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Teoria da Relevância do Fluxo de Caixa - Apostilas - Ciências Contábeis Parte1, Notas de estudo de Contabilidade

Apostilas de Ciências Contábeis sobre o estudo da Teoria da Relevância do uso do Fluxo de Caixa como ferramenta de gestão financeira para avaliação da liquidez e capacidade de financiamento de Empresas.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 09/04/2013

Jacirema68
Jacirema68 🇧🇷

4.4

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Baixe Teoria da Relevância do Fluxo de Caixa - Apostilas - Ciências Contábeis Parte1 e outras Notas de estudo em PDF para Contabilidade, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ENGENHARIA DE AVALIAÇÃO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A RELEVÂNCIA DO USO DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA AVALIAÇÃO DA LIQUIDEZ E CAPACIDADE DE FINANCIAMENTO DE EMPRESAS LILIANE DALBELLO FLORIANÓPOLIS - SC JUNHO/1999 ii LILIANE DALBELLO A RELEVÂNCIA DO USO DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTÃO FINANCEIRA PARA AVALIAÇÃO DA LIQUIDEZ E CAPACIDADE DE FINANCIAMENTO DE EMPRESAS Dissertação apresentada à UFSC- Universidade Federal de Santa Catarina, para a obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção, com concentração na área de Engenharia de Avaliação e Inovação Tecnológica FLORIANÓPOLIS -SC JUNHO/1999 v AGRADECIMENTOS A realização deste estudo não seria possível sem a generosa e cordial colaboração de várias pessoas com as quais gostaria de dividir os méritos dos resultados apresentados neste trabalho. Agradecimentos em especial: Ao Professor Doutor Emílio Araújo Menezes, pela confiança e apoio na orientação deste trabalho, pessoa que passei a respeitar e admirar pela maneira como conduz a sua missão de professor e cientista. Ao Programa de Bolsa de Estudos CAPES/PICD/ACAFE, pelo apoio financeiro, o qual me possibilitou a dedicação exclusiva à pós-graduação e à elaboração desta dissertação. A todo corpo docente e discente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSC, pelas trocas de experiências e idéias que contribuíram para meu aprimoramento intelectual, profissional e pessoal. Aos Professores doutores membros da Banca Examinadora, que aceitaram contribuir para o melhoramento deste trabalho. Ao corpo docente e discente da Universidade do Contestado – UnC, pelo apoio e incentivo recebidos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da carreira como professora pesquisadora. Ao Prof. Gaston Mario Cazamajou Bojarski, pela confiança e apoio à formação de professores mestres e doutores em nossa Universidade. Ao Prof. Salvador de Maio Neto e ao Prof. João Mário Groscopp, coordenadores do Curso de Administração de Empresas e de Ciências Contábeis da UnC. Ao José Angelo Nicácio pelos incentivos passados através de sua responsabilidade e empenho nas atividades como professor pesquisador. A Cristiana e a todos os amigos que direta ou indiretamente colaboraram para a realização deste trabalho. vi SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES ix RESUMO xi ABSTRACT xii 1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................1 1.2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................................... 3 1.3 OBJETIVOS................................................................................................................................................... 5 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................................................... 6 1.5 HIPÓTESES ................................................................................................................................................... 7 1.6 METODOLOGIA ......................................................................................................................................... 7 1.7 LIMITAÇÕES ............................................................................................................................................... 8 1.8 ESTRUTURA ................................................................................................................................................ 8 2 LIQUIDEZ: PONTO RELEVANTE NAS DECISÕES FINANCEIRAS ....................................10 2.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 10 2.2 DEFINIÇÃO DE LIQUIDEZ ................................................................................................................... 10 2.2.1 Sistema de Funções da Liquidez...........................................................................................................11 2.2.2 Temporalidade do Sistema da Liquidez...............................................................................................11 2.2.3 Liquidez Nominal e Liquidez Efetiva ...................................................................................................12 2.2.4 Liquidez Estática e Liquidez Dinâmica ...............................................................................................15 2.3 INTERAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS BÁSICOS DA LIQUIDEZ E DO RESULTADO DO EXERCÍCIO................................................................................................................................................. 16 2.3.1 Eficácia e Defesa Contra a Ineficácia da Liquidez...........................................................................17 2.3.2 Causas da Falta de Recursos na Empresa ..........................................................................................18 2.3.3 Equilíbrio Financeiro das Empresas....................................................................................................19 2.3.4 Alterações nos Fatores Internos e Fatores Externos da Empresa que Causam Repercussão na Liquidez................................................................................................................................................20 2.3.4.1 Fatores Internos ..........................................................................................................................................20 2.3.4.2 Fatores Externos .........................................................................................................................................22 2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................... 26 3 A RELEVÂNCIA DA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ENTRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONVENCIONAIS ...............................................................28 3.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 28 3.1.1 Diversidade das Normas Contábeis no Mercado Globalizado.......................................................29 3.2 A NECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO FINANCEIRO NA EMPRESA......30 3.3 CONCEITO E OBJETIVOS DE CAIXA NO CONTEXTO FINANCEIRO.................................. 32 3.3.1 Administração Eficiente de Caixa ........................................................................................................33 3.4 A RELAÇÃO ENTRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONVENCIONAIS E O FLUXO DE CAIXA ................................................................................................................................... 35 3.4.1. Reconhecimento do Fluxo de Caixa pela FASB e o Projeto de Substituição no Brasil..............37 3.4.0.1 Descrições da Classificação das Atividades do Fluxo de Caixa em Atividades Operacionais, Atividades de Investimentos e Atividades de Financiamentos.....................................................................................38 3.5 EVIDÊNCIAS DA RELEVÂNCIA INFORMATIVA DA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ................................................................................................................................................... 42 3.5.1 Propósito da Demonstração do Fluxo de Caixa ................................................................................44 3.5.2 Preparação da Demonstração de Fluxo de Caixa ............................................................................44 3.5.3 Utilidade da Demonstração de Fluxo de Caixa .................................................................................45 3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................... 47 vii 4 OS INSTRUMENTOS CONTÁBEIS PARA DETERMINAÇÃO DA LIQUIDEZ DAS EMPRESAS ...................................................................................................................................................51 4.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 51 4.2 ALGUNS PROBLEMAS DA DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS............. 52 4.2.1 Diferenças, Ligações, Vantagens e Desvantagens Entre Fluxo de Caixa e a DOAR..................52 4.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS RELACIONADOS COM A LIQUIDEZ ............................................................................................. 55 4.3.1 Análise de Indicadores por Índices......................................................................................................56 4.3.1.1 Comentários sobre o índices Financeiros..................................................................................................58 4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................. 64 5 AVALIAÇÃO DA LIQUIDEZ DAS EMPRESAS PELOS DIVERSOS MÉTODOS DE FLUXOS DE CAIXA..................................................................................................................................66 5.1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 66 5.2 FLUXO DE CAIXA E SUAS FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO E CONTROLE...................... 