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Guias e Dicas
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Guia técnico ambiental da indústria de produtos lácteos série p l, Notas de estudo de Gestão Ambiental

GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P L

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 02/07/2010

viviane-japiassu-viana-12
viviane-japiassu-viana-12 🇧🇷

4.9

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Baixe Guia técnico ambiental da indústria de produtos lácteos série p l e outras Notas de estudo em PDF para Gestão Ambiental, somente na Docsity!  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Produtos GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Lácteos GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L   GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Depto. de Desenvolvimento, Tecnologia e Riscos Ambientais Divisão de Tecnologias Limpas e Qualidade Laboratorial Setor de Tecnologias de Produção mais Limpa Coordenação Técnica Angela de Campos Machado Meron Petro Zajac Flávio de Miranda Ribeiro Angela de Campos Machado Flávio de Miranda Ribeiro Meron Petro Zajac Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental Departamento de Meio Ambiente - DMA Coordenação do Projeto Série P+L Nelson Pereira dos Reis – Diretor Titular Arthur Cezar Whitaker de Carvalho – Diretor Adjunto Nilton Fornasari Filho – Gerente Luciano Rodrigues Coelho - DMA GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  Maganha, Martha Faria Bérnils Guia técnico ambiental da indústria de produtos lácteos/ Martha Faria Bérnils Maganha - - São Paulo : CETESB, 00. 9p. ( CD) : il. ;  cm. - - (Série P + L) Disponível em : <http://www.cetesb.sp.gov.br>. ISBN . Água - reúso . Laticínios . Leite processado . Poluição – controle . Poluição – prevenção . Processo industrial – otimiza- ção 7. Produção limpa 8. Resíduos industriais – minimização I. Título. II. Série. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (CETESB – Biblioteca, SP, Brasil) CDD (.ed. Esp.) 7.08  CDU (ed. 99 port.) 8. : 7. Margot Terada CRB 8. Elaboração Martha Faria Bérnils Maganha - Setor de Tecnologias de Produção mais Limpa Colaboração CETESB Antonio Carlos Miranda - Agência Ambiental de Taubaté Hélio Tadashi Yamanaka – Setor de Tecnologias de Produção Mais Limpa José Wagner Faria Pacheco - Setor de Tecnologias de Produção Mais Limpa Lucas Moreira Grisolia - Setor de Tecnologias de Produção mais Limpa Wagner Ferreira Quirino - Agência Ambiental de Tatuapé ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos Sílvia Germer – Grupo Especial de Meio Ambiente Izildinha Moreno – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Laticínios/ Tecnolat Ariene Gimenes F. Van Dender – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Laticínios/Tecnolat EMPRESAS Cooperativa de Laticínios do Médio Vale do Paraíba – COMEVAP/Taubaté S.A. Fábrica de Produtos Alimentícios Vigor João Luiz del Cura - SINDILEITE 7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 0 PALAVRA DO PRESIDENTE DA FIESP  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Produção mais limpa, país mais desenvolvido! Os Guias Técnicos de Produção mais Limpa, com especificidades e aplicações nos dis- tintos segmentos da indústria, constituem preciosa fonte de informações e orienta- ção para técnicos, empresários e todos os interessados na implementação de medidas ecologicamente corretas nas unidades fabris. Trata-se, portanto, de leitura importante para o exercício de uma das mais significativas ações de responsabilidade social, ou seja, a defesa do meio ambiente e qualidade da vida. Essas publicações, frutos de parceria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), con- tribuem muito para que as indústrias, além do devido e cívico respeito aos preceitos da produção mais limpa, usufruam a conseqüente economia de matérias-primas, água e energia. Também há expressivos avanços quanto à eliminação de materiais perigo- sos, bem como na redução, no processo produtivo, de quantidades e toxicidade de emissões líquidas, gasosas e resíduos. Ganham as empresas, a economia e, sobretudo, a sociedade, considerando o signifi- cado do respeito ao meio ambiente e ao crescimento sustentável. A Cetesb, referência brasileira e internacional, aloca toda a sua expertise no conteúdo desses guias, assim como os Sindicatos das Indústrias, que contribuem com informações setoriais, bem como, com as ações desenvolvidas em P+L, inerentes ao segmento industrial. Seus empenhos somam-se ao da Fiesp, que tem atuado de maneira pró-ativa na defesa da produção mais limpa. Dentre as várias ações institucionais, a entidade organiza anualmente a Semana do Meio Ambiente, seminário internacional com workshops e entrega do Prêmio Fiesp do Mérito Ambiental. Visando a estimular o consumo racional e a preservação dos mananciais hídricos, criou- se o Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso da Água. Sua meta é difundir boas práticas e medidas efetivas na redução do consumo e desperdício. A entidade também coopera na realização do trabalho e é responsável pelo subcomitê que dirigiu a elaboração da versão brasileira do relatório técnico da ISO sobre Ecodesign. Por meio de seu Departamento de Meio Ambiente, a Fiesp intensificou as ações nesta área. Especialistas acompanham e desenvolvem ações na gestão e licenciamento am- biental, prevenção e controle da poluição, recursos hídricos e resíduos industriais. En- fim, todo empenho está sendo feito pela entidade, incluindo parcerias com instituições como a Cetesb, para que a indústria paulista avance cada vez mais na prática ecológica, atendendo às exigências da cidadania e dos mercados interno e externo. Paulo Skaf Presidente da Fiesp GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  PALAVRA DO PRESIDENTE DA SINDILEITE  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L INTRODUÇÃO_________________________________________________________7 . PERFIL DO SETOR____________________________________________________ . DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO__________________________________ . Aspectos ambientais_______________________________________________ . Etapas do processo produtivo________________________________________8 . ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS_____________________________________7 .. Consumo de água________________________________________________8 .. Geração de efluentes líquidos ______________________________________9 .. Consumo de energia _____________________________________________ .. Geração de resíduos______________________________________________ .. Emissões atmosféricas_____________________________________________ .. Ruído e/ou vibração______________________________________________ . MEDIDAS DE P+L - ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES_____________________7 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_________________________________________9 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Introdução GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 0  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 1 - Perfil do Setor GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  De acordo com as informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, a produção mundial de leite foi estimada em ,8 bilhões de litros, no ano de 00, sendo 70% desse volume produzido na Europa e na América. A competitividade e a sobrevivência dos laticínios brasileiros estão diretamente relacionadas à qualidade dos produtos. As condicionantes na disputa pela busca de melhoria da qualidade do produto estão relacionadas à segurança do mesmo em relação à saúde, e à satisfação do consumidor. No caso das indústrias brasileiras, o principal condicionante para uma eficiente gestão da qualidade é a redução de custos e desperdícios, já que grande parte do consumidor ainda considera o preço, em vez de qualidade, como principal fator de decisão para a aquisição de produtos lácteos. No Brasil, a indústria láctea começou a se desenvolver a partir da crise de 99, quando as importações passaram a ser substituídas. Nas décadas de 0 e 0, novo impulso foi dado por alguns fatores tais como: implementação de estradas, instalação da indústria de equipamentos, surgimento do leite B, inovações nas embalagens, inclusive descartáveis, e chegada das multinacionais. Grandes transformações ocorreram entre os anos 70 e 90: abertura do mercado, formação do MERCOSUL, fim da intervenção governamental no preço do leite e estabilização da economia. Em 00, o Brasil alcançou o sexto maior volume de leite produzido no mundo, com a marca de  milhões de litros. A balança comercial de leite e derivados fechou 00 com superávit de US$ 8,90 milhões (aumento de 7,% em relação a 00). As exportações alcançaram o valor de US$ 0, milhões e as importações, de US$ , milhões. Os três primeiros meses de 00 mostram que a balança comercial do setor cresceu % em relação ao mesmo período do ano anterior. Estes resultados representam uma vitória para um setor que até alguns anos atrás sofria com as importações do produto. O consumo de leite, que estava estagnado há cerca de 0 anos no Brasil, em torno de 8 litros/habitante/ano, em 00 chegou a 0 l/hab/ano, porém este volume ainda é baixo em relação ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 7 l/hab/ano. Legislação e Regulamentação A primeira legislação brasileira, datada de 99, tinha abrangência estadual e estabelecia para São Paulo a obrigatoriedade da pasteurização do leite, bem como instituía a criação dos leites tipos A, B e C. Em 9, a legislação passou a ter abrangência federal e foi denominada RIISPOA – Regulamento de Inspeção Industrial Sobre Produtos de Origem Animal. O Serviço de Inspeção Federal (SIF) sobre a produção de leite e derivados foi instituído pela Lei Nº .8 de 8//90, lei esta que já passou por diversas alterações por força de decretos governamentais, portarias do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, e do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), que por sua vez, estabeleceu as Normas da Inspeção Industrial e Sanitária Sobre Produtos de Origem Animal. O Serviço de Inspeção Estadual (SIE) foi criado pela Lei Federal Nº 7.889 de novembro 989, e delegou aos Estados e Municípios a obrigatoriedade da prestação do Serviço de Inspeção Sanitária e Fiscalização dos Produtos de Origem Animal. As agroindústrias leiteiras são regulamentadas tanto pelo Sistema de Inspeção Estadual e Federal (Secretarias e Ministério da Agricultura), quanto pelo Sistema de Vigilância Sanitária (Municipal, Estadual e Federal).  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 2 - Descrição do Processo Produtivo GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  O setor lácteo é caracterizado pela diversidade de produtos, e portanto, de linhas de produção, e torna-se necessário, inicialmente, definir os termos: Leite e Produtos Lácteos. Leite, por definição do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), e também de acordo com a Normativa Mercosul do Setor Lácteo, é o produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas leiteiras sadias, bem alimentadas e descansadas. Leite de outras espécies de animais deve conter o nome da espécie de que proceda. Na composição do leite constam a parte úmida, representada pela água, e a parte sólida, representada pelo extrato seco total, composto pela gordura, açúcar (lactose), proteínas e sais minerais. Quanto maior essa fração no leite, maior será o rendimento dos produtos. O extrato seco desengordurado compreende todos os componentes do extrato seco total, menos a gordura. Por força legal, o produtor não pode desnatar o leite, apenas as indústrias podem fazê-lo por meio de desnatadeiras. Devido ao seu elevado teor de água, gordura, lactose, minerais, enzimas e vitaminas, o leite tende a sofrer grandes influências ambientais e biológicas, sendo considerado um excelente meio de cultura para toda classe de microorganismos nele presentes. Isso faz com que seja indispensável a sua adequada conservação, o que normalmente exige tratamento térmico. O emprego de altas temperaturas no processo de conservação do leite está fundamentado nos efeitos deletérios do calor sobre os microorganismos, e tem por objetivo controlar o desenvolvimento microbiano, de modo a eliminar riscos à saúde do consumidor, e prevenir ou retardar alterações indesejáveis do produto. Entende-se por produto lácteo “o produto obtido mediante qualquer elaboração do leite que pode conter aditivos alimentícios e ingredientes funcionalmente necessários para sua elaboração” (INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 16, DE 23 DE AGOSTO DE 2005 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). 2.1 Aspectos ambientais Qualquer processo produtivo envolve insumos, processos e saídas, que resultam em produto, entretanto muitas vezes em paralelo ao processo produtivo se realiza outro similar, cujo resultado é composto de desperdícios que podem representar uma parcela considerável dos custos de produção. 