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Métodos de regeneração na recuperação de nascentes, Notas de estudo de Engenharia Florestal

O presente trabalho teve como finalidade avaliar o desenvolvimento silvicultural das espécies sob diferentes métodos de regeneração artificial (plantio de mudas, transplantio de plântulas e semeadura direta no período seco e chuvoso) e regeneração natural na recuperação de duas nascentes e os benefícios e vantagem que essa recuperação traz ao ser humano sob os aspectos hídricos, flora e fauna, ou seja, avaliar qual o melhor método para a recuperação de áreas degradadas pelas diversas ações

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 26/05/2010

Éder_Naves78
Éder_Naves78 🇧🇷

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Baixe Métodos de regeneração na recuperação de nascentes e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Florestal, somente na Docsity! FABIANA DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DE REGENERAÇÃO NA RECUPERAÇÃO DE NASCENTES INCONFIDENTES-MG 2009 FABIANA DE OLIVEIRA AVALIAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS DE REGENERAÇÃO NA RECUPERAÇÃO DE NASCENTES Monografia apresentada, como pré-requisito de conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas Gerais, Campus Inconfidentes. Orientadora: Lílian Vilela Andrade Pinto INCONFIDENTES-MG 2009 AGRADECIMENTO Agradeço a Deus por ter me dado força e persistência para vencer mais este desafio. Agradeço a minha santa de devoção Nossa Senhora Aparecida que não me desamparou em momento algum dando sempre coragem e ouvindo sempre meus pedidos nas horas de aflição. Agradeço a meu pai pois sem ele este trabalho não teria sido realizado, pois me amparou e ajudou em todas estas etapas dando idéias, explicações ou então somente pela companhia nos trabalhos de campo. A minha mãe por estar sempre me amparando e acompanhando nas minhas decisões e frustrações, e por estar sempre ao meu lado nem que por pensamentos, pois mãe nunca esquece de seus filhos. Agradecimento todo especial a minha sobrinha Natasha, pela ajuda em todas as anotações de campo deste trabalho durante os doze meses sem falhar um dia, agora ficando na memória os lanches na sombra do assa-peixe, as risadas das palavras mal entendidas, em fim dos momentos bons que passamos neste período, onde voltei a sentir o prazer de ser criança, fica aqui o meu muito obrigado. Ao meu noivo Fábio Veiga pela compreensão e paciência durante os momentos difíceis e pelo apoio e companheirismo nos momentos bons e nos momentos não tão bons assim A meu irmão Nagib por ter concedido que este trabalho fosse realizado em sua propriedade, e a sua esposa Nídia por tantos almoços e a suas filhas Natália e Natasha pela ajuda. A minha irmã Viviane por tanto ter me ajudado com o manuseio do “bendito” computador. Agradeço ao Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Sul de Minas Gerais- Campus Inconfidentes, pela oportunidade de realizar o curso, Tecnólogo em Gestão Ambiental. A professora Lílian Vilela Andrade Pinto, pela dedicação na orientação, paciência, colaboração e incentivo e principalmente por acreditar em mim. Ao professor Laércio Loures pela paciência em identificar as espécies de plantas e sementes e também pela doação de uma parte dessas sementes para que pudesse realizar este trabalho. Ao professor Jamil de Morais Pereira, no auxilio das analises de qualidade de água. Ao professor Marçal Luís Alberti, e a professora Verônica Soares de Paula Morais por aceitarem a participar da banca de defesa. Ao professor Oswaldo Francisco Bueno, pela ajuda na analise de solo. As amigas, Marilia, Daniela, Roberta por tanto terem me ajudado nestes três anos de curso. Aos amigos Milson, Renato, Mauro e Iteane, pela ajuda nas mais diferentes maneiras como, apoio nos materiais escritos, moral e laboratorial. A todos os amigos que fiz ao longo desta caminhada, Getúlio, Breno, Bruno Bonetti, Mayron, Ramon, Diego, Tialis, Pedro, Leandro, Lívia. A todos os professores que passaram em meu dia-dia estes três anos. SUMÁRIO LISTA DE TABELA.......................................................................................................................V LISTA DE FIGURA...................................................................................................................... VI RESUMO ...................................................................................................................................... IX ABSTRACT ....................................................................................................................................X 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 1 2. OBJETIVO .............................................................................................................................. 