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Exame fisico do recen nascido - Apostilas - Enfermagem, Notas de estudo de Enfermagem

Apostilas de Enfermagem sobre o estudo do Exame fisico do recen nacido, objetivo, profissional responsavel, anamnese.

Tipologia: Notas de estudo

2013
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Compartilhado em 04/04/2013

Aquarela
Aquarela 🇧🇷

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Baixe Exame fisico do recen nascido - Apostilas - Enfermagem e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO 1- INTRODUÇÃO: O exame do recém-nascido deve ser realizado imediatamente ao seu nascimento, na sala de parto, na admissão ao berçário, diariamente e no momento da alta hospitalar. Devem ser avaliadas as condições gerais dos sistemas cardiorrespiratório, neurológico, gastrintestinal e geniturinário. Qualquer anormalidade deverá ser comunicada aos pais ainda na sala de parto. Deverá ser passada uma sonda gástrica para descartar atresia de esôfago, aspiração nasal para afastar atresia de coanas. Um exame detalhado e minucioso deverá ser feito nas primeiras 24hs de vida com o objetivo de detectar anormalidades não identificadas ao nascimento (ex. luxação congênita do quadril, cardiopatia congênita), identificar problemas que podem surgir a partir de alguma doença materna ou problemas familiares, e também dar oportunidade aos pais para fazer perguntas sobre o seu bebê. 1.1-OBJETIVOS Observação aguçada e detalhada Capacidade de planejamento e avaliação do RN Relacionar os dados obtidos com o quadro clínico Avaliar desvios de anormalidade Diagnostico de enfermagem Oferecer assistência adequada e especifica ao RN 2- PROFISSIONAL RESPONSAVEL Enfermeiro 2.1- ANAMNESE MATERNA Idade Grupo sangüíneo Anamnese familiar Gestações anteriores Doenças maternas Uso de medicações Evolução da gravidez e parto Dados da placenta 2.2-Anamnese do RN Data e hora de nascimento Peso Sexo Cor Índice ou Boletim de Ápgar Intercorrencias na reanimação Evolução do parto 3-CONTAGEM DE APGAR: O escore de APGAR é usado para avaliar o estado do recém-nascido no primeiro e quinto minutos de vida após o nascimento. Avalia cinco sinais clínicos gerais da criança. Cada critério recebe uma pontuação de zero a dois que somados darão o Índice de APGAR. A contagem é feita no primeiro e quinto minutos. Os componentes mais importantes são a freqüência cardíaca e respiração. O APGAR não deverá ser usado para decidir a necessidade de reanimação em uma criança asfixiada, pois a reanimação deverá ser iniciada antes do primeiro minuto de vida. Um escore de APGAR inferior a 7 no quinto minuto indica depressão do SNC e inferior a 4 depressão grave. SINAIS CLÍNICOS 0 1 2 Freqüência cardíaca Ausente Menos de 100 Mais de 100 Esforço respiratório. Ausente Lento e irregular Bom, choro forte Tônus muscular Flacidez Alguma flexão em membros Movimentos ativos Irritabilidade reflexa Ausência de respostas Choro Choro vigoroso Cor Cianose, palidez Cianose extrema. Todo rosado 5.2-POLO CEFÁLICO 6-Crânio: Circunferência 33 a 35 cm (patologias associadas: anencéfalo, hidrocefalia, microcefalia meningocele, meningoencefalocele) Fontanelas: bregmática 3x2 cm, fecha com 18 meses Lambdóide: uma digital fecha com dois meses Bossa serosanguinolenta: acumulo de liquido seroso/mole, desaparece nos 1ºs dias Céfalo-hematoma: imóvel/acumulo de sangue. É importante o acompanhamento do aumento do perímetro cefálico.É importante o acompanhamento do aumento do perímetro cefálico. 6.1-Inspeção geral: Deve incluir a observação do estado geral , atitude , postura, coloração da pele , ritmo respiratório, presença de anomalias, sinais ou anomalias que possam sugerir alguma patologia. 6.2-Antropometria: Peso, PC, PT, C. A técnica é a mesma usada para lactentes. O peso ao nascer, em um RN a termo, é em média de 3.3Kg, um pouco mais baixo no sexo feminino (3100g) do que no masculino, há uma perda ponderal fisiológica de até 10% nos primeiros dias de vida e que é recuperada até os primeiros 10- 15( no máximo) dias de vida. O comprimento é em média de 50 cm par as meninas e 51 cm para os meninos; a medida do perímetro cefálico (PC) deve estar entre 33 a 35 cm, e o PT é cerca de 31 - 33cm. 6.3-Pele: Usar luz natural. Observar coloração ( cianose, icterícia, palidez ), textura, umidade, elasticidade, pigmentação, presença de nevus, manchas, hemangiomas, vesículas, petéquias. Diferenciar cianose central da periférica. Tranqüilizar a mãe em relação aos hemangiomas planos que devem desaparecer com o tempo, os cavernosos, quando não em áreas de muito atrito, também a conduta é expectante. 