7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L A figura  a seguir ilustra esta situação. Figura : entradas e saídas do processo industrial Além disso, a geração de resíduos, efluentes e emissões afeta diretamente o meio ambiente. Conhecer o processamento industrial e identificar respectivos aspectos e impactos ambientais é essencial para que sejam propostas melhorias para o setor. Segundo a definição da norma NBR ISO 00 da ABNT, aspecto ambiental “é o elemento das atividades, produtos e/ou serviços de uma organização que pode interagir (alterar) com o meio ambiente de forma adversa ou benéfica”. Os aspectos ambientais são constituídos pelos agentes geradores das interações, como por exemplo, emissão atmosférica, odor, resíduos, consumo de matérias-primas, energia, água, entre outros. Para fins de desenvolvimento deste capítulo, a identificação dos principais aspectos ambientais consistiu na determinação, para cada etapa do processo de produção, das diversas entradas e saídas de matéria e/ou de energia. Processos Processo produtivoMatérias-Primas Saídas Residuais de Produção Insumos Geração de resíduos e emissões Energia Água Produto final Desejado Custos de Insumos dos Residuais Custos de Geração dos Residuais Custos de Destinação dos Residuais Custos de Total dos Residuais + + = GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 0 O fluxograma da figura  abaixo representa o processo global de obtenção de produtos lácteos, e os principais aspectos ambientais, indicados como entradas e saídas. Figura : etapas genéricas da indústria de produtos lácteos Recebimento e Estocagem Filtração, Clarificação e Padronização Leite desnatado Creme Homogeneização Tratamento térmico Produção de derivados Armazenamento sob refrigeração Envase/Embalagem e Distribuição Produtos lácteos Matérias-primas e Ingredientes Água Energia Eletricidade Combustível Detergentes e Sanitizantes Substâncias refrigerantes Materiais para embalagem Materiais de laboratório Ruído Vibração Efluentes Líquidos - lavagens - limpeza - derramamento - soro Emissões - gases da combustão - poeiras - gases refrigerantes - odor Resíduos - produtos danificados - produtos vencidos - embalagens, etc  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Fluxogramas dos processos produtivos específicos Devido às diferenças verificadas, as etapas e atividades produtivas dos derivados foram individualmente descritas e representadas em fluxogramas específicos. As atividades de LIMPEZA e de CONTROLE DE QUALIDADE, consideradas comuns a todos os processos produtivos, estão nos fluxogramas exibidos à parte dos diagramas específicos dos diferentes processos produtivos. Limpeza e Desinfecção Controle de qualidade Figura : processos de limpeza e desinfecção e de controle de qualidade Limpeza e Desinfecção Energia elétrica Combustível Água Produtos químicos Vapor Calor Efluentes líquidos Emissões atmosféricas Resíduos Entradas Saídas Análises físico-químicas e microbiológicas Amostras Produtos químicos Materias de laboratório Microorganismos Resíduos Efluentes líquidos Material autoclavado Meios de cultura Soluções fora da validade e/ou contaminadas Entradas Saídas GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  Leite Homogeneizado e Pasteurizado Figura : processo de produção do leite homogeneizado e pausterizado Leite in natura Energia elétrica, Água e Vapor Energia elétrica Recepção Filtragem Resfriamento Clarificação Creme Leite Desnatado Homogeneização Padronização Pasteurização Resfriamento Envase Armazenagem Refrigerada Energia elétrica e Embalagens Energia elétrica Energia elétrica Emissão atmosférica, Ruído, Vapor e Calor Lodo, Ruído Resíduos de embalagens Restos de produto, Ruído Calor, Ruído e Vapor Calor, Ruído e Vapor Lodo, Resíduos retidos no filtro, Filtros Leite rejeitado Calor, RuídoEnergia elétrica  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Requeijão Figura 8: processo de produção de requeijão Requeijão: produto obtido pela fusão da massa coalhada, cozida ou não, dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite opcionalmente adicionada de creme de leite e/ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil. O produto poderá estar adicionado de condimentos, especiarias e/ou outras substâncias alimentícias. Leite desnatado Aquecimento/ Coagulação Dessoragem da massa Lavagem da massa Formulação/ Fusão Envase Energia elétrica Combustível Água Soro Perda de produto, Ruído Emissão atmosférica Ruído, Calor Efluente líquido Armazenamento Distribuição Energia elétrica Combustível Creme + Ingredientes Resíduos de embalagens Perda de produto, Ruído Energia elétrica Embalagens GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  Creme de Leite Figura 9: processo de produção de creme de leite Creme de Leite: produto lácteo relativamente rico em gordura retirada do leite por procedimento tecnologicamente adequado, que apresenta a forma de uma emulsão de gordura em água. Creme Padronização Pasteurização/UHT Resfriamento Embalagem Energia elétrica Emissão atmosférica Calor Lodo, Ruído Calor Energia elétrica Combustível Agentes espessantes Resíduos de embalagens Perda de produto Energia elétrica Embalagens Energia elétrica Armazenamento Distribuição 7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Manteiga Figura 0: processo de produção de manteiga Manteiga: produto gorduroso obtido exclusivamente pela bateção malaxagem, com ou sem modificação biológica do creme pasteurizado, derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. A matéria gorda da manteiga deverá estar composta exclusivamente da gordura látea. Creme Padronização do creme Correção da acidez Pasteurização do creme Maturação e Repouso Bateção do creme Energia elétrica Combustível Água gelada Perda de produto, Ruído Lodo Efluente líquido Lavagem da manteiga Malaxagem Leite ou Água Aditivos Resto de produto Energia elétrica Embalagens Formação dos tabletes Armazenamento Distribuição Energia elétrica Emissão atmosférica Calor, Ruído Efluente líquido Resíduos de salIngredientes GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 0 Doce de Leite Figura : processo de produção de doce de leite Doce de Leite: Produto resultante da cocção da mistura de leite e açúcar (sacarose ou glicose), adicionado ou não de aromatizantes, até alcançar concentração conveniente ou parcial caramelização. Admitem-se duas variedades de doce de leite: em tabletes e em pasta. Refrigeração Aquecimento Adição de estabilizantes Adicão + Leite Envase Adição de aromatizantes Distribuição Armazenamento Aquecimento Mistura Insumos Envases usados de insumos Vapor Calor Resíduos Insumos Energia elétrica Vapor Calor Resíduos Resíduos Energia elétrica Substâncias refrigerantes Gases refrigerantes Água quente