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Aplicação da Lean Construction para Redução dos Custos na Construção da Casa 1.0 - Luis Eduardo Junqueira - USP, Notas de estudo de Engenharia Civil

Aplicação da Lean Construction para Redução dos Custos na Construção da Casa 1.0 - Luis Eduardo Junqueira - USP

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 12/07/2009

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fran-b-12 🇧🇷

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Baixe Aplicação da Lean Construction para Redução dos Custos na Construção da Casa 1.0 - Luis Eduardo Junqueira - USP e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Especialização em Engenharia de Produção para Construção Civil APLICAÇÃO DA LEAN CONSTRUCTION PARA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA CASA 1.0º Luiz Eduardo Lollato Junqueira ORIENTADOR: Antonio Sérgio Itri Conte São Paulo 2006 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Especialização em Engenharia de Produção para Construção Civil APLICAÇÃO DA LEAN CONSTRUCTION PARA REDUÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO DA CASA 1.0® Luiz Eduardo Lollato Junqueira ORIENTADOR: Antonio Sérgio Itri Conte São Paulo 2006 ABSTRACT For many decades, the construction industry has been developed based on a production management model which emphasizes conversion activities, i.e. the processing or modification in the shape or substance of the materials. This model clearly neglects all the flow activities involved in the production process, such as inspection, transport, and delay time. Over the last few years, however, general efforts have been made aiming at the modernization of the construction industry and the implementation of a production model that considers both conversion and flow. This new approach, which has been usually called Lean Production or Lean Construction , is the result of a great deal of academic research work with governmental, industrial as well as individual construction companies cooperation. In this context, the main objective of the present work is to introduce the lean construction basic principles in the planning of popular dwelling, specifically the dwelling model developed by the Brazilian Portland Cement Association (ABCP), patented in Brazil as CASA 1.0®, with the intention of reducing the labor costs per residence unit, thus providing a marked increase in the accessibility of the low income population to this product. Classes C, D, and E account for 80% of the Brazilian 15-million house units deficit. For this work a costs study was developed following various approaches of implementation of this building, both in relation to the time taken to build one unit (production cycle) and to the different amounts of units built (repetition). Initially each service of the house was minutely analyzed and the number of professionals and assistants necessary to execute them and their productivity were estimated. Afterwards the diverse activities were joined in work packages and the process was drawn for 5-, 7- and 10-day cycles for 1, 10 and 100 implementations aiming at reducing the variability in the production processes and at creating a continuous flow of services. With all the drawn production processes in hand the total labor costs for each reality of implementation were calculated and also compared to the costs available in literature and those adopted by the ABCP. Keywords: Lean Construction; Production Management; Popular Dwelling, Improvements; Cost Reduction i S U M Á R I O 1. Introdução.............................................................................................................. 01 1.1 - Relevância do Tema.................................................................................. 01 1.2 - Escopo do Trabalho.................................................................................. 04 1.3 - Objetivos.................................................................................................... 05 1.3.1. Objetivos Gerais............................................................................. 05 1.3.2. Objetivos Específicos..................................................................... 05 1.4 - Estrutura do Trabalho............................................................................. 05 2. Revisão Bibliográfica............................................................................................. 06 2.1 - Lean Thinking Pensamento Enxuto..................................................... 06 2.1.1. Histórico do Lean Thinking.......................................................... 06 2.1.2. Princípios do Lean Thinking......................................................... 08 2.2 - Lean Construction.................................................................................... 11 2.2.1. Histórico do Lean Construction................................................... 11 2.2.2. Aplicação dos Princípios do Lean Construction......................... 14 2.2.3. Princípios do Lean Construction.................................................. 17 2.2.4. Metodologia do Last Planner........................................................ 22 2.3 - Planejamento com Linhas de Balanço..................................................... 26 2.3.1. Linha de Balanço (Line of Balance LOB)................................. 26 2.3.2. A Técnica da Linha de Balanço.................................................... 29 2.3.3. Balanceamento das Atividades..................................................... 32 2.4 - Habitação Popular.................................................................................... 36 2.4.1. Histórico.......................................................................................... 36 2.4.2. Projeto Habitação 1.0® - ABCP.................................................... 39 2.4.2.1. Histórico................................................................................. 39 2.4.2.2. Conceituação Habitação 1.0®............................................... 41 2.4.2.3. Projetos.................................................................................. 43 2.4.2.4. Alvenaria Estrutural............................................................. 44 ii 3. Lean Construction Aplicada a Casa 1.0®............................................................. 47 3.1 Serviços da Casa 1.0®............................................................................... 47 3.2 Pacotes de Serviço.................................................................................... 48 3.3 Desenhos de processo e Linha de Balanço............................................. 51 3.4 Cálculo dos Custos................................................................................... 112 3.4.1. Modelo ABCP................................................................................. 112 3.4.2. Modelo TCPO................................................................................. 119 3.4.3. Modelo LEAN................................................................................. 122 3.4.4. Comparativo de custos de mão de obra....................................... 124 4. Resultados Obtidos................................................................................................ 128 5. Conclusões.............................................................................................................. 140 6. Referências Bibliográficas..................................................................................... 142 7. Sites de Interesse.................................................................................................... 146 3 O termo construção enxuta trata de uma nova filosofia de administração da produção que busca consolidar os conhecimentos obtidos na indústria de manufatura, aplicando-os na construção civil, observando as peculiaridades desse setor (CONTE, 1998). Diversos pesquisadores do Brasil (HEINECK, 1998; CARVALHO, 1998; FORMOSO, 1999; BERNARDES, 2003; KUREK, 2005;) e de outros países (LAUFER e TUCKER, 1987; LIRA, 1996; BALLARD e HOWELL, 1997; ALARCÓN et al, 1997; TOMMELEIN e BALLARD, 1997; KOSKELA, 2000) têm dedicado muitos de seus trabalhos ao desenvolvimento de um referencial teórico que contribua para a formulação de modelos de planejamento e controle do processo construtivo e introdução dos princípios da Construção Enxuta nos canteiros de obra, tratando-se de um desafio, principalmente, porque esse processo representa a construção de uma teoria para o gerenciamento da construção. Nesse sentido, Hirota (2000), defende que os conceitos e princípios da Nova Filosofia de Produção na Construção precisam ser colocados em prática para que, através do estudo empírico, a teoria possa ser consolidada. Para tanto, torna-se necessário disseminar seu conteúdo, para possibilitar sua aplicação. Esta pesquisa aborda a aplicação da Lean Construction na implantação de uma ou várias unidade de habitação popular térrea, mais especificamente a utilização da ferramenta de Linha de Balanço (Line of Balance LOB) e da metodologia Last PlannerTM, possibilitando o estudo detalhado do fluxo da construção dessas habitações com o objetivo de otimizar seu tempo de execução e custo, de acordo com o número de habitações a serem executadas. Para tanto foi escolhido o projeto de habitação de interesse social desenvolvido pela ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland. O projeto CASA 1.0® da ABCP nasceu da necessidade de suprir a carência de moradias do país, utilizando o cimento como principal insumo, possibilitando construções baratas para atender à faixa mais carente da população. O projeto não contemplou, porém, um estudo detalhado do processo construtivo, apenas um custo de mão-de-obra médio e preços dos materiais utilizados para executar a Casa 1.0®. Neste trabalho preocupa-se, portanto, discorrer sobre a Aplicação da Lean Construction para Redução dos Custos de Produção da Casa 1.0®, considerando que a habitação de interesse social não só representa parcela significativa do negócio da Indústria da Construção, mas uma ameaça ao bem estar social se não for alterada a forma como ele é constituído atualmente. 4 Em todo o planeta, aproximadamente 1 bilhão de pessoas vivem hoje em barracos sem água potável e saneamento nos subúrbios das grandes cidades - desse total, cerca de 200 milhões tornaram-se favelados há menos de dez anos. Em 2030, serão 2 bilhões de pessoas vivendo em bolsões de pobreza (Época SP 16/11/2004 - Favela Globalizada) que demandam moradia barata que atenda as suas necessidades básicas e garantam as condições mínimas de habitabilidade.. 1.2 ESCOPO DO TRABALHO Esta dissertação foi desenvolvida pelos alunos da 9º turma do Curso de Especialização em Engenharia de Produção do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e apresentada para obtenção do título de especialista em engenharia de produção. O escopo, bem como a seqüência de pesquisas e estudos realizados são as seguintes: Revisão bibliográfica sobre Lean Thinking Pensamento Enxuto; Revisão bibliográfica sobre Lean Construction, Linha de Balanço e Metodologia Last PlannerTM; Revisão bibliográfica sobre Habitação Popular; Aprofundar o conhecimento sobre o projeto CASA 1.0® da ABCP; Desenvolver o plano de ataque (desenho de processos) para uma implantação da unidade habitacional Casa 1.0®; Desenvolver o plano de ataque (desenho de processos) para diversas implantações da unidade habitacional Casa 1.0®; Fazer a linha de balanço para os casos de múltiplas implantações; Cálculo dos custos fixos e custos variáveis em relação a mão de obra para cada caso abordado; Colocar todos os resultados obtidos em linguagem gráfica; Análise comparativa dos custos totais de mão de obra para implantação da unidade habitacional; Conclusões. 5 1.3 OBJETIVOS 1.3.1. Objetivos Gerais O objetivo geral deste trabalho é analisar a aplicabilidade das ferramentas da Lean Construction, Linha de Balanço e os princípios da metodologia Last PlannerTM, no planejamento de produção da implantação da unidade habitacional Casa 1.0® da ABCP, com intenção de reduzir o desperdício de valor ao longo do processo construtivo, estabelecendo um novo paradigma de custos para melhorar a acessibilidade do público de baixa renda a esta habitação, seja ela implantada em uma unidade ou várias unidades. 