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Apostila LATEX, Notas de estudo de Engenharia Elétrica

Pequena apostila sobre linguagem latex

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 08/12/2007

mayk-coelho-1
mayk-coelho-1 🇧🇷

4.5

(11)

28 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Apostila LATEX e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Elétrica, somente na Docsity! APOSTILA DE LATEX Programa Especial de Treinamento Telecomunicações PETTELE ))) Universidade Federal Fluminense Niterói-RJ 2004 Prefácio Tendo em vista as diretrizes do MEC em Pesquisa, Ensino e Extensão, o Programa Especial de Treinamento do curso de Engenharia de Telecomunicações da Universidade Federal Fluminense (UFF) desenvolveu um projeto de elaboração de apostilas, com o intuito de auxiliar os alunos do curso no aprendizado de temas importantes a sua formação, mas ausentes em quaisquer ementas de disciplinas; E, além disso, servir de material didático para o cursos de capacitação que são dados pelos alunos do programa para os corpos dicente e docente da graduação. Abaixo segue a lista de apostilas preparadas neste projeto: HTML Linguagem de programação para hipertextos, principalmente empregada na con- strução de páginas da Internet (webpages). LaTeX Sistema de edição de texto largamente utilizado em meios acadêmicos e científicos, bem como por algumas editoras nacionais e internacionais. LINUX Introdução ao sistema operacional LINUX. Linguagem C : Linguagem de programação amplamente utilizada em problemas de engen- haria e computação. MATLAB Ambiente de simulação matemática, utilizado em diversas áreas profissionais. SPICE Ambiente de simulação de circuitos elétricos (analógicos e digitais), utilizado em projeto de circuitos discretos e integrados. Esta apostila destina-se a introduzir o usuário ao editor de texto LaTeX, explicando como elaborar um documento com os comandos básicos do LaTeX, e não como instalar o programa LaTeX. Os comandos tratados nesta apostila permitem ao usuário elaborar um bom documento, porém esta apostisla não pretende abordar a todos comandos existentes devido as diferentes áreas onde o LaTeX pode ser usado e a quantidade de funções que são criados a todo mo- mento (veja secção2.1.1). Para maiores informações e um estudo mais aprofundado ao LaTeX consulte as referências bibliográficas no fim do documento. Este documento é de distribuição gratuita, sendo proibida a venda de parte ou da integra do documento. i Capítulo 1 O que é o LATEX? Antes de saber o que é o LaTeX é preciso conhecer o TEX. O TEX é um programa criado por Donald Knuth na década de 70 com a finalidade de aumentar a qualidade de impressão com base nas impressoras da época e é utilizado para processar textos e fórmulas matemáticas. LaTeX é um programa que reúne comandos que utilizam o TEX como base de processa- mento e foi criado por Leslie Lamport na década de 80 com o objetivo de facilitar o uso do TEX através de comandos para diferentes funções. É um editor de textos especialmente voltado para a área matemática contendo comandos para montar as mais diversas fórmulas. Gera textos de alta qualidade tipográfica (espaçamento entre palavras, combinação de letras etc...). Além de ser muito bom para fazer textos grandes como livros. O LaTeX é um processador baseado no estilo lógico. Os programas de processamento de texto podem ser divididos em duas categorias: Estilo visual Nestes processadores de texto, existe um menu na tela apresentando os recur- sos que podem ser usados, sendo selecionados através do mouse. E o texto que você digita aparece na tela da mesma forma que vai ser impresso. Isso é conhecido como WHAT-YOU-SEE-IS-WHAT-YOU-GET (WYSIWYG). Ex: Word. Estilo lógico Nesta categoria o processamento é feito em duas etapas distintas. • O texto a ser impresso e os comandos de formatação são escritos em um arquivo fonte com o uso de um editor, (isso não impede que também haja um menu na tela onde os comandos podem ser selecionados, isto é apenas um adicional oferecidos por fabricantes para facilitar a digitação). • Em seguida este arquivo é compilado e gera uma arquivo de saída que pode ser visualizado. Ex: HTML. Os comandos LaTeX foram criados com base em diversos estudos sobre diagramação. Isto foi importante para fazer com que o LaTeX entenda o que o autor deseja fazer, por exemplo, como diferenciar um texto matemático de uma citação de fala. Segundo os estudos, existem formas que permitem tornar o texto muito mais claro. O tamanho deve ter um limite ideal para facilitar a leitura assim com o da fonte, o espaçamento das linhas, letras e palavras também têm uma medida ideal. Geralmente, quando o autor está trabalhando com a um processador visual, ele comete muitos erros por não conseguir conciliar uma boa estética com uma estrura lógica e bem 3 Capítulo 1. O que é o LATEX? compreensível. Utilizando o LaTeX, que é um processador lógico, o autor se preocupará mais com o conteúdo. Dessa forma, seu texto não terá apenas uma boa estética e estrutura coerente, mas também com um bom conteúdo. Além disso, com a troca de apenas um comando, algo pode ser mudado futuramente com facilidade, o que deixa o documento muito mais flexível. Vamos ver o que acontece tecnicamente: O autor escreve seu documento usando os comandos do LaTeX. O LaTeX entende o que o autor quis dizer e transforma os comandos digitados em uma linguagem inteligível pelo TEX, ou seja, o texto escrito em linguagem LaTeX é processado por um compilador seguindo as regras dessa linguagem. Isto é, transforma um arquivo *.tex (que possui o código tex) em um arquivo *.dvi (device independent). Este último é o documento pronto para ser visualizado. Claro que não se pode esquecer que seu computador deve ter a biblioteca do LaTeX para fazer isso. Alguns dos sistemas TEX, atuais, disponíveis no mercado são: fptex, pctex, miktex (Windows) e tetex (Linux, embora provavelmente já o tenha instalado). Esse arquivos *.dvi podem ser lidos independentemente da versão do editor usado, logo pode ser lido em qualquer sistema, contanto que ele tenha um programa específico para lê-lo. Outra vantagem do LaTeX é sua estabilidade, ou seja, a probabilidade de se encontrar um bug nele e mínima e justamente por ser free software seu sistema é aberto, o que permite que qualquer um corrija possíveis bugs ou que possa adaptá-lo às suas necesidades. A cada momento surgem novos pacotes com funções criadas por usuários espalhados por todo o mundo. Universidade Federal Fluminense 4 PETTELE))) Capítulo 2 Documento 2.1 Estrutura A linguagem LaTeX funciona a base de comandos que são iniciados com \ que é um marcador ( tags, de Tag languages). Os comandos são escritos nas formas \comando ou \begin{comando}...