Leite e Açúcar Combustível Leite Combustível Combustível Embalagens Energia elétrica Ar comprimido Efluentes líquidos Resíduos de embalagens  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Iogurte Figura : processo de produção de iogurtes Iogurte: produto obtido pela fermentação láctea através da ação do Lactobacillus buigaricus e do Streptococcus thermophillus sobre o leite integral, desnatado ou padronizado. Leite fermentado: produto resultante da fermentação do leite pasteurizado ou esterilizado por fermentos ou bactérias lácticos próprios. Compreende vários tipos: o quefir, o iogurte, o leite acidófilo, o leitelho e a coalhada, os quais podem ser de matéria-prima procedente de qualquer espécie leiteira. Resfriamento (°C) Iogurte consistente Incubação Distribuição Armazenamento Inoculação Resfriamento Efluentes Resíduos Ruído Substâncias refrigerantes Emissões atmosféricas Resfriamento (°C) Agitação Incubação Envase Inoculação Resfriamento Envase Resfriamento (°C) Iogurte batido ou líquido Substâncias refrigerantes Leite padronizado e pasteurizado Emissões atmosféricas Envase Água Energia Embalagens Ingredientes GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  Sorvetes Figura : processo de produção de sorvetes Sorvetes: produtos alimentícios obtidos de uma emulsão de gordura e proteínas, com ou sem a adição de outros ingredientes e substâncias, ou de uma mistura de água, açúcares e outros ingredientes e substâncias que tenham sido submetidos ao congelamento, em condições tais que garantam a conservação do produto no estado congelado ou parcialmente congelado, durante a armazenagem, o transporte e a entrega ao consumo. Leite processado e padronizado Mistura Pasteurização Homogeneização Resfriamento rápido Maturação Água Energia Embalagens Emissão atmosférica Calor, Ruído, Resíduos Efluentes Ruído Batimento Embalagem/ Acondicionamento Açúcar Aditivos Água Energia Ingredientes Congelamento Final ( -°C) Endurecimento ( -°C) Resíduos Ruído Efluentes Resíduos Ruído Adição de ingredientes sensíveis ao calor Energia Combustível Armazenamento Distribuição Energia Combustível Energia Embalagens Água Energia Água Energia  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 3 - Aspectos e Impactos Ambientais GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 0 - Óleos e graxas, devido à gordura do leite e de outros produtos lácteos; - Altos teores de nitrogênio e fósforo, principalmente em função do uso de produtos para limpeza e desinfecção; - Grandes variações no pH, residuais de soluções ácidas e alcalinas, basicamente das operações de limpeza; - Alta condutividade, especialmente na produção de queijos devido ao resíduo de cloreto de sódio da salga; - Variações na temperatura, provocadas por etapas produtivas específicas. Na tabela  encontram-se as faixas de variação dos parâmetros para efluentes brutos. Os valores variam em função do uso de técnicas preventivas da contaminação dos efluentes. Fontes: ()Environment Agency of England and Wales, 000 European Commission – Integrated Pollution Prevention and Control Jan/00 () ABIQ Tabela : caracterização dos efluentes não tratados das indústrias de laticínios. As perdas de leite e soro bruto além de resultarem em perdas de produtividade, são significativas contribuições para a carga poluidora do efluente final. Um litro de leite integral equivale aproximadamente a uma DBO de 0.000mg/litro e a uma DQO de 0.000mg/litro. No quadro abaixo estão relacionados alguns pontos de perda, sendo que as operações de limpeza podem ser consideradas como as principais fontes. Sólidos suspensos  – 700mg/l 00 – 000mg/l Sólidos suspensos totais  – 800mg/l 00 – 000mg/l DQO 00 – 00mg/l 000mg/l DBO 0 – 790mg/l 000mg/l Proteína 0 – 0mg/l ND Gordura/Óleos e graxas  – 00mg/l 9 – 0mg/l Carboidratos  – 9mg/l ND Amônia - N 0 – 00mg/l ND Nitrogênio  – 80mg/l mg/l Fósforo 0 – 0mg/l 0, – mg/l Sódio 0 – 807mg/l ND Cloretos 8 – 9mg/l ND Cálcio 7 – mg/l ND Magnésio  – 9mg/l ND Potássio  – 0mg/l ND pH , – 9,  -  Temperatura  – 0ºC 0 – 0ºC (1) (2) Parâmetro Faixa de variação  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L O descarte do soro de leite gerado na produção de queijos também afeta significa- tivamente a qualidade dos efluentes das indútrias que não estão adaptadas para sua recuperação, conforme pode ser verificado na tabela . Fonte: European Commission – Integrated Pollution Prevention and Control Jan/00 Tabela : comparativo de resultados para diversos parâmetros, com diferença de processo 3.3. Consumo de energia O consumo de energia está associado à garantia de qualidade dos produtos, princi- palmente daqueles submetidos a tratamento térmico, refrigeração e armazenamento. Processo Fonte de perda Produção de leite para consumo direto - Vazamentos dos tanques de estocagem - Transbordamento dos tanques - Vazamentos ou derramamentos em bombas e conexões - Depósitos da superfície de equipamentos - Eliminação de lodo da filtragem/clarificação - Vazamentos provocados por embalagens danificadas - Problemas no processo de embalagem - Operações de limpeza Produção de creme de leite e manteiga - Vazamentos durante o armazenamento - Vazamentos ou derramamentos em bombas e conexões - Transbordamento dos tanques - Operações de limpeza Produção de iogurtes - Vazamentos e derramamentos dos tanques de estocagem - Vazamentos dos tanques de incubação - Problemas no processo de embalagem - Operações de limpeza Produção de queijos - Vazamentos e derramamentos dos tanques de estocagem - Perdas nos tanques de coalho - Derramamentos dos moldes - Separação incorreta do soro - Operações de limpeza Instalação COM recuperação de soro Instalação SEM recuperação de soro mg/l mg/l DBO 97  DQO  09 Gorduras 9  NTOTAL 90 9 PTOTAL   Parâmetros GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  Os usos mais freqüentes estão indicados abaixo. Fonte: Regional Activity Centre for Cleaner Production (RAC/CP) – 00 Tabela : uso de energia Estima-se que cerca de 80% do consumo total de energia seja térmica, obtida da combustão de combustível fóssil, e os 0% remanescentes, sejam de energia elétrica. Tal como no caso do consumo de água, o consumo de energia depende do tipo de produto preparado e outros fatores relacionados à idade da instalação, grau de automação, tecnologia usada, operações de limpeza, medidas adotadas de economia de energia, entre outras, como ilustrado nas tabelas de 7 a 9. Fontes: () Regional Activity Centre for Cleaner Production (RAC/CP) – 00 () ABIQ - 00 Tabela 7: consumo de energia em função das características da planta Fonte: Nordic Council of Ministers, et al., 