3 2.1 Objetivo geral .................................................................................................................... 3 2.2 Objetivos específicos......................................................................................................... 3 3. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................... 4 3.1 Nascentes ........................................................................................................................... 4 2.2 Classificação de nascentes................................................................................................. 5 3.3 Vazão................................................................................................................................. 6 3.4 Mata ciliar.......................................................................................................................... 6 3.5 Semeadura direta ............................................................................................................... 8 3.6 Plantio de mudas................................................................................................................ 8 3.7 Plantio de plântulas............................................................................................................ 9 3.8 Regeneração natural .......................................................................................................... 9 3. 9 Espécies de preenchimento e de diversidade................................................................. 10 3.10 Qualidade da água: parâmetros biológicos.................................................................... 11 4. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................... 13 4.1 Caracterização da área ..................................................................................................... 13 4.2 Recuperação da área ........................................................................................................ 15 I 6. CONCLUSÃO....................................................................................................................... 57 7. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................... 59 ANEXOS................................................................................................................................... 64 IV LISTA DE TABELA TABELA 1. Espécies utilizadas na semeadura direta seguidas da família, nome comum (NC), grupo ecológico (GE): pioneira (P) e clímax (C), tratamento de dormência (TD) e do período de semeadura (PS). ............................................................................................................................. 17 TABELA 2. Espécies utilizadas no plantio de mudas seguidas da família, nome científico, nome comum e grupo ecológico. ............................................................................................................ 18 TABELA 3. Espécies que foram catalogadas no local antes e durante a avaliação...................... 56 V LISTA DE FIGURA FIGURA 1: Croqui da área............................................................................................................ 14 FIGURA 2: Croqui dos métodos de recuperação.......................................................................... 15 FIGURA 3: Parte da área a ser recuperada pelo método de regeneração natural. ........................ 16 FIGURA 4: Sementes utilizadas na semeadura direta................................................................... 16 FIGURA 5: Preparo do terreno e distribuição das mudas. ............................................................ 21 FIGURA 6: Modelo de plantio adotado na recuperação por plantio de mudas. ........................... 21 FIGURA 7: Replantio e manutenção do plantio. .......................................................................... 22 FIGURA 8: Transplantio: A) Local da semeadura; B) Local do transplantio............................... 23 FIGURA 9: Analise laboratorial de água. ..................................................................................... 24 FIGURA 10: Ponto de monitoramento de vazão........................................................................... 26 FIGURA 11: Mortalidade de mudas em porcentagem nas linhas de plantio ................................ 28 FIGURA 12: Replantio de mudas em porcentagem nas linhas de plantio. ................................... 