1.3.2. Objetivos Específicos Reduzir a variabilidade dos processos produtivos garantindo fluxo e estabelecendo uma relação de produção puxada; Otimizar a mão-de-obra a ser utilizada nas construções, de acordo com a quantidade de casas a serem construídas; Reduzir os custos totais na construção, com enfoque na mão-de-obra e processo construtivo empregado; Aponta futuras necessidades de pesquisas e desenvolvimento dentro do escopo do trabalho. 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO A estruturação do trabalho será conforme descrito abaixo: - Justificativa do assunto escolhido, escopo do trabalho e seus objetivos gerais e específicos. - Revisão bibliográfica sobre os conceitos do Lean Thinking e sua aplicação na cadeia da construção civil. Revisão bibliográfica sobre Habitação Popular e o conceito da CASA 1.0®; - Aplicação dos conceitos da Lean Thinking (adaptados à construção Lean Construction) no projeto CASA 1.0® da ABCP; - Apresentação dos resultados obtidos da aplicação dos conceitos para a execução das casas com foco na redução dos custos de produção; - Conclusão, analisando-se os resultados obtidos e identificando os possíveis gargalos da aplicação dos conceitos no projeto. 8 2.1.2. Princípios do Lean Thinking Womack e Jones (1998) estabeleceram cinco princípios para a fundamentação dos princípios do Lean Thinking. São eles: VALOR Valor, a partir da filosofia Lean, é o preço que o cliente esta disposto a pagar pelo produto. O foco principal do pensamento enxuto é a identificação do valor do produto que será produzido para o consumo de clientes específicos. Na maioria das vezes as empresas desenvolvem produtos específicos para clientes específicos, esperando que estes aceitem seus produtos e mantenham a empresa. Entretanto, existe uma dificuldade dos executivos, responsáveis pela criação e desenvolvimento, de enxergar o produto: da sua concepção ao lançamento; do pedido à compra do cliente. Resumindo, nem sempre as necessidades imediatas dos acionistas e executivos das empresas são as mesmas necessidades das realidades cotidianas de especificação do cliente do produto. Algumas empresas japonesas têm se preocupado com o valor do produto que é criado. Empresas como a Toyota, pioneira no pensamento enxuto, iniciam seu processo de definição de valor perguntando como projetar e fabricar o seu produto domesticamente, com o intuito de satisfazer as expectativas sociais dos empregos duradouros e relacionamentos estáveis com os fornecedores. Os clientes procuram produtos que atendam às suas expectativas regionais, e que sejam fabricados exatamente conforme o pedido e se possível entregues imediatamente. Os clientes não definem o valor do produto desejado em termos de onde ele foi projetado ou produzido. O pensamento enxuto, portanto, deve começar com uma tentativa consciente de definir precisamente valor em termos de produtos específicos com capacidades específicas oferecidas a preços específicos através do diálogo com clientes específicos. Para conseguir estes resultados, é preciso deixar de lado os ativos existentes na empresa e a tecnologia já empregada e repensar a produção com base em linhas de produto com equipes de produtos fortes e dedicadas. Mas para essa mudança é necessário: uma redefinição dos papéis dos especialistas técnicos da empresa e uma nova análise dos valores dos clientes finais. 9 FLUXO DE VALOR Fluxo de valor ou Cadeia de Valor é o conjunto de todas as ações específicas necessárias para se levar um produto específico a passar pelas três tarefas gerenciais críticas em qualquer negócio: a tarefa de solução de problemas, a tarefa de gerenciamento da informação e a tarefa da transformação física. Durante essa identificação da Cadeia de Valor, existem pontos que podem ser observados ao longo de sua extensão: Etapas que agregam valor ao produto que esta sendo projetado e produzido; Etapas que não agregam valor ao produto (ex: inspeções); Etapas adicionais que devem ser eliminadas com urgência (desperdícios). Muitos desperdícios passam desapercebidos porque não existe uma consciência de se verificar as etapas e analisá-las de forma crítica para apurar sua real necessidade. Além de observar as etapas envolvidas dentro da empresa, Womack e Jones (2004) propõem que o fluxo de valor seja analisado como um todo, ou seja, deve ser expandida para todos os agentes de uma cadeia conforme demonstram os estudos (LAMBERT e COOPER, 2000). FLUXO - Ritmo Depois de identificado com exatidão o Fluxo de Valor dos produtos da empresa, ou seja, mapeado de forma que tenha sido possível identificar as etapas que não agregam valor, a próxima etapa é fazer com que fluam as etapas selecionadas, criando um fluxo. Normalmente as empresas trabalham com lotes grandes, sendo que um lote somente é encaminhado para a próxima etapa depois de ser acumulado em grandes estoques. Entretanto, este tipo de produção não garante um fluxo contínuo, portanto não garante uma grande eficiência. A produção departamentalizada, em lotes, causa inúmeros desperdícios, porque as tarefas quase sempre podem ser realizadas de forma muito mais eficiente e precisa quando se trabalha continuamente no produto da matéria- prima à mercadoria acabada. Ohno e seus colaboradores concluíram que o verdadeiro desafio era criar o fluxo contínuo na produção de pequenos lotes quando eram necessárias dezenas de cópias de um produto e obtiveram resultado quando aprenderam a trocar rapidamente ferramentas de um produto para outro e dimensionando corretamente máquinas, para que etapas de produção de diversos tipos de produto pudessem ser realizadas imediatamente 10 adjacentes umas das outras, enquanto o objeto em produção era mantido em fluxo contínuo. Para Rother e Harris (2002), o pensamento enxuto ensina ao contrário do que é intuitivo, que a produção em fluxo contínuo do produto é mais eficiente do que a produção em lotes. Entretanto para que exista esta reestruturação nas linhas de montagem, é necessário repensar as empresas, funções e carreiras convencionais, para o desenvolvimento de uma estratégia enxuta. PRODUÇÃO PUXADA - Push Após a introdução do fluxo contínuo nota-se que o tempo de concepção do produto ao lançamento cai drasticamente, produtos que demoravam anos para serem fabricados agora são executados em meses, e pedidos que levavam dias para serem organizados, agora podem ser respondidos em horas. Além disso, os sistemas enxutos podem fabricar qualquer produto em produção atualmente, em qualquer combinação, de modo a acomodar imediatamente as mudanças da demanda. Outro conceito do pensamento enxuto é permitir que o cliente puxe o produto da empresa, ou seja, quando necessário, ao invés de empurrar os produtos (resultando em estoques indesejados), espera-se que o cliente faça o pedido. As demandas dos clientes se tornam mais estáveis quando eles sabem que podem obter prontamente o produto desejado. PERFEIÇÃO Melhoria Contínua A empresa que consegue aplicar os quatro conceitos: identificação do Valor, identificação da Cadeia de Valor do Produto, Fluxo de Valor e Produção Puxada, começaram a identificar que os processos envolvidos em sua produção terão uma redução de tempo, esforço, custo e erros. O processo deverá ser contínuo para aproximar o produto acabado do desejo do seu cliente final. A intenção do pensamento enxuto é que haja uma interação entre os princípios, de forma a reduzir drasticamente os desperdícios dentro do processo produtivo. A interação dos princípios deve ser incentivada sempre, resultando na garantia da melhoria contínua dentro dos processos da empresa. 13 em termos de máquinas, robôs, sistemas computacionais de gestão ou de automação, que são substituídas por soluções tecnológicas mais simples, baseadas no envolvimento da mão-de-obra (HEINECK e MACHADO, 2001). Segundo esses autores existe uma outra tendência na manufatura, cujo impacto parece ser bem mais positivo que as soluções sugeridas para resolver os problemas da construção, baseadas em tecnologias de informação e automação. Essa tendência não se baseia na implementação de novas tecnologias, mas na aplicação de teorias e princípios básicos de gestão relacionados à melhoria dos processos de produção. A necessidade de discutir, amadurecer, consolidar e difundir esta nova abordagem para a construção civil levou vários autores, a partir do trabalho de Koskela (1992), a oferecer contribuições no sentido de melhorar e definir essa nova filosofia de produção na construção civil. Para Ballard e Howell (1996) a Lean Construcion possui pelo menos dois focos que a distinguem do gerenciamento tradicional da construção. Um foco é sobre perdas e sua redução, o tempo e dinheiro perdidos, quando materiais e informação são imperfeitos e ineficientes. O outro é no gerenciamento dos fluxos e, para isso, coloca em evidência o sistema de gerenciamento de processos, juntamente com o processo de produção. Koskela (1996) propõe uma comparação entre a produção convencional e a Produção Enxuta, conforme apresentado no Quadro 1: Para Koskela (1996), seguindo uma tendência da manufatura, a nova tarefa é reconceituar construção como fluxo. O ponto de partida é a manufatura no modo de pensar. A sugestão do autor é que o fluxo de informação e o fluxo de material, bem como o fluxo de trabalho do projeto e construção, sejam identificados e medidos em termos de suas perdas internas (atividades que não agregam valor) duração e valor de 14 saída. Para melhorar estes fluxos é um pré-requisito que um novo método gerencial, voltado para a melhoria dos fluxos, seja desenvolvido e aplicado. Na Lean Construction, um dos pontos centrais ou palavra de ordem é FLUXO. Segundo Hirota (2000), uma das dificuldades no processo de comunicação da nova filosofia de produção para a construção é a adaptação dos termos usualmente empregados na cultura predominante, na gestão do processo de produção, que passaram a ser fundamentais na nova filosofia, porém com significados diferentes, tais como fluxo, perdas, processo, operação, transparência ou eficácia. A palavra fluxo, por exemplo, pode passar uma idéia positiva, na prática atual da construção, na medida em que a ênfase na produtividade e na conversão faz com que a conduta do gerente seja de evitar ao máximo as horas paradas. A movimentação no canteiro e a existência de estoques de materiais são indicativos de que o processo está em desenvolvimento. Na produção enxuta, entretanto, fluxo é uma palavra vinculada a um problema: a existência de atividades de inspeção, espera e transporte, que devem ser eliminadas ou reduzidas ao mínimo porque não agregam valor ao produto. O desafio que se apresenta para pesquisadores e profissionais da construção, no momento, é o de adaptar os conceitos e princípios da produção enxuta, para aplicação na indústria da construção, buscando, desta forma, um melhor desempenho em seu processo de produção (HEINECK et al., 2004). No próximo item são apresentados exemplos de aplicação dos princípios fundamentais da Construção Enxuta. 2.2.2. Aplicação dos princípios da Lean Construction Santos (1999) apud Bernardes (2003) constata que a aplicação de algumas ferramentas lean, em canteiro de obras, apresenta-se de maneira isolada e fragmentada, mas argumenta que estas iniciativas são passos importantes na disseminação do uso de técnicas da Construção Enxuta em canteiros de obra, porém a implementação destes conceitos, de maneira integrada, aumenta o escopo de ação trazendo resultados mais relevantes. Os resultados obtidos são, entretanto, muito limitados se comparados a resultados que podem ser obtidos com aplicações que partam de uma visão sistêmica, como relatados em diversos setores (WOMACK e JONES, 1998; LIKER, 1997). 