\end{comando}. Quando vem escrito nesta última forma, ele é chamado de ambiente. O texto de cada tipo de documento começa com \begin{document} e termina com \end{document}. Tudo o que vem antes disso é consid- erado o preâmbulo e tudo o que vem depois de \end{document} é ignorado. É no preâmbulo que são colocadas todas as imformações referentes às principais caracterís- ticas que terá seu documento. Começa com \documentstyle{estilo} no caso do LATEX2.09 e com \documentclass{estilo} no caso do LATEX2ε segunda edição. No lugar de estilo é colocado o nome de um dos estilos pré-definidos, como: article Textos pequenos; report Relatórios; book Livros, apostilas; letters Cartas. Obs: Os estilos não são apenas estes. Geralmente congressos, universidades e outros meios disponibilizam outros estilos de formatação para apresentação de trabalhos. Isso mostra uma das vantagens do LaTeX, que é a flexibilidade para se criar novas formatações que atendem a diferentes nescessidades. Podendo, também, ser selecionadas algumas opcões dentro do estilo escolhido, como: • Tamanho: Padrão da letra: 11pt ou 12pt(pontos), o último é usado com mais fre- quência; • twoside: Que imprime em ambos os lados da página; • oneside: Imprime em um só lado da página; • twocolumn: Produz o texto disposto em duas colunas na página; 5 Capítulo 2. Documento 2.2. Texto • \~{e} – ẽ • \"{q} – q̈ Outros tipos de acentos estão no apêndice C. 2.2.2 Sentenças e Parágrafos Estamos acostumados a visualizar o espaçamento entre palavras de acordo com o número de vezes em que apertamos a tecla de espaçamento. Já no LaTeX, isso não importa dado que sempre será contado apenas um independentemente da quantidade de espaços inseridos. O primeiro parágrafo será iniciado sem indentação, como pode ser observado logo acima. O comando \indent adiciona uma largura igual ao tamanho da indentação do paragrafo normal e o comando \noindent retira a indentação do local onde ela deveria aparecer. Estes comando funciona somente para alguns estilos. Para ser fazer o próximo parágrafo basta pular uma linha ou utilizar o comando \par no lugar em que será iniciado o novo parágrafo. Para passar para a linha abaixo da qual se está digitando coloque \\ e a linha será quebrada neste ponto. Ex: observe que esta linha está\\ quebrada após o\\ uso das duas barras. observe que esta linha está quebrada após o uso das duas barras. Usando o comando \linebreak a linha é quebrada e a parte anterior ao comando fica justificada. Ex: Esta linha está \linebreak justificada. Esta linha está justificada. Quando é usado o comando \newpage o texto passa para a próxima página. O comando \pagebreak[num] força a quebra da página, onde o argumento opcional [num] é um valor inteiro de 1 a 4 que definem a prioridade do funcionamento do comando, onde 4 é o maior valor. O comando \nopagebreak[num] faz o inverso de pagebreak, ou seja, impede a página de ser quebrada no local onde o comando foi colocado. Obs: Os comandos \\* e \\[medida] tem a mesma função do comando \\. A diferença está no fato de que \\* impede que o texto mude de página na quebra daquela linha e que \\[medida] quebra a linha,porém acrescentando o espaço que está determinado entre colchetes. Veja as unidades de medida na secção 6.3 2.2.3 Alinhamento Usando o ambiente center o texto poderá ser centralizado. Com o ambiente flushleft o texto é alinhado a esquerda. E com o ambiente flushright o texto é alinhado a direita. Universidade Federal Fluminense 8 PETTELE))) Capítulo 2. Documento 2.2. Texto \begin{center} texto \end{center} texto \begin{flushleft} texto \end{flushleft} texto \begin{flushright} texto \end{flushright} texto Obs: As linhas são apenas para facilitar a visualisação. 2.2.4 Símbolos especiais O LATEX possui 10 caracteres especiais com os quais são digitados comandos: ~,^,\ ,#, $, %, & , _ , { , } Para que alguns desses apareçam no texto, ponha \ na frente. Veja a tabela de símbolos no apêndice. 2.2.5 Traços (-) Podem ser feitos três diferentes tamanhos de traços se digitados uma, duas ou três vezes ( - ) Ex: - com - – com -- — com --- 2.2.6 Estilos de letras e Tamanhos As palavas podem ser colocadas em: \textbf{negrito} negrito \textsf{sans serif} sans serif \textsl{slanted} slanted \textsc{small caps} small caps \texttt{letra de máquina} letra de máquina \textrm{romano} romano Os comandos \bf, \it, \sf, etc..., também podem ser usados e fazem parte do LATEX2.09. O texto inteiro também pode ter o tipo de letra diferente do romano, que é o padrão. Basta usar os comandos: • \sffamily - Para colocar o texto no tipo sans serif • \ttfamily - Para colocar o texto no tipo letra de máquina • \rmfamily - Para colocar o texto no romano Universidade Federal Fluminense 9 PETTELE))) Capítulo 2. Documento 2.2. Texto A partir do ponto onde estes comandos forem colocados é que será mudado o estilo da letra. Obs: É possível que seu sistema possua outras fontes, basta consultar os pacotes que estão instalados em seu computador. E os tamanhos podem ser: {\tiny{tamanho}} → tamanho {\scriptsize{tamanho}} → tamanho {\footnotesize{tamanho}} → tamanho {\small{tamanho}} → tamanho {\normalsize{tamanho}} → tamanho {\large{tamanho}} → tamanho {\Large{tamanho}} → tamanho {\LARGE{tamanho}} → tamanho {\huge{tamanho}} → tamanho {\Huge{tamanho}} → tamanho Usando os comandos para fazer ambientes pode-se mudar o tamanho e a forma das palavras em vários paragráfos. Ex:\begin{huge}...