67 5.3 MÉTODOS DE APURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL.................................... 69 5.3.1 Métodos de Fluxos de Caixa Operacionais............................................................................................72 5.3.2 A Origem do Fluxo de Caixa Líquido: Fluxo de Caixa Operacional................................................76 5.4 FLUXOS DE CAIXA DESCONTADOS PARA AVALIAÇÃO DO VALOR DE EMPRESAS79 5.4.1 Relevância do Fluxo de Caixa nas Decisões de Investimento ............................................................80 5.4.2 Considerações Sobre o Modelo de Fluxo de Caixa Descontado e sua Aceitação no Mercado....81 5.4.3 Situações Onde o Fluxo de Caixa Descontado Necessita Adaptações..............................................81 5.4.4 Modelo do Fluxo de Caixa Descontado (Discounted Cash Flow – DFC)........................................84 5.4.4.1 Fluxo de Caixa do Acionista e Fluxo de Caixa da Empresa .........................................................................84 5.4.4.2 Fluxo de Caixa do Acionista Versus Lucro Líquido ......................................................................................87 5.5 MODELO DO FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DO ACIONISTA ................................................... 89 5.5.1 Fórmula do Fluxo de Caixa Líquido do Acionista: ..............................................................................89 5.6 MODELO DO FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DA EMPRESA....................................................... 90 5.6.1 Fórmula do Fluxo de Caixa Líquido da Empresa .................................................................................91 5.6.2 Modelo de Avaliação do Fluxo de Caixa Líquido da Empresa ..........................................................92 5.6.3 Fluxo de Caixa Líquido do Acionista X Fluxo de Caixa Líquido da Empresa ................................94 5.7 FLUXO DE CAIXA DESCONTADO COM BASE NOS DIRECIONADORES DE VALOR... 96 5.7.1 Através dos Direcionadores de Valor se Atingem os Fatores Críticos de Sucesso.........................97 5.7.2 Dados Históricos das Empresas Para Alternativas Futuras..............................................................99 5.7.3 Indicações Para Projeção do Balanço................................................................................................. 100 5.7.4 Avaliação da Posição Estratégica da Empresa.................................................................................. 101 5.8 MÉTODO PARA ESTIMATIVA DO VALOR DA EMPRESA.....................................................102 5.8.1 Desenvolvimento das Operações de Fluxos de Caixa Descontado para Estimar o Valor da Empresa ..................................................................................................................................................... 103 5.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................................105 6 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA PARA A AVALIAÇÃO DA LIQUIDEZ DA COOPERATIVA AGROPECUÁRIA ATRAVÉS DOS MODELOS DE FLUXOS DE CAIXA DESCONTADOS....................................................................................................................... 106 6.1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................106 6.2 PRIMEIRA ETAPA: SELEÇÃO DE PREMISSAS PARA A PROJEÇÃO DE RESULTADOS.........................................................................................................................................110 6.2.1 Premissas Econômico-financeiras........................................................................................................ 113 6.2.2 Projeção dos Resultados......................................................................................................................... 118 6.2.1.1 Lucro Antes de Juros e IR (LAJIR) Projetado .............................................................................................119 6.3 SEGUNDA ETAPA: PROJEÇÃO DO FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DA EMPRESA FCLE............................................................................................................................................................119 6.4 TERCEIRA ETAPA: ESTIMATIVA DAS TAXAS DE DESCONTO DO FCLE......................120 6.4.1 Valor de Mercado do Capital de Terceiros e de Capital Próprio................................................... 120 6.4.2 Estimativa das Taxas de Desconto ....................................................................................................... 122 6.4.2.1 Estimativa da Taxa de Desconto do Capital de Terceiros...........................................................................122 6.4.2.2 Estimativa da taxa de Desconto do Capital Próprio ...................................................................................122 6.4.3 Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital ................................................................................ 123 6.5 QUARTA ETAPA: CÁLCULO DO FCLE DESCONTADO PELO CMPC.................................124 x Quadro 25 – Cálculo do FCLE descontado pelo CMPC...............................................124 Quadro 26 – Valor potencial de mercado de capital próprio.........................................125 Quadro 27 – Projeção do fluxo de caixa operacional....................................................127 Quadro 28 – FCLA descontado pela taxa de retorno esperada pelos acionistas...........128 Quadro 29 – Fluxo de caixa descontado........................................................................130 Quadro 30 – Valor residual...........................................................................................133 Quadro 31 – Valor presente do fluxo de caixa baseado nos direcionadores de valor...133 Quadro 32 – Fluxo de caixa por atividades...................................................................136 Quadro 33 – Índice de liquidez.....................................................................................137 Quadro 34 – Índice de endividamento .........................................................................138 Quadro 35 – Índice de atividade...................................................................................138 Quadro 36 – Índice de rentabilidade.............................................................................139 Quadro 37 – Termômetro de Kanitz.............................................................................140 Quadro 38 – Cenários dos FCLA..................................................................................143 xi RESUMO Este trabalho apresenta a adaptação dos modelos de fluxos de caixa descontados para uma cooperativa agropecuária, com o objetivo de estimar a liquidez futura da mesma a fim de possibilitar a tomada de decisão de se obter um alto financiamento para a reestruturação da cooperativa. O tema parte da importância do fluxo de caixa como instrumento de gerenciamento financeiro, onde melhor evidencia a estimativa da liquidez como ponto relevante na tomada de decisões, comparado a restrita avaliação feita pela demonstração do resultado do exercício onde utiliza o princípio da competência, não o de caixa e com a demonstração das origens e aplicações de recursos que tem um conceito abstrato de capital circulante líquido e até mesmo os próprios índices econômico-financeiros baseados em dados passados, partindo do pressuposto que a empresa será liquidada. Para tal, buscou-se referencial teórico visando descrever os seguintes métodos de fluxo de caixa: fluxo de caixa líquido do acionista, fluxo de caixa líquido da empresa, fluxo de caixa das atividades operacionais, das atividades de investimentos e das atividades de financiamentos e o fluxo de caixa descontado com base em direcionadores de valor. Uma vez estimados os fluxos de caixa, procurou-se adaptar o custo médio ponderado de capital para a cooperativa a fim de utilizá-lo como taxa de desconto dos fluxos de caixa. Ao final do estudo constatou-se que o fluxo de caixa é o instrumento que permite estimar as operações a serem realizadas pela empresa, facilitando a análise e decisão de comprometer recursos financeiros, de selecionar o uso das linhas de crédito menos onerosas, de determinar o quanto a organização dispõe de capitais próprios, bem como utilizar as disponibilidades da melhor forma. Foram projetados para 15 anos os resultados e a capacidade de geração de caixa da cooperativa, a fim de saber se a empresa teria condições de pagar o financiamento a longo prazo para sua revitalização. Para tal, foi preciso projetar as vendas com os respectivos custos, montar a demonstração do resultado do exercício e o balanço patrimonial projetados, construindo um sistema interligado com o fluxo de caixa. Através dos números apresentados pelos fluxos de caixa pode-se concluir que a empresa por si só não teria, no final da projeção para 15 anos, a capacidade de pagamento, ou seja, a liquidez para cumprir com a obrigação do financiamento e continuar gerando caixa. Com isso tornou-se necessária, desde já, uma tomada de decisão para ampliar seus recursos como uma fusão com outra cooperativa e através do fluxo de caixa com base nos direcionadores de valores, mudar a situação da cooperativa mostrando viabilidade para a aprovação do projeto de reetruturação da cooperativa o que ficaria inviável se analisado apenas pela análise retrospectiva onde parte da hipótese estática sendo que a capacidade de pagamento é dinâmica. Assim, o fluxo de caixa obriga as empresas a planejarem e controlarem todas as suas atividades operacionais e não- operacionais tornando-se organizadas e com maior chance de sucesso. xii ABSTRACT This work presents the adaptation of the models discounted of cash flows for an agricultural cooperative, with the objective of estimate the future liquidity of the same in order to facilitate the taking of decision of obtaining a high financing for the restructuring of the cooperative. The theme part of the importance of the cash flow as instrument of financial management, where best evidences the estimate of the liquidity as important point in the taking of decisions, compared the restricted evaluation done by the demonstration of the result of the exercise where uses the way of the competence, not the one of cash and with the demonstration of the origins and applications of resources that has an abstract concept of capital circulating liquid and even the own economic-financial indexes based on having information