15 Para Picchi (2004), as aplicações observadas até o momento da Mentalidade Enxuta, no fluxo de obra, também focam principalmente na aplicação isolada de ferramentas. Estas aplicações demonstram que as ferramentas lean podem ser aplicadas em canteiros de obras, apesar das características específicas da construção. Esta forma de aplicação leva a resultados limitados e ocorre, também, em setores manufatureiros mais próximos do ambiente onde o conceito lean foi desenvolvido. O grande desafio, tanto para pesquisas futuras, quanto para empresas e profissionais que busquem a aplicação prática do Lean Thinking no setor de construção, é a busca de metodologias que traduzam formas de implementação dos princípios para o ambiente da construção, sendo a aplicação específica de ferramentas uma decorrência. Rother e Shook (1999) apud PICCHI, (2004) enfatizam que a aplicação do Lean Thinking em um ambiente produtivo deve iniciar por uma análise do fluxo de valor porta a porta. Isto inclui todo o fluxo de informação e materiais, da matéria-prima ao produto acabado, dentro dos limites da unidade estudada, o que, no caso da construção, equivaleria a uma obra. Isso possibilita que todas as melhorias e aplicação de ferramentas fiquem subordinadas a uma visão sistêmica, cujo objetivo é melhorar o fluxo como um todo, e não melhorias pontuais. No Quadro 2 apresentam-se as sugestões de Picchi (2004) para aplicação dos conceitos de lean thinking ao fluxo de obra, de maneira mais ampla e integrada. Essas sugestões tomam como base as recomendações e experiências de implementação, acumuladas em diversos setores industriais, registradas na literatura ou acompanhadas pelo autor. Princípio Exemplos de Ferramentas já aplicadas Sugestões de Ferramentas mais amplas Valor Iniciativas de racionalização construtiva em geral visando redução de custos sem partir de uma identificação sistemática do que é valor para o cliente. Identificação do que é valor para o cliente; Revisão sistemática dos processos construtivos visando aumentar o valor oferecido para o cliente, reduzindo desperdícios e melhorando ou oferecendo novas características desejadas. 18 3) Reduzir a variabilidade A padronização de procedimentos é, normalmente, o melhor caminho para conseguir reduzir variabilidade, tanto na conversão quanto no fluxo do processo de produção (SHINGO, 1996). Para Bernardes (2003) existem várias razões para se reduzir a variabilidade no processo produtivo. Inicialmente, do ponto de vista do cliente, um produto uniforme é mais bem aceito. No que tange aos prazos de produção, a variabilidade tende a aumentar o tempo de ciclo, bem como o percentual de atividades que não agregam valor. Segundo Isatto et al. (2000), existem diversos tipos de variabilidade, relacionados com o processo de produção, como por exemplo, a variação dimensional dos materiais entregues, a variabilidade existente na própria execução de um determinado processo e a variabilidade da demanda, que está relacionada aos desejos e às necessidades dos clientes de um processo. Os mesmos autores sugerem a aplicação deste princípio, através de procedimentos padronizados de execução de processos, reduzindo o surgimento de problemas e eliminando incidências de retrabalho. O processo de planejamento e controle da produção facilita a implantação desse princípio, na medida em que se busca a proteção da produção, através da consideração sistemática de tarefas passíveis de serem executadas, e da identificação das reais causas dos problemas, o que permitirá uma tomada de decisão mais condizente com a realidade da obra (BERNARDES, 2003). 4) Reduzir o tempo do ciclo de produção O fluxo de produção pode ser caracterizado pelo tempo do ciclo de produção, que é o tempo necessário para que uma peça particular percorra o fluxo. Esse processo pode ser implementado pelo processo de planejamento e controle da produção, na medida em que se consegue reduzir a parcela das atividades que não agregam valor ao processo produtivo, através das decisões nos diferentes níveis de planejamento (BERNARDES, 2003). Isatto et al. (2000) apresentam algumas vantagens da redução do tempo de ciclo. Com a entrega mais rápida ao cliente, a gestão dos processos torna-se mais fácil, o efeito aprendizagem tende a aumentar, a estimativa das futuras demandas é mais precisa e o sistema de produção torna-se menos vulnerável às mudanças de demanda. Heineck e Machado (2002) apud Pozzobon et al. (2004) sugerem vantagens no uso da linha de balanço em relação às demais técnicas, em decorrência de sua eficiência 19 em responder às perguntas básicas do planejamento, referentes a quando fazer, o que fazer, quanto fazer, onde fazer e com que recursos fazer. Para Bernardes (2003), um planejamento de médio prazo (tático) aliado ao ritmo das equipes de produção, é um instrumento potencial para que o fluxo seja analisado na busca da sincronização. No nível de curto prazo (operacional), as ações destinadas à proteção, para a produção possibilitam a continuidade das operações no canteiro, diminuindo a variabilidade e seu conseqüente tempo de ciclo. 5) Simplificar através da redução do número de passos ou partes A simplificação pode ser entendida como a redução do número de componentes de um produto ou a redução do número de partes ou estágios num fluxo de materiais ou informações (BERNARDES, 2003). Através da simplificação podem-se eliminar atividades que não agregam valor ao processo de produção, pois quanto maior o número de componentes ou de passos num processo, maior tende a ser o número de atividades que não agregam valor (ISATTO et al., 2000). Os mesmos autores apresentam formas de atingir a simplificação, como a utilização de elementos pré-fabricados, o uso de equipes polivalentes e o planejamento eficaz do processo de produção, buscando eliminar interdependências e agregar pequenas tarefas em atividades maiores. Bernardes (2003) apresenta a implementação destes princípios, através do planejamento e controle da produção, na medida em que se consegue estabelecer, durante a etapa de preparação do processo de planejamento e desenvolvimento da produção, zonas de trabalho similares. Isso pode garantir certa repetitividade ao processo facilitando a identificação de possíveis simplificações. 6) Aumentar a flexibilidade na execução do produto À primeira vista isto parece contraditório com a simplificação. Na realidade podem ser complementares. O projeto de produtos ou componentes modulares pode ser combinado com redução do tempo dos ciclos e maior transparência (KOSKELA, 1992). Segundo Isatto et al. (2000), o aumento de flexibilidade de saída está também vinculado ao conceito de processo, como gerador de valor, e refere-se à possibilidade de alterar as características dos produtos entregues aos clientes, sem aumentar substancialmente os custos dos mesmos. A aplicação desse princípio pode ocorrer na redução do tamanho dos lotes, no uso de mão-de-obra polivalente, na customização do 20 produto, no tempo mais tarde possível, e na utilização de processos construtivos, que permitam a flexibilidade do produto sem grande ônus para a produção, ou seja, a flexibilidade permitida e planejada (ISATTO et al., 2000). 7) Aumentar a transparência do processo Pode-se diminuir a possibilidade de ocorrência de erros na produção proporcionando maior transparência aos processos produtivos. Isso ocorre porque à medida que o princípio é utilizado podem-se identificar problemas mais facilmente, no ambiente produtivo, durante a execução dos serviços (KOSKELA, 1992). Para este autor, a identificação desses problemas é facilitada, normalmente, pela disposição de meios físicos, dispositivos e indicadores, que podem contribuir para uma melhor disponibilização da informação nos postos de trabalho. Pouca transparência no processo incrementa propensão ao erro e diminui a motivação para melhorias. Isatto et al. (2000) citam algumas formas de aumentar a transparência no processo como: a remoção de obstáculos visuais, tais como divisórias e tapumes; utilização de dispositivos visuais, tais como cartazes, sinalização e demarcação de áreas; emprego de indicadores de desempenho, que tornam visíveis atributos do processo e a aplicação de programas de melhorias da organização e limpeza do canteiro como o 5S. Esse princípio pode ser implementado através do processo de planejamento e controle da produção, na medida em que se disponibilizam informações, de acordo com a necessidade de seus usuários no ambiente produtivo (BERNARDES, 2003). 8) Focar o controle no processo global O controle de todo o processo possibilita a identificação e a correção de possíveis desvios que venham a interferir no prazo de entrega da obra (BERNARDES, 2003). Para Isatto et al. (2000), um grande risco dos esforços de melhorar um subprocesso é sub-otimizar essa atividade específica, dentro de um processo, com um impacto reduzido (ou até negativo) de desempenho global. De acordo com os autores, esse princípio pode ser aplicado na medida em que haja mudança de postura, por parte dos envolvidos na produção, no que tange à preocupação sistêmica dos problemas. Nesse caso, a integração entre os diferentes níveis de planejamento (longo, médio e curto prazo) pode facilitar a implantação desse princípio (BERNARDES, 2003). 23 c) Tamanho compatível com o período de planejamento, com a política de pagamento e com a questão motivacional (se a tarefa é muito grande, o operário desmotiva-se por não conseguir enxergar o seu término, tampouco associar o seu empenho com a quantidade de trabalho e a remuneração combinada); d) Possibilidade efetiva de ser executada, em função da disponibilidade de todos os recursos necessários à sua execução. Nos últimos anos alguns importantes avanços no planejamento e controle da produção (PCP), em empresas de construção, têm sido apresentados pela bibliografia da área, principalmente através da aplicação do método Last PlannerTM de controle de produção. Segundo Ballard (2000), através desse método consegue-se criar uma janela de confiabilidade para o sistema de produção que facilita a aprendizagem e contribui para estabilizar o sistema de produção. Esse método foi proposto inicialmente por Ballard e Howell (1996) nos EUA, tendo sido ampliado e refinado em inúmeros estudos de caso. Apesar do seu sucesso, existe a necessidade de mais estudos que permitam o seu desenvolvimento de forma integrada a outros sistemas de controle da empresa. Assim, pode-se melhorar a compreensão dos requisitos necessários para a sua implementação bem sucedida e, conseqüentemente, para o aperfeiçoamento do método (BULHÕES et al., 2003). Neste sentido, o NORIE/UFRGS propôs um modelo para o planejamento e controle da produção, em empresas de pequeno porte, que contém os principais elementos do método Last PlannerTM (FORMOSO et al., 1999). Os elementos principais do Last PlannerTM são o plano operacional, elaborado de acordo com a sistemática da Shielding Production (produção protegida) (BALLARD e HOWELL, 1997) e o Lookahead Planning (olhar a produção à frente) (BALLARD, 1997). Bernardes (2001) apresenta uma proposta de planejamento e controle da produção, também baseado no método Last PlannerTM. Esse é dividido em três níveis de planejamento, com diferentes horizontes de tempo: o planejamento de curto prazo, tratado como operacional; o planejamento de médio prazo, tratado como tático e o planejamento de longo prazo, tratado como estratégico. Com esta divisão em níveis, o planejamento traz uma melhor definição das atividades, proporcionando melhor visão ao gerente e envolvidos, já que a capacidade humana de conservar informações é reduzida (BERNARDES, 2001). Este modelo proposto tem como principais finalidades: a) Fazer do PCP um processo gerencial, apresentando transparência no processo; 24 b) Reduzir incertezas no processo de produção; c) Formalizar o planejamento para consultas e introdução de melhorias de produção ou na tomada de decisões; d) Melhorar o gerenciamento; e) Facilitar o controle. A hierarquização do planejamento se refere à maneira como as metas de produção são vinculadas aos horizontes de longo, médio e curto prazo. Neste caso, o detalhamento das metas fixadas nos diferentes níveis de planos deve ser maior, na medida em que se aproxima a data de execução da atividade (LAUFER e TUCKER, 1988 apud BERNARDES, 2003), podendo ser colocado como uma forma de se reduzir o impacto da incerteza existente no ambiente produtivo. A utilização dessa prática possibilita a minimização do retrabalho no processo de preparação dos planos, visto que, para horizontes muito grandes, planos excessivamente detalhados estão mais sujeitos a erros e atualizações do que planos menos detalhados (LAUFER e TUCKER, 1987 apud BERNARDES, 2003). O próprio estabelecimento de planos hierarquizados auxilia no