00 Tabela 8: Variações do consumo de energia em países Nórdicos Energia Uso mais freqüente Equipamento Térmica Geração de vapor e água quente, limpeza Pasteurizadores/esterilizadores, sistemas de limpeza CIP Elétrica Refrigeração, iluminação, ventilação, operação de equipamentos Equipamentos elétricos (bombas, mistura- dores, etc), rede elétrica, ventilação, geração de ar comprimido Moderna com pasteurizador de alta eficiência e caldeira nova 0,09() ND Moderna, com utilização de água quente para o processo 0,() ND Antiga com uso de vapor 0,7() ND Faixa da maioria das instalações 0, a 0,() 0,0 a 0,() Tipo de instalação Consumo total de energia (kWh/litro de leite processado) Produto Suécia Dinamarca Finlândia Noruega Leite 0, a 0, 0,07 a 0,09 0, a 0,8 0, Queijos e Soro 0, a 0, 0, a 0,8 0,7 a 0,8 0, Leite em pó e/ou produtos líquidos 0,8 a 0, 0, a 0,7 0,8 a 0,9 0,9 a 0, Consumo de energia elétrica e combustível (kWh/litro de leite processado)  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 4 - Medidas de P+L - Orientações e Recomendações GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 0 Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Recebimento de materiais Implementação: - Estabelecimento de critérios de aceitação de materiais - Laboratório e/ou kit para testes expeditos - Controle das condições de armazenagem - Treinamento de pessoal - Estabelecimento de procedimentos operacionais Benefícios ambientais: - Redução na quantidade de resíduos gerados - Redução no consumo de recursos (água, energia) Aspectos econômicos: - Redução nos custos de matérias-primas - Redução nos custos de tratamento/ disposição de resíduos e/ou produtos rejeitados - Custos de equipamentos para testes - Investimento em recursos humanos OP+L 1: Controle de recebimento de matérias-primas e produtos auxiliares Tipo: Redução na fonte Considerações A implantação de sistema de controle de qualidade para matérias-primas e produtos auxiliares implica no estabelecimento de critérios e no conhecimento das especificações dos produtos considerados aceitáveis. Essa medida exige treinamento de pessoal para a realização de testes analíticos e procedimentos operacionais que garantam sua adequada aplicação.  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Armazenamento de materiais Implementação: (ver a seguir) Benefícios ambientais: - Redução nas perdas de materiais e na geração de resíduos e/ou efluentes OP+L 2: Controle de materiais armazenados Tipo: Redução na fonte Considerações Nem sempre os sistemas de melhorias no processo ou o trato das questões ambientais estão associadas à complexidade e alto custo, o que pode ser verificado particularmente quando se trata de armazenagem. A implantação de sistemas de gerenciamento de estoques, por exemplo, pode resultar em diversos benefícios. Alguns exemplos de iniciativas deste tipo são: Sistema “just in time”: permite reduções consideráveis nas dimensões das áreas de armazenamento de matérias-primas e produtos auxiliares. Controle de entrada e saída: coordena os volumes das aquisições em relação à demanda produtiva. Deve ser considerada a vida útil dos recursos, especialmente nos casos de materiais biodegradáveis ou quimicamente instáveis. Sistema FIFO (first in first out): medida eficiente na redução de perdas de produtos pois consiste basicamente em utilizar primeiro o que chegou primeiro. Operações de transferência/manuseio: minimização de perdas pela manipulação adequada de embalagens, de modo a evitar danos e avarias que resultem em perda de matérias-primas e na conseqüente geração de resíduos/efluentes. Cabe ressaltar que acidentes com produtos químicos podem gerar graves danos ambientais Segregação de materiais – medida exigida em várias normas técnicas de armaz- enamento de produtos e resíduos, e que visa minimizar a possibilidade de reações indesejáveis como fogo, liberação de gases tóxicos ou explosão entre produtos incompatíveis que não podem ser colocados em contato. Identificação: sistemas adequados de identificação e informação permitem a rápida localização dos produtos armazenados, bem como auxiliam na tomada de decisão, em caso de acidentes. GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Implementação: - Estabelecimento de procedimentos operacionais para operações com alto risco de perdas - Estabelecimento de rotina de manutenção preventiva para máquinas, equipamentos e instalações - Segregar o leite derramado do restante dos efluentes - Implantar sistema de monitoramento com controles e alarmes Benefícios ambientais: - Redução na quantidade de resíduos e carga poluidora dos mesmos - Redução da carga orgânica dos efluentes Aspectos econômicos: - Menores perdas de matéria-prima - Redução nos custos de tratamento/ disposição de resíduos - Investimento em válvulas e mecanismos de controle OP+L 3: Redução nas perdas de leite Tipo: Redução na fonte Considerações Derramamentos e perdas de matéria-prima estão diretamente relacionados a acréscimos na quantidade e carga poluidora dos efluentes líquidos. É altamente desejável a criação de mecanismos de controle para a redução dessas perdas no recebimento, bem como em tanques, bombas, tubulação e equipamentos. Também devem ser evitadas as perdas de materiais por acondicionamento inadequado ou por falta de condições apropriadas para manutenção de sua qualidade, tal como refrigeração, por exemplo.  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Tratamento térmico Implementação: - Instalação de trocadores de calor - Bombas - Substituições no sistemas de bombeamento do leite, água quente e fria Benefícios ambientais: - Menor consumo de energia Aspectos econômicos: - Menor consumo de energia - Custos de instalação e adaptação do processo OP+L 6: Recuperação de energia do tratamento térmico do leite Tipo: Redução na fonte Considerações O tratamento térmico do leite demanda grande consumo de energia, e a otimização da recuperação de energia durante essa etapa, pelo uso de trocadores de calor, possibilita recuperar o calor do leite, na saída do pasteurizador/esterilizador no pré-aquecimento do leite refrigerado na entrada e circuito de circulação do mesmo. Cerca de 90% do calor pode ser recuperado. GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L  Considerações O leitelho possui composição similar à do leite desnatado com alto teor de fosfolipídeos. Seu descarte como efluente provoca aumento na carga poluidora, especialmente no teor de orgânicos. Esse subproduto pode ser utilizado na preparação de outros produtos para consumo humano ou alimentação de animais. Seu uso requer que seja mantido em condições