last, leaving of the presupposition that the company will be liquidated. For such, theoretical referential was looked for seeking to describe the following cash flow methods: the shareholder's liquid cash flow, liquid cash flow of the company, cash flow of the operational activities, of the activities of investments and of the activities of financing and the discounted cash flow with base in value drivers. Once estimate the cash flows, tried to adapt the pondered medium cost of capital for the cooperative in order to use it as rate of discount of the cash flows. At the end of the study it was verified that the cash flow is the instrument that allows to estimate the operations they be she accomplished by the company, facilitating the analysis and decision of committing financial resources, of selecting the use of the less onerous credit lines, of determining the as the organization has own capitals, as well as to use the readiness in the best way. Were projected for 15 years the results and the capacity of generation of box of the cooperative, in order to know the company would have conditions of paying the long term financing for its revitalization. For such, it was precise to project the sales with the respective costs, to set up the demonstration of the result of the exercise and the projected patrimonial balance sheet, building an interlinked system with the cash flow. Through the numbers presented by the cash flows it can be concluded that the company by itself would not have, in the end of the projection for 15 years, the payment capacity, that is to say, the liquidity to execute with the obligation of the financing and to continue generating cash. With that became necessary, at once, a taking of decision to enlarge its resources as a merger with other cooperative and through the cash flow with base in the value drivers, to change the situation of the cooperative showing viability for the approval of the project of restructuring of the cooperative that would be unviable if just analyzed by the retrospective analysis where it part of the static hypothesis and the payment capacity is dynamic. Thus, the cash flow forces the companies they plan it and they control whole its operational and no-operational activities becoming organized and with larger success chance. 3 de decisões. A administração das empresas não pode se sustentar em aventuras, expondo-se aos acontecimentos incertos futuramente, sem um mínimo de planejamento e controle financeiro, pois além do controle dos recursos financeiros é necessário que se tenha uma avaliação constante dos investimentos e riscos, visando a contínua atualização de suas estratégias para adequar-se à dinâmica das mudanças do sistema produtivo. Mas há o problema de obtenção de informações confiáveis das demonstrações contábeis para calcular a previsão do fluxo de caixa, sem que haja distorções entre o planejado e o realizado. Os dados básicos utilizados nas Demonstrações de Resultados consideram os fatos ocorridos em um determinado período, como fatos passados, mas o que reduz a incerteza sobre o futuro é exatamente a gama e a qualidade não só dos dados passados, mas também de informações que se dispõem no presente, sejam eles históricos, sejam planos e projetos. Então parece claro que o conhecimento apenas de dados de fluxos de caixa passados não são suficientes para uma projeção de fluxos futuros, correções de tendências se impõem com base em outras informações. Neste ponto, os dados contábeis se devidamente corrigidos e interpretados na forma econômica, poderão servir de indispensáveis fontes de informações, o que comprova que o problema não está na Contabilidade. São nestes termos que o trabalho pretende apresentar uma metodologia de avaliação da liquidez que sirva como meio de orientação aos administradores, acionistas e outros usuários, integrando o fluxo de caixa no processo de análise da liquidez, juntamente com outras análises qualitativas, proporcionando condições para identificar não somente situações de falta ou excesso de liquidez, mas também as variáveis que compõem tal situação. 1.2 JUSTIFICATIVA Há muitas razões que determinam a realização de uma pesquisa. Uma delas é a razão de ordem intelectual que advém do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer, envolve desenvolver e testar teorias e hipóteses que sejam interessantes para o investigador e que possam ter alguma aplicação no futuro. A outra, de ordem prática, pode conduzir à formulação de problemas de pesquisa, como respostas a problemas relevantes para subsidiar uma ação ou prever acontecimentos.(Gil, 1991) 4 O tema escolhido foi definido tanto pela importância teórica quanto prática, tendo a percepção de que existem falhas, ou seja lacunas na metodologia da análise de avaliação da liquidez das empresas. As mudanças drásticas que estão acontecendo no ambiente econômico e financeiro fazem com que o fluxo de caixa ressurja como um dos principais demonstrativos para a avaliação de desempenho gerencial de projetos, divisões e empresas. Qualquer que seja a empresa, independente de seu tamanho, ela é movida à caixa, e é através do fluxo de caixa que se identifica exatamente o quanto está disponível para ser distribuído aos credores e aos acionistas. Assim, é preciso estruturar um modelo de fluxo de caixa com a capacidade informativa de fácil interpretação, tanto para administradores financeiros como para credores, acionistas e outros usuários. Segundo Martins apud Barbieri (1996), a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) é de difícil entendimento para as pessoas não bastante afeitas à técnica contábil ou à administração financeira e tem havido, no mundo inteiro, uma certa dificuldade de entendimento, porque, muitas vezes, a empresa produz grandes valores de resultado, mas esse resultado traz capital circulante líquido insuficiente para a cobertura das necessidades da empresa. Na realidade, a diferença citada acima consiste na distinção entre as duas bases de registro contábil existentes: regime de competência e regime de caixa, representados pela Demonstração de Resultado e pela Demonstração de Fluxo de Caixa, que fornece, desse modo, relatórios e informações diferenciadas. Neste sentido, as principais alegações ressaltam a relativa simplicidade e facilidade de interpretação da Demonstração de Fluxo de Caixa no atendimento às necessidades dos usuários, em especial, àqueles externos à entidade (Braga, 1996). Martins (1990), considera o fluxo de caixa um valioso instrumento para a compreensão do real fluxo de recursos da empresa, pelo fato de diferir consideravelmente da Demonstração de Resultado do Exercício, por levar em conta dois princípios básicos: a) Considera a competência de caixa e não a do exercício social, onde este poderá demonstrar resultados com elevados lucros e assim mesmo a empresa apresentar problemas de caixa; b) Considera apenas os ingressos e os desembolsos efetivos de caixa. 5 Em síntese, o fluxo de caixa permitirá que a administração financeira sinta a real situação da empresa em termos de equilíbrio de caixa e liquidez, proporcionando maior visão dos recursos disponíveis, enquanto o DRE apenas informa a situação econômica da empresa. A avaliação da liquidez da empresa através do fluxo de caixa proporciona: a) O levantamento dos recursos financeiros necessários para a execução do plano geral de operações de produção e controle das finanças; b) A administração da melhor forma possível dos recursos financeiros disponíveis de forma a evitar perdas pela ociosidade de caixa, através das aplicações financeiras; c) O planejamento e controle dos recursos financeiros em termos de ingressos e de desembolsos de caixa, através das constantes informações das projeções de venda, produção e despesas operacionais; d) A análise das fontes de créditos que proporcionam empréstimos menos onerosos, em casos de necessidades de recursos no curto prazo; e) Evitar desembolsos vultosos pela empresa, em época de baixo encaixe, permitindo a coordenação entre os recursos que serão alocados em atividades circulante, de vendas, de investimentos e débitos. 1.3 OBJETIVOS O objetivo geral do estudo é estimar a liquidez da empresa através dos modelos de Fluxos de Caixa Descontado, considerando evidentemente dados contábeis, seria até um contra-senso desconsiderá-los, mas relacionando também, estrutura, comportamento e desempenho da empresa em relação à geração futura de caixa, visando obter liquidez a médio e longo prazos a fim de saber a capacidade de pagamento de financiamentos a longo prazo. Para atingir a meta principal o estudo desdobra-se nos seguintes objetivos específicos: a) Calcular o fluxo de caixa separando-o em atividades operacionais, atividades de investimentos e atividades de financiamentos juntamente com os modelos de fluxo de caixa descontado, tais como, fluxo de caixa da empresa, do acionista e o fluxo de caixa com base nos direcionadores de valor. 8 d) Aplicação do modelo de Fluxo de Caixa como proposta para a avaliação da liquidez da empresa a fim de saber a capacidade de pagamento de um financiamento a longo prazo. 1.7 LIMITAÇÕES O trabalho limita-se em direcionar-se somente para o cálculo real da liquidez da empresa a médio e longo prazos com base no modelo de fluxo de caixa, não se preocupando com a análise de outros fatores responsáveis para o cálculo do valor da empresa. Em se tratando das limitações da metodologia que se propõe apresentar, uma parte considerável desta terá basicamente utilização de dados obtidos a partir dos relatórios, demonstrativos contábeis e do projeto de reestruturação da empresa. Costuma-se questionar sobre a confiabilidade dos dados contábeis, os quais podem propositadamente apresentar distorções para atender a alguma finalidade da empresa. Além de que, tais demonstrativos refletem a posição da empresa apenas num dado instante, o que torna necessária a apuração das tendências ao longo do tempo e de valores médios antes de se fazer algum tipo de análise. 