6.4-Fâneros: O RN nasce com uma penugem chamada lanugo que é mais abundante quanto mais prematuro o RN. Avaliar também a implantação, textura e distribuição dos cabelos. Avaliar formato das unhas e enchimento do leito ungueal. 6.5-Fácies: As estruturas da face, no conjunto, podem sugerir síndromes ou malformações congênitas. Observar a simetria e forma, uma assimetria facial pode ser conseqüência de malposição intrauterina ou pode também ser paralisia do N. Facial. O filho de mãe diabética nasce com face em forma de “lua cheia”. É freqüente o RN nascer com máscara equimótica como conseqüência de circular de cordão. 6.6-Olhos: Tamanho (microftalmia = diminuição do globo ocular, buftalmia = aumento do globo ocular); posição (hipertelorismo ocular = aumento da distância entre os olhos, com achatamento da base do nariz); nível (exoftalmia = olhos salientes, enoftalmia = depressão dos olhos); abertura da fenda palpebral; escleróticas no RN são levemente azuladas, tornam- se amarelas em presença de icterícia; córnea (verificar o tamanho, brilho, transparência); cristalina opacidade do cristalino ocorre em, por exemplo, catarata congênita; pálpebras (ptose palpebral = queda inerte da pálpebra sup., epicanto = prega cutânea semilunar, vertical no ângulo int. do olho, liga a pálpebra sup. com a inf. , obliqüidade dos eixos palpebrais para fora e para cima é uma das características da S. de Down; pupilas verificar a disposição no centro da córnea, se são redondas, e simétricas, reação à luz. 6.7-Nariz: Forma, as malformações congênitas mais comuns são às associadas ao lábio leporino. Base do nariz achatada e larga pode ocorrer em algumas síndromes. É comum no RN , na pele do nariz um pontilhado amarelo-claro (millium facial) resultantes de hiperplasia das glândulas sebáceas. Batimento de asas do nariz ocorre em casos de dispnéia. 6.8-Boca/Faringe: Avaliar os lábios, palato duro e mole verificando a presença de lábio leporino, fenda palatina e Pérolas de Epstein que são cistos de retenção de glândulas mucosas, sem significado patológico. A mucosa oral é lisa rósea e brilhante, no RN podemos encontrar a candidíase oral (sapinho) são placas esbranquiçadas semelhantes a grumos de leite que ao se tentar retirar oferecem resistência. A língua pode apresentar um aumento do seu volume chamado de macroglossia que habitualmente acompanha alguma patologia , glossoptose é a queda da língua para trás, rânula é uma formação cística sublingual . Nas Gengivas o RN pode apresentar pequenos cistos de inclusão amarelos, mais raramente, pode apresentar dentes. Avaliar a parede posterior da faringe e epiglote. 6.9-Orelhas: Em relação à implantação do pavilhão auricular existem variações anatômicas , a implantação baixa encontra-se em graves malformações renais e em várias anomalias cromossômicas. Alterações na forma do pavilhão auricular podem ter significado antiestético , alteração na audição até surdez completa. Para testar a audição faz-se um barulho súbito , o que provocará o reflexo de Moro ( ver adiante). 6.10-Região Cervical: Verificar forma, simetria e mobilidade do pescoço, presença de cistos, fístulas e tumores. Palpar clavículas pois fratura de clavícula pode acontecer ,em partos vaginais, principalmente em RNs grandes. Inclinação permanente e involuntária da cabeça pode ocorrer em TORCICOLO congênito. 7-Tórax: Inspeção: A forma do tórax no RN é arredondada, observar assimetrias, escavações ou abaulamentos, retrações costais. O tipo respiratório do RN é abdominal. A freqüência respiratória é em média de 45mrpm(45 a 55rpm) e deve ser contada em um minuto, pois a respiração do RN é irregular. Palpação: Frêmito cardíaco e tóraco-vocal (durante o choro). Localizar o ictus cordis , no RN normal, entre terceiro e quarto EIE, para fora da linha hemiclavicular, avaliar sua sede extensão e força. Percussão: No RN faz-se a percussão em casos de suspeita de pneumotórax, quando teremos timpanismo. Ausculta pulmonar: Auscultar simétrica e comparativamente todos os campos pulmonares. manifestação até a puberdade , hidrocolpos é um cisto móvel fazendo saliência entre os lábios vaginais e decorre da retenção , pelo hímen imperfurado, da secreção uterina. 7.5-Anus / Região Sacrococcígea: avaliar prolapso, imperfuração e fístulas anorretais. Observar na região sacrococcígea: seio pilonidal, spina bífida, meningocele, mielomeningocele, e teratomas. 7.6Músculos e articulações : Força e mobilidade de todos os membros. O RN é levemente hipertônico. Testar a mobilidade do quadril fazendo as manobras de Ortolani e Barlow. 7.8- Membros Sup. e Inf. : Examinar dedos e artelhos. Observar e palpar musculatura. 