\end{huge}. 2.2.7 Prevenindo a quebra de palavras Pode acontecer quebra de alguma palavra na troca de linha ou página de forma errada, pois o LaTeX não utiliza a regra de hifenização das palavras em português. Para evitar isso use \mbox{palavra} Há também outra maneira: colocar no preâmbulo o comando \hyphenation{pa-la-vra} com a palavra dividida em sílabas da forma correta. Mas é recomendável que só se faça este tipo de coisa quando tiver sido terminado o texto, pois conforme o texto vai sendo digitado a disposição deste na tela pode mudar. 2.2.8 Notas As notas de pé de página são produzidas com o comando \footnote{texto} Ex: Esta frase tem uma nota no fim da página 1. Há também uma maneira de colocar as notas na margem da página. Basta colocar o comando \marginpar{texto}. A nota ficará na altura da linha de texto em que foi colocada. Ex: Esta senteça tem uma nota\marginpar{esta ...página} na margem. esta é a nota na margem da página 2.2.9 Fórmulas Nos textos podem ser inseridas fórmulas com os seguintes comandos: • \(fórmula\) • $fórmula$ 1esta é a nota do pé da página Universidade Federal Fluminense 10 PETTELE))) Capítulo 2. Documento 2.2. Texto São permitidos colocar alguns símbolos para fazer um marcador personalizado no item, como: ♥ , ♦ , ♠ , ] , § , † .Eles são colocados assim: \item[comando do simbolo] texto. Veja como fazer estes símbolos no apêndice B. \begin{itemize} \item[$\clubsuit$]item com marca- dor personalizado. \end{itemize} ♣ item com marcador personalizado. • Listas numeradas usa-se: \begin{enumerate} \item primeiro item \item segundo item \item terceiro item \end{enumerate} 1. primeiro item 2. segundo item 3. terceiro item • Para listas com descrição é usado: \begin{description} \item[item] descrição deste \item[item] descrição deste \end{description} item descrição deste item descrição deste 2.2.16 Versos Para fazer a construção de um verso basta usar o ambiente: \begin{verse} verso \end{verse} Ex: Esta é a parte de uma poesia de Gonçalves Dias. \begin{verse}\index{verse} ... \\ Nosso céu tem mais estrelas\\ Nossas várzeas têm mais flores\\ Nossos bosques têm mais vida\\ Nossa vida mais amores\\ ... \end{verse} ... Nosso céu tem mais es- trelas Nossas várzeas têm mais flores Nossos bosques têm mais vida Nossa vida mais amores ... Note que deve ser usado \\ para pular linhas. Note também a forma como acontece a quebra da frase que não cabe na mesma linha. Universidade Federal Fluminense 13 PETTELE))) Capítulo 2. Documento 2.2. Texto 2.2.17 Símbolos Alguns símbolos e caracteres de língua estrangeira podem ser gerados com o LaTeX. Ex: \c{o} = o̧ \S = § \copyright = c© Veja mais símbolos nos apêndices. 2.2.18 Textos pré-formatados O LaTeX também permite que seja digitado algo da mesma forma que deverá apareçer na tela ou trechos de texto que possuem muitos caracteres. Isso é feito com o ambiente verbatim. Dentro desse ambiente pode ser digitado qualquer coisa, até mesmo os espaços são colocados da mesma forma. Isto é muito útil na hora de digitar textos na forma de uma linguagem de programação por possuir muitos caracteres, que também são usados para fazer comando em LaTeX. Usando o ambiente, seu texto ficará evidenciado em uma linha a parte, mas para que ele continue na mesma linha em que está sendo digitado, use o comando \verb= seu texto = , onde este sinal de igual pode ser substituido por qualquer coisa desde de que não seja espaço, asterisco ou letras. Ex: texto \verb+{|@#$%+ texto, você verá: texto {|@#$% texto. Se for usado verbatim ou \verb seguido de um asterisco, em vez dos espaços em branco será colocado o símbolo: ␣. Ex: \verb*=a b c d= a␣b␣c␣d É importante lembrar que dentro do ambiente verbatim o comando que você colocar não será considerado. Universidade Federal Fluminense 14 PETTELE))) Capítulo 3 O ambiente matemático 3.1 Onde fica a fórmula ? As fórmulas matemáticas podem ser digitadas tanto no meio de um texto ou em destaque: • No meio do texto: Segundo a equação: $a^{2}= b^{2}+c^{2}$ concluímos que... Segundo a equação: a2 = b2 + c2 concluí- mos que... Tem que ser usado $...$ para que a equação apareça no meio do texto. Além disso, podem ser usados: \( fórmula \) ou \begin{math} fórmula \end{math} • Em destaque: Segundo a equação: \begin{equation} a^{2}= b^{2}+c^{2} \end{equation} podemos concluir que... Segundo a equação: a2 = b2 + c2 (3.1) podemos concluir que... Outra maneira para fazer a equação apareçer em destaque é usando os ambiente: \[ fórmula \] ou \begin{displaymath} fórmula \end{displaymath} Neste modo a equação é numerada automaticamente de acordo com a secção. para que isso não aconteça use o comando \nonumber dentro do ambiente. 15 Capítulo 3. O ambiente matemático 3.2. Construindo fórmulas \begin{equation} \int_{-L}^{L} sen \frac{m \pi x}{2}\,sen \frac{n \pi x}{2}\,dx = \left \{ \begin{array}{cc} 0, & m \neq n \\ 1, & m = n \\ \end{array} \right. \end{equation} ∫ L −L sen mπx 2 sen nπx 2 dx = { 0, m 6= n 1, m = n (3.3) Através dos seguintes comandos opcionais: t A linha do topo do array se mantém na mesma altura da linha do texto anterior e posterior. b A linha debaixo do array se mantém na mesma altura da linha do texto anterior e posterior. Vamos ver um exemplo para que fique mais claro. Deve ser lembrado que estes são comandos opcionais, logo devem ser colocados entre colchetes. Ex 3: \[ x - \begin{array}[t]{c} a\\ b \end{array} - \begin{array}[b]{c} x\\ y \end{array} \] x− a b − x y 3.2.7 Delimitadores São símbolos que limitam a expressão como parentêses, chaves e colchetes. É usado \left para a limitar parte esquerda e \right para a parte direita. Fazendo a combinação destes símbolos com o ambiente array podem ser construídas as matrizes. Ex: \[ \left( \begin{array}{c} x\\ y \end{array} \right) \] ( x y ) Universidade Federal Fluminense 18 PETTELE))) Capítulo 