apropriadas de armazenamento a fim de inibir o desenvolvimento de microorganismos. É importante também evitar que o ar seja incorporado durante as operações de transferência e estocagem pois podem ocorrer alterações em seu sabor e aparência. Dentre as alternativas para uso estão: - Alimentação do gado; - Secagem por processo de desidratação e posterior utilização na indústria ali- mentícia em panificação e preparação de sobremesas e sorvetes principalmente devido as suas propriedades emulsificantes; - Uso na preparação de alguns tipos de queijos ou adição ao leite usado na preparação de queijos. Processo: Produção de manteiga Etapa/Operação: Batedura da manteiga Implementação: - Separação do leitelho - Conservação para uso posterior - Elaboração de outros produtos a partir do leitelho Benefícios ambientais: - Redução na carga orgânica do efluente final - Reutilização/Reciclagem Aspectos econômicos: - Redução nos custos de tratamento - Benefício econômico pelo uso do leitelho - Custo adicional para o uso do leitelho - Custo adicional para preparação de novo produto OP+L 7: Utilização do leitelho Tipo: Reciclagem 7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Considerações O soro recuperado do processo deve ser utilizado de modo a provocar o mínimo impacto ambiental possível. Outras atividades associadas a seu uso, tais como transferência e transporte ao local de processamento ou sua concentração “in loco” para redução de volume e consequente diminuição nos custos em transporte devem ser levados em conta. Ao considerar que a produção de soro pode chegar a nove vezes a quantidade de queijo produzido, verifica-se que sua contribuição no efluente final é muito significativa, tanto em termos quantitativos, quanto qualitativos. Algumas alternativas para utilização desse subproduto: • Alimentação de animais: o soro pode ser usado diretamente como alimento animal, principalmente para porcos, entretanto o alto teor de lactose pode causar problemas digestivos em outras espécies devido à ausência da lactase (enzima que hidrolisa a lactose). O soro também tem baixo teor de substâncias nitrogenadas e seu uso excessivo na alimentação animal pode provocar desequilíbrios nutricionais. Para sua utilização adequada para esse fim, recomenda-se que sejam considerados os seguintes aspectos: − Separação e análise do soro; − Seleção dos usuários potenciais ; − Adaptação à dieta animal; − Custos de transporte; − Requisitos e custos de acondicionamento e transporte do soro. Dependendo do custo de transporte, a concentração do soro na unidade de produção pode ser vantajosa. Processo: Produção de queijos Etapa/Operação: Coagulação/Corte/ Enformagem e Prensagem Implementação: - Identificação das alternativas de uso - Avaliação das alternativas quanto à viabilidade técnico- econômica de implantação - Seleção de alternativas - Implementação da alternativa escolhida Benefícios ambientais: - Redução no volume e da carga orgânica do efluente final - Utilização do subproduto Aspectos econômicos: - Redução nos custos de tratamento do efluente - Benefício econômico pelo uso do soro - Custo adicional para o estudo de alternativas e sua implementação - Custo adicional para equipamentos e recursos humanos OP+L 8: Utilização do soro Tipo: Reciclagem GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 70 Considerações A imersão em salmoura é um dos métodos mais usados na salga de queijos pois permite um processo uniforme e pode ser facilmente integrado em diversos sistemas mecanizados de produção. O consumo de sal é de cerca de  a  quilos para cada 00 quilos de queijo. A salmoura é composta basicamente por água e cloreto de sódio, mas durante a salga são realizadas trocas entre a solução e o queijo, que resultam na passagem de substâncias solúveis do queijo (proteínas solúveis, sais minerais, lactose, ácido lático, etc) para a salmoura. Também pode ocorrer a contaminação microbiológica, proveniente da flora natural do queijo ou de outras fontes (pessoal, materiais, água, etc). Para que sejam asseguradas condições ótimas para a salga, é necessário o controle físico, químico e microbiológico da salmoura por meio de: − Isenção de contaminação na água e sal usados; − Controle de pH, temperatura e duração da salga em função do tipo de queijo a ser produzido; − Manutenção da concentração adequada de sal; − Manutenção do teor adequado de cálcio para permitir a secagem da casca; − Eliminação das partículas de queijo; − Eliminação ou tratamento da salmoura contaminada com microorganismos indesejáveis. O descarte de grandes quantidades de salmoura no efluente final resulta em aumento da carga orgânica e da condutividade uma vez que essa solução é rica em sólidos suspensos, microorganismos, sais de cálcio, magnésio, lactose e ácido lático, etc. A segregação da salmoura torna possível seu tratamento e eventual reúso. Processo: Produção de queijos Etapa/Operação: Salga Implementação: - Estabelecimento de especifi- cações para o uso da salmoura - Estabelecimento de procedi- mentos operacionais - Equipamentos para controle e análises - Treinamento de pessoal Benefícios ambientais: - Redução no consumo de água - Redução na quantidade final de resíduos - Redução de resíduos de produtos rejeitados Aspectos econômicos: - Redução nos custos de tratamento e disposição de resíduos - Minimização nos custos de elaboração de pro- dutos rejeitados - Redução nos custos de matérias-primas (oti- mização do uso da salmoura) - Investimentos em equipamentos de controle e/ ou análises - Custos adicionais com pessoal OP+L 10: Controle e recuperação da salmoura Tipo: Redução na fonte 7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Limpeza das instalações Implementação: - Remoção dos resíduos por raspagem ou sistema de ar comprimido - Instalação de dispositivo para retirada dos resíduos - Treinamento de pessoal - Estabelecimento de procedi- mentos operacionais para operações de limpeza Benefícios ambientais: - Redução no consumo de água - Redução da carga poluidora do efluente Aspectos econômicos: - Redução no consumo de água - Redução nos custos de tratamento do efluente - Custos adicionais para treinamento de pessoal - Custo adicional de gerenciamento de resíduos OP+L 11: Limpeza de superfícies à seco Tipo: Redução na fonte Considerações As operações de limpeza exigem grande consumo de água, resultam na geração de significativo volume de efluentes, e no caso da limpeza de superfícies e instalações, essas operações geram sólidos que normalmente são descartados com o efluente final e resultam no acréscimo da carga poluidora do mesmo. A remoção prévia