8- EXAME NEUROLÓGICO : O exame neurológico inicia pela avaliação do sensório ( alerta, irritado, deprimido, torporoso, letárgico, comatoso...). Após avaliar a posição ou atitude; geralmente a posição é de flexão mas pode variar em função da apresentação no parto ( cefálica, pélvica, de face ). A movimentação dos membros não é coordenada, em decúbito ventral há lateralização da face. Pequenos tremores finos são fisiológicos , se forem grosseiros e persistentes devem ser investigados pois podem estar relacionados com distúrbios metabólicos como hipoglicemia e hipocalcemia. O tônus muscular é um guia importante na avaliação neurológica e na sua evolução : o RN normal a termo é hipertônica; o prematuro hipotônico e o pósmaturo muito hipertônico em condições normais . Há uma série de reflexos próprios do RN e que são chamados de transitórios porque, à medida que o SNC vai se desenvolvendo vão desaparecendo. Devem ser obrigatoriamente testados em todos os RNs. REFLEXOS PRÓPRIOS DO RN : 8.1 Reflexo de Moro: “reflexo do abraço”, é um movimento global do qual participam os membros sup. e inf. ; é facilmente provocado por um som ou soltando-se subitamente o RN que estava seguro nos braços. A coluna vertebral arqueia-se para trás, a face mostra surpresa, os braços e mãos se abrem, encurvam-se para frente num movimento que simula um abraço; as pernas se estendem e depois e depois se elevam; pode acompanhar-se de choro. A ausência ou redução deste reflexo indica grave lesão do SNC. Quando assimétrico pode significar paralisia braquial, sífilis congênita ( pseudo paralisia de Parrot) ou fratura de clavícula ou úmero. Desaparece aos 3-4 meses de idade. 8.2 Reflexo da Preensão Palmar e Plantar: o examinador pressiona com a polpa digital as regiões palmar e plantar do RN; a resposta palmar é a flexão dos dedos abraçando os dedos do examinador, já a resposta plantar na flexão dos artelhos em direção à sola do pé. O reflexo palmar desaparece entre o 4 e 6 mês. O reflexo plantar desaparece até os 6 meses. 8.3 Reflexo da Fuga à asfixia: colocando-se o RN em decúbito ventral, de modo que as narinas fiquem obstruídas pelo plano onde está deitado, o RN faz uma rotação da cabeça para respirar melhor. 8.4 Reflexo da Sucção: ao tocar-se os lábios do RN com um objeto, produz-se vigorosos movimentos de sucção. Pode estar ausente nos prematuros. Desaparece aos 3 meses em vigília e aos 6 meses no sono. Sua ausência no Rn a termo indica lesão cerebral. 8.5 Reflexo de Fossadura: também chamado da procura ou dos pontos cardeais: excitando uma das bochechas do RN com o dedo, ele vira a face para o lado estimulado, abrindo a boca, procurando sugar. 8.6 Marcha Reflexa: sustentando-se o RN sob as axilas em posição supina, encosta-se um dos pés do RN sobre o plano. Este contato vai desencadear uma flexão do outro membro inf. Que se adianta e vai tocar o plano à frente, desencadeando uma sucessão de movimentos que simula a deambulação. Desaparece aos 2 meses. 8.7 Cutâneo Plantar: pesquisa-se riscando, com a unha ou estilete, a sola do pé do RN na sua borda externa, desde o calcanhar até a ponta. Aproximadamente até um ano de idade, o reflexo cutâneo plantar se faz em extensão, os dedos se estendem e se abrem em leque, simulando o sinal de Babinsky. 8.8 Reflexo de reptação ou Propulsão: coloca-se o RN em decúbito ventral; as mãos do examinador apoiam a planta dos pés do RN; este reage, deslocando-se para frente, simulando um engatinhar. 9-CLASSIFICAÇÃO DO RN: O recém-nascido é avaliado em relação à idade gestacional pelos critérios de Capurro que leva em consideração apenas características físicas do RN, já o método de Ballard avalia o RN em relação às características físicas e neurológicas o que dá uma melhor correlação com a idade obstétrica e permite determinar a idade gestacional de prematuros extremos, o que não acontece com o método de capurro. O tempo de gestação classifica o RN em : A termo: idade gestacional de 37 a 42 semanas Pre-termo: idade gestacional inferior a 36 semanas e 6 dias Pós-termo: idade gestacional superior a 42 semanas A classificação do estado nutricional é feita associando-se idade gestacional (IG) com o peso de nascimento (PN) e utilizando-se a curva de Lubchenco( a mais usada) , ainda as curva de Usher ou de Alexander, pode-se classificar os RNs em 3 categorias: PIG (pequeno para idade gestacional)= PN abaixo do percentil 10 da curva . AIG (adequado para idade gestacional)= PN entre os percentil 10 e 90 da curva. GIG (grande para idade gestacional)= PN acima do percentil 90 da curva. A classificação do estado nutricional do RN é importante para identificar aqueles com risco para hipoglicemia e policitemia nos GIGs . Nos PIGs ocorre hipoglicemias, anomalias congênitas e infecções congênitas (e.g toxoplasmose, rubéola , sífilis ).
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