3. O ambiente matemático 3.2. Construindo fórmulas Ex: \begin{equation} \frac{d}{dt}\left ( \begin{array}{c} u \\ v \end{array} \right) = \left ( \begin{array}{cc} -1 & -2 \\ 0 & -1 \\ \end{array} \right ) \left ( \begin{array}{c} u \\ v \end{array} \right) \end{equation} d dt ( u v ) = ( −1 −2 0 −1 )( u v ) (3.4) No lugar de ( , ) ,no exemplo acima, poderiamos ter colocado: { , } [ , ] , |. Quando um ponto ( . ) for usado ápós left ou right não aparecerá delimitador, observe o uso disto na equação 3.3 3.2.8 Fórmulas em várias linhas É uma combinação do ambiente array com o ambiente matemático de equação, chamado de equanarray . Também são usados & e \\ com a opção de usar \nonumber para não numerar as fórmulas e de deixar de usar os argumentos c,l,r. Ex 1: \begin{eqnarray} x & = & m + n + p \\ y & = & z + w + u \nonumber \\ x & & p + n \end{eqnarray} x = m + n + p (3.5) y = z + w + u x p + n (3.6) Repare no espaço em branco na última linha entre os & e o resultado disso. E também no uso de \nonumber. Para que nenhuma equação seja numerada é só usar o ambiente {eqnarray*}. Ex 2: \begin{eqnarray*} \int_{-L}^{L} f(x)\,dx &=& a_{0} \int_{-L}^{L}dx + \sum_{m=1}^{\infty} a_{m} \int_{-L}^{L} cos \frac{m \pi x}{2}\, dx \\ &+& \sum_{m=1}^{\infty} b_{m} \int_{-L}^{L} sen \frac{m \pi x}{2}\, dx \end{eqnarray*} Universidade Federal Fluminense 19 PETTELE))) Capítulo 3. O ambiente matemático 3.2. Construindo fórmulas ∫ L −L f(x) dx = a0 ∫ L −L dx + ∞∑ m=1 am ∫ L −L cos mπx 2 dx + ∞∑ m=1 bm ∫ L −L sen mπx 2 dx Como visto anteriormente, cada equação recebe uma diferente referência. Porém, se o usuário desejar usar a mesma referência para todas as equações é só utilizar o pacote chamado subeqnarray. No preâmbulo deve ser colocado: \usepackage{subeqnarray} E lugar do ambiente eqnarray use subeqnarray. Ex: \begin{subeqnarray}\label{eq:sub} \slabel{sub1} a^2& =& b^2 + c^2\\ \slabel{sub2} a &=& b - 5 \end{subeqnarray} Faz: a2 = b2 + c2 (3.7a) a = b− 5 (3.7b) A primeira equação possui o número (\ref{sub1}) 3.7a, a segunda (\ref{sub2}) 3.7b. Já se quisermos nos referir ao conjunto de equações é só usar (\ref{eq:sub}) 3.7. 3.2.9 Linhas Com o comando \overline{fórmula} é criada uma linha acima de uma fórmula e com \underline{fórmula} um linha abaixo da fórmula. Também podem ser feitas outros tipos diferentes de linhas usando: \overbrace{xyz} → ︷︸︸︷xyz \underbrace{xyz}→ xyz︸︷︷︸ \widetilde{xyz}→ x̃yz \widehat{xyz}→ x̂yz \overleftarrow{xyz}→←−−xyz \overrightarrow{xyz}→ −−→xyz \overline{xyz}→ xyz Há também a possibilidade de se colocar sobre e sobescritos fazendo: \overbrace{xyz}^{a} → a︷︸︸︷ xyz Universidade Federal Fluminense 20 PETTELE))) Capítulo 3. O ambiente matemático 3.2. Construindo fórmulas Este precisa do pacote amsfonts. Para isso basta colocar este comando \usepackage{amsfonts} no preâmbulo. Universidade Federal Fluminense 23 PETTELE))) Capítulo 4 Tabelas Os ambientes tabbing e tabular são os que permitem alinhar o texto em colunas, mas há algumas diferenças entre eles: • O ambiente tabbing pode ser usado somente no modo de texto; e Tabular pode ser usado em qualquer modo (matemático, texto ...). • O TEX inicia uma nova página no meio do tabbing mas não no meio do tabular. • O TEX determina automaticamente a altura e largura da tabela, enquanto no tabbing isso é decretado pelo usuário. 4.1 Tabbing Neste ambiente você alinha as colunas através de marcações inserindo \= para indicá-las. Na linha de baixo, põe-se \> para indicar que está relacionada com a primeira coluna. Já para relacionar com segunda a coluna, põe-se \> duas vezes, ou seja, a linha comecará a partir do segundo marcador \=. Ex: isto é um exemplo, onde começa a próxima palavra na última linha ? \begin{tabbing} isto é \= um exemplo, \\ \> onde começa \= a próxima \\ \> \> palavra \\ na última linha ? \end{tabbing} Note o uso do \> É importante lembrar que o TEX considera um ou mais espaços como um único espaço, portanto vamos ver um exemplo de erro muito comum cometido neste ambiente: \begin{tabbing} coluna \= curta \\ coluna grande \> maior que curta \end{tabbing} coluna curta coluna grandem ior que curta 24 Capítulo 4. Tabelas 4.2. Tabular Pode ser visto que "maior que curta" ficou por cima de "grande". Por que será, já que foi dado espaço suficiente na linha de cima? Recordando: não importa quantos espaços sejam dados, só será considerado um. Uma dica para evitar que isso ocorra é: colocar a palavra que é maior na primeira linha e elimine-a usando \kill. Este comando faz com que a linha seja considerada na compilação, no entanto não apareça na tela. Ex: \begin{tabbing} coluna grande \= maior que curta \kill coluna \> curta \\ coluna grande \> maior que curta \end{tabbing} coluna curta coluna grande maior que curta 4.2 Tabular Este é semelhante ao array só diferindo pelo fato de poder ser usado em qualquer modo, não apenas matemático. Vamos ver um exemplo para entender os comandos. \begin{tabular}{|c|l|rc|} \hline jan & fev & mar & abr \\ \hline mai & jun & jul & ago \\ \cline{1-1} \cline{3-4} set & out & nov & dez \\ \hline \hline \end{tabular} • As letras c, l e r significam centro, esquerda e direita respectivamente (center, left e right). Isto indica a posição do texto em relação a célula. • As barras verticais (|) separando c, l e r são para fazer linhas verticais na tabela. • \hline É para fazer linhas horizontais ao longo da tabela. Repetindo várias vezes os mesmos comandos ( | e \hline) seguidamente formam-se várias linhas. • \cline{coli-colj} Faz linhas horizontais apenas entre as colunas i e j. • & Divide os elementos de cada linha. • \\ Indica o início de uma nova linha na tabela. jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez A largura da coluna pode ser determinada utilizando o comando p{medida}, ele deve ser colocado no lugar das letras c, l ou r Ex: Universidade Federal Fluminense 25 PETTELE))) Capítulo 5 Movendo informações Neste capítulo será visto como trabalhar com informações no documento através de