de confiança, que guardavam em seus depósitos as riquezas de alguns clientes e as emprestavam a outros, cobrando por esses serviços. Os ourives entregavam recibos às pessoas, com anotação da quantidade de dinheiro que elas lhes davam para guardar. Aconteceu que muitas daquelas pessoas, em vez de voltarem ao ourives para retirar o dinheiro, começaram a utilizar os recibos para fazer pagamentos. Assim surgiram as primeiras cédulas. Com esse negócio de guardar, emprestar dinheiro e dar recibos, os ourives se tornaram os primeiros banqueiros, e suas oficinas (ateliês) começaram a ser chamadas de bancos. Os bancos tornaram o comércio mais fácil e seguro, não só para os que moravam numa mesma cidade, mas também para aqueles que negociavam entre cidades e países diferentes. Assim, um comerciante da Itália que tinha seu dinheiro em um banco que também funcionava na França (ou que tinha negócios com um banco francês), podia comprar mercadorias de um vendedor da França, por meio de um acordo entre os dois: – Senhor Pierre, eu lhe pagarei, não agora, só de outra vez, quando o papel que lhe assinei o senhor der ao banqueiro francês. Os comerciantes gostaram muito dessa forma de fazer negócio, pois não tinham o trabalho de carregar dinheiro, e nem corriam o risco de serem roubados durante as viagens. Os banqueiros também gostaram, pois podiam cobrar pelos serviços prestados. E por isso as pessoas procuravam os bancos para fazer seus negócios. 10 Existe um grupo de pessoas que tem dinheiro e quer guardá-lo. Há outro grupo que precisa de dinheiro para investi-lo ou usá-lo em negócios, como construir prédios, abrir comércio e instalar novas fábricas. Se esses grupos não se conhecem, não é possível realizar negócios entre eles. Mesmo que se conhecessem, poderia não haver confiança entre as pessoas, a ponto de umas pedirem dinheiro emprestado às outras. Então, os bancos oferecem para aquelas que têm dinheiro uma forma segura de guardá-lo – uma conta de poupança, por exemplo – e lhes pagam juros ou rendimentos. E, às pessoas que precisam de dinheiro para investimentos, os bancos fazem- lhes empréstimos e recebem juros pelo serviço. Dessa maneira, os bancos movimentam o dinheiro. Usam as economias de uns para emprestar a outros. 14 Por exemplo, se um fabricante de sorvetes recebe empréstimo de um banco para melhorar seu negócio, pode comprar máquinas e contratar gente para trabalhar. Dessa forma, estará dando emprego a outras pessoas e também poderá produzir mais e melhores sorvetes. Com o dinheiro que ganha produzindo e vendendo sorvetes, pode pagar ao banco e ainda ter lucro. Tudo isso permite que dentro de um país circule maior quantidade de dinheiro para as indústrias e o comércio, que haja mais empregos e que todos possam ter uma vida melhor. 18 19 Entretanto, quando os donos dos bancos utilizam o dinheiro de forma errada, emprestam mais do que deveriam, emprestam para pessoas que fazem maus negócios ou gastam o dinheiro em beneficio próprio, os bancos podem entrar em falência, ou seja, ficar sem condições de funcionar, por não terem como pagar suas dívidas. Essa situação prejudica a todos. Além de muita gente correr o risco de perder suas economias, também se perde a confiança nos bancos, circula menos dinheiro, o país fica mais pobre e aumenta a quantidade de pessoas desempregadas. Para evitar que isso aconteça, existem leis para proteger aqueles que depositam seu dinheiro nos bancos e autoridades que fiscalizam o cumprimento dessas leis. 20 Como você pode perceber, os bancos de hoje, além de servir para guardar dinheiro, são também muito importantes para o desenvolvimento da economia das nações e para o comércio entre elas. Quando um país tem um sistema bancário que cuida e utiliza bem o dinheiro de seus clientes, cobrando preços justos por seus serviços e