29 FIGURA 13: Espécies clímax que apresentaram crescimento em altura da 1ª avaliação para a 12ª avaliação ........................................................................................................................................ 30 FIGURA 14: Diferença do crescimento em altura das espécies clímax da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. ....................................................................................................................................... 31 FIGURA 15: Espécies clímax que se destacaram em altura ao longo de 1 ano de avaliação. ...... 32 FIGURA 16: Espécies pioneiras que apresentaram crescimento em altura da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. ................................................................................................................................. 34 FIGURA 17: Diferença do crescimento em altura das espécies pioneiras da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. ................................................................................................................................. 35 FIGURA 18: Espécies pioneiras que se destacaram em altura ao longo de 1 ano de avaliação. .. 36 VI RESUMO O presente trabalho teve como finalidade avaliar o desenvolvimento silvicultural das espécies sob diferentes métodos de regeneração artificial (plantio de mudas, transplantio de plântulas e semeadura direta no período seco e chuvoso) e regeneração natural na recuperação de duas nascentes e os benefícios e vantagem que essa recuperação traz ao ser humano sob os aspectos hídricos, flora e fauna, ou seja, avaliar qual o melhor método para a recuperação de áreas degradadas pelas diversas ações humanas ou naturais. Para isso foram monitorados a porcentagem de covas com plântulas emergidas da semeadura direta realizada no período seco e chuvoso; o desenvolvimento das mudas em altura, diâmetro de copa e diâmetro a altura do solo; a sobrevivência das plântulas transplantadas; o desempenho da regeneração natural; a quantidade e a qualidade da água ao longo da recuperação; a fauna local ao longo da recuperação. Como principais resultados e conclusões tem-se que o desenvolvimento das mudas foi satisfatório, sendo mais rápido quando se plantou mudas de boa qualidade e da espécie adequada para a área em questão; a semeadura direta deve ser realizada no período com maior umidade possível, ou seja, na época das águas, onde a germinação das sementes e a sobrevivências das plântulas foram maiores; a taxa de sobrevivências das plântulas transplantadas foi alta (78%) sendo então uma alternativa para o produtor recuperar áreas degradadas com baixo custo; dentre as três técnicas de regeneração artificial a que apresentou desenvolvimento mais rápido foi o plantio de mudas; a regeneração natural é viável, desde que no local não existam plantas invasoras agressivas, pois podem assim dificultar a regeneração e conseqüentemente levando muito mais tempo para as possíveis melhorias do local; a qualidade da água deve ser avaliada por análise completa por ter apresentado presença de mesófilos e continuar sendo monitorada ao longo da recuperação para verificar a eficiência da recuperação na melhoria dessa qualidade; a vazão deve ser monitorada continuamente para verificar o efeito da recuperação na infiltração e evapotranpiração; e a fauna do local não apresentou entrada de novas espécies. Palavra chave: Plantio de mudas, semeadura direta, transplantio de plântulas, regeneração natural. IX ABSTRACT The present work aims to assess the development of different species under different artificial regeneration metods (planting of new plants, new palnting and direct planting of seeds in the wet and dry seasons) and natural regeneration in the recovery of two water sources and the benefits that this recovery brings to humans under the water aspects of flora and founa, in other words, assessment of the best method for the recovery of degraded lands by diverse human and natural actions. Aiming towards this, the percentage of plants that have emerged from the land under direct planting have been monitored during wet and dry seasons, the development of the plants in height, diameter and survival of the transplanted plants, the performance of natural regeneration, quantity and quality of water and local fauna along the recovery path. The main results and conclusions show that the development of the plants was satisfactory, occuring more rapidly when good quality species of plants were inserted in the defined area. The direct planting must be realized during the period of greater humidity, in