referência cruzada, bibliografia, citação, inclusão de outros arquivos e figuras, sumário, etc... 5.1 Referência cruzada Um dos motivos para as figuras, secções, equações e tabelas serem numeradas é para posterior referência delas no texto. Por exemplo, escrevendo diretamente : "consulte a equação 10" pode ocorrer um problema, pois caso seja acrescentada futuramente outra equação antes dessa seu número não será 10, mas sim 11. Logo, a referência estará errada. Para que não aconteça isso pode-se criar um código para aquela equação com o comando \label{código} e referenciá-la com o comando \ref{código}. Ex: \begin{equation} a^{2}+ b^{2}=c^{2} \label{Eq:pitágoras} \end{equation} Consulte a \ref{Eq:pitágoras} que é a equação de Pitágoras. a2 + b2 = c2 (5.1) Consulte a 5.1 que é a equação de Pitágoras. Conforme for sendo acrescentada mais referências será preciso rodar o LaTeX mais de uma vez para que ele atualize a lista. Também pode ser usado \pagref{...} para referência de páginas. E para referênciar partes do documento como capítulos e secções basta fazer o mesmo que é feito com a equação. Ex: \section{Referência cruzada \label{sec:rc}}. Uma dica para não se perder com a quantidade de códigos diferentes é na hora de colocar referência identificá-la com: eq:(equação), fig:(figura), tab:(tabela), teo:(teorema).... É preciso compilar o LaTeX duas vezes, na primeira ele guarda a informação em um arquivo auxiliar e na segunda ele vai até este arquivo buscar esta informação e colocar no documento. 28 Capítulo 5. Movendo informações 5.2. Dividindo o arquivo 5.2 Dividindo o arquivo Quando o arquivo fica muito grande é importante que ele seja dividido em arquivos menores, para que o tempo de processamento seja menor,e que no final seja reunido novamente. Isso é feito da seguinte forma: \includeonly{lista de arquivos separados por vígula sem .tex no preâmbulo} \include{arquivo sem .tex na ordem desejada dentro do ambiente \textit{document}} Ex: \includeonly{introducao,formatacao,capa} . . . \include{capa} ... %\include{formatacao} ... %\include{introducao} ... Usando \input no lugar de \include, o arquivo é inserido no meio da página onde foi colocado, ao contrário do \include que inicia uma nova página. O LaTeX faz automaticamente o ajuste de numeração na hora em que reúne os arquivos. Obs: Os arquivos que serão inseridos no documento não devem ter os comandos que aparecem no preâmbulo, nem \begin e \end{document}. Outra vantagem de separar os arquivos é que a compilação pode ser feita separadamente para cada parte do documento, para isso basta colocar o símbolo de comentário, %, como feito no exemplo acima, e só será compilado aquela parte que está sem o símbolo. Isto facilita a localização de erros. 5.3 Bibliografia Uma das maneiras de fazer a bibliografia é utilizar o ambiente : thebibliography. E cada referência começa com \bibitem{livro} e o comando \cite{livro} faz as referências no meio do documento. \begin{thebibliography}{n} \bibitem{ref}{Livro} \end{thebibliography} Onde n é o número máximo de itens de referência que terá o documento, ref é o código de referência do livro e livro são os dados do livro. Este ambiente deve ser colocado no final do documento. BibTeX A outra maneira é através do utilitário BibTeX. Ele permite que sejam montados dados bibliográficos para posterior uso em seus documen- tos. Universidade Federal Fluminense 29 PETTELE))) Capítulo 5. Movendo informações 5.3. Bibliografia É usado \cite para citações no meio do texto, mas em vez de digitar a lista diretamente no documento, é usado o comando \bibliography{nome} com o nome dos arquivos que contém o banco de dados. Antes de saber com fazer isso, vamos ver como o LaTeX e o BibTeX interagem. Quando o documento é compilado pelo latex é criado um arquivo com extensão .aux que contém todas as informações de referência cruzada. Quando seu documento tiver os comandos \bibliography e \bibliographystyle, este arquivo *.aux guardará as informações de citações e argumentos deste comando. Em seguida quando o documento é compilado pelo bibtex, todas essas imformações são lidas e é criado um novo arquivo com extensão .bbl contendo os comandos que produziram a lista. A próxima vez em que o documento for compilado pelo latex o comando \bibliography lê o arquivo *.bbl e gera a lista bibliográfica. Como fazer: • Primeiramente deve-se escrever um arquivo (é importante ressaltar que este é um arquivo separado do documento principal) contendo os dados bibliográficos baseado nos tipos pré-definidos pelo LaTeX. Os principais são: article São os artigos de jornais ou revistas. book Um livro. inbook Parte de um livro (capítulo, páginas, etc...). manual Documento técnico. Os principais campos que devem ser preenchidos são: author Autor title Título year Ano publisher Editora address Endereço (cidade, estado...). Consulte a referência [1] para encontrar mais tipos. Tipo@{código de referência, AUTHOR= "nome", TITLE = " Título ", PUBLISHER = "Editora", ADDRESS = "Endereço", . . . YEAR = "Ano" } Geralmente as interfaces gráficas disponíveis para o trabalho com o LaTeX, já dispoli- bilizam opções em uma forma completa, cabendo ao usuário somente o preenchimento dos campos. Consulte o manual do seu editor. Salve este arquivo com extensão .bib na mesma pasta onde está o documento; Universidade Federal Fluminense 30 PETTELE))) Capítulo 5. Movendo informações 5.4. Figuras Figuras .pdf Se o pacote graphicx for usado com o opcional [pdftex ] fica possível inserir figuras no formato *.pdf, neste caso o documento não poderá ser compilado com o latex e sim com o pdflatex. Deve-se conferir se seu sistema oferece este recurso. Ex: \usepackage[pdftex]{graphicx} ... \begin{document} ... \begin{figure}[h] \centering \includegraphics{grafico.pdf}\\ \caption{Gráfico}\label{fig:exem} \end{figure} Compilando com o pdftlatex é gerado diretamente o documento no formato .pdf ao invés de .dvi. Figuras .jpg, .png, .pdf Para inserir figuras neste formato deve-se em primeiro lugar inserir comando dvipdfm como argumento opcional da classe do documento. \documentclass[dvipdfm]{report} Para inserir a figura é necessário transformá-la do formato original (.jpg, .png, .pdf) para o formato .bb (bounding box). Como fazer? Suponha que o nome da arquivo seja grafico.jpg. Para transformá-lo em gráfico.bb basta abrir o Command Prompt e digitar: ebb grafico.jpg Isto transforma o arquivo de .jpg em .bb. Obs: A figura não aparecerá no documento .dvi. É preciso que se transforme-o em .pdf. Para fazer isso, abra o Command Prompt e digite: dvipdfm documento.dvi Supondo que o nome do arquivo seja documento. 