controle, visto que, através da hierarquização, cada nível gerencial pode se concentrar no desenvolvimento de tarefas que possibilitem o cumprimento das metas fixadas. Auada Jr, Scola & Conte relataram os seguintes resultados obtidos com a utilização do Last PlannerTM na execução da obra de uma loja do grupo McDonalds durante um período de três meses: redução do tempo de conclusão da obra; redução do nível de retrabalho; melhor alocação de recursos aos postos de trabalho; melhoria geral da organização do canteiro e redução de aproximadamente 25% no número de horas de trabalho da equipe de gerenciamento do canteiro nas semanas próximas à conclusão da obra. Conte (1998) apresentou os seguintes avanços obtidos em uma obra com duração prevista de dezoito meses: conclusão na data programada, mesmo frente a diversas alterações de projeto por interferências do cliente; redução de 42% do custo de mão-de-obra em relação ao planejado; eliminação de problemas de interrupção na execução de serviços devido a falta de materiais ou de equipamentos; melhoria no desempenho nas atividades de compras de materiais e contratação de serviços e melhoria do fluxo de desembolso financeiro para a obra Conte conclui que as diretrizes para o planejamento sustentando e do controle semanal do trabalho deve seguir a técnica do Last Planner TM. A análise de restrições 25 envolvidas nos planos de médio-prazo deve ser bastante detalhada de modo a gerar antecipações a eventuais barreiras que se interponham ao ritmo natural do projeto. Para este autor, geralmente existem dois tipos distintos de restrições, dependendo do momento em que o pacote de trabalho é analisado: - restrições de compras e de contratações, caracterizadas por aspectos referentes ao produto e/ou serviço, projeto, especificações técnicas, compra e/ou contratação de matérias-primas, mão-de-obra, equipamentos, ferramentas e especificações de serviços. Estes aspectos são geralmente analisados antes do início da execução dos pacotes de trabalhos; - restrições de alocação e disponibilização, caracterizadas pela otimização da logística interna dos serviços de canteiro com o objetivo de garantir que cada ciclo de planejamento possa efetivamente ser executado. Devem ocorrer após o início dos respectivos serviços e da análise de restrições ligadas a materiais, equipamentos, ferramentas e mão-de-obra. A abordagem de projetar processos produtivos assemelha-se à lógica da inclusão das antecipações no planejamento da produção no sentido de levantar possíveis barreiras à execução dos serviços e transformá-las em ações gerenciais desempenhadas antecipadamente. Para antecipações especiais torna-se essencial o projeto do processo. No caso de antecipações regulares, o projeto do processo restringe-se à adaptação de listas de restrições e listas de verificações previamente documentadas através do aprendizado obtido em experiências anteriores ou ações envolvendo atualizações do projeto em busca de melhoria contínua. 28 Dessa forma a Linha de Balanço pode indicar o sequênciamento da atividade pelas diversas unidades de repetição da obra (pavimentos, apartamentos, casas unifamiliares, quilômetros de estrada, metros de canalização, etc.). O balanceamento das linhas pode ser obtido através de: eliminação de conflitos entre equipes pela mudança da precedência de uma atividade ou pela mudança de ritmo (número de operários executando a tarefa basicamente é o que indica o ritmo); eliminação dos gargalos na obra - tarefas que são executadas com ritmo lento atrapalhando as demais; definição de estratégias de execução que permitam o espalhamento das atividades pela obra diminuindo o tempo de ocupação ou de entrega de uma unidade, entre outras decisões gerenciais que a Linha de Balanço pode apoiar de uma forma mais efetiva do que outras técnicas de planejamento e controle. Através da adoção do conceito da Linha de Balanço as atividades seguirão ritmos de produção definidos. Nesta situação diz-se que a produção está balanceada. Este balanceamento permite definir quantas unidades (cômodos, apartamentos ou pavimentos) estarão concluídas num determinado tempo, permitindo: estudo de reaproveitamento de equipes, melhor programação das equipes, evitar interrupções do trabalho de uma equipe melhorando sua produtividade, minimização dos estoques e produtos em processo, melhores possibilidades de implantação do trabalho em grupo (células de produção), pacotização do trabalho com melhor definição de tarefas, e uma gerência facilitada - visual, entre os benefícios mais importantes. Resumindo, a Linha de Balanço permite atender às necessidades de programação de uma obra tradicional, a melhoria da produtividade na forma clássica (taylorista - repetição e volume de trabalho) ou o apoio à gestão moderna da produtividade e qualidade. A sua estratégia de produção, atendendo aos objetivos da empresa, é que irá determinar quais os benefícios mais importantes e qual a ênfase a ser dada na aplicação da Linha de Balanço. Todos os principais componentes necessários à programação de obra são identificados na Linha de Balanço: - O quê (qual atividade, qual pacote de trabalho) deve ser feito; - Quem deve fazer (qual ou quais equipes); - Onde fazer (qual cômodo, apartamento, pavimento ou fachada); - Quando fazer (qual semana). 29 2.3.2. A Técnica de linha de Balanço A Linha de Balanço conceitual para um processo, apresentada na Figura 1, nada mais é que um diagrama quantidade x tempo (i.e., uma curva de produção) para todo o processo. Num determinado instante de tempo T haverá uma quantidade Q de unidades concluídas. A técnica LOB enfatiza a conclusão requerida de unidades completas (pavimentos, seções, casas, etc.) e está baseada num conhecimento de como muitos processos de um certo tipo devem ser concluídos num certo momento para atender a conclusão programada das unidades. O número de unidades de produção concluído num certo instante será referido como a quantidade de produção. Esses processos devem ser balanceados num certo ritmo que garanta a conclusão em seqüência das unidades, caracterizando a fila de balanceamento requerida. Essa fila é determinada a partir do ritmo de fornecimento dos materiais, componentes e processos concluídos que são necessários para a produção de unidades completas. Como esses ritmos são assumidos como sendo lineares, então uma relação linear existe entre a quantidade de Linha de Balanço e o tempo (LUMSDEN, 1968). Figura 2 - Linha de Balanço conceitual para um processo O ritmo de produção para um processo pode ser determinado de sua inclinação, como indicado na Figura 2 e expresso em termos de unidades por unidade de tempo (casas por mês), ou inversamente em unidades de tempo por unidade de produção (semanas por pavimento). 30 Figura 3- Linha de Balanço conceitual para dois processos Linhas de Balanço típicas para dois processos consecutivos estão mostradas Figura 3. Como definido acima, as curvas de produção para os processos A e B estão traçadas em termos de números de unidades (postos de trabalho) em função do tempo. As unidades no diagrama representam o número acumulado de unidades de produção (número de pavimentos, casas, etc.) completados num certo tempo. A distância horizontal entre curvas de produção de dois processos consecutivos numa determinada unidade representa um tempo de abertura (time buffer) ou defasagem naquela unidade. A distância vertical entre curvas de produção de dois processos consecutivos num determinado instante representa uma espera (stage buffer) naquele instante, isto é, número de unidades na fila entre processos, aguardando o início das tarefas. Um dos grandes benefícios da técnica de Linha de Balanço é que ela fornece ritmos de produção e informações de duração em forma gráfica de fácil interpretação. O Gráfico da Linha de Balanço para uma construção repetitiva pode ser facilmente construída e então mostrar rapidamente o que está errado no andamento do projeto, e detectar possíveis gargalos futuros. O Gráfico de Linhas de Balanço pode ser facilmente comparado com o conhecido Diagrama de Barras ou Gráfico de Gantt como está mostrado na Figura 4 e 5. 33 Uma fila de escoteiros em caminhada morro acima é uma boa analogia para descrever o impacto que curvas com baixos ritmos de produção (gargalos) causa no sistema de produção com um todo (GOLDRATT, 1993). Nessa fila um escoteiro tem que se guiar pelo que vai a sua frente e não pode ultrapassá-lo. Se os primeiros escoteiros seguirem num ritmo normal ou mais acelerado poderão realizar a subida num prazo curto. Mas se no meio da fila algum escoteiro não puder acompanhar o ritmo do seu companheiro à frente ele irá se distanciar, criando uma abertura no percurso. Ele irá segurar os que vêm atrás de si, pois todos os que vêm atrás forçosamente terão que seguir o ritmo deste escoteiro mais lento. A baixa performance deste escoteiro irá afetar todo o grupo. Se o objetivo é fazer com que todo o grupo caminhe próximo uns dos outros, pode-se diminuir o ritmo dos que vão mais à frente, aproximando-o do escoteiro mais lento, ou ainda colocá-lo como primeiro da fila. Mas se o objetivo é fazer com que o grupo chegue o quanto antes ao topo do morro, a única solução é ver as causas que estão fazendo este escoteiro caminhar lentamente. Pode ser que sua mochila tenha excesso de carga, que pode ser redistribuída entre os demais, melhorando seu desempenho. Essas duas soluções podem ser comparadas na metodologia da Linha de Balanço com a programação paralela e programação natural, não paralela, também chamada de programação de recursos. Na programação paralela todas as atividades têm ritmos de produção muitos próximos, com tempos de abertura nas unidades repetitivas reduzidos e aparentemente com menores perdas com recursos (equipamentos e pessoal). No entanto, para algumas atividades haverá uma espera entre a conclusão em uma unidade e o início na unidade seguinte, aguardando a conclusão da atividade anterior. Para o exemplo da Figura 6, a solução com programação paralela podem incluir as mostradas na Figura 7. Na solução (a) o ritmo da atividade B foi acelerado, ficando próximo ao da atividade A, e na solução (b) o ritmo das outras atividades foi reduzido para próximo ao da atividade B. A decisão sobre a melhor solução a se adotar, usualmente, não leva em conta apenas a duração total das atividades, mas também a disponibilidade de recursos. 34 Figura 7 - Balanceamento das atividades com a programação paralela. Já para uma programação não paralela mantém-se os ritmos de cada atividade, alterando-se o início das atividades que vêm logo após uma atividade gargalo, como na solução da Figura 7 (a). Com isto, a duração total das atividades será aumentada e será modificada a distribuição das equipes ao longo da execução da obra. Outras soluções podem ser necessárias, visando diminuir a duração total das atividades e melhorar a distribuição das equipes na obra evitando-se picos ou períodos sem tarefas para uma determinada equipe executar. Estas soluções podem incluir: modificar o ritmo das atividades gargalo para diminuir os tempos de abertura provocados por estas atividades; ou criar interrupções em atividades com ritmos muito acelerados permitindo que outras atividades possam ser iniciadas antes, como mostra a Figura 7 (b). Figura 8 - Programação não balanceada (a) com tempo de espera (buffer) (b) com interrupção da execução. 