other words, the period of rain, during which the germination of the seeds and the survival of the plants was high (78%) representing, hence, an alternative for the producer to recovery the degraded lands with low cost. Among the tree techniques of artificial regeneration of plants the fastest development has ocurred with the direct planting of new plants, the natural regeneration is viable provided the inexistance of invasor plants as they may compromise the regeneration leading to greater time for improvements in the site. The quality of the water must be realized by complete analysis for having presented the presence of mesofiles and should continue to be monitored throughout the recovery period to verify the eficiency of the recovery. The flow must be monitored continuously to verify the efect of recovery in the infiltration and evapotranspiration, and local fauna never presented the entry of new species. Key-Words: Planting of new plants, direct planting, transplanting of plantules, natural regeneration X 1. INTRODUÇÃO Estudo da Embrapa indica que, apesar do desmatamento dos últimos 30 anos, o Brasil é um dos países que mais mantém sua cobertura florestal original. Se o desflorestamento mundial persistir no ritmo atual, o Brasil deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta. Na maioria dos países a defesa da natureza é fenômeno recente, já, no Brasil vem de longas datas desde o século XVI (MIRANDA, 2007). O Brasil é um dos países com maior biodiversidade do mundo e por isso chama muita atenção dos pesquisadores mundiais, coisa que muitos brasileiros não dão valor hoje, mas que um dia poderá diminuir e irá, sem distinção alguma, prejudicar a todos. Outro recurso natural que merece atenção de todos é a água, um dos recursos naturais importantíssimos para a sobrevivência do planeta, e que já está ficando escasso quanto aos parâmetros qualidade, pela poluição por resíduos industriais, agrícolas, domésticos entre outros, e abundância. A briga por água em alguns países já é fato consumado. Os grandes desmatamentos, o uso excessivo dos solos, o grande consumo de água, enfim a utilização incorreta destes recursos naturais vem acarretando sérios problemas no planeta, ou seja, está desregulando o ciclo ambiental. Depois de longas datas de degradação ainda está em tempo de recuperar parte daquilo que foi perdido, como por exemplo, a recuperação de matas ciliares em nascentes, margens de rios e topo de morros. Estas medidas possibilitam amenizar os assoreamentos dos rios, melhorar a estrutura dos solos e a infiltração de água destes solos para recarga do lençol freático, absorver o dióxido de carbono entre tantos outros benefícios. A recuperação das nascentes pode ser pelos métodos de regeneração natural ou artificial. A regeneração natural consiste na dispersão natural das sementes e recrutamento das mesmas, já a regeneração artificial necessita da intervenção do homem e pode ser realizada por plantio de 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Nascentes As nascentes são fontes de água que surgem em determinados locais da superfície do solo e são facilmente encontradas no meio rural, sendo também conhecidas por olho d’água, mina, cabeceira e fio d’água. As águas que emanam das nascentes formarão pequenos cursos d’água que irá aumentar o volume das águas nos cursos adiante, até a chegada ao mar. Uma grande parte das nascentes estão localizadas nas partes altas montanhosas, ou seja, nas bacias de cabeceiras. Geralmente são estas nascentes que dão origem aos grandes cursos d’água (CASTRO, 2001). Segundo Calheiro (2007) nascente é o afloramento do lençol freático, que vai dar origem a uma fonte de água de acúmulo (represa), ou cursos d’água (ribeirões ou rios). A nascente ideal é aquela que fornece água de boa qualidade, abundante e contínua, localizada próxima ao local de uso e de cota topográfica elevada, possibilitando sua distribuição por gravidade, sem gasto de energia. Segundo a Lei Federal 4.771/65, alterada pela Lei 7.803/89 e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, “Consideram-se de preservação permanente, pelo efeito de Lei, as áreas situadas nas nascentes, ainda que intermitente e nos chamados “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica, devendo ter um raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura.” Segundo o Artigo 2.° e 3.º da Lei 4.771/65 “A área protegida pode ser coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”. 4 Quanto às penalidades, a Lei de Crimes Ambientais - 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, conforme Artigo 39, determina que é proibido “destruir ou danificar floresta da área de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utiliza-la com infringência das normas de proteção.”