1.8 ESTRUTURA O trabalho é composto de 10 capítulos. O primeiro capítulo é destinado à introdução, onde apresenta e define o trabalho, sobre a necessidade do Fluxo de Caixa. O segundo capítulo apresenta os conceitos de liquidez como ponto relevante nas decisões contábeis, sistemas de funções da liquidez, tipos de liquidez e a conseqüência de sua escassez nas empresas. O terceiro capítulo mostra a relevância do Fluxo de Caixa entre as demonstrações contábeis convencionais. O Fluxo de Caixa é visto como um instrumento gerencial que permite identificar o processo de circulação do dinheiro e consequentemente a liquidez, mostrando a posição financeira da empresa de maneira a estabelecer prognósticos sobre as eventuais sobras ou falta de recursos. Enfatiza que as demonstrações convencionais mostram a situação econômica da empresa estaticamente, exceto a DRE que é uma demonstração dinâmica, mas que utiliza o princípio da competência, o que a diferencia do Fluxo de Caixa. 2 O recurso da polifonia consiste na incorporação de outros trabalhos, de outros enunciados. A polifonia pode vir do autor, de terceiros ou da opinião pública. (Flores, 1994) 9 O quarto capítulo identifica os métodos utilizados para a determinação da liquidez e seus pontos fortes e fracos. O quinto capítulo descreve os métodos de Fluxo de Caixa: o Fluxo de Caixa Operacional, Fluxo de Caixa Líquido do Acionista, Fluxo de Caixa Líquido da Empresa e Fluxo de Caixa Descontado com base nos Direcionadores de Valor. O sexto capítulo apresenta a metodologia proposta para a estimativa da liquidez da empresa a longo prazo através dos vários métodos de Fluxo de Caixa Descontados, os índices econômico-financeiros e a comparação entre os mesmos. O sétimo capítulo compõe as conclusões e as recomendações a futuros trabalhos que podem continuar o que o trabalho em tela sugere. As bibliografias compõem o oitavo capítulo. Por fim, os anexos, onde estão os cálculos dos fluxos de caixa aplicados na cooperativa. 10 CAPÍTULO II 2 LIQUIDEZ: PONTO RELEVANTE NAS DECISÕES FINANCEIRAS 2.1 INTRODUÇÃO Os conceitos de liquidez destacam-se na administração financeira como sendo um dos pontos analisados para que a empresa possa operar de acordo com os objetivos e as metas a que se propõe a sua cúpula diretiva. Com liquidez a empresa terá recursos para saldar em tempo hábil os compromissos assumidos com terceiros e obter descontos nas transações, ter credibilidade e aproveitar as oportunidades do mercado. Para melhor compreensão da função liquidez, é imprescindível o conhecimento do conceito de fluxo de caixa como o instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e de desembolsos financeiros da empresa, em determinado momento, prognosticando assim se haverá excedentes ou escassez de caixa, em função do nível desejado de caixa pela empresa. Este texto visa demonstrar metodologias tradicionalmente utilizadas para a análise da liquidez das empresas inseridas no contexto da gestão empresarial. 2.2 DEFINIÇÃO DE LIQUIDEZ Um dos fatores que determinam as possibilidades de êxito ou de fracasso de uma empresa é a liquidez, isto é, a capacidade que uma empresa tem de saldar seus compromissos na medida em que forem vencendo. Schrickel (1995), afirma que a liquidez implica e requer pontualidade. A capacidade de pagar depende da disponibilidade imediata do dinheiro ou dos elementos que diretamente representam o mesmo. De acordo com Sá (1998), a capacidade de pagar é evidenciada pela competência do patrimônio em gerar recursos para saldar a todas as necessidades de pagamento denominando-se liquidez. 13 tempo. Neste contexto, o estudo da liquidez das entidades econômicas, por meio dos indicadores denominados Índice de Liquidez Imediata, Seca, Corrente e Geral, é um capítulo encontrado na literatura que trata da análise de balanços e da análise financeira, sendo este também, Índice de Posicionamento de Atividade. Quanto às necessidades de pagamentos, o caso de obrigações a pagar que não se acham registradas, que não se encontram atualizadas monetariamente, que omitem ônus sobre as mesmas, dá lugar a elementos ocultos que mascaram a situação de liquidez. O mesmo ocorre, mas em sentido oposto, em relação a meios de pagamentos e que nos balanços são apresentados não pelo seu valor de realização, mas, pelo de aquisição, distorcendo, igualmente, a realidade da liquidez. As conseqüências dessa situação podem ser desastrosas para a tomada de decisão quanto à concessão de crédito das vendas, negociação de prazo nas compras e formação do volume de estoques destinados às vendas. França (1998) menciona que alguns autores , ainda de forma superficial e sem um enfoque centrado na questão, têm questionado a validade e utilidade desses índices de liquidez da forma como são calculados. Como Assaf Neto e Silva afirmam que os indicadores são questionáveis. Ferrero propõe ajustes nos créditos realizáveis na determinação do ativo circulante. Hopp e Leite tratam esses índices como mito. Para efeitos gerenciais, o que se considera é a realidade, ou seja, o que efetivamente serve de meios de pagamento e o que realmente representa necessidades de pagamentos. Neste contexto abrangente são levados em consideração para a determinação desses índices de liquidez (Corrente e Geral), os efeitos da exclusão do estoque mínimo de segurança3 e dos créditos de recebimento incerto, excedentes das provisões constituídas. É importante, ainda, demonstrar a necessidade de modificação da metodologia tradicional de cálculo dos índices de Liquidez Corrente e Liquidez Geral, mediante a proposição de metodologia alternativa de cálculo efetivo desses índices, que considera, além das adequações qualitativas da metodologia tradicional, as exclusões citadas para torná-los efetivos. 3 O estoque mínimo de segurança é a parcela do estoque necessária ao funcionamento do estabelecimento comercial sem perda da continuidade; e os créditos de recebimento incerto são os valores pendentes de recebimento em processo duradouro de negociação. 14 Os índices de liquidez encontrados pela metodologia proposta por França (1998), são submetidos à ponderação pelo índice de posicionamento de atividade, considerando-se a exclusão do estoque mínimo de segurança. Os índices de liquidez encontrados por essa nova metodologia são denominados Índice de Liquidez Corrente Efetiva e Índice de Liquidez Geral Efetiva. Estes índices distinguem-se dos calculados pela metodologia tradicional, essencialmente, por incorporarem em suas fórmulas de cálculo a exclusão do estoque mínimo de segurança e dos créditos de recebimento incerto excedentes das provisões constituídas . Da mesma forma que os indicadores de liquidez, Índice de Posicionamento de Atividade encontrado por essa nova metodologia é denominado Índice de Posicionamento de Atividade Efetivo, por ter sido determinado utilizando o prazo médio de recebimento de vendas a prazo (ajustado pelo valor dos créditos de recebimento incerto) e o prazo médio de renovação de estoques (ajustado pelo valor do estoque mínimo de segurança). O estudo é, portanto, uma tentativa de resposta às necessidades não atendidas de alguns usuários das informações contábeis, quando desejam compreender o porquê das divergências entre as informações extraídas dos Índices de Liquidez e as extraídas da Demonstração do Fluxo de Caixa. Certamente, nas informações de entrada do Fluxo de Caixa, nos mesmos prazos previstos para pagamento de obrigações aprazadas, não constarão o valor do estoque mínimo de segurança nem o valor do crédito inadimplente, por não terem previsão de realização. São essas duas importantes informações mais os efeitos da ponderação pelo Índice de Posicionamento de Atividade, não contempladas no modelo tradicional, que contribuem para que o modelo tradicional de cálculo desses indicadores de liquidez não mais inspire tanta credibilidade. A metodologia do índice de Liquidez Efetiva é uma contribuição significativa e essencialmente qualitativa para o restabelecimento da credibilidade dos indicadores de Liquidez Corrente, Liquidez Geral e do Índice de Posicionamento de Atividade como instrumentos auxiliares da tomada de decisão. São de fundamental importância para o sucesso e credibilidade dos índices de liquidez, a obtenção de dados confiáveis e o processamento adequado dos cálculos dos indicadores. O tratamento adequado das variáveis que fazem a diferença entre as metodologias de cálculo dos indicadores de liquidez é assunto que este estudo não teve 15 a pretensão de esgotar. Acredita-se que essas variáveis (estoque mínimo de segurança e créditos de recebimento incerto), por serem somente de conhecimento interno de cada empresa devem ser tratadas dentro dos intervalos otimizados de reposição de estoque de cada produto. 2.2.4 Liquidez Estática e Liquidez Dinâmica Liquidez estática é a baseada nos balanços, evidenciando os meios de pagamentos e as necessidades de pagamentos. Como os balanços só apresentam os saldos dos elementos patrimoniais em determinada data, deixam de informar a dinâmica desses mesmos saldos. Isso tem sugerido, modernamente, o aparecimento de demonstrativos especiais que possuem a qualidade de fluxos, ou seja, de evidências dinâmicas, como o Fluxo de Caixa. O balanço, todavia, sendo estático, pode apresentar boa capacidade de liquidez, podendo estar em sérias dificuldades financeiras, pois suas necessidades de pagamentos podem ser exigidas em 30 dias e seus meios de pagamentos só se transformarem em dinheiro em 60 dias. Nesse caso, ela estará em crise de capacidade de liquidez. Para que se tenha noção concreta da capacidade de pagamento, é preciso que se analisem os componentes do sistema da liquidez, considerando seus tempos, ou seja, o prazo em que as necessidades se tornam exigíveis e a época em que os meios de pagamentos se tornam disponíveis. Há mais de 30 anos, Sá (1998), apresentou uma fórmula para liquidez dinâmica imprescindível, admitindo os giros de cada componente da liquidez, ou seja, o quanto, em médias diárias, gira cada meio de pagamento e o quanto as necessidades de pagamentos, também em cada dia, em média, exigem. Tais médias a partir dos quocientes de giro de cada componente do sistema, ou seja, dos giros de estoques de créditos e de dívidas. Sabendo de quantos em quantos dias um estoque gira, é possível saber o quanto em média ele gira por dia. Comparando esses valores, é possível se ter uma idéia da liquidez dinâmica, ainda que em base de médias diárias e com a relatividade evidente. Hipoteticamente é interessante comparar duas situações: 18 precisa que seja feita sob a ótica de uma competente realização dos meios patrimoniais derivados das reservas, provisões e fundos constituídos. Uma empresa pode conter em seu patrimônio elementos em formação, potenciais, componentes para alterarem a situação de liquidez. São potencialidades da liquidez os meios de pagamentos ou as necessidades de pagamentos que se encontram em perspectiva de ocorrência, mas que ainda não se evidenciam nas informações contábeis. Os empréstimos, mesmo pagáveis parceladamente, podem não encontrar correspondência no aumento dos meios de pagamentos, motivando desequilíbrios futuros na liquidez toda vez que os investimentos não ensejarem recursos compatíveis com as necessidades de pagamentos. 