35 Observando-se as Figuras 7 e 8 pode-se concluir que: O tempo médio de execução de uma unidade repetitiva na programação paralela é o menor possível e praticamente constante, não variando com o ritmo de produção adotado, nem com o número de unidades do projeto. No exemplo das Figuras 7 o tempo de execução de uma unidade é medido da atividade A até a atividade D; Na programação não paralela o tempo de execução médio de uma unidade repetitiva é bem maior, e varia com o ritmo de produção das atividades e com o número de unidades. Na Figura 8 (a), por exemplo, se o ritmo da atividade B for reduzido o tempo de execução médio das unidades irá se reduzir; Na programação paralela o período de utilização das equipes é mais uniforme, seguindo a forma trapezoidal, como mostra a Figura 9 (a). Na programação não paralela, a distribuição é mais irregular, como mostra a Figura 9 (b); Figura 9a e 9b Programação paralela e não paralela Os desvios da programação são mais significativos na programação paralela, pois na programação não paralela as aberturas (buffers) entre as atividades permitem correções de ritmo de produção sem interferências com as atividades sucessoras. Na figura 8 (a), por exemplo, a atividade A tem uma folga no seu término em relação à atividade B que permitiria atrasos ou interrupções na sua execução. Já a atividade B tem alguma folga até aproximadamente a metade das unidades, mas se tiver atraso na conclusão das últimas unidades, então irá provocar interferência com a atividade C. A programação paralela pode ser aplicada em projetos com um grande número de repetições, tais como conjuntos habitacionais, onde um único ritmo de produção pode ser aplicado para a maioria das atividades. Na construção de edifícios as atividades podem ser parcialmente balanceadas, isto é, aplicada a grupos de atividades. No processo convencional de execução de edifícios - estrutura de concreto armado, 38 escolar e rede de serviços de saúde, aquém das necessidades dos residentes, inexistência de creches para crianças cujos pais trabalham, ausência de programas geradores de emprego e renda, e de cursos de profissionalização da mão-de-obra, falta de áreas comuns, destinadas às manifestações culturais e atividades de esporte e lazer, indigência de equipamentos e atividades para recreação e ocupação de menores, escasso sistema de abastecimento de alimentos e outros bens de consumo, com preços elevados, inexistência de segurança pública, e de acesso à justiça, iluminação pública deficiente, precário serviço telefônico coletivo, quando existente. Essa situação pode ser confrontada com a definição de habitação adequada dada pelo Habitat, Agência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. Conforme o Habitat, habitação adequada é aquela que se constitui com os seguintes critérios: Estrutura Física: Uma habitação adequada deve oferecer proteção contra os elementos; não deve ser úmida ou inabitável e deve ser culturalmente aceitável. Situação do Terreno: Uma habitação deve garantir a segurança física de seus ocupantes; deve ser um lugar seguro para viver, criar os filhos e deve promover a saúde. Infra-estrutura e Serviços: Uma habitação adequada deve contar com certos serviços essenciais voltados para a saúde, o conforto e a nutrição; estes incluem um abastecimento de água seguro e em quantidade suficiente, serviços de eliminação de dejetos domésticos e humanos, serviços de lavanderia, cocção e armazenamento de alimentos, e calefação, quando necessário; devem incluir também certos serviços públicos como serviços de emergência e auxílio (ex: bombeiros e ambulâncias). Acessibilidade: Uma habitação adequada deve ser acessível a um custo tal que não dificulte ou impossibilite o enfrentamento de outras necessidades básicas a pessoas de todos os setores da sociedade. Localização: Uma habitação adequada deve estar em um local que permita o acesso ao emprego, serviços de saúde, escolas e outros serviços sociais, tanto nas cidades como nas zonas rurais. Segurança Legal: Uma habitação adequada deve possuir segurança de posse; este critério é aplicável aos direitos de propriedade, à intimidade, etc., no caso das pessoas ocuparem a sua própria casa, e aos direitos de posse para aqueles que alugam espaços para viver, por exemplo, os direitos legais dos inquilinos e dos proprietários; a segurança legal, ou garantia de posse deve também ser aplicável aos que ocupam as habitações em forma precária, evitando o despejo forçado por parte dos proprietários. 39 O que se observa é que as cidades têm crescido e com elas tem crescido uma população com muita dificuldade em conseguir uma habitação adequada. Dado das Nações Unidas aponta que mais de 1 bilhão de pessoas moram em habitações inadequadas que não atendem aos requisitos mínimos de habitabilidade, representando aproximadamente 22% dos 4,5 bilhões da população mundial. No que diz respeito aos serviços urbanos, cerca de 1 bilhão de habitantes dos países em desenvolvimento não tem acesso à água tratada e 1,7 bilhão não dispõem de sistemas adequados de esgotamento sanitário. No Brasil as estimativas de falta de moradia são imprecisas, pois, além das dificuldades técnicas e conceituais em se estabelecer uma quantificação mais precisa, existem interesses diversos envolvendo estas estatísticas; muitas vezes a magnificação dos números justifica a alocação de recursos financeiros públicos e eventualmente a impotência perante números muito elevados. O desafio que se coloca é a necessidade de se construir um grande número de unidades habitacionais, de baixo custo e de boa qualidade, em um curto espaço de tempo e que sejam atendidos adequadamente por serviços urbanos. Esta colocação é simples, mas de grande dificuldade para ser resolvida, haja vista as causas da questão habitacional apontadas anteriormente. 2.4.2. Projeto HABITAÇÃO 1.0® - ABCP 2.4.2.1. Histórico A ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland, braço tecnológico da indústria brasileira de cimento, em parceria com a ONG paulista Água e Cidade e com o apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) desenvolveu o projeto Habitação 1.0®, que prevê a construção de casas de cerca de 42 m2 em alvenaria estrutural de blocos de concreto, casas essas que devem estar inseridas em espaços urbanos com sistema de coleta e tratamento de esgoto, galerias multiuso, coleta de lixo seletiva e pavimentos intertravados, configurando assim o que se chama de "Bairro Saudável". A Habitação 1.0® é mais que um projeto de moradia popular trata-se, sim, de um conceito de habitação, pois contempla uma proposta de qualidade de vida para a população: Bairro saudável, população saudável . 40 Esse conceito é fruto de um profundo trabalho de planejamento e pesquisa na área habitacional brasileira, cujos programas enfrentam dificuldades em todas as etapas: sistema construtivo a ser adotado, mão-de-obra qualificada, implantação, pós-ocupação e sustentabilidade. O Bairro Saudável contém, dentro de suas premissas, o aprimoramento de outro conceito, o da Casa 1.0®, lançado pela parceria Governo, Iniciativa Privada e Trabalhadores em junho de 2001, durante o 4º Construbusiness (4º Seminário da Indústria Brasileira da Construção), evento realizado um mês depois de constituído o primeiro fórum das cadeias produtivas. A casa própria é um sonho de todo brasileiro, é o primeiro grande passo para o resgate de sua cidadania. Porém, a realidade atual é de um déficit superior a 6 milhões de habitações, segundo dados de 2001 da Fundação João Pinheiro, de Minas Gerais. Ajudar esse brasileiro a ser mais cidadão é o grande desafio da Habitação 1.0®. Para atingir esse objetivo, o projeto Habitação 1.0® oferece informações e subsídios fundamentais relativos a fontes de recursos, projetos de infra-estrutura e implantação de saneamento básico, soluções concretas e tecnologicamente avançadas de sistemas construtivos e potencial de mobilização, organização, conhecimento e logística para a auto-sustentação do bairro. Cada modelo de casa desenvolvido tem um custo médio que atende às exigências de várias linhas de crédito voltadas à habitação de interesse social. O maior beneficiário dessa proposta de casa popular é a população de baixa renda, que precisa de apoio, tanto do poder público quanto da sociedade civil, para alcançar melhores padrões de vida. Dentre as vantagens da adoção dos conceitos da Habitação 1.0® proposta pela ABCP estão: Construção de casas em alvenaria estrutural de blocos de concreto / concreto celular, sem desperdício de material e mão-de-obra, com grande aproveitamento de espaços internos; Pavimentação de ruas com blocos intertravados, ótima solução técnica e econômica; Utilização de sistemas de coleta e tratamento de esgoto; Coleta de lixo seletiva; Economia de energia com a eliminação das fontes de grande consumo e a instalação de central de aquecimento a gás; Envolvimento da comunidade local, educando-a para a gestão da água. 43 Utilizar materiais e tecnologias locais e acessíveis. Os projetos desenvolvidos e mostrados a seguir procuram atender estas premissas. 2.4.2.3. Projetos Dentro do projeto da Casa 1.0® buscou-se intensamente algumas premissas para atender as necessidades básicas do projeto. Dentro destas premissas podemos destacar: Baixo custo Exemplo aplicado a Casa 1.0®: Parede hidráulica, perímetro reduzido de paredes, alvenaria racionalizada com mínimas perdas, fundação direta e processos construtivos compatíveis com a realidade tecnológica do país. Lay-out Inteligente Exemplo aplicado a Casa 1.0®: Mínima área de circulação, separação das áreas íntima, social e serviços, área mínima habitável em cada ambiente. Ampliável Exemplo aplicado a Casa 1.0®: Projeto já concebido pensando em ampliação da unidade. Ambientes mínimos: Exemplo aplicado a Casa 1.0®: Dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviços externa. A seguir apresenta-se a planta proposta para a construção da Casa 1.0®: Figura 10 - Planta Baixa e Planta de Arquitetura Humanizada 44 .50 .14 5.76 .14.50 7.04 .5 0 .1 4 6 .9 6 .1 4 .5 0 3.52 3.52 .5 0 6 .6 9 1 .0 5 Figura 11 Fachada e Telhado Todos os projetos da Casa 1.0® bem como o memorial descritivo completo da implantação da casa está em anexo ao trabalho. Explicações detalhadas sobre o Bairro Saudável se podem ser encontradas no site da ABCP 2.4.2.4. Alvenaria Estrutural A Alvenaria Estrutural Racionalizada utilizando blocos vazados de concreto é um sistema construtivo onde a parede, construída a partir de uma família de blocos modulados, além de desempenhar a função de vedação constitui também o elemento estrutural, suportando as ações verticais e horizontais. A racionalização permite que seja extraído o máximo das qualidades do sistema, proporcionando maior eficácia e economia. Dentro do sistema de alvenaria estrutural, as vantagens são significativas: Redução de armaduras Redução de fôrmas Eliminação das etapas de moldagem dos pilares e vigas Montagem da alvenaria Redução de desperdícios e retrabalhos. Com um conjunto completo de normas de materiais e processo construtivo, a alvenaria estrutural com blocos de concreto proporciona um resultado final confiável e de alto desempenho. 45 NBR 6136 (1994) Bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural; NBR 7184 (1992) Determinação da resistência à compressão; NBR 12117 (1992) Retração por secagem; NBR 12118 (1992) Determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área líquida; NBR 10837 (1989) Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto; NBR 8798 (1985) Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto; e NBR 8215 (1983) Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural Preparo e ensaio à compressão. Figura 12 Normas brasileiras sobre alvenaria estrutural com blocos de concreto O desempenho do sistema está diretamente relacionado à qualidade do componente. Há no mercado uma grande variedade de produtos que não atendem os critérios estabelecidos pelas normas brasileiras, por isso é imprescindível que se tenha consciência da busca contínua pelo bloco de qualidade. Para se saber que tipo de bloco deve ser utilizado ou qual fabricante escolher para atender a demanda de fornecimento do empreendimento, é possível obter uma lista no site da Associação Brasileira de Cimento Portland (www.abcp.org.br). Para consolidar a aplicação com qualidade da alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto, considerando a importância do componente bloco no processo construtivo, a ABCP lançou o Programa do Selo de Qualidade. O selo tem o objetivo de qualificar os blocos de concreto de acordo com as Normas Brasileiras. As vantagens oferecidas pelos produtos qualificados pelo selo são refletidas no sistema construtivo e na qualidade final das edificações. Os produtos apresentam: Dimensões regulares; Boa aparência; Grande durabilidade; Resistência adequada a sua aplicação. 