. Segundo Calheiro (2007) é prevista pena de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas, cumulativamente. Se o crime for culposo, a pena será reduzida a metade. 2.2 Classificação de nascentes As nascentes são classificadas em perenes, efêmeras e temporárias quanto ao regime de água (CASTRO, 2001). As perenes mantêm a saída de água o ano todo, nunca seca. As efêmeras são aquelas que aparecem apenas nos dias de muita chuva, ficam por alguns dias e depois desaparecem. As temporárias são aquelas que aparecem apenas na época das chuvas. Em relação ao tipo de reservatório, as nascentes podem ser classificadas em difusas e pontuais. As nascentes pontuais são também conhecidas como nascentes de encosta e apresentam o fluxo d’água em um único local do terreno, sendo geralmente localizadas em grotas rasas e profundas e no alto de serras (PINTO, 2003). Segundo Castro (2001) este único local no terreno corresponde ao ponto de encontro da encosta com a camada impermeável do solo em decorrência da inclinação da camada impermeável ser menor que a da encosta, resultando no surgimento do lençol freático. Já as nascentes difusas são aquelas em que a água surge em vários locais do solo, ou seja, não tem um ponto referencial ou fixo. Isto ocorre devido o escoamento de água das encostas para as baixadas acarretando a recarga do nível do lençol freático, fazendo com que o lençol se aproxime da superfície do solo ocorrendo o encharcamento do solo local (CASTRO, 2001). Pinto (2003) classificou as nascentes de acordo com a sua conservação, em preservada, perturbada e degradada. A nascente é tida como preservada quando apresenta 50 metros de vegetação natural no seu entorno, como perturbada quando não apresenta os 50 metros de vegetação natural no seu entorno mas se encontra em bom estado de conservação mesmo estando, parte de sua área de preservação permanente – APP, ocupada por pastagem ou agricultura, e como degradada quando está com elevado índice de compactação, vegetação mínima, erosão e voçoroca. 5 3.3 Vazão Vazão é o volume de água escoado na unidade de tempo em um determinado local do curso d’água (MARTINS, 1976 citado por ALVARENGA, 2004). Há várias maneiras de se medir a vazão de um curso d’água, uma das maneiras mais simples é o método de vazão por capacidade, onde o fluxo de água é amparado em um recipiente calibrado e o tempo de enchimento de um volume conhecido é cronometrado. Sendo que este método é utilizado quando a vazão é pequena (CHEVALLIER, 2001 citado por ALVARENGA, 2004). 3.4 Mata ciliar Mata ciliar são formações de florestas às margens de córregos, ribeirões, rios, lagos, nascentes e reservatórios de água e são de estrema importância ambiental, principalmente na manutenção da qualidade da água, estabilidade do solo, das áreas marginais, corredores para o deslocamento da fauna, assim como para a dispersão vegetal e manutenção do ecossistema aquático. As matas ciliares são protegidas pela legislação federal (Código Florestal - Lei nº 4.777/65) e são consideradas de preservação permanente. Assim, toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios deve ser preservada (MARTINS, 2001). Segundo Wiedmann e Dornelles (1999) as matas ciliares são fundamentais para a proteção das áreas onde se situam, em geral caracterizada pela fragilidade topográfica, bem como pela proteção que conferem à fauna, à água e ao solo, ao impedirem o assoreamento dos rios, deslizamento de morros, alagamentos, isto é, ao manter a qualidade do solo, dos cursos d’água. A destruição dessas matas causa sérios problemas ambientais tais como: erosão do solo, redução da biodiversidade e a degradação de grandes áreas (BARBOSA, 1999 citado por ALVARENGA et al., 2006). Segundo Davide et al (2000) citado por Alvarenga (2004) mata ciliar são assim denominadas por se assemelharem, na sua função, aos cílios que protegem os olhos e por apresentar forma estreita, na forma de ripas. Segundo Martins (2001) citado por Alvarenga (2004) os principais termos encontrados na literatura para designar as formações que ocorrem ao longo dos cursos d’água são: mata ciliar, floresta ripária, mata de galeria, floresta beiradeira, floresta ripícola e floresta ribeirinha. 6 A grande dificuldade do reflorestamento com espécies nativas é a diversidade de espécies e a obtenção de mudas na quantidade e qualidade desejada (SANTARELLI, 2001 citado por ALVARENGA, 2004). Segundo Cruz (2003) é necessário avaliar os fragmentos de mata nas proximidades da área a ser recuperada a fim de conhecer a vegetação local, para auxiliar na escolha das mudas e ter conhecimento das condições do solo e do clima da região. 