2.3.2 Causas da Falta de Recursos na Empresa Dentre as principais causas da falta de recursos que poderão ocasionar um desequilíbrio financeiro em uma empresa, Zdanowicz (1998) relaciona: a) Expansão descontrolada das vendas, implicando maior volume de compras e de custos pela empresa. b) Insuficiência de capital próprio e utilização do capital de terceiros em proporção excessiva, em conseqüência, aumentando o grau de endividamento da empresa. c) Ampliação exagerada dos prazos de vendas pela empresa para conquistar mercado. d) Necessidade de compras de porte, de caráter cíclico ou para reserva, exigindo maiores disponibilidades de caixa. e) Diferenças acentuadas na velocidade dos ciclos de recebimento e pagamento, em função dos prazos de venda e de compras. f) Baixa velocidade na rotação dos estoques e nos processos de produção. g) Sub-ocupação temporária do capital fixo, seja pelas limitações de mercado, seja pela falta ou insuficiência de capital de giro. h) Distribuição de lucros, além das disponibilidades de caixa. i) Altos custos financeiros em função de planejamento e controle de caixa irregulares. 19 2.3.3 Equilíbrio Financeiro das Empresas As empresas equilibradas financeiramente apresentam as seguintes características, segundo Zdanowicz (1998): a) Há permanente equilíbrio entre os ingressos desembolsos de caixa. b) Tende a aumentar a participação de capital próprio em relação ao capital de terceiros. c) É satisfatória a rentabilidade do capital empregado. d) Nota-se uma menor necessidade de capital de giro. e) Há uma tendência para aumentar o índice de rotação de estoques. f) Verifica-se que os prazos médios de recebimento e de pagamento tendem a estabilizar-se. g) Não há imobilizações excessivas de capital, nem elas são insuficientes para o volume necessário de produção e de comercialização. h) Não há falta de produtos acabados ou mercadorias para o atendimento das vendas. Para melhor compreensão dos itens causadores da falta de recursos na empresa e equilíbrio financeiro, a seguir, encontra-se disposto um diagrama com os sintomas, causas e conseqüências do desequilíbrio financeiro em uma empresa, juntamente com as medidas de saneamento financeiro para aliviar, eliminar e evitar, tais desequilíbrios, chegando ao equilíbrio financeiro desejado pela empresa. 20 Figura 01: Desequilíbrio Financeiro Fonte: Zdanowicz (1998) 2.3.4 Alterações nos Fatores Internos e Fatores Externos da Empresa que Causam Repercussão na Liquidez As decisões tomadas na maioria dos setores da empresa provocarão um impacto sobre o fluxo de caixa e consequentemente na liquidez. É importante que o administrador financeiro seja capaz de reconhecer as conseqüências financeiras das alterações nas políticas de produção, de vendas, distribuição, compras, pessoal, etc. (Zdanowicz, 1998) 2.3.4.1 Fatores Internos A administração financeira reporta-se a todas as áreas da empresa, uma vez que a maior parte das decisões apresentam conseqüências financeiras. CONSEQÜÊNCIAS a) Vulnerabilidade ante as flutuações de mercado. b) Atrasos nos pagamentos de dívidas. c) Tensões internas. d) Concordata. e) Falência. DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO SINTOMAS a) Insuficiência crônica de caixa. b) Captação sistemática de recursos através de empréstimos. c) Sensação de esforço desmedido. d) Sensação de quebra repentina. e) Perda do controle empresarial CAUSAS a) Excesso de investimentos em estoques. b) Prazo médio de recebimento é maior que o prazo médio de pagamento. c) Excesso de imobilizações d) Inflação. e) Recessão econômica MEDIDAS DE SANEAMENTO FINANCEIRO a) Aumento do capital próprio através da entrada de novos sócios ou do reinvestimento dos lucros. b) Redução do ritmo das atividades operacionais. c) Adequação do nível de operações ao nível de recursos disponíveis. d) Contenção dos custos e despesas operacionais e) Desmobilização de recursos ociosos. f) Planejamento e controle financeiros EQUILÍBRIO FINANCEIRO Saldo Inicial de Caixa + Ingressos - Desembolsos = Saldo Final de Caixa Aliviar Eliminar Evitar 23 v Política de crédito, talvez não seja aconselhável expandir o crédito, pois em período de redução da atividade econômica a perda dos valores a receber (duplicatas) tende a aumentar. v Cobrança de títulos, é preciso reduzir o prazo médio de recebimento para um maior giro dos recursos em itens de maior rentabilidade imediata. v Nível de estoques, manter o mesmo nível de estoques do período anterior pode não ser aconselhável pelo custo dos recursos que ficam congelados nesse item. A tendência será então, reduzir os estoques, repondo somente parte deles, o que terá reflexos no caixa pelo excedente imediato de recursos. v Nível de produção, deverá haver uma reprogramação da produção, da compra de matérias-primas, de maiores custos com a mão-de-obra direta e das despesas indiretas de fabricação, para que os recursos sejam liberados para aplicações mais seguras. c) Em fase de expansão: a pressão é exercida sobre a capacidade produtiva da empresa, com a exigência de maior volume de estoques, de acréscimo das compras de matérias-primas, de maiores custos operacionais, de aumento das vendas, etc. A conseqüência da pressão exercida pela demanda prende-se à necessidade imediata de fluxos adicionais de caixa, tanto no Ativo Circulante, como no Ativo Imobilizado. O ritmo de formação de caixa é insuficiente para contrabalançar o fluxo de desembolso necessário à formação dos níveis de valores a receber, de estoques e de Ativo imobilizado nos vários reservatórios. A necessidade de maior volume de capital de giro e de imobilização faz com que o administrador financeiro procure novas fontes de recursos, selecionando aquelas cujos encargos financeiros e cronograma de desembolsos não venham afetar a liquidez da empresa. Nestes termos, um planejamento e um controle financeiros adequados e de curto e longo prazos, tornam-se primordiais e inadiáveis para a empresa nos dias de hoje. d) Atraso dos clientes: este talvez seja o item que exija mais cuidado, pois os desembolsos de caixa são cobertos pelos valores em disponibilidade e pela 24 cobrança de duplicatas a receber, uma vez que os estoques alimentam a produção e as vendas, porém não pagam as dívidas da empresa. O controle das duplicatas a receber deve ser rigoroso e a análise do tempo decorrido entre o prazo médio de recebimento efetivo deve ser freqüente para que seja verificada a tempo a inadimplência média dos clientes nos pagamentos dos títulos à empresa. e) Atraso na entrega do produto: seja por más condições de trabalho, seja por dificuldades de escoamento. A repercussão é direta nos ingressos de caixa pelo atraso no faturamento e no retorno dos recursos aplicados. O administrador financeiro não pode ficar alheio a este fato, devendo analisar a expedição e solucionar os entraves o mais rapidamente possível para que o fluxo de recursos seja restabelecido. A interrupção na produção ou a paralisação devem ser evitadas sob pena de danos financeiros maiores à empresa. f) Alterações nas alíquotas e criação de novos tributos: podem provocar modificações no fluxo dos desembolsos de caixa. Acresce-se, ainda, a mudança nas alíquotas e nos prazos de recolhimento dos impostos pelo governo, como outro fator que possa vir a alterar o Fluxo de Caixa da empresa. Até mesmo a escrituração contábil pode ter efeito financeiro pelo acréscimo ou redução dos impostos que possam acarretar. De acordo com França (1998), deve-se realizar um planejamento tributário para escolher a modalidade de tributação que provoque o menor impacto nas saídas do Fluxo de Caixa, para tanto é imprescindível que mantenha um sistema de registros contábeis bem planejado e bem executado, processando corretamente e produzindo informações confiáveis. Tais desequilíbrios potenciais irão provocar reflexos no Fluxo do Caixa, ou seja, entre o que deverá sair de recursos como necessidade de pagar e o que poderá entrar de recursos derivado do lucro futuro. As potencialidades podem ser positivas ou negativas, tanto de meios, quanto de necessidades de pagamentos, a questão está na capacidade de ocorrer, na hora certa, o recurso de pagamento necessário. 25 O futuro da liquidez, pois, é algo a ser preservado, e o socorro de meios financeiros, como capital de terceiros, precisa ser bem mensurado para que não leve a empresa a um colapso. A situação da liquidez sofre alterações constantes devido a circulação dos meios e das necessidades de pagamentos. Tais alterações, acompanhadas em seu curso no tempo, são os elementos que formam o objeto das demonstrações do fluxo de liquidez. A escolha dos períodos de evidência fazem variar a forma dos demonstrativos, mas as empresas, para sua administração financeira, procuram realizar quadros que mostram a evolução diária, com os detalhes de suas conveniências. Exemplificando: Quadro 02 – Fluxos da liquidez Fluxos da Liquidez Dia 1 $ Dia 2 $ Dia 3 $ Saldo anterior de dinheiro 200 1.500 3.000 Vendas a dinheiro 1.000 1.500 1.600 Recebimentos de duplicatas 1.800 2.000 1.400 Meios de pagamentos 3.000 5.000 6.000 Duplicatas a pagar 1.000 600 1.800 Pagamentos a bancos 100 200 2.000 Despesas a pagar 400 1.200 200 Necessidades de Pagamentos 1.500 2.000 4.000 Liquidez 2,00 2,50 1,50 Fonte : Sá (1998) O Quadro 02 evidencia os momentos de liquidez, ou seja, aqueles que evidenciam as diversas capacidades de pagamentos em seus diversos momentos de apuração e que no caso hipotetizado são de apenas três dias (na prática, é comum levantar-se tal quadro tendo como limite dos dias o prazo das obrigações, ou seja, enquanto houver uma só data em que tenha vencimento uma necessidade de pagamento, haverá o cálculo da liquidez). Observa-se, na hipótese levantada, que no dia 3, quanto maior era o valor dos meios de pagamentos, menor era a liquidez da empresa porque maior foi a exigência de necessidade de pagamentos. Isso demonstra que disponibilidade e liquidez não são a mesma coisa. O que se pretende com os fluxos é evidenciar exatamente onde podem operar- se os denominados gargalos da liquidez, ou seja, os apertos ou dificuldades de dinheiro ou meios de pagamentos imediatos. 28 CAPÍTULO III 3 A RELEVÂNCIA DA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ENTRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONVENCIONAIS 3.1 INTRODUÇÃO Do ambiente econômico que as empresas participam, em parte motivadas por alterações no mercado, como alto nível de competitividade e variações nos preços dos insumos, apenas bons resultados nas demonstrações contábeis convencionais não querem dizer bom desempenho empresarial. A liquidez conceituada no capítulo II também faz parte do sucesso empresarial, pois a gerência, acionistas e credores têm um elevado interesse pela capacidade da empresa em cumprir seus compromissos. No entanto, começaram a aparecer pesquisas com ênfase em avaliações dinâmicas, econômicas e financeiras em busca de medidas mais eficientes na avaliação da liquidez em ambientes econômicos cada vez mais globalizados, em contraposição às análises financeiras convencionais. De acordo com Assaf Neto (1997), as decisões financeiras de empresas inseridas em economias em desenvolvimento requerem uma reflexão mais crítica de seus aspectos conflitantes, exigindo uma adaptação à realidade dos negócios. E estas decisões são tomadas com os dados e as informações viabilizados pela Contabilidade, levantados pelo comportamento do mercado e desempenho interno da empresa, e vêm assumindo complexidade e risco cada vez maiores na economia brasileira que está em processo de reposicionamento da política econômica. Dentro deste contexto, o presente capítulo menciona a relação entre as Demonstrações Contábeis Convencionais e a Demonstração do Fluxo de Caixa, pois aquelas deverão ser vistas como base de dados para esta, no entanto se completam a fim de atingir o princípio da administração financeira, onde se analisa a posição econômica e financeira da empresa cuidando em se ter a liquidez desejada e maximização de lucros. 29 As Demonstrações Contábeis por si só não mais representam informações compatíveis para tornar eficiente a complexa gestão empresarial em que as empresas estão inseridas. Atualmente, com a globalização, as mudanças que vêm ocorrendo nas áreas comercial, produtiva e financeira compreendem uma ampla utilização de métodos, meios e recursos que transcendem às fronteiras geográficas, com isso se faz necessário a padronização e simplificação de Demonstrativos. Como citado no Capítulo I por Assaf Neto (1995), Martins (1996), Braga (1996), Barbieri (1996), Marques (1996), Formoso (1996), Falcão (1995), a Demonstração de Fluxo de Caixa é de fácil compreensão para todos os interessados e dá condições para tomadas de decisões com relação a recursos a fim de se tornarem competitivos e proporcionarem um ambiente adequado para a atração de investimentos e também para a obtenção de financiamentos, tanto no presente como para o futuro. 3.1.1 Diversidade das Normas Contábeis no Mercado Globalizado Com as empresas globalizadas dependendo cada vez mais da captação de recursos em mercados externos, as diferenças internacionais nas normas contábeis adquiriram nova relevância. Ao ser traduzida para as normas americanas, uma demonstração contábil feita segundo os critérios alemães, por exemplo, pode fazer com que lucros se tornem prejuízos em uma companhia financeiramente sólida e esta seja considerada à beira da falência, como é o caso citado por Hamilton (1998) quando da Daimler-Benz obteve autorização para colocar ações na Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1993, quando as contas foram convertidas conforme as normas americanas GAAP (Generally Accepted Accounting Practice), um lucro de 168 milhões de Marcos transformou-se em um prejuízo de 949 milhões de Marcos Alemães. Não é objetivo do texto discutir as normas contábeis em uso, apenas mostrar algumas divergências. O mesmo autor relatou que um diretor comercial de uma grande firma americana de engenharia decidiu terceirizar a fabricação. Foram enviados à Europa equipes para avaliar a capacidade técnica e desse a solidez financeira de possíveis fornecedores. Todas as empresas alemãs com quem entraram em contato, foram rejeitadas, não por motivos técnicos, mas porque não cumpriam os requisitos financeiros mínimos. Chegaram a tal conclusão porque essas empresas tinham uma taxa 30 de endividamento/patrimônio de 5:1, e pelas normas americanas seriam consideradas falidas. Não é certo tentar reconciliar critérios contábeis discrepantes numa única escrituração. Todas as questões fundamentais têm de ser colocadas, mesmo que provoquem mal-estar. Isto para evitar entrar em países sem conhecer suas práticas contábeis e cometer erros irremediáveis. 3.2 A NECESSIDADE DA DEMONSTRAÇÃO DE UM FLUXO FINANCEIRO NA EMPRESA As Demonstrações Contábeis, até mais ou menos duas décadas atrás, resumiam-se no Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. Já se usava, mais não muito, um terceiro demonstrativo relativo às Mutações do Patrimônio Líquido. O Balanço Patrimonial tem sua própria característica, é absolutamente estático, refere-se a um único momento. A Mutação do Patrimônio Líquido é relativa a um período de tempo, sendo um fluxo. É uma explicação da variação do Patrimônio Líquido como um todo de um momento até outro. A Demonstração do Resultado do Exercício também é relativa a um fluxo de tempo e não a um determinado momento. Ela diz respeito ao como se estruturou o resultado da empresa durante um período de tempo. Com o decorrer do tempo, principalmente nas últimas duas décadas, surgiu a necessidade de uma demonstração que também representasse um fluxo durante um período de tempo, mas que não limitasse apenas ao fluxo de receitas e despesas. Afinal, a Demonstração do Resultado do Exercício mostra um fluxo de um determinado tempo, mas relativo apenas às receitas auferidas e às despesas e custos incorridos. Não há nesta Demonstração um fluxo completo de toda a movimentação financeira da empresa durante um determinado período. Passou-se, então, a integrar no conjunto das demonstrações financeiras um outro fluxo que abrangesse as movimentações de recursos financeiros não encontradas na Demonstração do Resultado do Exercício. Depois de várias tentativas, adotou-se no Brasil a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. Após a emissão da lei nº 6.404/76, todas as Sociedades por Ações com Patrimônio Líquido igual ou maior de 20.000 ORTNs passaram a ser obrigadas a publicar a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos –DOAR. 33 c) Especular : o objetivo é ter uma reserva de recursos para efetuar alguma eventual transação que possibilite a realização de um lucro. Exemplo: conseguir descontos em compras à vista, a empresa manter caixa antevendo um decréscimo no preço de suas ações e, posteriormente, efetuar a recompra. Nos dois primeiros itens o caixa é utilizado para a continuidade da empresa. No terceiro caso, “especular”, o objetivo é o aproveitamento de oportunidades onde a aplicação de recursos no caixa por algum tempo é um custo a ser pago. A decisão neste caso é a de aproveitar oportunidades, sendo essencialmente gerencial (IOB, 1989). Kieso (1992), reforça a afirmação mencionando que a quantia de caixa de um empreendimento deve ser controlada cuidadosamente de forma que não ocorra excesso ou falta de disponível. Uma reserva adequada sempre deve ser mantida sem prejudicar os recursos da empresa. 3.3.1 Administração Eficiente de Caixa Os saldos de caixa e os “estoques de caixa” de segurança são influenciados significativamente pelas técnicas de produção e vendas, bem como pelos procedimentos adotados para a cobrança das duplicatas a receber e o pagamento das duplicatas a pagar. A análise dos ciclos operacional e de caixa da empresa pode esclarecer como ocorrem essas influências. Por meio de uma gestão eficiente desses ciclos, o administrador financeiro conseguirá manter um baixo nível de investimento em caixa, o que contribuirá para a maximização do valor da empresa. A empresa pode normalmente comprar muitos de seus insumos a crédito. O período de tempo de que a empresa dispõe para pagar por esses insumos é chamado de período médio de pagamento PMP e, além disso, tais compras geram financiamento espontâneo a curto prazo. O financiamento espontâneo tem custo zero, à medida que a empresa pode aproveitar quaisquer descontos financeiros oferecidos. A habilidade de adquirir insumos a crédito possibilita que a empresa compense parcialmente o período de tempo em que seus recursos encontram-se comprometidos no ciclo operacional. Afinal, o número de dias do ciclo operacional menos o período médio de pagamento pelos insumos representa o ciclo de caixa. De acordo com Gitman (1997), as estratégias básicas a serem empregadas pela administração do ciclo de caixa seriam as seguintes: 34 a) Girar estoques tão rápido quanto possível, evitando a falta de estoques, que poderia resultar na perda de vendas. b) Cobrar duplicatas a receber o mais cedo possível, sem que isso motive perdas futuras de vendas, devido a técnicas que pressionem os clientes de forma exagerada. Descontos financeiros que sejam economicamente justificáveis poderiam ser usados para atingir esse objetivo. c) Retardar o pagamento das duplicatas a pagar tanto quanto possível, sem prejudicar o conceito de crédito da empresa, mas aproveitar quaisquer descontos financeiros favoráveis. Figura 02: Ciclo de caixa Fonte: Gitman (1997) O ciclo de caixa pode ser mostrado na figura 02. Transcorrem 120 dias entre o desembolso para o pagamento das duplicatas a pagar (no 35º dia) e o recebimento obtido através da cobrança das duplicatas a receber (no 155º dia). Durante esse período, o dinheiro da empresa não pode ser utilizado, está “empatado”. No tempo zero, a empresa compra matérias-primas que inicialmente são postas no estoque. Oportunamente, as matérias-primas são usadas no processo de produção. Quando o produto em fabricação está completo, fica estocado até que se realize a venda. O período de tempo total que vai, em média, da compra de matérias-primas até a venda definitiva dos produtos é a idade média do estoque, 85 dias. Período de pagtº (35 dias) 0 35 85 155 Compra de matérias-primas Estocagem (85 dias) Venda dos produtos acabados a prazo Cobrança de duplicatas Período de cobrança (70 dias) Tempo (dias) Ciclo de caixa (120 dias) Desembolso com pagtº de duplicatas Recebimento de duplicatas 35 Quando a empresa comprou as matérias-primas, originou-se uma duplicata a pagar. Esta permaneceu registrada até o pagamento, 35 dias mais tarde. Foi nesse ponto que ocorreu uma saída de caixa. Após a venda do produto, no 85º dia, originou-se uma duplicata a receber. Esta permaneceu registrada por 70 dias. Portanto, como passaram- se 70 dias após a venda, foi no 155º dia (70 dias após o 85º, quando efetuou-se a venda). Um ciclo de caixa da empresa é calculado, encontrando-se o número de dias que vão do pagamento de duplicatas a pagar ao recebimento de duplicatas a receber. (Gitman, 1997). 