48 3.2 PACOTES DE SERVIÇO Conte (2002) sustenta que um projeto de processo deve ser desenvolvido para cada pacote de trabalho incluído no planejamento. O projeto do processo determina o conteúdo do trabalho a ser executado, a seqüência diária de metas parciais, o dimensionamento da equipe de produção, os materiais, os equipamentos e ferramentas necessárias e o momento em que devem estar disponíveis nos postos de trabalho, os padrões de execução de serviço e qualidade esperados e, por fim, os aspectos relativos à segurança do trabalho. Então, as soluções adotadas podem ser estudadas e discutidas do ponto de vista do processo executivo em um documento simples, bem como a logística relativa à matéria-prima, mão-de-obra, equipamentos e ferramentas necessárias à execução dos serviços dentro do cronograma definido. A preparação deste documento deve envolver o engenheiro-residente no canteiro, o mestre-de-obras e todas as partes sub-contratadas envolvidas em cada pacote de trabalho. Em seguida, com base em um plano elaborado com a técnica da Linha de Balanço e o Projeto do Processo, torna-se possível desenvolver um novo indicador de desempenho para o projeto, representado pela previsão de datas de conclusões de serviços calculadas semanalmente. Para Conte esta abordagem provê mais tempo para as equipes de produção se adaptarem aos próximos serviços e permite a adoção de estratégias mais avançadas de negociações futuras referentes a suprimentos de materiais e de serviços, além do estudo de novas soluções técnicas. Segundo este autor, é a chave para a aplicação da Produção Puxada na construção. Na intenção de fazer os desenhos de processo de cada alternativa de implantação da Casa 1.0® (1 ou múltiplas implantações) inicialmente a casa foi dividida em quatro pacotes de serviço para a alternativa de múltiplas implantações e somente um pacote de serviço para a alternativa de uma implantação. Na alternativa de múltiplas implantações fica claro a divisão dos serviços apresentados no Quadro 3 em quatro pacotes de serviço devido a similaridade de atividades contidas em cada pacote. O Pacote 1 (Fundações) colocou-se todas as atividades desenvolvidas na casa até o fim da concretagem do radier(atividades de A até M e atividade P), pois esta equipe será a primeira equipe a entrar no canteiro e fará os serviços desde a limpeza 49 superficial do terreno até a concretagem do radier, deixando a fundação e contra-piso liberados para a alvenaria . O Pacote 2 (Alvenaria) é o pacote que contempla as atividades de marcação (atividade N) e elevação da alvenaria de paredes e do oitão (atividade O) incluindo a execução dos seis pilares de graute, a concretagem das vergas e das canaletas de respaldo. O Pacote 3 (Instalações) deverá ser executado por profissionais treinados especificamente neste projeto de habitação popular, pois os serviços são extremamente simples. O pacote todo engloba as instalações elétricas e hidráulicas além da estrutura do telhado e telhamento (atividades de Q a Y) No Pacote 4 (Pintura) foi contemplado todos os serviços referentes a pintura, fundo de selador acrílico, pintura externa e pintura interna da casa (atividades Z, AA e AB) Na alternativa de somente uma implantação o conceito adotado foi que a mesma equipe que iniciaria a casa terminaria sem adição de profissional ou ajudante durante os dias e por isso a casa toda se tornou um pacote único já que deve ser implantada somente por uma equipe. Através da divisão dos pacotes de serviço, foi possível fazer os desenhos de processo que serão apresentados no próximo item. A seguir seguem dois quadros mostrando como ficaram as divisões dos pacotes de serviço já descritas para os casos de uma implantação e para o caso de diversas implantações. 50 Pedreiro Ajudante Pedreiro Ajudante 1 A Acerto do terreno 2.0 0.0 1.0 0.0 2.0 1 B Montagem do gabarito 2.0 1.0 1.0 2.0 2.0 1 C Abrir valeta - Água e Esgoto e Lastro de Brita 1.0 0.0 1.0 0.0 1.0 1 D Fechar valeta - Água e Esgoto 1.0 0.0 1.0 0.0 1.0 1 E Executar caixa esgoto primária 2.0 1.0 0.0 2.0 0.0 1 F Montar e Posicionar Tubulação - Esgoto 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 1 G Montar e Posicionar Tubulação - Água 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 1 H Montagem e alinhar forma do radier 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 1 I Espalhamento de bica corrida (reg.) 1.0 0.0 1.0 0.0 1.0 1 J Isolamento do radier com solo 0.5 0.0 1.0 0.0 0.5 1 K Armação Tela soldada Q61 com espaçadores1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 1 L Nivelar forma radier / mestras / formas laje wc 1.5 1.0 1.0 1.5 1.5 1 M Concretagem (Lançamento, vibração, sarrafeamento e desempena) 3.0 1.0 1.0 3.0 3.0 1 N Marcação 1º fiada 2.0 1.0 0.5 2.0 1.0 1 O Elevação Alvenaria - Paredes e Oitão (inclui grouteamento de pilares, vergas, respaldo) 52.0 1.0 0.5 52.0 26.0 1 P Concretagem e Acabamento Laje Banheiro 1.0 1.0 0.5 1.0 0.5 1 Q Colocação da Caixa d´água e Laje Banheiro 2.0 1.0 0.5 2.0 1.0 1 R Portas (instalar batentes, porta e guarnição) 5.0 1.0 0.0 5.0 0.0 1 S Esquadrias 5.0 1.0 0.0 5.0 0.0 1 T Telhado - Estrutura de Madeira 4.0 1.0 0.5 4.0 2.0 1 U Telhado - Telhas 3.0 1.0 0.5 3.0 1.5 1 V Hidráulica (ligar pontos e instalar aparelhos) 6.0 1.0 0.5 6.0 3.0 1 W Elétrica - Passar fiação 5.0 1.0 1.0 5.0 5.0 1 X Elétrica - Instalar pontos (tomada,interruptor e ilumin.) 3.0 1.0 0.0 3.0 0.0 1 Y Elétrica - Fechamento do quadro 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 1 Z Pintura - Fundo (1 demão - Selador Acrílico) 8.0 0.5 1.0 4.0 8.0 1 AA Pintura - Interno (2 demãos - Látex PVA) 8.0 0.5 1.0 4.0 8.0 1 AB Pintura - Externo (2 demãos - Látex Acrílico) 8.0 0.5 1.0 4.0 8.0 - - - - 113.5 77.0 Proporção de profissionais ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES - CASA 1.0 - TIPO CONVENCIONAL HH de Prof. para Serviço HH por casaPacotes de Serviços Total Atividade Quadro 4 Pacotes de Serviço uma implantação Pedreiro Ajudante Pedreiro Ajudante 1 A Acerto do terreno 2.0 0.0 1.0 0.0 2.0 1 B Montagem do gabarito 2.0 1.0 1.0 2.0 2.0 1 C Abrir valeta - Água e Esgoto e Lastro de Brita 1.0 0.0 1.0 0.0 1.0 1 D Fechar valeta - Água e Esgoto 1.0 0.0 1.0 0.0 1.0 1 E Executar caixa esgoto primária 2.0 1.0 0.0 2.0 0.0 1 F Montar e Posicionar Tubulação - Esgoto 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 1 G Montar e Posicionar Tubulação - Água 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 1 H Montagem e alinhar forma do radier 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 1 I Espalhamento de bica corrida (reg.) 1.0 0.0 1.0 0.0 1.0 1 J Isolamento do radier com solo 0.5 0.0 1.0 0.0 0.5 1 K Armação Tela soldada Q61 com espaçadores1.0 1.0 1.0 1.0 1.0 1 L Nivelar forma radier / mestras / formas laje wc 1.5 1.0 1.0 1.5 1.5 1 M Concretagem (Lançamento, vibração, sarrafeamento e desempena) 3.0 1.0 1.0 3.0 3.0 2 N Marcação 1º fiada 2.0 1.0 0.5 2.0 1.0 2 O Elevação Alvenaria - Paredes e Oitão (inclui grouteamento de pilares, vergas, respaldo) 52.0 1.0 0.5 52.0 26.0 1 P Concretagem e Acabamento Laje Banheiro 1.0 1.0 0.5 1.0 0.5 3 Q Colocação da Caixa d´água e Laje Banheiro 2.0 1.0 0.5 2.0 1.0 3 R Portas (instalar batentes, porta e guarnição) 5.0 1.0 0.0 5.0 0.0 3 S Esquadrias 5.0 1.0 0.0 5.0 0.0 3 T Telhado - Estrutura de Madeira 4.0 1.0 0.5 4.0 2.0 3 U Telhado - Telhas 3.0 1.0 0.5 3.0 1.5 3 V Hidráulica (ligar pontos e instalar aparelhos) 6.0 1.0 0.5 6.0 3.0 3 W Elétrica - Passar fiação 5.0 1.0 1.0 5.0 5.0 3 X Elétrica - Instalar pontos (tomada,interruptor e ilumin.) 3.0 1.0 0.0 3.0 0.0 3 Y Elétrica - Fechamento do quadro 1.0 1.0 0.0 1.0 0.0 4 Z Pintura - Fundo (1 demão - Selador Acrílico) 8.0 0.5 1.0 4.0 8.0 4 AA Pintura - Interno (2 demãos - Látex PVA) 8.0 0.5 1.0 4.0 8.0 4 AB Pintura - Externo (2 demãos - Látex Acrílico) 8.0 0.5 1.0 4.0 8.0 - - - - 113.5 77.0 Proporção de profissionais ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES - CASA 1.0 - TIPO CONVENCIONAL HH de Prof. para Serviço HH por casaPacotes de Serviços Total Atividade Quadro 5 Pacotes de Serviço Múltiplas Implantações PACOTE 1 - Casa Unitária Pedr Eletr Ajud 0.00 0.00 2.00 2.00 0.00 2.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 2.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 0.50 1.00 0.00 1.00 1.50 0.00 1.50 3.00 0.00 3.00 2.00 0.00 1.00 52.00 0.00 26.00 1.00 0.00 0.50 2.00 0.00 1.00 5.00 0.00 0.00 5.00 0.00 0.00 4.00 0.00 2.00 3.00 0.00 1.50 6.00 0.00 3.00 5.00 0.00 5.00 3.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 8.00 0.00 4.00 8.00 0.00 4.00 8.00 0.00 4.00 125.50 0.00 65.00 DESENHO DO PROCESSO SERVIÇOS DO PACOTE Total Elétrica - Passar fiação Elétrica - Instalar pontos (tomada,interruptor e ilumin.) Pintura - Interno (2 demãos - Látex PVA) Concretagem (mestra1, lançamento2, vibração3, sarrafeamento e desempena4) Marcação 1º fiada Elevação Alvenaria - Paredes e Oitão (inclui grouteamento de pilares, vergas, respaldo) Pintura - Externo (2 demãos - Látex Acrílico) Concretagem Laje Banheiro Elétrica - Fechamento do quadro Pintura - Fundo (1 demão - Selador Acrílico) Esquadrias Telhado - Estrutura de Madeira Telhado - Telhas K F H I G Hidráulica (ligar pontos e instalar aparelhos) Colocação da Caixa d´água e Laje Banheiro Portas (instalar batentes, porta e guarnição) S T U Executar caixa esgoto primária Montar e Posicionar Tubulação - Esgoto Montar e Posicionar Tubulação - Água Montagem e alinhar forma do radier Espalhamento de bica corrida (reg.) Isolamento do radier com soloJ N AA AB Y P Q V W X R Z O Num. do Serviço A L M Nivelar forma radier / mestras / formas laje wc Armação E B C D Montagem do gabarito Abrir valeta - Água e Esgoto e Lastro de Brita Fechar valeta - Água e Esgoto CASA 1.0 - Tipo Convencional - 1 Implantação - 5 dias por casa Acerto do terreno HH/Casa PACOTE 1 - Casa Unitária P1 P2 P3 S1 1 7:00 8:00 A/ B A / B A /B A /B 1 8:00 9:00 B B B B 1 9:00 10:00 H F-G (MONT) I C 1 10:00 11:00 K F-G (INST) J D 1 11:00 12:00 K L L L 1 12:00 13:00 folga folga folga folga 1 13:00 14:00 M M M M 1 14:00 15:00 M M M M 1 15:00 16:00 P P P P 1 16:00 17:00 LIMPEZA LIMPEZA LIMPEZA LIMPEZA 1 17:00 18:00 RECEB. ALBV RECEB. ALV RECEB. ALV RECEB. ALV 2 7:00 8:00 N N O N 2 8:00 9:00 O O O O 2 9:00 10:00 O O O O 2 10:00 11:00 O O O O 2 11:00 12:00 O O O O 2 12:00 13:00 folga folga folga folga 2 13:00 14:00 O O O O 2 14:00 15:00 O O O O 2 15:00 16:00 O O O O 2 16:00 17:00 O O O O 2 17:00 18:00 O O O O 3 7:00 8:00 O O O O 3 8:00 9:00 O O O O 3 9:00 10:00 O O O O 3 10:00 11:00 O O O O 3 11:00 12:00 O O O O 3 12:00 13:00 folga folga folga folga 3 13:00 14:00 O O O O 3 14:00 15:00 O O O O 3 15:00 16:00 Q Q V Q 3 16:00 17:00 V V V V 3 17:00 18:00 V V V V 4 7:00 8:00 T T T T 4 8:00 9:00 T T T T 4 9:00 10:00 U U U U 4 10:00 11:00 W W W W 4 11:00 12:00 W W W W 4 12:00 13:00 folga folga folga folga 4 13:00 14:00 W R X W 4 14:00 15:00 S R X R-S (aux) 4 15:00 16:00 S R X R-S (aux) 4 16:00 17:00 S R Y R-S (aux) 4 17:00 18:00 S R S R-S (aux) Dia Hora Inicio CASA 1.0 - Tipo Convencional - 1 Implantação - 5 dias por casa Mão de Obra Direta DESENHO DO PROCESSO Hora Fim PACOTE 1 - Casa Unitária P1 P2 P3 S1 5 7:00 8:00 Z Z Z Z 5 8:00 9:00 Z Z Z Z 5 9:00 10:00 Z Z Z Z 5 10:00 11:00 AA AA AA AA 5 11:00 12:00 AA AA AA AA 5 12:00 13:00 folga folga folga folga 5 13:00 14:00 AA AA AA AA 5 14:00 15:00 AB AB AB AB 5 15:00 16:00 AB AB AB AB 5 16:00 17:00 AB AB AB AB 5 17:00 18:00 CHECK CHECK LIMPEZA LIMPEZA 6 7:00 8:00 6 8:00 9:00 6 9:00 10:00 6 10:00 11:00 6 11:00 12:00 6 12:00 13:00 folga folga folga folga 6 13:00 14:00 6 14:00 15:00 6 15:00 16:00 6 16:00 17:00 6 17:00 18:00 7 7:00 8:00 7 8:00 9:00 7 9:00 10:00 7 10:00 11:00 7 11:00 12:00 7 12:00 13:00 folga folga folga folga 7 13:00 14:00 7 14:00 15:00 7 15:00 16:00 7 16:00 17:00 7 17:00 18:00 8 7:00 8:00 8 8:00 9:00 8 9:00 10:00 8 10:00 11:00 8 11:00 12:00 8 12:00 13:00 folga folga folga folga 8 13:00 14:00 8 14:00 15:00 8 15:00 16:00 8 16:00 17:00 8 17:00 18:00 Dia Hora Inicio Hora Fim CASA 1.0 - Tipo Convencional - 1 Implantação - 5 dias por casa DESENHO DO PROCESSO Mão de Obra Direta PACOTE 1 - Casa Unitária P1 P2 S1 5 7:00 8:00 Q Q Q 5 8:00 9:00 T T T 5 9:00 10:00 T T T 5 10:00 11:00 U U U 5 11:00 12:00 R U U 5 12:00 13:00 folga folga folga 5 13:00 14:00 R V V 5 14:00 15:00 R V V 5 15:00 16:00 R V V 5 16:00 17:00 R V V 5 17:00 18:00 S V V 6 7:00 8:00 S W W 6 8:00 9:00 S W W 6 9:00 10:00 S W W 6 10:00 11:00 S W W 6 11:00 12:00 Y X X 6 12:00 13:00 folga folga folga 6 13:00 14:00 Z Z Z 6 14:00 15:00 Z Z Z 6 15:00 16:00 Z Z Z 6 16:00 17:00 Z Z Z 6 17:00 18:00 Z Z Z 7 7:00 8:00 AA AA AA 7 8:00 9:00 AA AA AA 7 9:00 10:00 AA AA AA 7 10:00 11:00 AA AA AA 7 11:00 12:00 AA AA AA 7 12:00 13:00 folga folga folga 7 13:00 14:00 AB AB AB 7 14:00 15:00 AB AB AB 7 15:00 16:00 AB AB AB 7 16:00 17:00 AB AB AB 7 17:00 18:00 LIMPEZA LIMPEZA CHECK 8 7:00 8:00 8 8:00 9:00 8 9:00 10:00 8 10:00 11:00 8 11:00 12:00 8 12:00 13:00 folga folga folga 8 13:00 14:00 8 14:00 15:00 8 15:00 16:00 8 16:00 17:00 8 17:00 18:00 CASA 1.0 - Tipo Convencional - 1 Implantação - 7 dias por casa Mão de Obra Direta Dia Hora Inicio Hora Fim DESENHO DO PROCESSO PACOTE 1 - Casa Unitária Pedr Eletr Ajud 0.00 0.00 2.00 2.00 0.00 2.