3.7 Plantio de plântulas A eficiência desta técnica está associada à escolha do local e ao resgate de plântulas naturais em fragmentos florestais em áreas vizinhas a área a ser recuperada. Também é importante orientar os trabalhadores para que eles percorram a borda do fragmento, onde se encontra o maior número de mudas, agilizando a operação de resgate. Além disso, esta técnica deve ser conduzida em dia chuvoso e após vários dias de chuva, para que os solos encontrem-se úmidos, condições ideais para a repicagem de mudas (BECHARA, 2006). 3.8 Regeneração natural Segundo Martins (2001), um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de recuperação natural após distúrbios, ou seja, perde sua resiliência. Dependendo da intensidade do distúrbio, fatores essenciais para a manutenção da resiliência como, banco de plântulas e de sementes no solo, capacidade de rebrota das espécies, chuva de sementes, dentre outros, podem ser perdidos, dificultando o processo de regeneração natural ou tornando-o extremamente lento. A regeneração natural da vegetação ocorre através de processos naturais, como germinação de sementes e brotação de tocos e raízes, sendo responsável pelo processo de sucessão na floresta. O uso da regeneração natural pode reduzir significativamente o custo de implantação da mata ciliar, por exigir menos mão-de-obra e insumos na operação de plantio (BOTELHO, 2003). Através da regeneração natural, as florestas apresentam capacidade de se recuperarem de distúrbios naturais ou antrópicos. Quando uma determinada área de floresta sofre um distúrbio 9 como a abertura natural de uma clareira, um desmatamento ou um incêndio, a sucessão secundária se encarrega de promover a colonização da área aberta e conduzir a vegetação através de uma série de estádios sucessionais, caracterizados por grupos de plantas que vão se substituindo ao longo do tempo, modificando as condições ecológicas locais até chegar a uma comunidade bem estruturada e mais estável (MARTINS, 2001). No processo de condução de regeneração natural, a revegetação é obtida naturalmente através do banco de sementes e outros propágulos (raízes, bulbos, etc.) existentes no local ou dispersados pela fauna (aves, insetos, mamíferos, etc.), pelo vento, chuva e outros mecanismos de dispersão (NAPPO et al.s.d ANO). 3. 9 Espécies de preenchimento e de diversidade Segundo Attanasio (2008), o grupo de preenchimento é constituído por espécies que possuem bom crescimento “e” boa cobertura de copa, proporcionando o rápido fechamento da área plantada. A maioria dessas espécies é classificada como iniciais da sucessão (Pioneiras), mas as espécies Secundárias Iniciais também fazem parte desse grupo. Com o rápido recobrimento da área, essas espécies criam um ambiente favorável ao desenvolvimento dos indivíduos do grupo de diversidade e desfavorecem o desenvolvimento de espécies competidoras, como gramíneas e lianas agressivas, através do sombreamento da área em processo de recuperação. Outra característica desejável das espécies do grupo de preenchimento é que elas possuam florescimento e produção precoce de sementes. Na Floresta Estacional Semidecidual, para a qual se dispõe de maiores informações sobre os grupos ecológicos, o grupo de preenchimento é representado pelas espécies Açoita-cavalo (Luehea divaricata e L. grandiflora), Algodoeiro (Heliocarpus americanus), Capixingui (Croton floribundus), Crindiúva (Trema micrantha), Fumo-bravo (Solanum erianthum), Gravitinga (Solanum granuloso- leprosum), Ingás (Inga sp.), Manduirana (Senna macranthera), Monjoleiro (Acácia polyphylla), Mutambo (Guazuma ulmifolia), Paineira (Chorisia speciosa), Pata-de-vaca (Bauhinia forficata), Pau-cigarra (Senna multijuga), Saguaraji-vermelho (Colubrina glandulosa), Sangra-d’água (Croton urucurana), Tapiá (Alchornea triplinervia), Timboril (Enterolobium contortisiliquum e E. timbouva), entre outras. 