Baixe Equipamento de proteção individual - proteção térmica e outras Notas de estudo em PDF para Segurança do Trabalho, somente na Docsity! UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina. Departamento de Engenharia Mecânica. Disciplina: Aspectos em Engenharia de Segurança do Trabalho. Equipamento de Proteção Individual (Proteção Térmica) Aluno: Rodrigo Giesel Grala Florianópolis,15 de Junho de 2007 INTRODUÇÃO___________________________________________________________ Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual ou EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Sendo a empresa obrigada fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco de cada atividade e exigir seu uso. Fornecer ao trabalhador somente EPIs aprovados por órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado e s ubstituir imediatamente, quando danificado ou extraviado. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica e c omunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. É dever do empregado utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina. Responsabilizar-se por guardar e conservar o EPI na empresa, comunicar ao emregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. A saúde dos trabalhadores e a convivência sadia com seu ambiente de trabalho, é de vital importância para o bem estar da empresa, pois trabalhador feliz, significa produção em alta. É necessário que alguns cuidados sejam tomados quanto a saúde dos trabalhadores, quando os mesmos trabalham direta com altas temperaturas as quais provocam freqüentemente exaustão do calor, fadiga, cãibra até causar tontura e subsequente desmaio. Contudo, se o trabalho for feito de forma correta, dificilmente este poderá trazer problemas para a saúde dos trabalhadores. Será avaliado a exposição ao calor e apresentaremos os principais tipos de equipamentos de proteção individual utilizados contra o calor. Neste âmbito compete a Delegacia Regional do Trabalho e do Emprego fiscalizar e orientar as empresas quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI. Recolher amostras de EPI e aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento da NR-6. CHOQUE TÉRMICO: quando a temperatura do núcleo do corpo põe em risco algum tecido vital. METOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO______________ Estabelecido pelo Anexo-3 da Norma Regulamentadora nº 15, da portaria 3214 do MTE pradronizando o IBUTG - ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO como parâmetro utilizado no cálculo do calor armazenado pelo organismo. Basta medir a temperatura no local de trabalho com ambos termômetros em alguns pontos definindo o tipo de exposição (com ou sem carga solar), a fonte oriunda de calor e o regime de trabalho ( veja o quadro 02). 1) AMBIENTE EXTERNO OU COM CARGA SOLAR: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 2) AMBIENTE INTERNO OU SEM CARGA SOLAR: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg ATIVIDADE LEVE MODERADA PESADA TRABALHO CONTÍNUO ATÉ 30,0 ATÉ 26,7 ATÉ 25,0 45 min TRABALHO 15 min DESCANSO 30,1 À 30,6 26,8 À 28,0 25,1 À 25,9 30 min TRABALHO 30 min DESCANSO 30,7 À 31,4 28,1 À 29,4 26,0 À 27,9 15 min TRABALHO 45 min DESCANSO 31,5 À 32,2 29,5 À 31,1 28,0 À 30,0 NÃO PERMITIDO TRABALHO SEM MED. DE CONTROLE ACIMA 32,2 ACIMA 31,1 ACIMA 30,0 Quadro 02 Se os valores de IBUTG calculados excederem os valores acima faz-se descanso fora do local de trabalho. Agora calculando-se um novo IBTUMÉDIO entre o local de trabalho e descanso: IBUTGMÉDIO = IBUTGt * Tt + IBUTGd * Td / 60 Recalcula-se o metabolismo médio (MMÉDIO): MMÉDIO = Mt * Tt + Md * Td / 60 Verificar se o IBUTGMÉDIO está de acordo com o metabolismo médio (veja quadro 03). MMÉDIO (Kcal/h) Máximo IBUTGMÉDIO 175 200 250 300 350 400 450 500 30,5 30,0 28,5 27,5 26,5 26,0 25,5 25,0 Quadro 03 Se o IBUTGMÉDIO agora não estiver de acordo com o metabolismo MMÉDIO, não é permitido trabalho naquele local sem que medidas para reduzir o IBUTG sejam adotadas (veja quadro 04). MEDIDA ADOTADA FATOR ALTERADOF Insuflação de ar fresco no local onde permanecer o trabalhador. Temperatura do ar Maior circulação do ar existente no local de trabalho. Velocidade do ar Exaustão do vapor d'água emanados de um processo. Umidade relativa do ar Barreiras refletoras (alumínio polido e aço inoxidável). Barreiras absorventes (ferro e aço oxidado). Barreiras contra radiação infra-vermelha Calor radiante Automatização do processo. Calor produzido pelo metabolismo Quadro 04 Contudo o calor não é um risco desde o trabalhador esteja devidamente equipado. Risco é não portar os EPIs. Muitas vezes faz-se necessário a presença de todo um conjunto de EPIs para conferir a proteção adequada em situações extremas: PRINCIPAIS EPIs NA INDÚSTRIA_________________________________________ CAPACETES: Os capacetes devem devem atender aos seguintes requisitos de segurança: proteção total da cabeça, resistência aos impactos, resistência à penetrações, resistência à chama e ao calor, baixo peso, permitir boa visibilidade, estabilidade térmica, baixa absorção de água e reflexibilidade. Atualmente, há disponíveis capacetes com suporte para protetor auricular do tipo concha. ROUPAS DE PROTEÇÃO: Oferecem proteção contra o calor, possuem um grau de resistência às chamas, evitam a passagem de líquidos e/ou vapores para a parte interna além de não permitir a absorção de líquidos. As roupas de proteção dividem-se basicamente em três partes: a) Externa Feita com materiais resistentes. b) Barreira de Vapor Isolante entre duas camadas (externa e interna) serve para evitar a passagem de líquidos ou vapores da parte externa para a parte interna. c) Interna É o forro, geralmente, feito de algodão ou lã para não irritar a pele. Outras roupas proporcionam proteção contra respingos de substâncias fundidas, calor radiante e fontes intermitentes de chamas.