3.4 A RELAÇÃO ENTRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONVENCIONAIS E O FLUXO DE CAIXA Martins apud Teles (1997), afirma que as demonstrações contábeis e o fluxo de caixa têm entre si uma ligação complementar. Segundo o mesmo autor, para a análise da evolução do patrimônio e para o conhecimento da sua efetiva rentabilidade, a Demonstração do Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial respondem eficientemente. Já para uma análise financeira de curto prazo o Fluxo de Caixa é mais útil. Não podendo esquecer que o acompanhamento da liquidez da empresa é tão importante quanto o da sua rentabilidade, pois a empresa pode ter lucros fantásticos e vendas ascendentes, mas, se não tiver um fluxo de caixa bem administrado, corre o risco de não ter sua continuidade amparada. Na literatura encontram-se abordagens sobre o confronto do Fluxo de Caixa com a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): a) Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) versus Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): na DRE há o confronto de receitas e despesas, já realizadas financeiramente, ou não, pelo regime de competência. A DRE possui receitas que foram ou serão recebidas na forma de dinheiro, e despesas que foram ou serão pagas da mesma forma. Assim, o lucro obrigatoriamente tem que passar pelo caixa da empresa. Na DRE é evidenciada a lucratividade da empresa, e na DFC o que evidencia- se é a liquidez, porém, pelo regime de caixa, informações diferentes e não excludentes. b) Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) versus Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): a DOAR amplia o horizonte 38 ser entendida e analisada, passe a ser muito utilizada por ser a mais simples de ser montada. Em quarto lugar, não há a possibilidade de se efetuar a adoção da hipótese “como se tivesse havido transação de caixa” para as operações que não envolveram numerário. As operações “não-caixa” não entrarão no Fluxo de Caixa, ficarão evidenciadas em quadro à parte. Conforme Lustosa (1999), “não se pode deixar de utilizar das experiências já vividas em outros países, principalmente a dos Estados Unidos”. Mas seguindo alguns pontos a serem discutidos por ocasião da introdução da DFC como demonstração obrigatória no Brasil em projeto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esta DFC deveria capturar o efeito no caixa das transações econômicas, no momento em que o efeito financeiro ocorresse. No modelo da FASB, isso não acontece, não está explícito os efeitos no caixa das transações que envolvem ingressos e saídas simultâneos de dinheiro, produzindo informações diferenciadas nos três grupos de atividades da DFC, Atividades Operacionais, de Investimentos e de Financiamentos. Adotando os pontos de vista de Santos e Lustosa (1999), os aspectos controversos do modelo adotado pela FASB para o Brasil se destaca: a) Tratamento das transações de investimento e financiamento sem efeito no caixa (transações virtuais de caixa). b) Tratamento dos investimentos de curto prazo de altíssima liquidez, os chamados equivalentes –caixa. c) Método direto ou indireto para apurar o Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais. d) Classificação de certas movimentações (juros e dividendos, pagos e recebidos, liquidação das compras e vendas a prazo) pelos três grupos de atividades. e) Tratamento das entradas e saídas de caixa das transações de desconto de duplicatas. 3.4.0.1 Descrições da Classificação das Atividades do Fluxo de Caixa em Atividades Operacionais, Atividades de Investimentos e Atividades de Financiamentos Como determina a FASB, mencionado no item 3.5, no Fluxo de Caixa, todas as entradas e saídas de caixa devem ser agrupadas em três conjuntos tais como: Atividades Operacionais, Atividades de Investimentos e Atividades de Financiamentos. 39 De acordo com Teles (1997), Padoveze (1997), Marion (1997) e Silbiger (1997), as atividades operacionais incluem todas as que envolvem a produção e venda de produtos e a prestação de serviços; basicamente constam as atividades das operações normais da empresa que contribuem para a formação do resultado operacional do exercício. Os resultados derivados de baixa de ativo permanente não aparecerão aqui, pois serão consideradas dentro das atividades de investimento. Quando avaliados por diversos anos, o Fluxo de Caixa Operacional indica, em extensão, que atividades operacionais têm gerado mais caixa do que se tem usado. Fluxos de entrada de caixa das atividades operacionais: a) Venda de mercadorias ou serviços. b) Recebimentos de juros de empréstimos feitos a terceiros e dividendos. c) Todas as transações não definidas como investimento ou financiamento, incluindo valores recebidos das decisões judiciais ou legais, valores referentes a seguros não pertinentes diretamente às atividades de investimento ou financiamento e devolução de pagamentos ou adiantamentos feitos a fornecedores. Fluxos de saída de caixa das atividades operacionais: a) Aquisição de materiais para produção ou para vendas. b) Salários e encargos sociais dos empregados. c) Juros sobre empréstimos. d) Impostos, multas e outras despesas legais. e) Materiais e serviços gerais. f) Todas e quaisquer transações não definidas como atividade de investimento ou financiamento, incluindo pagamentos relativos a causas judiciais, donativos, e devolução de pagamentos a clientes. Nas atividades de investimento são classificados todos os valores de caixa representativos de desembolsos por compra de Ativos Imobilizados, não-circulantes, particularmente bens imóveis, instalações fabris e equipamentos. Usualmente representa a maior destinação de dinheiro das empresas, também de investimentos em outras empresas, recursos obtidos pelas vendas de ativos imobilizados e de investimentos societários. É importante notar que os desembolsos por empréstimos feitos a terceiros são atividades consideradas como investimento. Consequentemente, os recebimentos dos valores do principal emprestado também são considerados dentro desse 40 agrupamento. Já os rendimentos financeiros obtidos a partir desses investimentos permanecem dentro do grupo de atividades operacionais. Também ficam como atividades operacionais os dividendos e outros rendimentos derivados de investimentos societários. Fluxos de entrada de caixa das atividades de investimento: a) Venda de ativos imobilizados. b) Venda de uma unidade de negócio, como uma subsidiária ou divisão. c) Cobrança do principal relativo a empréstimos feitos a outras entidades. d) Venda por transferência, de debêntures de outras entidades. Fluxos de saídas de caixa das atividades de investimento: a) Aquisição de ativos imobilizados. b) Aquisição de novos negócios ou empresas c) Aquisição de debêntures e investimentos financeiros a longo prazo. d) Aquisição de ações de outras empresas. e) Compra por transferência, de debêntures de outras entidades. Nas atividades de financiamento se colocam os valores relativos à obtenção de recursos para a empresa, quer de terceiros, quer dos próprios sócios. Ficam aqui, então, os empréstimos tomados quer a curto quer a longo prazos. Recebimentos por emissão de debêntures também permanecem aqui juntamente com a obtenção de caixa por emissão de ações ou por vendas de ações em tesouraria. Pagamento do principal tomado emprestado de terceiros são saídas de caixa dessas atividades de financiamentos ( os encargos financeiros ficam nas atividades operacionais). Deve-se notar neste agrupamento o valor dos dividendos pagos pela empresa a seus sócios. São considerados como parte das atividades de financiamento. Convém relembrar que os juros pagos a terceiros ficam como atividades operacionais. Fluxos de entrada de caixa das atividades de financiamento: a) Emissão de ações. b) Subscrição de debêntures, hipotecas e empréstimos de curto e longo prazos. 