dos resíduos sólidos reduz a quantidade de sólidos no efluente e diminui o consumo de água. Esse procedimento pode permitir reduções da ordem de % da água consumida na limpeza, sendo o gerenciamento dos resíduos removidos sem água mais fácil e econômico. GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 7 Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Limpeza das instalações Implementação: - Instalação de dispositivo para saída de água das mangueiras - Instalação de unidades portáteis providas de água pressurizada Benefícios ambientais: - Redução no consumo de água - Redução na quantidade final de resíduos Aspectos econômicos: - Redução nos custos com água - Custos adicionais com equipamentos OP+L 12: Utilização de água pressurizada para limpeza de superfícies Tipo: Redução na fonte Considerações O uso de água pressurizada aumenta a eficiência da limpeza devido à ação mecânica exercida para a remoção da sujeira. A implementação dessa alternativa pode ser facilmente feita com a instalação de dispositivos de saída (esguicho, por exemplo) nas mangueiras existentes, inclusive com sistema automático de interrupção do fluxo. Essas modificações permitem o uso de água a média ou baixa pressão. Para obtenção de água a alta pressão, existem equipamentos próprios. Sistemas de alta pressão podem ser usados para limpeza de superfícies externas das instalações, porém há um inconveniente: a força do impacto pulveriza as partículas de sujeira e as espalha. Essas partículas pulverizadas se depositarão novamente na superfície já lim- pa, e podem contaminá-la. 7 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Outro benefício é a redução na geração de resíduos de embalagens de produtos de limpeza, já que os mesmos são armazenados em depósitos ou tanques. O quadro abaixo mostra uma estimativa das reduções obtidas numa fábrica de queijos que processa 00.000 litros de leite por dia. A seguir está representada uma unidade CIP e seus respectivos tanques e fluxos de produtos e água. Equipamentos a serem limpos Unidade CIP Efluente Efluente        - Tanque de neutralização  - Água de reúso  - Solução alcalina  - Solução ácida  - Água limpa  - Água quente Limpeza tradicional (sem recuperação de produtos) m3/dia Limpeza com utilização de sistema CIP(m3/dia) Água para lavagem 0  Solução alcalina (pH  a )   Solução ácida (pH  a ) 8  GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 7 Considerações Essa medida consiste na substituição de detergentes tradicionais por detergentes utilizados uma única vez. Nos sistemas CIP tradicionais, há duas fases: a alcalina, responsável pela eliminação de proteínas, gorduras e lactose, e a ácida, necessária para eliminar sais inorgânicos, entretanto os detergentes de uso único são capazes de suprir as necessidades de limpeza para ambos os casos: proteínas, gorduras e lactose e sais. Dois tipos de produtos foram desenvolvidos: − Produtos de base ácida, que usam ácido e uma larga quantidade de surfactantes para agir nos resíduos de graxa e proteínas, e podem remover de uma única vez a contaminação orgânica e inorgânica; − Produtos alcalinos com alto teor de umectantes e emulsões, para facilitar a quebra da gordura e resíduos de proteínas, além de agentes de “captura” que impedem o depósito de sais alcalinos presentes na solução de limpeza e eliminam as incrustrações. Programas de limpeza com utilização de detergentes de única aplicação requerem menos estágios de lavagem e menores aplicações de produto, além do que o tempo gasto na limpeza é menor do que o gasto com o uso de sistemas convencionais, e pode chegar, em alguns casos, a uma redução de %, o que corresponderia a um aumento de , hora por dia de tempo na produção. Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Limpeza das instalações Implementação: - Estabelecimento de programa de limpeza e desinfecção - Elaboração de procedimentos operacionais Benefícios ambientais: - Menor consumo de água - Redução no consumo de energia (eletricidade e vapor) - Redução no consumo de produtos de limpeza - Redução nos custos de tratamento Aspectos econômicos: - Redução nos consumos de recursos (água e energia) - Redução nos custos de tratamento - Redução no tempo de limpeza OP+L 15: Utilização de detergentes de uso único Tipo: Redução na fonte 77 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Programa de limpeza com produtos de uso único Programa tradicional de limpeza Programa de limpeza com produtos de uso único + desinfetante Enxágüe inicial Enxágüe inicial Enxágüe inicial Detergente uso único alcalino ou ácido Fase alcalina Detergente uso único alcalino ou ácido e desinfetanteEnxágüe intermediário Enxágüe intermediário Fase ácida Enxágüe intermediário Desinfecção Desinfecção Enxágüe final Enxágüe final Enxágüe final Outro benefício ambiental desse sistema é em relação à qualidade do efluente gerado, uma vez que os produtos possuem baixo teor de fósforo e nitrogênio. O quadro abaixo mostra as diferenças entre os diversos programas de limpeza para sistema CIP: GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 80 Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Unidades auxiliares Implementação: - Determinação da qualidade da água requerida para cada operação - Instalação de sistema para recuperação do condensado - Recirculação da água - Uso do condensado para abastecimento de caldeira(s) - Eventual necessidade de uso de aditivos (fungicidas, anti-incrustante, algicidas, desinfetantes, etc) Benefícios ambientais: - Redução na quantidade de resíduos - Redução no consumo de água Aspectos econômicos: - Redução no consumo de água - Custos adicionais para ajuste do equipamento e instalação do sistema de coleta e recirculação do condensado OP+L 18: Recuperação do condensado Tipo: Reciclagem 8 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Operações secundárias Implementação: - Determinação de área específica para estocagem desses produtos, provida de dispositivos de segurança e sistema de contenção com coleta independente do efluente, para conter eventuais vazamentos/ derramamentos - Impermeabilização do piso - Treinamento de pessoal para o gerenciamento desses produtos - Estabelecimento de plano de contingência para evento de acidente - Identificação adequada dos produtos por símbolos e etiquetas descritivas Benefícios ambientais: - Prevenção de acidentes e seus impactos associados Aspectos econômicos: - Redução nos custos de tratamento - Custos adicionais para preparação da área de estocagem - Custos adicionais de treinamento de pessoal OP+L 19: Armazenamento de produtos perigosos sob condições adequadas Tipo: Redução na fonte Considerações Produtos perigosos podem poluir e contaminar o solo e águas subterrâneas/superfi- ciais em caso de acidentes, portanto é altamente recomendável a estocagem dos mesmos em áreas específicas para esse fim, com acesso restrito a pessoas autorizadas e proibido para veículos, e dotadas de sistema de contenção para eventual recolhimen- to de residuais de eventuais vazamentos/derramamentos. GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 8 Considerações O setor envolve vasto uso de embalagens que muitas vezes, por defeitos na linha de produção das mesmas ou do produto final, são descartadas como resíduos antes mesmo de chegarem ao consumidor final. A otimização da relação entre peso da embalagem e o peso do produto permite a redução do consumo desnecessário de recursos e/ou energia para sua produção, bem como reduz a quantidade de resíduos de embalagens pós consumo. A implementação de um plano de minimização de embalagens envolve os seguintes passos: • Realização de inventário de todas as embalagens utilizadas, no que se refere a formatos, tipo de material, volumes, especificações, etc; • Estudo de viabilidade de minimização (substituição de material, características dos materiais, desenho e volume da embalagem, etc) consideradas as condi- cionantes para conservação, transporte e armazenamento requeridas pelo produto; • Implementação das medidas; • Quantificação dos resultados. Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Envase e embalagem Implementação: - Desenvolvimento de estudo de alternativas para minimização e de mercado - Modificações na produção das embalagens Benefícios ambientais: - Diminuição da quantidade de resíduos de embalagens descartadas pós consumo. Aspectos econômicos: - Menor consumo de material para embalagem - Menor custo de gerenciamento de resíduos de embalagens gerados na empresa - Custos adicionais para os estudos de minimização e mercado - Custos adicionais para modificação nas operações e estocagem das embalagens OP+L 20: Minimização de resíduos de embalagens Tipo: Redução na fonte 8 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Tratamento de efluentes Implementação: - Construção/Instalação de tanque para homogeneização/ neutralização de fontes ácidas e alcalinas - Dosagem de reagentes Benefícios ambientais: - Redução na periculosidade dos resíduos/ efluentes - Redução da geração de lodo Aspectos econômicos: - Redução nos custos de tratamento - Custos adicionais de tancagem e sistema de dosagem de reagentes OP+L 22: Neutralização dos efluentes antes de seu lançamento Tipo: Redução na fonte Considerações Descartes ocasionais de efluentes de limpeza com pHs extremos, gerados pelo emprego de soluções ácidas ou alcalinas podem causar sérios impactos no meio receptor e podem ser altamente prejudiciais aos sistemas de tratamento de efluentes, principalmente quando o mesmo for biológico. GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 8 Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Geração de energia Implementação: - Desenvolvimento de projeto para cogeração Benefícios ambientais: - Economia de energia primária - Redução nas emissões atmosféricas (menos combustível queimado para gerar a mesma quantidade de energia) - Uso de combustíveis mais limpos (gás natural) ou uso de gases residuais (biogas, biomassa, resíduos industriais, etc.) Aspectos econômicos: - Redução nos custos de energia primária - Custos adicionais para desenvolvimento de projeto de viabilidade, implantação, manutenção e uso OP+L 23: Otimização da eficiência energética através da co-geração Tipo: Redução na fonte Considerações Em plantas grandes ou nas quais onde o consumo de energia é muito alto (por exemplo, naquelas onde é efetuada a concentração de soro), a produção de energia pelo uso de calor residual pode ser economicamente viável, sendo que a viabilidade dessa alternativa dependerá de vários fatores tais como preço do combustível e eletricidade, bem como de incentivo do setor público. 87 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Geral Implementação: - Ajuste do fluxo de água necessário para cada operação - Plano de otimização das condições de uso publicado e divulgado para todos os funcionários - Instalação de dispositivos para regulagem do fluxo de água - Instalação de medidores nas principais áreas de consumo - Instalação de sistema de interrupção de trechos da tubulação a fim de permitir o corte do fornecimento em trecho onde haja vazamento - Adequação da quantidade usada em cada operação, inclusive com reuso em estágios menos críticos - Realização de inspeções periódicas nas instalações e monitoramento constante de consumo de modo a detectar vazamentos, perdas ou rupturas o mais rápido possível - Utilização de circuito fechado para resfriamento - Instalação de esguichos ou dispositivos de fechamento automático nas torneiras e mangueiras - Utilização do efluente tratado, desde que em níveis aceitáveis de qualidade, para operações tais como lavagem de pisos, ou áreas externas OP+L 24: Boas práticas para redução de consumo de água Tipo: Redução na fonte Considerações O controle freqüente e periódico do consumo de água na indústria permite detectar vazamentos na rede interna de abastecimento e o consumo desnecessário em diversas áreas. Controlar o consumo diariamente pode possibilitar a identificação de variações significativas na realização das mesmas operações em situações diversas e realizadas por diferentes operadores. GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 90 Processo: Elaboração de produtos lácteos Etapa/Operação: Geral Implementação: - Adotar medidas preventivas a fim de evitar que: * Óleo lubrificante usado e outros resíduos perigosos alcancem o sistema de drenagem da planta * Vazamentos de combustíveis se misturem aos efluentes * Resíduos de laboratórios sejam descartados no sistema de descarga de efluentes * As embalagens de produtos químicos retenham restos de produtos * Resíduos perigosos sejam misturados com não perigosos - Instalação de sistema de contenção e coleta para eventuais vazamentos de combustíveis ou outros produtos/resíduos perigosos - Utilização de embalagens retornáveis ou recebimento a granel para os produtos mais consumidos - Segregar os resíduos passíveis de reciclagem - Obedecer critérios de segregação de resíduos perigosos em função de suas eventuais incompatibilidades OP+L 27: Boas práticas para o gerenciamento de resíduos Tipo: Redução na fonte 9 GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE PRODUTOS LÁCTEOS SÉRIE P+L 9
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