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 2.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 0.50 1.00 0.00 1.00 1.50 0.00 1.50 3.00 0.00 3.00 2.00 0.00 1.00 52.00 0.00 26.00 1.00 0.00 0.50 2.00 0.00 1.00 5.00 0.00 0.00 5.00 0.00 0.00 4.00 0.00 2.00 3.00 0.00 1.50 6.00 0.00 3.00 5.00 0.00 5.00 3.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 8.00 0.00 4.00 8.00 0.00 4.00 8.00 0.00 4.00 125.50 0.00 65.00 CASA 1.0 - Tipo Convencional - 1 Implantação - 10 dias por casa HH/Casa DESENHO DO PROCESSO SERVIÇOS DO PACOTE Pintura - Externo (2 demãos - Látex Acrílico) K F H I G Telhado - Estrutura de Madeira Total Elétrica - Passar fiação Elétrica - Instalar pontos (tomada,interruptor e ilumin.) Pintura - Interno (2 demãos - Látex PVA) Telhado - Telhas Hidráulica (ligar pontos e instalar aparelhos) Concretagem (mestra1, lançamento2, vibração3, sarrafeamento e desempena4) Marcação 1º fiada Elevação Alvenaria - Paredes e Oitão (inclui grouteamento de pilares, vergas, respaldo) Concretagem Laje Banheiro Colocação da Caixa d´água e Laje Banheiro Portas (instalar batentes, porta e guarnição) Montar e Posicionar Tubulação - Água Montagem e alinhar forma do radier Espalhamento de bica corrida (reg.) Isolamento do radier com soloJ Elétrica - Fechamento do quadro Pintura - Fundo (1 demão - Selador Acrílico) Esquadrias Montagem do gabarito Abrir valeta - Água e Esgoto e Lastro de Brita Fechar valeta - Água e Esgoto Armação Executar caixa esgoto primária Montar e Posicionar Tubulação - Esgoto Z AA AB Y P Q L M Nivelar forma radier / mestras / formas laje wc V W N O Num. do Serviço A X R S T U E Acerto do terreno B C D PACOTE 1 - Casa Unitária P1 S1 1 7:00 8:00 A A 1 8:00 9:00 B B 1 9:00 10:00 B B 1 10:00 11:00 F-G (MONTAR) C 1 11:00 12:00 F-G (INST) D 1 12:00 13:00 folga folga folga 1 13:00 14:00 H I 1 14:00 15:00 H I 1 15:00 16:00 J / K J / K 1 16:00 17:00 K / L K / L 1 17:00 18:00 L L 2 7:00 8:00 M M 2 8:00 9:00 M M 2 9:00 10:00 M M 2 10:00 11:00 P P 2 11:00 12:00 E E 2 12:00 13:00 folga folga folga 2 13:00 14:00 N N 2 14:00 15:00 N N 2 15:00 16:00 O O 2 16:00 17:00 O O 2 17:00 18:00 O O 3 7:00 8:00 O O 3 8:00 9:00 O O 3 9:00 10:00 O O 3 10:00 11:00 O O 3 11:00 12:00 O O 3 12:00 13:00 folga folga folga 3 13:00 14:00 O O 3 14:00 15:00 O O 3 15:00 16:00 O O 3 16:00 17:00 O O 3 17:00 18:00 O O 4 7:00 8:00 O O 4 8:00 9:00 O O 4 9:00 10:00 O O 4 10:00 11:00 O O 4 11:00 12:00 O O 4 12:00 13:00 folga folga folga 4 13:00 14:00 O O 4 14:00 15:00 O O 4 15:00 16:00 O O 4 16:00 17:00 O O 4 17:00 18:00 O O CASA 1.0 - Tipo Convencional - 1 Implantação - 10 dias por casa Mão de Obra Direta DESENHO DO PROCESSO Hora FimDia Hora Inicio HU HU Oficial Ajudante Oficial Ajudante Inicio fim 13.5 13.5 10 2 1 9.00 1 10 54.0 27.0 15 4 1 16.20 11 25 34.0 12.5 15 2 1 15.50 26 40 24.0 12.0 15 1 2 12.00 36 50 5 dias 18.5 dias Ciclo: 10 HU Ciclo: 15 HU Ciclo: 15 HU Ciclo: 15 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 1 1 10 11 25 26 40 36 50 Casa 2 11 20 26 40 41 55 51 65 Casa 3 21 30 41 55 56 70 66 80 Casa 4 31 40 56 70 71 85 81 95 Casa 5 41 50 71 85 86 100 96 110 Casa 6 51 60 86 100 101 115 111 125 Casa 7 61 70 101 115 116 130 126 140 Casa 8 71 80 116 130 131 145 141 155 Casa 9 81 90 131 145 146 160 156 170 Casa 10 91 100 146 160 161 175 171 185 Pacote Serviços 02 Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 LINHA DE BALANÇO Instalações Pintura IMPLANTAÇÕES DADOS PARA LINHA DE BALANÇO Pacote 4 Duração total de 10 implantações Fundação Estrutura Pacote Serviços 01 Horas necessárias Equipe adotadaCiclo Adotado (HU) CASA 1.0 - Tipo Convencional - 10 implantações - 50 HU por casa Duração total de 1 implantação Ciclo Teorico (HU) Pacote 1 Pacote 2 Pacote 3 BALANCEAMENTO DOS PACOTES L I N H A D E B A L A N Ç O 10 implantações - 1 casa a cada 5 dias (50 horas úteis) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 hora útil (término do pacote de trabalho) C as a Fundação Estrutura Instalações Pintura CASA 1.0 - Tipo Convencional - 10 implantações - 70 HU por casa HU HU Oficial Ajudante Oficial Ajudante Inicio fim 13.5 13.5 10 2 1 9.00 1 10 54.0 27.0 20 3 1 20.25 11 30 34.0 12.5 20 2 0 23.25 31 50 24.0 12.0 20 1 1 18.00 51 70 7 dias 25.0 dias Ciclo: 10 dias Ciclo: 20 dias Ciclo: 20 dias Ciclo: 20 dias Dia Inicio Dia Term. Dia Inicio Dia Term. Dia Inicio Dia Term. Dia Inicio Dia Term. Casa 1 1 10 11 30 31 50 51 70 Casa 2 11 20 31 50 51 70 71 90 Casa 3 21 30 51 70 71 90 91 110 Casa 4 31 40 71 90 91 110 111 130 Casa 5 41 50 91 110 111 130 131 150 Casa 6 51 60 111 130 131 150 151 170 Casa 7 61 70 131 150 151 170 171 190 Casa 8 71 80 151 170 171 190 191 210 Casa 9 81 90 171 190 191 210 211 230 Casa 10 91 100 191 210 211 230 231 250 Pintura Pacote 3 LINHA DE BALANÇO Ciclo Teorico (HU) BALANCEAMENTO DA LINHA Horas necessárias Equipe adotadaCiclo Adotado (HU) PACOTES Pacote 1 Fundação Estrutura Duração total de 1 implantação Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 IMPLANTAÇÕES DADOS PARA LINHA DE BALANÇO Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 Instalações Pacote 4 Duração total de 10 implantações Pacote 2 L I N H A D E B A L A N Ç O 10 implantações - 1 casa a cada 10 dias (100 horas úteis) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 hora útil (término do pacote de trabalho) C as a Fundação Estrutura Instalações Pintura HU HU Oficial Ajudante Oficial Ajudante Inicio fim 13.5 13.5 10 2 1 9.00 1 10 54.0 27.0 15 4 1 16.20 11 25 34.0 12.5 15 2 1 15.50 26 40 24.0 12.0 15 1 2 12.00 36 50 5 dias 153.5 dias Ciclo: 10 HU Ciclo: 15 HU Ciclo: 15 HU Ciclo: 15 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 1 1 10 11 25 26 40 36 50 Casa 2 11 20 26 40 41 55 51 65 Casa 3 21 30 41 55 56 70 66 80 Casa 4 31 40 56 70 71 85 81 95 Casa 5 41 50 71 85 86 100 96 110 Casa 6 51 60 86 100 101 115 111 125 Casa 7 61 70 101 115 116 130 126 140 Casa 8 71 80 116 130 131 145 141 155 Casa 9 81 90 131 145 146 160 156 170 Casa 10 91 100 146 160 161 175 171 185 Casa 11 101 110 161 175 176 190 186 200 Casa 12 111 120 176 190 191 205 201 215 Casa 13 121 130 191 205 206 220 216 230 Casa 14 131 140 206 220 221 235 231 245 Casa 15 141 150 221 235 236 250 246 260 Casa 16 151 160 236 250 251 265 261 275 Casa 17 161 170 251 265 266 280 276 290 Casa 18 171 180 266 280 281 295 291 305 Casa 19 181 190 281 295 296 310 306 320 Casa 20 191 200 296 310 311 325 321 335 Casa 21 201 210 311 325 326 340 336 350 Casa 22 211 220 326 340 341 355 351 365 Casa 23 221 230 341 355 356 370 366 380 Casa 24 231 240 356 370 371 385 381 395 Casa 25 241 250 371 385 386 400 396 410 Casa 26 251 260 386 400 401 415 411 425 Casa 27 261 270 401 415 416 430 426 440 Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 LINHA DE BALANÇO Instalações Pintura IMPLANTAÇÕES DADOS PARA LINHA DE BALANÇO Pacote 4 Duração total de 100 implantações Fundação Estrutura CASA 1.0 - Tipo Convencional - 100 implantações - 50 HU por casa Duração total de 1 implantação Ciclo Teorico (HU) Pacote 1 Pacote 2 Pacote 3 BALANCEAMENTO DOS PACOTES Horas necessárias Equipe adotadaCiclo Adotado (HU) CASA 1.0 - Tipo Convencional - 100 implantações - 50 HU por casa Ciclo: 10 HU Ciclo: 15 HU Ciclo: 15 HU Ciclo: 15 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 28 271 280 416 430 431 445 441 455 Casa 29 281 290 431 445 446 460 456 470 Casa 30 291 300 446 460 461 475 471 485 Casa 31 301 310 461 475 476 490 486 500 Casa 32 311 320 476 490 491 505 501 515 Casa 33 321 330 491 505 506 520 516 530 Casa 34 331 340 506 520 521 535 531 545 Casa 35 341 350 521 535 536 550 546 560 Casa 36 351 360 536 550 551 565 561 575 Casa 37 361 370 551 565 566 580 576 590 Casa 38 371 380 566 580 581 595 591 605 Casa 39 381 390 581 595 596 610 606 620 Casa 40 391 400 596 610 611 625 621 635 Casa 41 401 410 611 625 626 640 636 650 Casa 42 411 420 626 640 641 655 651 665 Casa 43 421 430 641 655 656 670 666 680 Casa 44 431 440 656 670 671 685 681 695 Casa 45 441 450 671 685 686 700 696 710 Casa 46 451 460 686 700 701 715 711 725 Casa 47 461 470 701 715 716 730 726 740 Casa 48 471 480 716 730 731 745 741 755 Casa 49 481 490 731 745 746 760 756 770 Casa 50 491 500 746 760 761 775 771 785 Casa 51 501 510 761 775 776 790 786 800 Casa 52 511 520 776 790 791 805 801 815 Casa 53 521 530 791 805 806 820 816 830 Casa 54 531 540 806 820 821 835 831 845 Casa 55 541 550 821 835 836 850 846 860 Casa 56 551 560 836 850 851 865 861 875 Casa 57 561 570 851 865 866 880 876 890 Casa 58 571 580 866 880 881 895 891 905 Casa 59 581 590 881 895 896 910 906 920 Casa 60 591 600 896 910 911 925 921 935 Casa 61 601 610 911 925 926 940 936 950 Casa 62 611 620 926 940 941 955 951 965 Casa 63 621 630 941 955 956 970 966 980 Casa 64 631 640 956 970 971 985 981 995 Casa 65 641 650 971 985 986 1000 996 1010 Casa 66 651 660 986 1000 1001 1015 1011 1025 Casa 67 661 670 1001 1015 1016 1030 1026 1040 Casa 68 671 680 1016 1030 1031 1045 1041 1055 Casa 69 681 690 1031 1045 1046 1060 1056 1070 Casa 70 691 700 1046 1060 1061 1075 1071 1085 Casa 71 701 710 1061 1075 1076 1090 1086 1100 Pacote Serviços 04 Fundação Estrutura Instalações Pintura IMPLANTAÇÕES Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 Pacote Serviços 03 DADOS PARA LINHA DE BALANÇO HU HU Oficial Ajudante Oficial Ajudante Inicio fim 13.5 13.5 10 2 1 9.00 1 10 54.0 27.0 20 3 1 20.25 11 30 34.0 12.5 20 2 0 23.25 31 50 24.0 12.0 20 1 1 18.00 51 70 7 dias 205.0 dias Ciclo: 10 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 1 1 10 11 30 31 50 51 70 Casa 2 11 20 31 50 51 70 71 90 Casa 3 21 30 51 70 71 90 91 110 Casa 4 31 40 71 90 91 110 111 130 Casa 5 41 50 91 110 111 130 131 150 Casa 6 51 60 111 130 131 150 151 170 Casa 7 61 70 131 150 151 170 171 190 Casa 8 71 80 151 170 171 190 191 210 Casa 9 81 90 171 190 191 210 211 230 Casa 10 91 100 191 210 211 230 231 250 Casa 11 101 110 211 230 231 250 251 270 Casa 12 111 120 231 250 251 270 271 290 Casa 13 121 130 251 270 271 290 291 310 Casa 14 131 140 271 290 291 310 311 330 Casa 15 141 150 291 310 311 330 331 350 Casa 16 151 160 311 330 331 350 351 370 Casa 17 161 170 331 350 351 370 371 390 Casa 18 171 180 351 370 371 390 391 410 Casa 19 181 190 371 390 391 410 411 430 Casa 20 191 200 391 410 411 430 431 450 Casa 21 201 210 411 430 431 450 451 470 Casa 22 211 220 431 450 451 470 471 490 Casa 23 221 230 451 470 471 490 491 510 Casa 24 231 240 471 490 491 510 511 530 Casa 25 241 250 491 510 511 530 531 550 Casa 26 251 260 511 530 531 550 551 570 Casa 27 261 270 531 550 551 570 571 590 Pacote 4 Duração total de 100 implantações Fundação Estrutura Duração total de 1 implantação Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 Instalações Pintura PACOTES IMPLANTAÇÕES DADOS PARA LINHA DE BALANÇO Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 CASA 1.0 - Tipo Convencional - 100 implantações - 70 HU por casa Pacote 1 Pacote 2 Pacote 3 LINHA DE BALANÇO Ciclo Teorico (HU) BALANCEAMENTO DA LINHA Horas necessárias Equipe adotadaCiclo Adotado (HU) CASA 1.0 - Tipo Convencional - 100 implantações - 70 HU por casa Ciclo: 10 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 28 271 280 551 570 571 590 591 610 Casa 29 281 290 571 590 591 610 611 630 Casa 30 291 300 591 610 611 630 631 650 Casa 31 301 310 611 630 631 650 651 670 Casa 32 311 320 631 650 651 670 671 690 Casa 33 321 330 651 670 671 690 691 710 Casa 34 331 340 671 690 691 710 711 730 Casa 35 341 350 691 710 711 730 731 750 Casa 36 351 360 711 730 731 750 751 770 Casa 37 361 370 731 750 751 770 771 790 Casa 38 371 380 751 770 771 790 791 810 Casa 39 381 390 771 790 791 810 811 830 Casa 40 391 400 791 810 811 830 831 850 Casa 41 401 410 811 830 831 850 851 870 Casa 42 411 420 831 850 851 870 871 890 Casa 43 421 430 851 870 871 890 891 910 Casa 44 431 440 871 890 891 910 911 930 Casa 45 