5.4.1 Subfiguras Existe um pacote chamado subfigure que permite o ambiente figure possuir mais que uma figura. Antes de qualquer coisa deve-se declarar no preâmbuo o comando: \usepackage{subfigure} Veja o exemplo abaixo para entender o uso do comando. Ex: \begin{figure}[h] \subfigure[Primeira\label{fig:pri}]{\includegraphics{fig1.jpg}} \subfigure[Segunda\label{fig:seg}]{\includegraphics{fig2.jpg}} \center{\subfigure[Terceira\label{fig:ter}]{\includegraphics{fig3.jpg}}} \caption{Conjunto de figuras}\label{fig:conj} \end{figure} Universidade Federal Fluminense 33 PETTELE))) Capítulo 5. Movendo informações 5.5. Sumário (a) Primeira (b) Segunda (c) Terceira Figura 5.2: Conjunto de figuras O título de cada uma das figuras 5.2 \ref{fig:conj} é colocado entre colchetes, assim como seu código de referência. A terceira figura 5.2(c) \ref{fig:ter} esta dentro do comando \center para ficar centralizada. 5.5 Sumário O sumário é feito, facilmente, através de um único comando: \tableofcontents, que deve ser colocado logo após \begin{document}, e o sumário é gerado automaticamente. Ex: ... \begin{document} \tableofcontents .... Caso haja alguma secção, figura ou tabela sem a numeração (por exemplo, quando é colocado o nome da secção com asterisco: \section*. Veja: 2.2.13) é possível que ela apareça no sumário usando o comando \addcontntsline{arquivo}{secção}{nome}, onde arquivo é a extensão da lista que deverá entrar (veja 5.7), secção é o título secção, capítulo e nome é o nome que apareçerá na lista, pode ser o mesmo título. Ex: Universidade Federal Fluminense 34 PETTELE))) Capítulo 5. Movendo informações 5.6. Índice \tableofcontents ... \addcontentsline{toc}{chapter}{Prefácio} Os comandos \listoffigures e \listoftables geram um lista de figuras e lista de tabelas, respectivamente. É preciso compilar o arquivo duas vezes para que seja visualizado o sumário a cada mudança. 5.6 Índice Uma das maneiras de produzir o indice remissivo é utilizando o ambiente theindex onde cada entrada é feita usando \item, a subentrada usando \subitem e a subsubentrada usando \subsubitem. Este ambiente produz o índice em duas colunas. O comando \indexspace faz um espaço vertical entre as entradas. Ex: \item babel 14 \item Color 44 \subitem \verb=\=textcolor 56, 32 \subsubitem color 45 \indexspace \item article 15 Faz babel 14 Color 44 \textcolor 56, 32 color 45 article 15 O índice remissivo também pode ser criado facilmente da seguinte forma: O programa MakeIndex Este é um programa que faz índice em um documento gerado pelo LaTeX. Primeiro coloque no preâmbulo o pacote makeidx e o comando \makeindex. E no local onde deverá aparecer o índice ponha o comando: \printindex. Para marcar os itens que apareceram no índice use o comando: \index{item}, onde item é a palavra que aparecerá no índice (entrada). Isso faz aparecer o item ao lado da página onde ele está localizado. Subentradas também podem ser geradas da seguinte forma: \index{item!item!item}. O ponto de exclamação serve para separar as entradas das suben- tradas. Ex: Universidade Federal Fluminense 35 PETTELE))) Capítulo 6 Estrutura visual Neste capítulo será visto conceitos básicos sobre como modificar a formatação padrão . 6.1 Cabeçalho e Rodapé da página A página é formada por 3 partes: cabeçalho (topo da página), corpo (o texto) e rodapé (parte inferior da página). As características do cabeçalho e do rodapé da página são definidas pelo co- mando \pagestyle, enquanto que a numeração é definida com o comando \pagenumbering. Os quatro estilos principais da página são feitos usando o comando \pagestyle{estilos}, onde os estilos são: plain A página possui apenas numeração no rodapé; empty Produz cabeçalho e rodapé vazio , sem numeração; headings Depende do estilo do documento. A página da frente (ímpar) vem com a secção no caso de book e subsecção no caso de article. Quando a página estiver definida como oneside aparecerá nas páginas, o capítulo no caso de book e secção no caso de article. Caso não haja secções só aparece a numeração no cabeçalho; myheadings É especificado pelo usuário o que estará escrito no topo com os comandos: • markboth – Quando o documento estiver em twoside \markboth{página par}{página ímpar}; • markright – Quando o documento estiver em oneside \markright{páginas pares e ímpares}. Nos locais onde estão escritos página par e/ou ímpar é que deveram ser escritas as palavras que aparecerão no cabeçalho. A numeração da página é feita automaticamente com algarismos árabes, mas, para mudá- los, use o comando: \pagenumbering{roman} Os números são colocados em romano; Roman em romano maiúsculo; alph em letras comuns e 38 Capítulo 6. Estrutura visual 6.1. Cabeçalho e Rodapé da página Alph em letras comuns maiúscula. Se \pagenumbering for colocado no meio do texto, a numeração a partir daí será iniciada novamente com o novo estilo de numeração declarado. O pacote fancyhdr Os comandos que foram vistos acima são úteis, porém limitados. Um pacote que adiciona recursos ao estilo da página é o fancyhdr . Com ele pode-se, entre outras coisas: • Dividir o rodapé e cabeçalho em 3 partes diferentes, e • Inserir linhas; Em primero lugar deve-se inserir o pacote através do comando: \usepackage{fancyhdr} no preâmbulo, no caso do LATEX2e. E no caso do LATEX2.09 insira fancyhdr como um argumento opcional da classe do documento: \documentstyle[fncyhdr,12pt,a4]{book} Após