funcionando de acordo com suas necessidades, cresce a riqueza desse país e o bem- estar de seu povo. 23 Bilhete: vem do francês billet e do latim billa, que quer dizer cédula, nota ou folha de papel. Era a denominação que se dava aos recibos emitidos pelos bancos a quem lhes entregasse ouro para guardar. Banco: vem do alemão bank, que significa “banco de madeira”, usado por aqueles que se dedicavam ao ofício de trocar e emprestar dinheiro. A partir da Idade Média, começaram a se chamar assim as primeiras casas ou estabelecimentos nos quais se realizavam essas atividades. Conta de poupança: serviço que os bancos colocam à disposição de quem quer guardar dinheiro. Desde a Idade Média, a palavra poupar significa “acumular ou guardar riquezas”. Por isso, a conta que abrimos em um banco para depositar nossas economias, em médio ou em longo prazo, tem esse nome. Essa forma de economizar produz aumentos em nosso dinheiro, que são os juros pagos pelo banco. Conta-corrente: serviço que os bancos oferecem para guardar dinheiro, de forma que possa ser retirado facilmente. Quando abrimos uma conta-corrente, o banco nos dá um talão de cheques, com o qual podemos fazer pagamentos, pois o cheque é uma ordem que se dá ao banco para que ele pague, com nosso dinheiro, a quantia que anotamos nele. Também recebemos um cartão eletrônico, por meio do qual podemos sacar dinheiro e fazer pagamentos. Curiosidades... 24 Juros: quantia que os bancos pagam para os seus depositantes ou cobram dos seus clientes pelo trabalho de guardar ou emprestar seu dinheiro. Por exemplo: se depositamos cem reais na poupança e, depois de um certo tempo, aparecem cento e dez reais nessa mesma conta de poupança, isso significa que os dez reais a mais são os juros que nosso dinheiro rendeu. Crédito: vem do latim credere, que significa “acreditar ou confiar em alguém”. Esse nome se dá às diferentes maneiras pelas quais os bancos emprestam dinheiro a seus clientes, por um tempo determinado. Ou seja, quando o banco empresta dinheiro para alguém, diz-se que houve uma "operação de crédito". Senha: para usar os caixas eletrônicos, cada cliente recebe um cartão e precisa ter uma senha (código formado por letras ou algarismos) que deve ser digitada todas as vezes em que o cliente desejar realizar uma operação bancária, como sacar dinheiro, pagar contas, ou fazer depósitos. Bancos: os primeiros bancos, no Brasil foram criados no século XIX. Entre os mais antigos estão: Banco do Brasil (1808), Banco Comercial do Rio de Janeiro (1838), Banco Comercial do Maranhão (1846). 25 Agradecemos a autorização para reprodução e adaptação concedida pelo Banco Central da Venezuela. Gerência de Comunicações Institucionais: Mary Batista Lorenzo Créditos da publicação original: Dirección Editorial: María Elena Maggi Investigación y textos: María Elena Maggi y Pedro Parra Deleaud Asesoría técnica: Víctor Fajardo Cortez Diseño e ilustraciones: Rosana Faría Producción y supervisión de imprenta: Mirna Ferrer ISBN 980-6395-09-3 Impreso en Venezuela por: Tip. Olympia, C.A. Textos e ilustrações adaptados pelo Banco Central do Brasil Secretaria Executiva da Diretoria Secretaria de Relações Institucionais. A palavra economia vem do grego oikos (casa) e némein (administrar). Desse significado de cuidar e lidar com os bens de uma casa, a palavra tomou o sentido que tem agora de administrar a riqueza pública de uma comunidade, região ou país. Daí também vem o nome da ciência que estuda os processos econômicos. Com esta série de cadernos, o Banco Central do Brasil acredita estar oferecendo às crianças brasileiras, por meio de textos simples e ilustrações divertidas, alguns temas e conceitos básicos de economia que permitirão a elas compreender a complexidade do mundo econômico de hoje.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved