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Antropometria, Notas de estudo de Educação Física

Segundo MARINS & GIANNICHI (2003, p. 35) a antropométria representa um importante recurso de assessoramento para uma analise completa de um indivíduo, seja ele atleta ou não, pois oferece informações ligadas ao crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, sendo por isso crucial na avaliação do estado físico e no controle de diversas variáveis que estão envolvidas durante uma prescrição de treinamento.

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe Antropometria e outras Notas de estudo em PDF para Educação Física, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA LEONARDO DE ARRUDA DELGADO MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS São Luis 2004 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5 2 HISTÓRICO ..................................................................................................... 6 3 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS.................................................................... 9 3.1 Definição ................................................................................................... 9 3.2 Classificação........................................................................................... 10 3.3 Recomendações ..................................................................................... 10 3.4 Medidas lineares..................................................................................... 12 3.4.1 Estatura ........................................................................................... 12 3.4.1.1 Definição................................................................................... 14 3.4.1.2 Material ..................................................................................... 14 3.4.1.3 Protocolo................................................................................... 15 3.4.1.4 Cuidados durante as medidas das alturas................................ 16 3.4.2 Altura total........................................................................................ 17 3.4.2.1 Definição................................................................................... 17 3.4.2.2 Material ..................................................................................... 17 3.4.2.3 Procedimento............................................................................ 18 3.4.3 Envergadura .................................................................................... 18 3.4.3.1 Definição................................................................................... 18 3.4.3.2 Material ..................................................................................... 18 3.4.3.3 Protocolo................................................................................... 18 3.4.3.4 Precauções............................................................................... 19 3.5 Medidas transversais ou diâmetros......................................................... 19 3.5.1 Definição.......................................................................................... 19 3.5.2 Material ............................................................................................ 19 3.5.2.1 Paquímetro ósseo..................................................................... 20 3.5.2.2 Compasso de pontas rombas ................................................... 20 3.5.2.3 Antropômetro de delizamento................................................... 21 3.5.3 Precauções...................................................................................... 21 3.5.4 Locais padronizados para medições de diâmetros .......................... 22 3.5.4.1 Diâmetro biestilóide rádio-ulnar do punho ................................ 22 3.5.4.2 Diâmetro biepicôndiliano umeral (cotovelo) .............................. 23 3.5.4.3 Diâmetro biepicôndiliano do fêmur ........................................... 24 3.5.4.4 Diâmetro biacromial .................................................................. 25 3.5.4.5 Diâmetro torácico transverso .................................................... 25 3.6 Medidas de circunferência ou perímetro ................................................. 26 3.6.1 Definição.......................................................................................... 26 3.6.2 Material ............................................................................................ 26 3.6.3 Precauções...................................................................................... 26 3.6.4 Locais padronizados para medições de circunferências.................. 27 3.6.4.1 Pescoço.................................................................................... 27 3.6.4.2 Ombros..................................................................................... 28 3.6.4.3 Tórax ........................................................................................ 28 3.6.4.4 Cintura ...................................................................................... 29 3.6.4.5 Abdome .................................................................................... 30 3.6.4.6 Quadril ...................................................................................... 30 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 5 ANTROPOMETRIA 1 INTRODUÇÃO Segundo MARINS & GIANNICHI (2003, p. 35) a antropométria representa um importante recurso de assessoramento para uma analise completa de um indivíduo, seja ele atleta ou não, pois oferece informações ligadas ao crescimento, desenvolvimento e envelhecimento, sendo por isso crucial na avaliação do estado físico e no controle de diversas variáveis que estão envolvidas durante uma prescrição de treinamento. O emprego da antropométria pode ser considerado como componente de controle de um treinamento, visto que alguns de seus elementos (composição corporal) sofrem interferência direta de acordo com o grau de treino. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 6 2 HISTÓRICO De acordo com PETROSKI (1995, p.81) a antropometria tem sua origem não na medicina, nem na biologia, mas nas artes, embuídas da sua filosofia pitagórica, da assimetria e da harmonia. A história da antropométria inicia na antiga civilização da Índia, Egito e Grécia, com uso de dimensões de certas partes do corpo como o primeiro padrão de medida, na tentativa de estabelecer o perfil das proporções do corpo humano. Segundo HITCHOCK (1886) apud KRAKOWER (1937), os matemáticos e artistas da Índia e Egito entendiam que se deveria adotar alguma parte do corpo do corpo (os egípcios antigos, adotavam o dedo médio, os gregos a altura da cabeça), como referência ou a dimensão padrão para todas as partes. Um tratado chamado “Silpi Sastri”, da antiga civilização da Índia, analisou um corpo dividido- o em 480 partes. No Egito, entre os séculos XXXV e XXII a.C., a unidade de medida foi o cumprimento do dedo médio do sacerdote ou o então chamado dedo de saturno (KROKOWER, 1937). De acordo com este critério a estatura de um homem adulto bem formado deveria ser 19 vezes esta medida. Os gregos, porém, usavam como critério, a altura da cabeça que dividia a estatura em oito vezes. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 7 O povo grego possivelmente tenha sido o primeiro povo a cultuar a forma corporal como sinônimo de beleza, estética e saúde; seus deuses eram figuras compostas por formas que eram consideradas perfeitas. QUETELET (1786-1874), considerado o pai da antropométria, é creditado como tendo descoberto a ciência e divulgado o termo Antropometria. Ele descobriu que a teoria da curva de Gauss podia ser aplicada nos modelos estatísticos para a análise dos fenômenos biológicos, principalmente em medidas antropométricas. Em 1835, Quelet publicou o trabalho “Man and the Development of his Faculties”, ou “An Essay Upon social Physics”, em quatro volumes, sendo que os dois primeiros são dedicados as qualidades físicas do homem (KROKOWER, 1937). A primeira investigação envolvendo mensuração física foi realizada em 1854, por ZEISSING, em um estudo com adolescentes Belgas. Um pouco mais tarde, em 1860, CRONWELL estudou o crescimento de escolares de 8 a 18 anos, de Manchester, e descobriu que, em geral, as meninas eram mais altas que e mais pesadas que os meninos, entre as idades de 11 e 14 anos; a partir daí, os meninos tornaram-se mais altos e mais pesados. No continente Americano, o primeiro estudo antropométrico aplicado à Educação Física parece ter sido realizado pelo Dr. Edward Hitchcok em 1861, em Amherst, na Universidade de Amherst, Massachussets, USA. Ele mensurou peso, estatura, circunferências e força de braços dos estudantes, bem como AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 10 que podem proporcionar estimativas nacionais e dados para análise de mudanças seculares. 3.2 Classificação Podemos classificar as principais medidas antropométricas utilizadas em Educação Física em: • Medidas lineares: que incluem as medidas de caráter longitudinais (alturas e comprimentos) e transversais (diâmetros). • Medidas de circunferência ou perímetros: • Medidas de dobras cutâneas; • Medidas de composição corporal; • Índices antropométricos; • Medidas somatotipologicas. 3.3 Recomendações MARINS & GIANNICHI (op. cit) apresentam algumas recomendações gerais sobre antropométria: - Antes da coleta de dados é sempre interessante que o avaliador tenha conhecimento sobre as razões e objetivos da medição; AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 11 - Procure realizar a coleta de dados em um local de uso exclusivo do avaliador e do avaliado; - O avaliado deverá receber, com antecedência, um formulário com as orientações sobre o tipo de roupa adequada para esta avaliação; - Deve-se ter total atenção quanto a questão da calibração periódica dos instrumentos; - O registro de dados antropométricos deverá seguir sempre o lado direito do avaliado, mesmo no caso em que este lado não corresponda ao lado dominante do avaliado; - Recomenda-se a marcação dos pontos anatômicos de referência, com lápis dermográfico antes do registro dos dados; - Observar a postura do avaliado, que deverá ser compatível com o procedimento de registro do dado; - É interessante que o avaliador mantenha certa distância do avaliado, evitando, assim, situações constrangedoras; - Um auxiliar colaborando com o registro dos dados aumenta a velocidade da coleta; - Em um trabalho longitudinal é importante reproduzir o mesmo método e protocolo em todas as provas, permitindo, assim, uma comparação adequada entre os resultados. Sempre que for possível também se recomenda que a coleta de dados seja feita pelo mesmo avaliador. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 12 3.4 Medidas lineares Podem ser subdivididas em longitudinais e transversais. As medidas longitudinais correspondem às medidas de alturas e comprimentos e as medidas transversais, também conhecidas como diâmetros, são medidas de largura ou profundidade entre dois pontos, usadas para mensurar o crescimento e o desenvolvimento ósseo. 3.4.1 Estatura O estudo da altura é muito importante porque esta medida se relaciona com quase todas as medidas somáticas, além de ser importante para estudos biotipológicos e raciais. Atletas de grandes alturas são mais indicados para esportes como corrida de meio fundo, natação, salto em altura e à distância e ciclismo; esportes como corrida de velocidade e boxe são apropriados para indivíduos de altura média, enquanto corridas de fundo, luta livre e arremesso de peso, por exemplo, são indicados para indivíduos de pequena altura. A altura varia fisiologicamente de acordo com os seguintes fatores: posição do corpo, hora do dia, fase da vida e evolução da espécie. A medida da altura na posição em pé pode deferir em até 3 cm da medida na posição deitada. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 15 adaptado, para a execução das medidas, utiliza-se um cursor ou esquadro, que deve formar um ângulo de 90 graus entre a escala do estadiômetro e o vértex do avaliado. Comumente, as balanças clínicas já apresentam um estadiômetro, porém, a utilização de uma peça individualizada é vantajosa, pois com esta, podemos medir indivíduos com valores extremos de estatura, com maior precisão. Figura 2 Altura ou estatura. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa 3.4.1.3 Protocolo O avaliado deve estar na posição ortostática (em pé), pés unidos, procurando pôr em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 16 medida é feita com o indivíduo em apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre esta variável antropométrica. A cabeça deve estar orientada no plano de Frankfurt, paralela ao solo. A Medida será feita com o cursor em ângulo de 90 graus em relação à escala. Permite-se ao avaliado usar calção e camiseta, exigindo-se que esteja descalço. São feitas três medidas considerando-se a média como valor real da altura. 3.4.1.4 Cuidados durante as medidas das alturas Ao efetuar as medidas de altura, determinados cuidados devem ser levados em consideração, para diminuir a margem de erros. Os principais cuidados são: 1) O avaliador deve preferivelmente se posicionar à direita do avaliado. 2) Devemos registrar a hora em que foi feita a medida, sendo que em trabalhos longitudinais devemos procurar efetuar as medidas em um mesmo horário ou período do dia. 3) Evitar que o indivíduo se encolha quando o cursor tocar sua cabeça. 4) Observar que entre as medidas o avaliado troque de posição no instrumento de medida. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 17 3.4.2 Altura total 3.4.2.1 Definição É à distância do ponto dactylion até a região plantar, estando o avaliado com o membro superior direito na vertical elevado a 180°, por sobre a cabeça e com o cotovelo estendido. Figura 3 Altura total. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 3.4.2.2 Material Uma tábua, 30 centímetros de largura por 2 metros de comprimento, graduada em centímetros e milímetros e fixada a partir de 2 metros de altura. Para crianças a tabua deve ser fixada, a partir de 1 metro de altura, pó de giz ou magnésio, 1 cadeira (45 cm) e material para anotação. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 20 Entre os principais tipos de antropômetros podemos citar: o Paquímetro Ósseo, o Compasso de Pontas Rombas e o Antropômetro de Delizamento. 3.5.2.1 Paquímetro ósseo Figura 4 Paquímetro ou antropômetro. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. É o aparelho usado para medir pequenos perímetros ósseos como: Biestilóide do Punho, Biepicondiliano do Úmero e Biepicondiliano do Fêmur. É importante que as hastes dos aparelhos sejam longos o suficiente para permitir a medida sem limitação de acesso aos pontos anatômicos. 3.5.2.2 Compasso de pontas rombas É um aparelho utilizado para a medida dos diâmetros do tronco. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 21 Figura 5 Compasso de pontas rombas. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.5.2.3 Antropômetro de delizamento É utilizado para a medida dos diâmetros do tronco, além de também poder ser utilizado para medidas de comprimento. Figura 6 Antropômetro de delizamento. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.5.3 Precauções Entre as principais precauções podemos citar que: AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 22 - O antropômetro não deve ficar frouxo, nem fazer pressão excessiva; - O resultado é dado em cm com precisão de 0.1 cm. 3.5.4 Locais padronizados para medições de diâmetros As principais medidas transversais usadas na avaliação da composição corporal são: - Diâmetro Biestilóide do Punho; - Diâmetro Biepicondiliano do Úmero; - Diâmetro Biespicondiliano do Fêmur; - Diâmetro Biacromial; - Diâmetro Torácico Transverso; 3.5.4.1 Diâmetro biestilóide rádio-ulnar do punho Figura 7 Diâmetro biestilóide do punho. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. • Objetivo: determinar a distância entre os processos estilóides do rádio e da ulna. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 25 3.5.4.4 Diâmetro biacromial É à distância das bordas súpero-lateral dos acrômios direito e esquerdo, estando a avaliado em pé, na posição anatômica, pois com o indivíduo sentado há interferência na postura requerida para a medida. Preferencialmente o avaliador deve posicionar-se atrás do avaliado para a execução da medida. Figura 10 Diâmetro biacromial . Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.5.4.5 Diâmetro torácico transverso A medida é realizada com o avaliado em pé, com abdução de membros superiores, a fim de permitir a introdução do aparelho, na altura da sexta costela, sobre a linha axilar medial. Figura 11 Diâmetro torácico transverso. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 26 3.6 Medidas de circunferência ou perímetro 3.6.1 Definição As medidas antropométricas de circunferência correspondem aos chamados perímetros que podem ser definidos como perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em relação ao seu maior eixo. 3.6.2 Material Figura 12 Fita métrica metálica flexível. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. Para medir circunferências, usa-se uma fita métrica antropométrica, que deve ser feita de um material flexível (de preferência metálica), que não se estique com o uso com precisão de 0,1 cm. 3.6.3 Precauções Antes de iniciarmos a descrição das medidas antropométricas é importante citar algumas precauções como: AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 27 1) Medir sempre sobre a pele nua. 2) Nunca utilizar uma fita elástica ou de baixa flexibilidade. 3) Cuidado com a compressão exagerada, colocar a fita levemente na maior circunferência. 4) Não deixar o dedo entre a fita e a pele. 5) São feitas três medidas calculando-se a média. 6) Não utilizar fita muito larga 7) Recomenda-se marcar o ponto da medida com caneta, pois auxiliará no momento da medida de dobra cutânea de panturrilha medial. 8) Para algumas circunferências (ex.: ombro, peitoral, cintura, abdômen e quadril) a fita deve ser alinhada com o plano horizontal; 9) A precisão das circunferências devem ser de: (a) 1cm para ombro, peito, abdômen, cintura e quadril; (b) 0,5cm para coxa e (c) 0,2cm para perna, tornozelo, pulso, braço e antebraço. 3.6.4 Locais padronizados para medições de circunferências 3.6.4.1 Pescoço A medida é realizada com o avaliado sentado ou em pé, desde que esteja com a coluna ereta e a cabeça no plano horizontal de FRANKFURT. A trena deve ser aplicada na menor circunferência do pescoço logo acima da proeminência laríngea (pomo de Adão). AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 30 3.6.4.5 Abdome A medida é realizada no plano horizontal na protuberância anterior máxima do abdome, usualmente no nível da cicatriz umbilical, com avaliado em pé em posição ortostática. Figura 17 Medida da circunferência do abdome. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.6.4.6 Quadril Extensão posterior máxima dos glúteos. Tomada ao nível dos pontos trocantéricos direito e esquerdo. Deve ser realizada paralelamente ao solo, estando o avaliado com os pés unidos. Figura 18 Medida da circunferência do quadril. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 31 3.6.4.7 Braço relaxado A medida do perímetro braquial relaxado pode ser realizada de três formas diferentes, na primeira a medida é tomada na área de maior circunferência, estando o braço posicionado no plano horizontal e cotovelo em extensão. Na segunda o avaliado fica com o braço relaxado e ao longo do corpo e a medida é realizada no ponto de maior perímetro aparente e a terceira, o avaliado deve ficar com a articulação do cotovelo a 90 graus, no plano sagital, e com o braço relaxado. Figura 19 Medida da circunferência do braço relaxado. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.6.4.8 Braço contraído Medida tomada na área de maior circunferência com o braço posicionado no plano horizontal e antebraço fletido em supino num ângulo de 90°. Neste caso podemos utilizar o braço oposto para trazer oposições à contração. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 32 Figura 20 Medida da circunferência do braço contraído. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.6.4.9 Antebraço Tomada no plano perpendicular ao eixo longo do antebraço, ponto de maior circunferência, devendo o cotovelo estar em extensão. Figura 21 medida da circunferência do antebraço. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.6.4.10 Punho É a circunferência medida transversalmente sobre os processos estilóides do rádio e da ulna. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 35 Circundar a fita no plano paralelo ao solo ao nível dos pontos sphyrions tibiale e fibulare. Figura 26 Medida da circunferência do tornozelo. Fonte: CD-ROM Avaliação da Composição Corporal. Prof° Roberto Fernandes da Costa. 3.7 Medidas de dobras cutâneas 3.7.1 Locais padronizados para medições de dobras cutâneas EDWARDS (1950), citado por GUEDES (1987), refere que a literatura especializada menciona a existência de aproximadamente 93 possíveis locais anatômicos onde uma dobra cutânea pode ser destacada. Os locais padronizados para medições de dobras cutâneas, descritos no Anthropometric Standardization refernce Manual, são as seguintes: Peitoral, AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 36 Axilar (Torácica), Subescapular, Axilar Medial, Suprailíaca, Abdominal, Tríceps, Bíceps (Biciptal), Coxa e Panturrilha medial. 3.7.1.1 Dobra cutânea peitoral (PT) • Direção: diagonal, oblíqua em relação ao eixo longitudinal. • Referência Anatômica: axila e mamilo • Medida: na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço da linha axilar anterior, para mulheres. Figura 27 Dobra torácica ou peitoral axilar Fonte: site da Sanny 3.7.1.2 Dobra cutânea subescapular (SB) • Direção: diagonal. • Referência Anatômica: ângulo inferior da escápula. • Medida: o indivíduo deve estar em pé (com os ombros descontraídos), com os braços ao longo do corpo. Determinamos a dobra, seguindo a orientação dos arcos costais, 2 (dois) cm abaixo do ângulo inferior da escápula. Figura 28 Dobra subescapular. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 37 3.7.1.3 Dobra cutânea axilar média (AM) • Direção: horizontal. • Referência Anatômica: junção xifo-esternal (ponto onde as cartilagens costal das costelas 5-6 articulam-se com o esterno, levemente acima da borda inferior do processo xifóide). • Medida: é localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. Figura 29 Dobra cutânea axilar média. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 3.7.1.4 Dobra cutânea supra-ilíaca (SI) • Direção: oblíqua em relação ao eixo longitudinal. • Referência Anatômica: crista Ilíaca. • Medida: metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar medial. É necessário que o avaliado afaste o braço para trás para permitir a execução da medida. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 40 3.7.1.8 Dobra cutânea da coxa (CX) • Direção: vertical linha média. • Referência Anatômica: linha inguinal e a patela. • Medida: sobre o músculo reto femoral a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo proposta por GUEDES (1985) e na metade desta distância segundo POLLOCK & WILMORE (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo. Figura 34 Dobra da coxa. Fonte: site da Sanny 3.7.1.9 Dobra cutânea panturrilha medial (PM) • Direção: vertical, paralelamente ao eixo longitudinal. • Referência Anatômica: circunferência máxima da panturrilha. • Medida: para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 41 maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia. Figura 35 Panturrilha medial. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 3.8 Medidas de massa corporal 3.8.1 Definição É a resultante do sistema de forças exercidas pela gravidade sobre a massa do corpo. Contudo, pode-se admitir o peso em valor absoluto como sendo igual à massa. 3.8.2 Objetivo Determinação do peso corporal ou mais acertadamente da massa corporal total. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 42 3.8.3 Material A balança é utilizada para determinar o peso corporal total, onde preconizamos os modelos que permitam realizações das medidas com escala até 150 kg e precisão de até 100 gramas. Modelos como o da Filizola são os mais encontrados. É indispensável que o instrumento seja aferido periodicamente com pesos conhecidos. Figura 36 Massa corporal total. Fonte: CD-ROM Testes em Ciências do Esporte. Victor Matsudo. 3.8.4 Procedimento O avaliado deve se posicionar em pé de costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida coloca-se sobre e no centro da plataforma, ereto com o olhar num ponto fixo à sua frente. No sentido de avaliar grandes grupos, permite-se que o AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 45 O termo pesado segundo McARDLE (1992, p.387) se refere somente ao peso corporal em excesso de algum padrão, em geral o peso médio para determinada estatura. WEINECK (1991, p.393) diz que se partindo do chamado “Peso Normal”, o excesso de peso é calculado a partir da altura e equivale à altura menos 100 (Equação de BROCA). BROCA considera como valor normal os que se colocam para mais 10 ou menos 10 do peso ideal calculado. Durante muito tempo às tabelas de peso/estatura foram e ainda são utilizadas como forma de classificação do excesso de massa corporal ou para a avaliação dos efeitos dos programas de exercícios físicos sobre o organismo, a sua grande limitação está no fato que a mesma não fornece informação fidedigna acerca da composição relativa ou da qualidade do peso corporal do indivíduo, pois o IMC não diferencia peso de gordura de peso livre de gordura. Elas se baseiam, essencialmente, nas estatísticas das variações médias do peso corporal para pessoas de 25 a 59 anos de idade, quando a taxa de mortalidade é mais baixa, sem levar em consideração as causas específicas da morte ou a qualidade da saúde antes da morte. A sua principal limitação se baseia em um estudo realizado sobre composição corporal realizado por WELHAM & BEHNKE (1942), onde foram avaliados 25 jogadores profissionais de futebol americano, dos quais 17 haviam sido considerados inaptos ao serviço militar por estarem acima dos padrões AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 46 preconizados por essas tabelas de peso/estatura, e conseqüentemente sido considerados obesos, os pesquisadores constataram que a maioria destes indivíduos possuía uma pequena quantidade de gordura e seu excesso de massa corporal era devido a uma grande quantidade de massa muscular. Esse fato evidencia que a massa corporal recebe uma contribuição diferenciada de cada um de seus componentes, e afirmar que um indivíduo é ou não é obeso baseando-se apenas no valor de sua massa corporal total, obtida na balança, pode constituir um erro. Segundo FERNANDES (op.cit) o IMC possui uma moderada correlação (r=0,70) com o percentual de gordura predito a partir de pesagem hidroestática (KEYS et al, 1972). O erro padrão da predição de percentual de gordura do IMC foi aproximadamente de 5-6% (POLLOCK 1995, p.88). A equação para estimar o percentual de gordura de adultos com idade inferior a 83 anos, a partir do IMC é a seguinte: GC = (1.2 x IMC) + (0.23 x Idade) - (10.8 x Sexo) - 5.4 Onde: IMC = Índice de Massa Corporal em kg/m3 Idade= Idade em anos Sexo: Mulher =0; Homem =1 Logo concluímos que, embora o IMC possa ser um índice rudimentar de obesidade e sua utilização seja questionável na avaliação de indivíduos, para AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 47 estudos populacionais, sendo que o mesmo não pode ser utilizado para estimar a gordura corporal, este índice constitui uma alternativa bastante valida, pois além de ser o método mais simples e de baixo custo, requer apenas as medidas de peso e estatura, e segundo (SICHIERI, 1998) apud COSTA (2001, p.39) se uma população apresenta valores elevados de IMC podemos afirmar que isso ocorre em função do excesso de componente gordura corporal, já que na maioria das pessoas que apresentam excesso de massa isso não ocorre por excesso de massa magra. As tabelas abaixo apresentam os valores para classificação do sobrepeso por meio do IMC: Tabela 1 Padrões de aptidão saudáveis para IMC em meninos e meninas entre as idades de 5 a 18 anos. Fontes: FERNANDES (2003, p.100) Idade IMC (Meninos) IMC (Meninas) 7 13-20 14-20 8 14-20 14-21 9 14-20 14-20 10 14-20 14-21 11 15-21 14-21 12 15-22 15-22 13 16-23 15-23 14 16-24 17-24 15 17-24 17-24 16 18-24 17-24 17 18-25 17-25 18 18-26 18-26 Tabela 2 Classificação do sobrepeso e obesidade pelo IMC, adaptado de WHRO (1997) e OMS(1995) Classificação de Obesidade IMC (kg/m²) Baixo Peso 3 (grave) Risco Grave <16 Baixo Peso 2 (moderado) Risco Moderado 16-17 Baixo Peso 1 (leve) Abaixo da Média 17-18,5 Normal Ideal 18,5-24,9 Sobrepeso Excesso de Peso 25,0-29,9 Obesidade I Risco Moderado 30,0-34,9 Obesidade II Risco Grave 35,0-39,9 Obesidade Mórbida Risco Muito grave >40 AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 50 4.3 Índice de Conicidade (IC) Medida antropométrica para estimar o valor clínico quando se tenta medir a distribuição de gordura e o risco de doenças. O IC é baseado na idéia de que o corpo humano muda de formato de um cilindro (IC=1) para o de um cone duplo, com o acúmulo de gordura ao redor da cintura (IC=1,73). É calculado pela formula: IC = Cintura/0,109 x √(MC/H) Onde: MC: massa corporal (kg) e H: estatura (m). As vantagens deste índice em relação ao RCQ são: - Possui um faixa teórica esperada de valores (1,00 a 1,73); - Compara a CCT do avaliado com a circunferência de um cilindro com o mesmo volume corporal, provendo uma medida relativa de obesidade relativa; - Os índices-C de sujeitos que diferem de MC e H podem ser comparados; - Não requer a mensuração da circunferência do quadril. Contudo este cálculo não apresenta normas, tornando sua aplicação limitada. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 51 5 SOMATOTIPOLOGIA O estudo do tipo físico ideal, talvez seja um dos mais antigos do ramo da cineatropometria, se tratando de Brasil, podemos dizer que a Cineatropometria, avançou com os estudos do Somatotipo de HEATH-CARTER, no final da década de 70, vários trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos por dezenas de autores, sendo grande o número de apresentações em congressos. A base do estudo da somatotipologia, baseia-se no princípio que, não existem dois indivíduos exatamente iguais, ou seja, cada indivíduo apresenta uma série de características morfológicas, fisiológicas e psicológicas, que os distingue dos demais. Estas variações na constituição corpórea dos indivíduos decorrem da diferença de constituição individual. A constituição individual está ligada, a o que chamamos hoje de somatotipologia. A Somatotipologia pode ser definida como: “o estudo das qualidades que caracterizam cada indivíduo, levando em consideração seus aspectos físicos e psicológicos”. Segundo ASTRAND (1980), somatotipo refere-se à classificação física do corpo humano, relacionando a estrutura corporal com a performance nas diversas modalidades esportivas. Sua determinação pode ser feita de várias maneiras, sendo que a mais difundida é através de medidas antropométricas. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 52 De acordo com PETROSKI (1995,88) o interesse pela somatotipia acabou aglutinando centenas de pesquisadores, principalmente com a socialização da metodologia do somatotipo antropométrico de HEATH-CARTER. O principal motivo, que influenciou os pesquisadores no Brasil por essa linha de pesquisa, com certeza, foi a possibilidade de realizar pesquisas, com base científica, comparável aos países desenvolvidos. Trata-se, pois, de um método não-invasivo e, principalmente, de baixo custo operacional. O autor diz ainda que o Brasil talvez tenha sido o país que mais realizou estudos caracterizando a somatotipia de escolares, adultos, atletas e não-atletas. Estes estudos realmente foram importantes, pois a literatura nacional carecia de um diagnóstico, mesmo parcial, de algumas características da população brasileira. No entanto, a produção do conhecimento não acompanhou o mesmo entusiasmo pela pesquisa em somatotipia, ou seja, a sua utilização no cotidiano, para a melhoria da seleção de atletas e controle do treinamento físico, bem como, para a melhoria das aulas de Educação Física foi muito limitada, talvez não seja incoerente dizer, inexistente. No entanto, não se pode dizer que todo o conhecimento produzido em mais de 10 anos de somatotipologia tenha saído do nada e chegado a lugar nenhum. A procura por esta metodologia foi importante porque atraiu dezenas de AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 55 - Tarefas neuromusculares que requerem relativamente pouca destreza, velocidade, força e resistência, parecem não estar relacionadas com o somatotipo. Finalmente, a metodologia do somatotipo possibilita uma determinação do tipo físico que é significantemente associado com parâmetros Cineantropométricos, desse modo, ajuda na interpretação e explicação do crescimento humano, exercício, performance e nutrição. 5.3 Somatotipo de SHELDON SHELDON & STEVENS, em 1940, cria uma nova forma de interpretar o Biótipo, estes dois psicólogos da Universidade de Harvard, baseando-se na origem embrionária dos tecidos (endoderma, mesoderma e ectoderma) classificando os indivíduos em Endomorfo, Mesomorfo e Ectomorfo, variando a participação de cada um dos três componentes de 1 a 7, possibilitando praticamente, estabelecer biótipos individuais. SHELDON muda também, a expressão Biótipo para a de Somatotipo definindo como: “a característica do indivíduo, considerando seu aspecto constitucional de endomorfia, mesomorfia e ectomorfia”. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 56 O prefácio de seu primeiro livro: “The Varieties of Human Physique- an introduction to constitutional psychology”, prefácio este datado de 25 de março de 1940, na Universidade de Harvard, em que apresenta as primeiras conclusões sobre o somatotipo, SHELDON narra que, na busca de uma solução para o desafio que se lhe apresentava, realizou seus estudos preliminares envolvendo a descrição morfológica de 4000 estudantes, recrutados em cinco estabelecimentos de ensino, em observações clínicas e anatômicas, e criando uma câmara fotográfica especial, que lhe possibilitaria ter três visões de um mesmo indivíduo: frontal, perfil e dorsal, em uma única fotografia, além de estudos antropométricos e de estatística. Alicerçado nos dados das necrópsias e na análise fotográfica, chega ao conceito de somatotipo, que ele fundamenta sobre os três folhetos embrionários: do endoderma deriva o endomorfismo, caracterizado basicamente pelos órgãos da digestão; do mesoderma o mesomorfismo, manifestado pelos músculos, ossos e tecidos conjuntivos, com predominância de ossos e músculos e do ectoderma o ectomorfismo, que SHELDON diz ser uma predominância relativa do linear e da fragilidade relacionada à superfície corpórea ampla, em relação à massa, sobretudo nos mais importantes aspectos: cérebro e sistema nervoso central. A estes componentes: endo, meso e ectomorfia ele os denomina fundamentais do somatotipo e é aos três que se refere quando diz: “o grupamento típico dos componentes morfológicos, expresso pelas 3 cifras, nós chamamos somatotipo do indivíduo.” (SHELDON, 1950,p.8). AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 57 SHELDON sugere ainda que cada somatotipo correlaciona-se uma tendência comportamental. No tocante à técnica de cálculo dos fatores primários do somatotipo, e empregando o recurso fotográfico, recomenda SHELDON (1950, p. 53-56) os seguintes passos: 1. Fotografar o indivíduo nu, em uma só película, nas posições frontal, perfil D e dorsal (para tal construiu a câmara fotográfica) 2. Determinar-lhe o Índice Ponderal: Estatura(cm)/ raiz cúbica do peso, construindo mesmo um Nomograma que facilitava a obtenção do dado, sem necessidade de cálculos. O Índice Ponderal funcionava como indicador da ectomorfia. 3. Índice de tronco: área do tórax / área do abdômen, medindo-se ambas as áreas, com o auxílio de um planímetro, na fotografia padrão. Este índice resolveria problemas relacionados à diferenciação quantitativa do endomorfismo e do mesomorfismo e seria independente do estado nutricional, abrindo as portas para a objetividade do somatotipo. A fotografia é dividida em cinco regiões: - Cabeça, pescoço e face; - Tórax ; - Ombros, membro superior e mão; AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 60 estivesse altamente treinado, era grande. No tocante à praticabilidade de aplicação, o próprio SHELDON publica em 1954 o “Atlas of Men”, visando permitir comparação entre somatotipos e pessoas que, objetivamente seriam comparadas aos padrões fotográficos, visando facilitar a determinação somatotipológica, havendo prometido nesta obra publicar um Atlas da mulher, não o fez. 5.4 Somatotipologia de HEATH & CARTER Algumas modificações foram feitas no método de SHELDON por HEATH & CARTER (1967), propuseram um novo método para estimativa do somatotipo, procurando assim facilitar o seu uso. Os autores sugerem três maneiras diferentes de avaliação: (1) Fotografia; (2) Medidas Antropométricas; (3) Combinação dos dois Métodos. A avaliação do somatotipo de HEATH-CARTER aplica-se tanto para homens quanto para mulheres. A utilização desta técnica como meio de avaliação do tipo e da composição corporal, independente do tamanho, tem sido amplamente utilizada para descrever grupos de atletas de elite (CARTER, 1984). Neste método não há limite superior para a escala de quantificação dos componentes, que são classificados como baixo, de 0,5 a 2,5; moderado, de 3,0 a 5,0; alto, de 5,5 a 7,0; e muito alto, acima de 7,5 (CARTER & HEATH, 1990). AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 61 A técnica para o cálculo do somatipo antropométrico de HEARTH- CARTER por ser extremamente vantajoso no que diz respeito à rapidez de execução e de cálculo e ao seu baixo custo operacional, foi amplamente aceito por grupos de estudiosos, e utilizado em larga escala, como já dissemos antes. HEATH-CARTER utiliza para obter a avaliação somatotipológica medidas antropométricas; uma somatocarta para coleta dos dados. Com isso, permite que: - Seja determinado o tipo físico do indivíduo possibilitando a comparação com os padrões específicos a cada modalidade desportiva; - Permiti um constante controle, em diferentes faixas etárias, se há estabilidade somatotípica ou se há uma tendência de alteração para um somatotipo característico ao longo das diversas etapas de treino na “preparação de muitos anos”; - Possibilita também a investigação sobre os indicadores de proporcionalidade corporal; - Seja controlados o desenvolvimento e crescimento do indivíduo, que, embora seja determinado geneticamente são influenciados diretamente por fatores exógenos tais como a metodologia de treino aplicada, carga (volume e intensidade), entre outros. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 62 O estudo do somatotipo favorece a correção de desequilíbrios morfológicos característicos a cada componente da classificação somatotípica, prevenindo, assim, lesões por overused, lesões crônicas e pontos dolorosos a medida que se intensifica as cargas de treino em nível de volume e intensidade. O método antropométrico de HEART-CARTER, pelas razões expostas anteriormente, será o que nós vamos estudar agora. Para a determinação do somatotipo antropométrico de HEATH-CARTER são utilizadas as seguintes medidas: - Peso Corporal - Estatura - Dobras cutâneas: tríceps, subescapular, suprailiaca e panturrilha medial. - Circunferência: braço contraído e perna. - Diâmetros: Biepicôndilo umeral e biepicôndilo femural. 5.5 Cálculo do somatotipo A determinação dos três componentes era feita originalmente, através de tabelas. No entanto, esta forma além de muito imprecisa mostrava-se extremamente trabalhosa. Foram, portanto desenvolvidas equações de regressão AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 65 5.5.3 Determinação do terceiro componente (ECTOMORFIA) • Procedimento: é obtido através do índice ponderal, isto é, altura dividida pela raiz cúbica do peso. Para isso, registra-se o peso corporal em libras e a estatura do indivíduo em polegadas. • Simbologia: h = altura em centímetros H = Altura em polegadas (H = h/2,54) P = Peso em quilogramas W = Peso em libras (W = P/ 0,4536) • Calculo: o calculo do 3° componente é feito através da determinação primeiramente do Índice Ponderal IP IP = H 3 peso em libra Determinado o índice ponderal, calcula-se o componente Ectomorfo pela equação : Ectomorfia = 2,42 (IP)-28,58 5.6 Classificação somatotipológica De acordo com os índices encontrados para cada componente do somatotipo, HEATH & CARTER descrevem as seguintes classificações somatotipológicas: - Endormorfo Equilibrado: o 1° componente é dominante e o 2° e o 3° são iguais ou não diferem de mais de meia unidade. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 66 - Mesomorfo Equilibrado: o 2° componente é dominante e o 1° e 3° são iguais ou não diferem de mais de meia unidade. - Ectomorfo Equilibrado: o 1° componente é dominante e o 1° e 2° são iguais ou não diferem de mais de meia unidade. - Endomorfo Mesomórfico: o 1° componente é dominante e o 2° é maior que o 3°. - Endomorfo Ectomorfo: o 1° componente é dominante e o 3° é maior que o 2°. - Mesormofo Endormorfico: o 2° componente é dominante e o 1° é maior que o 3°. - Mesomorfo Ectomórfico: o 2° componente é dominante e o 3° é maior que o 1°. - Ectomorfo Endomórfico: o 3° componente é dominante e o 1° é maior que o 2°. - Ectomorfo Mesomófico: o 3° componente é dominante e o 2° é maior que o 1°. - Endomesormorfo: o 1° e o 2° componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade e, são maiores que o 3°. - Endoectomorfo: o 1° e o 3° componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade e, são maiores que o 2°. - Mesoectomorfo: o 2° e o 3° componentes são iguais ou não diferem de mais de meia unidade e, são maiores que o 1°. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 67 - Central: os três componentes são iguais, não diferindo um deles de mais de uma unidade em relação aos outros dois, ficando em torno dos índices 3 ou 4. Os valores obtidos para cada componente determinarão o percentual de participação de cada um na morfologia do indivíduo classificando-o e posteriormente possibilitando sua orientação para o desporto específico às suas características. E ainda contribuindo para redução dos desequilíbrios funcionais característicos à sua morfologia. CARNAVAL (1995, p.73) chama a atenção para que, nas medidas antropométricas e no calculo do somatotipo, é obrigatório lembra que: - Com freqüência são causas de erro as imprecisões do ponto na qual se efetua a medida, e o uso incorreto dos instrumentos. Variando as pressões, os pontos de aplicação, associado ao pouco treino de quem toma as medidas, muitas falhas podem ocorrer: - Todos os instrumentos devem ter sua precisão aferida antes do seu uso; - As medidas antropométricas requerem conhecimento antes do seu uso, habilidade e prática específica. Nesse ponto localizam-se as maiores causas de erro e precisão. Nunca se deve medir uma vez só e sim, empregar a média entre duas medidas, que não se afastem mais de 5%; AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 70 Perfil somatotípico de atletas do sexo feminino da brasileiras Modalidade Endomorfia Mesomorfia Ectomorfia Nadado Sincronizado 3,2 3,5 3,1 Vôlei 2,3 2,8 3,0 GRD 3,07 1,92 4,04 Handebol 4,81 3,67 2,55 Basquete Judô 5,2 5,6 1,2 Natação AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 71 6 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE MATURIDADE BIOLÓGICA Em Ciências do Esporte além da determinação da assim chamada idade cronológica, nos preocupamos em conhecer algum ou alguns índices da idade biológica que estariam muitas vezes mais relacionados com o desempenho motor que a simples idade cronológica. De acordo com MATSUDO (1999) na avaliação da aptidão física geral em escolares na fase peripubertária é fundamental que determine também o nível de amadurecimento biológico, o que permitirá melhor classificação, diagnóstico, prescrição e prognóstico do avaliado. Assim, é muito comum encontrarmos jovens que no seu grupo etário se destacam em termos de performance esportiva mas que ao serem analisadas com maior cuidado, evidenciam um nível de maturação bem mais avançado que a das demais colegas. Por outro lado, junto a crianças que apresentam crescimento e desenvolvimento próximos a um ponto médio encontramos aquelas que seguem uma curva de aceleração mais precoce ou mais tardia, com significados distintos para a prática desportiva. Por tudo isso é que a análise do nível de maturação biológica é hoje um processo fundamental na avaliação da aptidão física geral, podendo ser feita mediante a determinação da idade morfológica, neurológica, dentária, óssea ou sexual. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 72 Na estimativa da idade biológica mediante as características sexuais, as mais usadas são os pêlos axilares e o desenvolvimento escrotal nos meninos, enquanto que nas garotas são mais observados os pêlos pubianos, o desenvolvimento mamário e a idade de menarca. Dessas vamos descrever as que nos parecem mais ao alcance do profissional de Educação Física. Entende-se por maturação biológica o processo que leva a um completo estado de desenvolvimento morfológico, fisiológico e psicológico e que, necessariamente, tem controle genético e ambiental. 6.1 Conceitos e pressupostos Antes de iniciar o tópico referente à Maturação Biológica em crianças e adolescentes, é importante que saibamos diferenciar os conceitos de puberdade e adolescência. De acordo com FARINATTI (1995,p. 55-56): “Puberdade é o resultado da interação de fatores genéticos e ambientais, com características bem definidas, como aceleração do crescimento, aparecimento de pilosidade (pubarca e axilarca) e mamas (telarca), ativação funcional do sistema neuroendócrino (adrenarca e gonodarca), mestruação (menarca) e, finalmente, a ossificação dos discos epifisários das epífeses. Em geral tem duração de dois anos”. “Adolescência se refere ao período que vai das primeiras mudanças nas características sexuais até a estatura adulta, em geral o tempo de adolescência seria difícil definir, podendo ir dos 10 aos 21/23 anos, o que incluiria o período pubertário”. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 75 estágios sucessivos, onde através da visualização comparativa entre o indivíduo avaliado e um mapa com fotos em 5 estágios diferentes de desenvolvimento para ambos os sexos: a) masculino (genitália e pêlos pubianos); b) feminino (glândulas mamárias e pêlos pubianos). A criança aponta o estágio no qual se encaixa. MALINA (1988), baseando-se nos critérios de TANNER, classificou os estágios assim: - Estágio I: indica o estado pré-adolescente do desenvolvimento. - Estágio II: indica o início do desenvolvimento ou a aparição da característica em particular. - Estágio III - IV: indicam a continuidade do desenvolvimento, sendo de difícil avaliação. - Estágio V: indica o estado adulto de desenvolvimento. Esta classificação serve mais que tudo para situarmos a época do desenvolvimento em que o indivíduo se encontra. De aplicação mais prática, nos parece, a classificação feita por BONJARDIM et alii (1988) para classificar os escolares de acordo com os estágios de Tanner assim: 1-Pré-púbere: - genitais e pêlos púbicos I. - mamas e pêlos púbicos I. 2-Púbere: - genitais e pêlos púbicos II, III IV - mamas e pêlos púbicos II, II e IV. 3 Pós-púbere: - genitais e pêlos púbicos V. - mamas e pêlos púbicos V. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 76 6.2.2 Forma de aplicação Em uma sala comum, mas individualmente, são apresentadas as pranchas com as fotografias dos diferentes estágios de desenvolvimento para cada característica sexual secundária em particular segundo o sexo, havendo assim duas pranchas para cada sexo. Para evitar a curiosidade e facilitar o entendimento do procedimento deve ser colocada encima das pranchas com as fotos uma folha em que é solicitado à criança observar com atenção cada uma das fotos e marcar na ficha de avaliação o número da foto que mais se parece com ela naquele momento. A característica sexual avaliada é registrada como M (para mamas) e P (para pêlos púbicos) para as meninas e como G (genitália) para os meninos e o número correspondente ao estágio (1 a 6). AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 77 Para avaliar as características sexuais secundárias para ambos os sexos são utilizados a classificação feita por TANNER e descrita assim: Masculino - Pré-púbere: ou infantil, que persiste desde o nascimento até o começo da puberdade. A genitália aumenta ligeiramente no tempo global, mas não há mudanças no aspecto geral. Ausência completa de pêlos axilares em ambas as axilas e pêlos púbicos. Pode-se encontrar uma fina penugem sobre os púbis semelhantes à de outras partes do abdômen. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 80 - Pós-Púbere: presença total de pêlos axilares em ambas as axilas (os pêlos axilares serão escuros, encaracolados, brilhantes, espessos e em grande quantidade). Mamas com aspecto adulto, com retração da aréola para o contorno da mama e presença do ciclo menstrual. O desenvolvimento dos pêlos púbicos no sexo feminino é igual ao do sexo masculino; a única diferença é que se distribuem nos lábios maiores e o triângulo que eles formam é de base superior. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 81 6.2.3 Precauções - Fazer a auto-avaliação em um local tranqüilo e individualmente. - Colocar caneta e folha de anotação específica e solicitar que a avaliação não seja marcada nas pranchas. - Colocar separadamente as pranchas para o sexo masculino e feminino. - Colocar sempre a folha explicativa grampeada à prancha evitando que as fotos fiquem expostas. - Em caso de dúvida de erro na auto-avaliação é sugerido que um avaliador do mesmo sexo do avaliado realize a classificação por exame direto das características sexuais. A partir dos resultados obtidos com escolares brasileiros algumas das vantagens do método da auto-avaliação são: - A técnica projetiva baseada nas pranchas com as fotografias dos estágios de maturação sexual para ambos sexos tem validade moderada a alta (0,80-0,92); - Esta validade não apresenta diferenças segundo o sexo, mas para ambos a avaliação dos pêlos púbicos tem maior valor de associação do que a avaliação do desenvolvimento das glândulas mamárias ou os genitais externos. Isto porque a avaliação dos pêlos púbicos não é tão subjetiva como as outras características; AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 82 - Esta técnica projetiva pode ser usada com boa precisão para classificar os sujeitos de uma pesquisa segundo o estado pré- púbere, púbere ou pós-púbere; - É uma técnica útil quando as condições sócio-econômicas ou nível cultural dos indivíduos ou do ambiente não permitem outra forma de avaliação e corre-se o risco de perder a pesquisa; - A alta reprodutibilidade do avaliado (0,93 - 0,99) é uma razão para afirmar sua alta confiabilidade e possibilidade de aplicar em repetidas ocasiões. Levando-se em conta as grandes dificuldades que se têm em fazer uma avaliação médica para mensurar a maturação sexual, descritas na literatura e evidenciadas nos nossos estudos, consideramos que a auto-avaliação mediante a técnica projetiva é um método prático, simples e não sofisticado, que pode ser aplicada nos dois sexos, em qualquer faixa etária a partir dos 6 anos e em qualquer nível sócio-econômico. A auto-avaliação do nível de maturidade sexual precede a avaliação da composição corporal em crianças e adolescentes. Baseadas no trabalho de THOMAS & WHITEHEAD (1993), HEYWARD & STOLARCZYK (2000,102) sugerem as seguintes abordagens para incorporar a auto-avaliação do nível de maturidade sexual e composição corporal nos currículos de educação física e saúde: AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações Leonardo de Arruda Delgado 85 FERNADES FILHO, José. 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