isso defina no preâmbulo o estilo da página através do comando \pagestyle{fancy}. Para páginas ímpares (ODD) RO esquerda CO (cabeçalho)centro LO direita corpo da página RO esquerda CO (rodapé) centro LO direita Para páginas pares (EVEN) RE esquerda CE (cabeçalho)centro LE direita corpo da página RE esquerda CE (rodapé) centro LE direita Cada campo é definido pelos seguintes comandos: • \fancyhead[parâmetro]{informação} • \fancyfoot[parâmetro]{informação} O usuário pode definir como informação o que quiser, ou colocar também o comando \thepage que diz onde o número da página vai aparecer. O parâmetro é a indicação de em qual campo a informação irá aparecer. Por exemplo, observe a tabela 6.1. As letras O e E dizem respeito às páginas ímpares e pares, respecti- vamente. C, R e L, significam centro, direita e esquerda, respectivamente. Através de cada combinação dessas letras é que fica especificado onde a imformação estará. Utilizando os comandos: \renwcommand{\headrulewidth}{medida} e \renwcommand{\footrulewidth}{medida} Universidade Federal Fluminense 39 PETTELE))) Capítulo 6. Estrutura visual 6.2. Área de impressão Para páginas ímpares (ODD) Capítulo Secção corpo da página Número da página Para páginas pares (EVEN) Secção Capítulo corpo da página Número da página é possível estabelecer a largura das linhas do cabeçalho e rodapé, respectivamente, através da medida dada. Caso não seja usado nehum desse comandos, o padrão que será gerado será: Este padrão é produzido da seguinte forma: \fancyhead[LE,RO]{\slshape \rightmark} \fancyhead[LO,RE]{\slshape \leftmark} \fancyfoot[C]{\thepage} Repare que \rightmark está se referindo à secção e \leftmark, ao capítulo. Caso o usuário queira, estes comandos também podem servir como informação. O exemplo abaixo mostra como foi feito o cabeçalho desta apostila: \pagestyle{fancy} \fancyhead[LO,LE]{\textit\nouppercase\leftmark} \fancyhead[RO,RE]{\textit\nouppercase\rightmark} \fancyfoot[LO,LE]{\textsc{\uff}} \fancyfoot[RO,RE]{\pet} \fancyfoot[CO,CE]{\thepage} \renewcommand{\footrulewidth}{0.4pt} \renewcommand{\headrulewidth}{0.4pt} O comando \nouppercase utilizado acima tem a função de colocar os capítulos e secções em letras minúsculas. 6.2 Área de impressão A página em qualquer documento em LaTeX possui uma determinada configuração que de- pende de vários paramêtros, isto é, comandos que agem em determinadas parte da página. A figura 6.1 mostra todos esses comandos. Cada tipo de classe de documento e papel escolhido tem um tamanho padrão para a impressão. Mas, é possível mudar esse tamanho. Uma das maneiras é através dos comandos: Universidade Federal Fluminense 40 PETTELE))) Capítulo 6. Estrutura visual 6.3. Espaços e Medidas • \vspace{medida} - Põe espaço vertical entre as linhas. • \hrulefill -Produz uma linha horizontal. Ex: Linha \hrulefill horizontal . Linha horizontal. • \rule[elevação]{largura}{altura} – Faz um retângulo com as medidas elevação acima ou abaixo da linha , largura e altura Ex: texto \rule[0.5ex]{5em}{0.7ex} texto texto texto • \dotfill Produz linha horizontal pontilhada. Ex: linha \dotfill pontilhada. linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pontilhada. • \hfill Produz um espaço em branco com tamanho proporcional ao número de palavras na linha. • \vfill Adiciona espaçamento vertical na página proporcionalmente ao número de linhas que ela possui. O tamanho da linha nos comandos fill são ajustados de acordo com a quantidade de palavras na linha ou página. Linha horizontal menor que a anterior. Obs: Outros padrões de medida de espaço utilizado pelo LaTeX e podem servir de base para outras medidas de outros comandos são: • \parindent É o tamanho da indentação no parágrafo normal. • \parskip É o espaço vertical entre os parágrafos. • \baselineskip É a distância entre o topo de uma linha e o topo da linha de baixo. • \linewidth É igual ao comando ceto quando estiver em ambientes como quote e os de lista onde ele define a largura destes ambientes. Seu valor não pode ser mudado, mas serve com padrão para outras medidas. Esses três primeiros padrões podem ser mudadas no seu documento colocando no preâm- bulo o comando: \addtolength{padrão}{medida}, onde padrão é a medida que será mudada e medida é o novo espaço. Universidade Federal Fluminense 43 PETTELE))) Capítulo 6. Estrutura visual 6.4. Caixas 6.4 Caixas Usando o comando \fbox{palavra} É construída uma caixa ao redor da palavra. Exemplo . E através do comando \framebox[medida][posição]{palavra} pode-se controlar o tamanho da caixa. Ex: texto \framebox[6ex][r]{palavra} texto. texto palavra texto. Usando o comando \makebox da mesma forma que \framebox também é criada uma caixa, só que sem linha. Ex: texto \makebox[6ex][r]{palavra} texto. texto palavra texto. O comando \raisebox{altura}{palavra} faz uma caixa onde a palavra é elevada uma altura escolhida, podendo também ser uma medida negativa (para baixo - ). Ex: texto \raisebox{1.0ex}{palavra} texto. texto palavra texto. 6.5 Cores Primeiramente, para usar cor é preciso que se ponha no preâmbulo o comando \usepackage{color}. Isso é para o LaTeX carregar o pacote color e reconhecer os comandos de cores. Veja alguns comandos: • \definecolor{nome}{modelo}{parâmetro} - Este define a cor, onde nome é o nome da cor, modelo é o modelo da cor com o principaL sendo: rgb (red, green, blue) e parâmetro é o código da cor segundo o modelo usado. Ex: \definecolor{azul}{rgb}{0,0,1} define a cor azul. O padrão rgb é o mais usado devido ao seu grande número de combinação de cores feita com os códigos: peso da cor vermelha, peso da cor verde, peso da cor azul, onde os números variam entre 0 e 1. • \textcolor{cor}{palavra} - Muda cor da palavra selecionada. A cor pode ser escrita diretamente em inglês ou usar o definecolor definindo o nome da cor em português. Ex: \definecolor{verdemar}{rgb}{0.59,0.78,0.65} \textcolor{verdemar}{texto em cor personalizada} texto em cor personalizada • \color{cor} - Muda a cor do texto inteiro. Para mudar apenas um trecho do texto use chaves neste trecho. Ex: {\color{blue}{trecho do texto}} trecho do texto • \pagecolor{cor} - Muda a cor do fundo da página. Universidade Federal Fluminense 44 PETTELE))) Capítulo 6. Estrutura visual 6.6. Minipage • \colorbox{cor}{texto} Gera uma caixa com o fundo da cor que foi escolhida. Para fazer uma caixa em um grande pedaço de texto use minipage, veja secção 6.6. Ex: \colorbox{red}{palavra} palavra • \fcolorbox{bcor}{ccor}{texto} - Gera uma caixa com ccore borda bcor. Ex: \fcolorbox{verdemar}{green}{palavra} palavra Importante: dependendo do visualizador de DVI as cores não serão vistas, mas se converter em PS ou PDF , apareçerá normalmente. 