441 450 891 910 911 930 931 950 Casa 46 451 460 911 930 931 950 951 970 Casa 47 461 470 931 950 951 970 971 990 Casa 48 471 480 951 970 971 990 991 1010 Casa 49 481 490 971 990 991 1010 1011 1030 Casa 50 491 500 991 1010 1011 1030 1031 1050 Casa 51 501 510 1011 1030 1031 1050 1051 1070 Casa 52 511 520 1031 1050 1051 1070 1071 1090 Casa 53 521 530 1051 1070 1071 1090 1091 1110 Casa 54 531 540 1071 1090 1091 1110 1111 1130 Casa 55 541 550 1091 1110 1111 1130 1131 1150 Casa 56 551 560 1111 1130 1131 1150 1151 1170 Casa 57 561 570 1131 1150 1151 1170 1171 1190 Casa 58 571 580 1151 1170 1171 1190 1191 1210 Casa 59 581 590 1171 1190 1191 1210 1211 1230 Casa 60 591 600 1191 1210 1211 1230 1231 1250 Casa 61 601 610 1211 1230 1231 1250 1251 1270 Casa 62 611 620 1231 1250 1251 1270 1271 1290 Casa 63 621 630 1251 1270 1271 1290 1291 1310 Casa 64 631 640 1271 1290 1291 1310 1311 1330 Casa 65 641 650 1291 1310 1311 1330 1331 1350 Casa 66 651 660 1311 1330 1331 1350 1351 1370 Casa 67 661 670 1331 1350 1351 1370 1371 1390 Casa 68 671 680 1351 1370 1371 1390 1391 1410 Casa 69 681 690 1371 1390 1391 1410 1411 1430 Casa 70 691 700 1391 1410 1411 1430 1431 1450 Casa 71 701 710 1411 1430 1431 1450 1451 1470 DADOS PARA LINHA DE BALANÇO IMPLANTAÇÕES Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 Fundação Estrutura Instalações Acabamento CASA 1.0 - Tipo Convencional - 100 implantações - 70 HU por casa Ciclo: 10 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 72 711 720 1431 1450 1451 1470 1471 1490 Casa 73 721 730 1451 1470 1471 1490 1491 1510 Casa 74 731 740 1471 1490 1491 1510 1511 1530 Casa 75 741 750 1491 1510 1511 1530 1531 1550 Casa 76 751 760 1511 1530 1531 1550 1551 1570 Casa 77 761 770 1531 1550 1551 1570 1571 1590 Casa 78 771 780 1551 1570 1571 1590 1591 1610 Casa 79 781 790 1571 1590 1591 1610 1611 1630 Casa 80 791 800 1591 1610 1611 1630 1631 1650 Casa 81 801 810 1611 1630 1631 1650 1651 1670 Casa 82 811 820 1631 1650 1651 1670 1671 1690 Casa 83 821 830 1651 1670 1671 1690 1691 1710 Casa 84 831 840 1671 1690 1691 1710 1711 1730 Casa 85 841 850 1691 1710 1711 1730 1731 1750 Casa 86 851 860 1711 1730 1731 1750 1751 1770 Casa 87 861 870 1731 1750 1751 1770 1771 1790 Casa 88 871 880 1751 1770 1771 1790 1791 1810 Casa 89 881 890 1771 1790 1791 1810 1811 1830 Casa 90 891 900 1791 1810 1811 1830 1831 1850 Casa 91 901 910 1811 1830 1831 1850 1851 1870 Casa 92 911 920 1831 1850 1851 1870 1871 1890 Casa 93 921 930 1851 1870 1871 1890 1891 1910 Casa 94 931 940 1871 1890 1891 1910 1911 1930 Casa 95 941 950 1891 1910 1911 1930 1931 1950 Casa 96 951 960 1911 1930 1931 1950 1951 1970 Casa 97 961 970 1931 1950 1951 1970 1971 1990 Casa 98 971 980 1951 1970 1971 1990 1991 2010 Casa 99 981 990 1971 1990 1991 2010 2011 2030 Casa 100 991 1000 1991 2010 2011 2030 2031 2050 DADOS PARA LINHA DE BALANÇO IMPLANTAÇÕES Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 Fundação Estrutura Instalações Acabamento CASA 1.0 - Tipo Convencional - 100 implantações - 100 HU por casa Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 25 HU Ciclo: 35 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 28 541 560 561 580 716 740 1011 1045 Casa 29 561 580 581 600 741 765 1046 1080 Casa 30 581 600 601 620 766 790 1081 1115 Casa 31 601 620 621 640 791 815 1116 1150 Casa 32 621 640 641 660 816 840 1151 1185 Casa 33 641 660 661 680 841 865 1186 1220 Casa 34 661 680 681 700 866 890 1221 1255 Casa 35 681 700 701 720 891 915 1256 1290 Casa 36 701 720 721 740 916 940 1291 1325 Casa 37 721 740 741 760 941 965 1326 1360 Casa 38 741 760 761 780 966 990 1361 1395 Casa 39 761 780 781 800 991 1015 1396 1430 Casa 40 781 800 801 820 1016 1040 1431 1465 Casa 41 801 820 821 840 1041 1065 1466 1500 Casa 42 821 840 841 860 1066 1090 1501 1535 Casa 43 841 860 861 880 1091 1115 1536 1570 Casa 44 861 880 881 900 1116 1140 1571 1605 Casa 45 881 900 901 920 1141 1165 1606 1640 Casa 46 901 920 921 940 1166 1190 1641 1675 Casa 47 921 940 941 960 1191 1215 1676 1710 Casa 48 941 960 961 980 1216 1240 1711 1745 Casa 49 961 980 981 1000 1241 1265 1746 1780 Casa 50 981 1000 1001 1020 1266 1290 1781 1815 Casa 51 1001 1020 1021 1040 1291 1315 1816 1850 Casa 52 1021 1040 1041 1060 1316 1340 1851 1885 Casa 53 1041 1060 1061 1080 1341 1365 1886 1920 Casa 54 1061 1080 1081 1100 1366 1390 1921 1955 Casa 55 1081 1100 1101 1120 1391 1415 1956 1990 Casa 56 1101 1120 1121 1140 1416 1440 1991 2025 Casa 57 1121 1140 1141 1160 1441 1465 2026 2060 Casa 58 1141 1160 1161 1180 1466 1490 2061 2095 Casa 59 1161 1180 1181 1200 1491 1515 2096 2130 Casa 60 1181 1200 1201 1220 1516 1540 2131 2165 Casa 61 1201 1220 1221 1240 1541 1565 2166 2200 Casa 62 1221 1240 1241 1260 1566 1590 2201 2235 Casa 63 1241 1260 1261 1280 1591 1615 2236 2270 Casa 64 1261 1280 1281 1300 1616 1640 2271 2305 Casa 65 1281 1300 1301 1320 1641 1665 2306 2340 Casa 66 1301 1320 1321 1340 1666 1690 2341 2375 Casa 67 1321 1340 1341 1360 1691 1715 2376 2410 Casa 68 1341 1360 1361 1380 1716 1740 2411 2445 Casa 69 1361 1380 1381 1400 1741 1765 2446 2480 Casa 70 1381 1400 1401 1420 1766 1790 2481 2515 Casa 71 1401 1420 1421 1440 1791 1815 2516 2550 Instalações Acabamento DADOS PARA LINHA DE BALANÇO IMPLANTAÇÕES Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 Fundação Estrutura CASA 1.0 - Tipo Convencional - 100 implantações - 100 HU por casa Ciclo: 20 HU Ciclo: 20 HU Ciclo: 25 HU Ciclo: 35 HU Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Hora Inic. Hora Fim Casa 72 1421 1440 1441 1460 1816 1840 2551 2585 Casa 73 1441 1460 1461 1480 1841 1865 2586 2620 Casa 74 1461 1480 1481 1500 1866 1890 2621 2655 Casa 75 1481 1500 1501 1520 1891 1915 2656 2690 Casa 76 1501 1520 1521 1540 1916 1940 2691 2725 Casa 77 1521 1540 1541 1560 1941 1965 2726 2760 Casa 78 1541 1560 1561 1580 1966 1990 2761 2795 Casa 79 1561 1580 1581 1600 1991 2015 2796 2830 Casa 80 1581 1600 1601 1620 2016 2040 2831 2865 Casa 81 1601 1620 1621 1640 2041 2065 2866 2900 Casa 82 1621 1640 1641 1660 2066 2090 2901 2935 Casa 83 1641 1660 1661 1680 2091 2115 2936 2970 Casa 84 1661 1680 1681 1700 2116 2140 2971 3005 Casa 85 1681 1700 1701 1720 2141 2165 3006 3040 Casa 86 1701 1720 1721 1740 2166 2190 3041 3075 Casa 87 1721 1740 1741 1760 2191 2215 3076 3110 Casa 88 1741 1760 1761 1780 2216 2240 3111 3145 Casa 89 1761 1780 1781 1800 2241 2265 3146 3180 Casa 90 1781 1800 1801 1820 2266 2290 3181 3215 Casa 91 1801 1820 1821 1840 2291 2315 3216 3250 Casa 92 1821 1840 1841 1860 2316 2340 3251 3285 Casa 93 1841 1860 1861 1880 2341 2365 3286 3320 Casa 94 1861 1880 1881 1900 2366 2390 3321 3355 Casa 95 1881 1900 1901 1920 2391 2415 3356 3390 Casa 96 1901 1920 1921 1940 2416 2440 3391 3425 Casa 97 1921 1940 1941 1960 2441 2465 3426 3460 Casa 98 1941 1960 1961 1980 2466 2490 3461 3495 Casa 99 1961 1980 1981 2000 2491 2515 3496 3530 Casa 100 1981 2000 2001 2020 2516 2540 3531 3565 Instalações Acabamento DADOS PARA LINHA DE BALANÇO IMPLANTAÇÕES Pacote Serviços 01 Pacote Serviços 02 Pacote Serviços 03 Pacote Serviços 04 Fundação Estrutura L I N H A D E B A L A N Ç O 100 implantações - 1 casa a cada 10 dias (100 horas úteis) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100 2200 2300 2400 2500 2600 2700 2800 2900 3000 3100 3200 3300 3400 3500 3600 hora útil (término do pacote de trabalho) C as a Fundação Estrutura Instalações Pintura Alvenaria Pedr Eletr Ajud 2.00 0.00 1.00 52.00 0.00 26.00 54.00 0.00 27.00 DESENHO DO PROCESSO SERVIÇOS DO PACOTE PACOTE 2 - Total Marcação 1º fiada Elevação Alvenaria - Paredes e Oitão (inclui grouteamento de pilares, vergas, respaldo) Z AA AB V W Y P Q L M X S T N O U E R K F H I G J B C D A CASA 1.0 - Tipo Conv. - Multiplas implantações - 50 HU por casa Num. do Serviço HH/Casa Alvenaria Ciclo adotado: 15.0 HU P1 P2 P3 P4 S1 1 7:00 8:00 1 8:00 9:00 1 9:00 10:00 1 10:00 11:00 1 11:00 12:00 1 12:00 13:00 folga folga folga folga folga 1 13:00 14:00 1 14:00 15:00 1 15:00 16:00 1 16:00 17:00 1 17:00 18:00 2 7:00 8:00 N / O N / O N / O N / O N / O 2 8:00 9:00 O O O O O 2 9:00 10:00 O O O O O 2 10:00 11:00 O O O O O 2 11:00 12:00 O O O O O 2 12:00 13:00 folga folga folga folga folga 2 13:00 14:00 O O O O O 2 14:00 15:00 O O O O O 2 15:00 16:00 O O O O O 2 16:00 17:00 O O O O O 2 17:00 18:00 O O O O O 3 7:00 8:00 O O O O O 3 8:00 9:00 O O O O O 3 9:00 10:00 O O O O O 3 10:00 11:00 O O O O O 3 11:00 12:00 O O O O O 3 12:00 13:00 folga folga folga folga folga 3 13:00 14:00 3 14:00 15:00 3 15:00 16:00 3 16:00 17:00 3 17:00 18:00 4 7:00 8:00 4 8:00 9:00 4 9:00 10:00 4 10:00 11:00 4 11:00 12:00 4 12:00 13:00 folga folga folga folga folga 4 13:00 14:00 Mão de Obra Direta DESENHO DO PROCESSO Hora Fim PACOTE 2 - CASA 1.0 - Tipo Conv. - Multiplas implantações - 50 HU por casa Dia Hora Inicio Instalações Pedr Eletr Ajud 2.00 0.00 1.00 5.00 0.00 0.00 5.00 0.00 0.00 4.00 0.00 2.00 3.00 0.00 1.50 6.00 0.00 3.00 5.00 0.00 5.00 3.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 34.00 0.00 12.50 E PACOTE 3 - B C D X R S T U V W N O Num. do Serviço A P Q L M Z AA AB Y J Elétrica - Fechamento do quadro Esquadrias Telhado - Telhas Hidráulica (ligar pontos e instalar aparelhos) Colocação da Caixa d´água e Laje Banheiro Portas (instalar batentes, porta e guarnição) Total Elétrica - Passar fiação Elétrica - Instalar pontos (tomada,interruptor e ilumin.) DESENHO DO PROCESSO SERVIÇOS DO PACOTE K F H I G Telhado - Estrutura de Madeira CASA 1.0 - Tipo Conv. - Multiplas implantações - 50 HU por casa HH/Casa Pintura Ciclo adotado: 15.0 HU P1 S1 S2 1 7:00 8:00 1 8:00 9:00 1 9:00 10:00 1 10:00 11:00 1 11:00 12:00 1 12:00 13:00 folga folga folga folga 1 13:00 14:00 1 14:00 15:00 1 15:00 16:00 1 16:00 17:00 1 17:00 18:00 2 7:00 8:00 2 8:00 9:00 2 9:00 10:00 2 10:00 11:00 2 11:00 12:00 2 12:00 13:00 folga folga folga folga 2 13:00 14:00 2 14:00 15:00 2 15:00 16:00 2 16:00 17:00 2 17:00 18:00 3 7:00 8:00 3 8:00 9:00 3 9:00 10:00 3 10:00 11:00 3 11:00 12:00 3 12:00 13:00 folga folga folga folga 3 13:00 14:00 3 14:00 15:00 3 15:00 16:00 3 16:00 17:00 3 17:00 18:00 4 7:00 8:00 4 8:00 9:00 4 9:00 10:00 4 10:00 11:00 4 11:00 12:00 4 12:00 13:00 folga folga folga folga 4 13:00 14:00 Z Z Z 4 14:00 15:00 Z Z Z 4 15:00 16:00 Z Z Z 4 16:00 17:00 Z Z Z 4 17:00 18:00 Z Z Z Mão de Obra Direta DESENHO DO PROCESSO Hora FimDia Hora Inicio CASA 1.0 - Tipo Conv. - Multiplas implantações - 50 HU por casa PACOTE 4 - Pintura Ciclo adotado: 15.0 HU P1 S1 S2 5 7:00 8:00 AA AA AA 5 8:00 9:00 AA AA AA 5 9:00 10:00 AA AA AA 5 10:00 11:00 AA AA AA 5 11:00 12:00 AA AA AA 5 12:00 13:00 folga folga folga folga 5 13:00 14:00 AB AB AB 5 14:00 15:00 AB AB AB 5 15:00 16:00 AB AB AB 5 16:00 17:00 AB AB AB 5 17:00 18:00 CHECK LIMPEZA LIMPEZA 6 7:00 8:00 6 8:00 9:00 6 9:00 10:00 6 10:00 11:00 6 11:00 12:00 6 12:00 13:00 folga folga folga folga 6 13:00 14:00 6 14:00 15:00 6 15:00 16:00 6 16:00 17:00 6 17:00 18:00 7 7:00 8:00 7 8:00 9:00 7 9:00 10:00 7 10:00 11:00 7 11:00 12:00 7 12:00 13:00 folga folga folga folga 7 13:00 14:00 7 14:00 15:00 7 15:00 16:00 7 16:00 17:00 7 17:00 18:00 8 7:00 8:00 8 8:00 9:00 8 9:00 10:00 8 10:00 11:00 8 11:00 12:00 8 12:00 13:00 folga folga folga folga 8 13:00 14:00 8 14:00 15:00 8 15:00 16:00 8 16:00 17:00 8 17:00 18:00 Mão de Obra Direta Dia Hora Inicio Hora Fim CASA 1.0 - Tipo Conv. - Multiplas implantações - 50 HU por casa PACOTE 4 - DESENHO DO PROCESSO Fundação Pedr Eletr Ajud 0.00 0.00 2.00 2.00 0.00 2.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 2.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 0.00 0.00 1.00 0.00 0.00 0.50 1.00 0.00 1.00 1.50 0.00 1.50 3.00 0.00 3.00 1.00 0.00 0.50 13.50 0.00 13.50 HH/Casa DESENHO DO PROCESSO SERVIÇOS DO PACOTE G Total Concretagem (Lançamento, vibração, sarrafeamento e desempena) Concretagem e Acabamento Laje Banheiro H Montar e Posicionar Tubulação - Água Montagem e alinhar forma do radier Espalhamento de bica corrida (reg.) Isolamento do radier com soloJ AA N O Num. do Serviço A Z R S Fechar valeta - Água e Esgoto U I Nivelar forma radier / mestras / formas laje wc Armação Executar caixa esgoto primária Montar e Posicionar Tubulação - Esgoto K F L M AB Y P Q V W X T E PACOTE 1 - Acerto do terreno B C D Montagem do gabarito Abrir valeta - Água e Esgoto e Lastro de Brita CASA 1.0 - Tipo Conv. - Multiplas implantações - 70 HU por casa
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