43 As informações contidas na Demonstração de Fluxo de Caixa têm importância singular para administradores internos, credores, analistas, investidores e outros usuários, pois a Demonstração de Fluxo de Caixa quando usada em conjunção com a informação disponível em outras demonstrações financeiras e evidenciações relacionadas, é de muita relevância para: a) Avaliar a capacidade das empresas em gerar fluxos de caixa líquido futuro positivos. b) Avaliar a capacidade das empresas em liquidar suas obrigações, pagar dividendos e satisfazer suas necessidades de financiamentos externos. c) Avaliar as razões das diferenças entre o lucro líquido e o caixa associado aos recebimentos e pagamentos. d) Avaliar os efeitos sobre a posição financeira das empresas de ambas as transações, de investimento e financiamento, caixa e não-caixa. Teles (1997), revela que tipo de informação da Demonstração de Fluxo de Caixa é relevante para administradores, credores, emprestadores e acionistas: Informação relevante para administradores financeiros internos: no intuito de preservar a sua continuidade operacional, a empresa precisa dos fluxos de caixa necessários para honrar suas obrigações, adquirir e financiar os ativos circulantes e fixos. Os salários dos empregados, os fornecedores, os dividendos a acionistas, etc. são pagos com caixa. E, normalmente, os problemas de insolvência ou falta de liquidez ocorrem por falta de uma administração adequada do Fluxo de Caixa. Informação relevante para credores e emprestadores em geral: a Demonstração de Fluxo de Caixa revela a composição dos fluxos de caixa, na medida em que deixa bem nítido de onde provêm os recursos necessários para a continuidade da empresa: quanto dos recursos é proveniente das atividades operacionais, de atividades de investimento e atividades de financiamento. Deixa evidenciada a capacidade de pagamento da empresa e serve de base para projeção de fluxos de caixa futuros. Informação relevante para investidores (acionistas): a Demonstração de Fluxo de Caixa revela qual a capacidade de expansão da empresa utilizando-se de recursos próprios (gerados pelas operações), ou seja, qual o papel cumprido pelo autofinanciamento. Revela se a empresa tem capacidade de distribuição de lucros e/ou se a política de distribuição não compromete sua saúde financeira. Os investidores, amparados pela Demonstração de Fluxo de Caixa presente em conjunção com outras 44 informações (investimento em tecnologia, novos negócios, novos produtos, mercado potencial em expansão, demonstrações contábeis e outras evidenciações), têm condições de inferir sobre o Fluxo de Caixa Futuro, pois a capacidade de gerar caixa futuro é uma das abordagens para se chegar ao valor de mercado de uma empresa e também um dos principais objetivos deste trabalho. 3.5.1 Propósito da Demonstração do Fluxo de Caixa O propósito primário da Demonstração de Fluxo de Caixa é prover informação sobre os recebimentos e pagamentos de caixa de uma entidade, durante um período. Um objetivo secundário é prover informação aproximada das atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento da entidade durante o período. Como uma empresa pode financiar $20 bilhões para recapitalização? Quanto do programa de expansão de uma empresa foi financiado através do fluxo de caixa líquido de atividades operacionais? Quanto pode obter emprestado? Essas perguntas são feitas freqüentemente por investidores, credores e a administração interna que estão interessados nas operações financeiras de um empreendimento empresarial. Um exame do Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, porém, freqüentemente não prevê respostas prontas para perguntas deste tipo. Isso porque são requeridas das companhias preparar uma quarta demonstração financeira primária, a Demonstração de Fluxos de Caixa. 3.5.2 Preparação da Demonstração de Fluxo de Caixa Ao contrário das outras demonstrações financeiras citadas acima, a Demonstração de Fluxo de Caixa não é preparada somente por ajustes do Balanço Patrimonial. A informação para normalmente preparar esta demonstração vem de fontes como o Balanço comparativo onde consta a quantidade de mudanças desde o princípio dos recursos, obrigações, e ações ordinárias para o fim do período e dos dados da Demonstração do Resultado do Exercício que ajudam o leitor a determinar a quantia de caixa provida ou usadas através de operações durante o período. Os dados de transação selecionados do livro razão geram a informação detalhada adicional necessária para determinar como o caixa foi gerado ou foi utilizado durante o período. Para preparar a Demonstração de Fluxos de Caixa com as fontes de dados mencionados acima envolvem-se três passos principais, de acordo com Kieso (1992): 45 1. Determinar a mudança no caixa: este procedimento é direto porque a diferença entre o início e o fim do caixa no balanço pode ser computado facilmente no exame dos balanços comparativos. 2. Determinar o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais: este procedimento é complexo, não só envolve análise da demonstração do resultado do exercício do ano atual, os balanços comparativos, como também selecionar as transações do período. 3. Determinar fluxos de caixa das atividades de investimento e financiamento: todas as outras mudanças nas contas do balanço devem ser analisadas para determinar o efeito no caixa. 3.5.3 Utilidade da Demonstração de Fluxo de Caixa Segundo Silbiger (1997), a demonstração do Fluxo de Caixa é uma ferramenta gerencial para auxiliar a evitar problemas de liquidez, evidenciar a relação entre lucro e Fluxo de Caixa, como serão pagas as dívidas, como será usado o caixa gerado, como as políticas financeiras adotadas pela administração estão refletidas no Fluxo de Caixa, enfim para planejar e administrar as fontes e necessidades de caixa. A informação em uma Demonstração de Fluxo de Caixa segundo Weygandt (1995), deverá auxiliar os investidores, credores, e outros a avaliarem vários aspectos da posição financeira da empresa, principalmente sua capacidade de gerar fluxos de caixa futuros. Um objetivo primário do informe financeiro é prover informações que tornam possível predizer as quantias e projetar a incerteza de fluxos de caixa futuros. Examinando relações entre tais itens como vendas e caixa líquido provenientes de atividades operacionais, ou caixa provido por operações de aumentos ou diminuições de caixa, investidores e outros podem fazer previsões das quantias e podem projetar e provisionar fluxos de caixa futuros para melhorar a base de dados . As informações contidas na Demonstração do Fluxo de Caixa também identificam a capacidade da empresa de pagar dividendos e cumprir com suas obrigações. Simplesmente, se uma companhia não tem caixa adequado, não podem ser pagos os empregados, dívidas, dividendos, ou equipamentos adquiridos. Uma Demonstração de Fluxo de Caixa indica como o caixa é usado e suas fontes. Empregados, credores, acionistas, e clientes devem ter particularmente interesse nesta demonstração, porque somente ela demonstra o fluxo de dinheiro de um negócio. 48 Uma adequada administração dos Fluxos de Caixa pressupõe a obtenção de resultados positivos para a empresa, devendo ser focalizada como um segmento lucrativo para seus negócios. A melhor capacidade de geração de recursos de caixa promove, entre outros benefícios à empresa, menor necessidade de financiamento dos investimentos em giro, reduzindo seus custos financeiros. Dessa forma, o objetivo fundamental para o gerenciamento dos Fluxos de Caixa é atribuir maior rapidez às entradas de caixa em relação aos desembolsos ou, da mesma forma, otimizar a compatibilização entre a posição financeira da empresa e suas obrigações correntes. As principais áreas que podem contribuir para o melhor desempenho do Fluxo de Caixa, acelerando os ingressos ou retardando os desembolsos, inserem-se basicamente nas fases do ciclo operacional. É sabido que a extensão do ciclo operacional pelo fator determinante das necessidades de recursos do ativo circulante, é administrado através de : a) Negociações com fornecedores e outros credores visando alongar os prazos de pagamento. b) Medidas mais eficientes de valores a receber, sem prejuízos de vendas futuras, objetivando reduzir o volume de clientes em atraso e inadimplentes. c) Decisões tomadas na área, com intuito de diminuir os estoques e incrementar seu giro. d) Concessões de descontos financeiros, sempre que economicamente justificados, na expectativa de redução dos prazos de recebimentos das vendas, etc. Os sistemas de cobrança, por sua vez, devem ser avaliados com base em sua facilidade de pagamento e rapidez de emissão e entrega das faturas/duplicatas aos clientes. A agilidade do sistema revela-se mais indispensável ainda no caso de os clientes que pagam somente em determinado(s) dia(s) do mês, ou que apresentam um processo lento de pagamento. De maneira mais ampla, o Fluxo de Caixa é um processo pelo qual uma empresa gera e aplica seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades desenvolvidas. Neste enfoque, ainda, o Fluxo de Caixa focaliza a empresa como um 49 todo, tratando-se das mais diversas entradas e saídas (movimentações financeiras) de caixa refletidas por seus negócios. O comportamento genérico do fluxo de caixa está ilustrado na figura abaixo: Figura 04: Diagrama Geral do Fluxo de Caixa Fonte: Adaptado de Assaf Neto e Silva (1995). No esquema apresentado na Figura 04 podem ser visualizados como os recursos monetários se movimentam em função das diversas atividades operacionais, financeiras e legais executadas pela empresa, envolvendo a administração do capital de giro e as decisões financeiras de longo prazo. O fluxo representado ilustra os movimentos dos fluxos operacionais (compra/vendas de ativos, depreciação, recebimentos de vendas, despesas e custos de produção etc.),e financeiros e legais (pagamentos de empréstimos e financiamentos, integralização de capital social, distribuição de dividendos, recolhimento de tributos, etc.), verificados nos períodos. O conhecimento dessas transações é fundamental para a determinação e análise das mutações ocorridas tanto nos fluxos de capital circulante líquido como nos de caixa da empresa em determinado intervalo de tempo. Por outro lado, o entendimento do Fluxo de Caixa pode dar-se também dentro de um sentido mais restrito, definido por Fluxo de Caixa proveniente das operações. Este fluxo é formado de maneira progressiva, determinado como um resultado monetário, no sentido de realização de caixa, provenientes das operações realizadas pela Duplicatas a Rec. Estoques Fornecedor Vendas a Prazo Caixa (Lucro Líquido + Despesas - Receitas que não envolvem Recursos). Ativo Permanente Depreciação Compras Mão-de-obraVendas à Vista Empréstimos Correntes Outras Dívidas: Impostos, Taxas, Contrib. Empréstimos/Financiamentos de LP Proprietários Arrendamento Administração Financeira a LP Administração de Capital de Giro Pagamentos Captação Pagamento Pagamento Captação Pagamento Integralização Dividendos Contraprestações
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