6.6 Minipage Esse é um ambiente que cria uma área com formato de uma página, com largura desejada através do comando: \begin{minipage}[posição t ou b]{largura} texto \end{minipage} O texto pode conter outros ambientes, po- dendo colocar até notas de pé de página a, mas esta nota não apareçerá no fim da página comum. Há também possibili- dade de se colocar moldura com o comando \fbox{ambiente minipage} e também tra- balhar com os comandos de cores sem prob- lema, através de combinações. Os argumen- tos b e t permitem o alinhamento do topo (t) e do fim (b) da minipage em relação a linha do texto, deve ser usado quando há uma outra minipage do lado. aesta nota aparece no fim da minipágina \begin{minipage}[t]{0.5\textwidth} O texto pode conter ... de página ... \footnote{esta nota ...ipágina}, ... do lado. \end{minipage} Outra posibilidade de colocar moldura é usando tabular, onde os itens serão as minipáginas. Universidade Federal Fluminense 45 PETTELE))) Apêndice A Utilizando o LaTeX através de um Terminal de Comando Geralmente, os usuários costumam utilizar o sistema LaTeX através de editores de textos específicos e que já possuem em sua interface os comandos de compilação através de ícones, bastanto clicá-los para que se tenha os arquivos gerados em .dvi, .pdf, etc... Porém, há casos em que é nescessário utilizar o LaTeX diretamente através de um terminal de comando, principalmente para os usuários de Linux, que possui ainda poucas opções de bons editores. Este capítulo tem a intenção de mostrar ao usuário alguns comandos básicos para o com- pleto trabalho com o LaTeX. Suponha que o arquivo principal chama-se: arquivo.tex e que o arquivo que contenha a lista bibliográfica se chame: refer.bib . DVI Para comilar o arquivo e gerar um documento em .dvi, digite: latex arquivo.tex PS Para transformar o .dvi em .ps, digite: dvips arquivo.dvi PDF Para transformar o .dvi em .pdf, digite: dvi2pdf arquivo.dvi Para gerar transformar o documento de .tex diretamente para .pdf, compile o arquivo dig- itando: pdflatex arquivo.tex 48 Apêndice A. Utilizando o LaTeX através de um Terminal de Comando BIBTEX Para gerar o arquivo em .dvi contendo a lista bibliográfica do arquivo .bib, digite: latex arquivo.tex bibitex refer.tex latex arquivo.tex MAKEINDEX Para gerar o arquivo em .dvi contendo indíce remissivo utilizando o pacote makeidx , digite: latex arquivo.tex makeindex arquivo.idx latex arquivo.tex Universidade Federal Fluminense 49 PETTELE))) Apêndice B Símbolos matemáticos Todos esse símbolos são usados apenas em ambientes matemáticos, portanto para inserí-los no meio de um texto use $ ... $. lim \lim arg \arg cot \cot lim inf \liminf ker \cos coth \coth arccos \arccos lg \lg max \max arcsin \arcsin cosh \cosh csc \csc arctan \arctan ln \ln min \min det \det exp \exp hom \hom sec \sec sinh \sinh tan \tan dim \dim gcd \gcd inf \inf sin \sin sup \sup tanh \tanh Tabela B.1: Funções ˆ \hat{} ˇ \check{} ˘ \breve{} ´ \acute{} ` \grave{} ˜ \tilde{} ¯ \bar{} ~ \vec{} ˙ \dot{} ¨ \ddot{} Tabela B.2: Acentos matemáticos 50 Apêndice C Outros símbolos Acentos ò \‘{o} õ \~{o} ǒ \v{o} ¸ \c{} ó \’{o} ō \o= ő \H{o} . \d{} ô \^{o} ȯ \.{o} Äo \t{o} ¯ \b{} ö \"{o} ŏ \u{o} Símbolos estrangeiros œ \oe å \aa ł \l ¿ ?‘ Œ \OE Å \AA Ł \L ¡ !‘ æ \ae ø \o ß \ss Æ \AE Ø \O Tabela C.1: Símbolos estrangeiros e acentos † \dag ¶ \P X \checkmark U \yen ‡ \ddag c© \copyright z \maltese & \& § \S £ \pounds r \circledR % \% # \# _ \_ $ \$ LATEX \LaTeX { \{ } \} LATEX2ε \LaTeXe TEX \TeX Tabela C.2: Símbolos diversos 53 Referências Bibliográficas [1] Lamport, Leslie, LATEX: A Document Preparation System, User’s Guide & Reference Manual, Addison-Wesley Plubshing Company, 1986. [2] T. Oitker, H.Partl, I. Hyna, E.Schlegl, The Not so short introduction to LATEX2ε, Tradução D. A. Polli, USP, 2000. [3] H. Kopka e P. W. Daly, A guide to LATEX2ε, Document preparation for beginners and advanced users, Adisson-Wesley Plubshing Company, 1995. [4] CTAN (Comprehensive TeX Archive Network), www.ctan.org, Este site é referência mundial para materiais relacionados ao LaTeX. [5] TeX-Br, http://biquinho.furg.br/tex-br/, Página dos usuários brasileiros de LaTeX. [6] Site-LaTeX, www.vila.bol.sitelatex.com.br, Contém vários links relacionados ao LaTeX.z 54 Índice Remissivo (, 19 ), 19 ., 19 [, 19 21 $, 15 %, 11 &, 17, 25 _, 16 center, 8 flushleft, 8 flushright, 8 \(, 15 \), 15 \,, 21 \:, 21 \;, 21 \Huge, 10 \LARGE, 10 \Large, 10 \[, 15 \\*, 8 \\, 8, 13, 17, 25 \\[], 8 \], 15 \addcontntsline, 34 \addtolength, 41, 43 \author, 11 \baselineskip, 43 \bibitem, 29 \bibliography, 30 \bibliographystyle, 30 \caption, 32 \centering, 32 \chapter, 12 \cite, 29 \cline, 25 \color, 44 \colorbox, 45 \columnsep, 41 \columnseprule, 41 \date, 11 \definecolor, 44 \documentclass, 5 \documentstyle, 5 \dotfill, 43 \evensidemargin, 41 \fancyfoot, 39 \fancyhead, 39 \fbox, 44 \fcolorbox, 45 \footnote, 10 \footnotesize, 10 \footrulewidth, 40 \frac, 16 \framebox, 44 \headheight, 41 \headrulewidth, 40 \hfill, 43 \hline, 25 \hrulefill, 43 \hspace, 41 \huge, 10 \hyphenation, 10 \include, 29 \includegraphics, 32 \includeonly, 29 \indent, 8 \indexspace, 35 \infty, 16 \input, 29 \int, 16 \item, 35 \kill, 25 \label, 28, 32 \large, 10 \left, 18 \leftmark, 40 55
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