10 Grupos de diversidades , incluem as espécies que não possuem bom crescimento e/ou boa cobertura de copa, mas são fundamentais para garantir a perpetuação da área plantada, já que espécies desse grupo irão, gradualmente, substituir as do grupo de preenchimento, quando estas entrarem em senescência (morte), ocupando definitivamente a área. Incluem-se, nesse grupo, todas as demais espécies regionais não pertencentes ao grupo de preenchimento, inclusive espécies consideradas pioneiras, mas que não promovem bom sombreamento (como as embaúbas) e outras formas de vida que não as arbóreas, como as arvoretas, os arbustos, as lianas, as epífitas, entre outras 3.10 Qualidade da água: parâmetros biológicos O referencial teórico que se trata este item foi extraído de Silva et al. (2000). O grupo coliforme totais inclui as bactérias na forma de bastonetes Gram negativos, não esporogenicos, aeróbias ou anaeróbias facultativos, capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24 a 48 horas a 350C. O grupo inclui cerca de 20 espécies, dentre as quais encontram- se tanto bacterias originais do trato gastrintestinal de humanos e outros animais de sangue quente, como também diversos gêneros e espécies de baterias não entéricas, como Serratia e Aeromonas, por exemplo. Por essa razão sua enumeração em água e alimentos é menos representativa, como indicação de contaminação fecal, do que a enumeração de coliformes fecais ou E. coli. O grupo coliformes fecais ou coliforme termotolerantes, a definição e a mesma de coliformes fecais, porem, restringindo-se aos membros capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24h a 44,5 – 45,50C. Esta definição objetivou, em principio, selecionar apenas os coliformes originários do trato gastrintestinal. Atualmente sabe-se, entretanto, que o grupo dos coliformes fecais inclui pelo menos três gêneros, Escherichia, Enterobacter e Klebsiella, dos quais dois (Enterobacter e o Klebsiella) incluem cepas de origem não fecal. Por esse motivo, a presença de coliformes fecais em água e alimentos é menos representativa, como indicação de contaminação fecal, do que a enumeração direta de E. coli, porem, muito mais significativa do que a presença de coliformes totais, dada a alta incidência de E.coli dentro do grupo fecal. Cerca de 95% dos coliformes existente nas fezes humanas e de outros animais são E. coli e, dentre as bactérias de habitat reconhecidamente fecal, dentro do grupo dos coliformes fecais, 11 FIGURA 1: Croqui da área. Fonte: Oliveira, 2007. Para uma melhor caracterização das condições de fertilidade do solo foi realizada uma análise de rotina de matéria orgânica e fósforo remanescente, em dezembro de 2007, no laboratório de solo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - Campus Inconfidentes. Assim, três meses antes do plantio foi realizada uma amostragem composta na profundidade aproximada de 20cm do solo. De acordo com a análise o solo apresentava-se bastante ácido, com alumínio tóxico (0,70) e teores baixo de Ca e Mg, havendo necessidade de calagem conforme recomendação em anexo (Anexo 1). Ainda, o solo apresenta teor baixo de P, médio de K e de matéria orgânica. Essa análise é importante uma vez que vários elementos químicos são essenciais à produção vegetal, pois, sem qualquer um deles as plantas não conseguem completar o seu ciclo de vida. Portanto, são considerados nutrientes de plantas. Exceto o carbono, oxigênio e hidrogênio, que são supridos às plantas através de água e do ar, os demais elementos essenciais ao crescimento das plantas têm o solo como fonte primária (Guilherme et al, s.d.). 14 4.2 Recuperação da área A recuperação de áreas perturbadas possibilita o uso de diferentes técnicas de recuperação. Sendo assim, neste estudo foram adotados os métodos de regeneração natural e artificial por plantio de mudas, transplantio de plântulas e semeadura direta (Figura 2) no espaçamento de 2x3m, totalizando 470 covas. FIGURA 2: Croqui dos métodos de recuperação. Fonte: Oliveira, 2007. 4.2.1 Regeneração natural A área recuperada pelo método de regeneração natural apresentava vegetação muito baixa (Figura 3) estando composta por nove árvores de aroeira-brava (Anacardiaceae), duas árvores de goiabeira (Myrtaceae), uma árvore de capixingui (Euphorbiaceae), cedro (Meliaceae) e uma árvore de Ipê amarelo (Bignoniceae). A entrada e a quantificação de novas plantas foram avaliados após doze meses do início do experimento. 15 FIGURA 3: Parte da área a ser recuperada pelo método de regeneração natural. Fonte: Oliveira, 2007. 4.2.2 Regeneração artificial 4.2.2.1 Semeadura direta A semeadura direta foi realizada em duas etapas, sendo a primeira no mês de março de 2008 (final do período chuvoso) e a segunda no mês de novembro de 2008 (início do período chuvoso). As vinte e uma espécies semeadas na semeadura direta encontram-se listadas na tabela 1. Em cada cova foram semeadas 5 sementes a uma profundidade que variou com o tamanho das mesmas (Figura 4). FIGURA 4: Sementes utilizadas na semeadura direta. Fonte: Oliveira, 2008. 16 ... continuação tabela 2 Família Nome científico Nome comum Grupo ecológico Bauhinia forficata Pata-de-vaca Pioneira Senna macranthera minduirana Pioneira Senna multijuga cássia-carnaval Pioneira Fabaceae Caesalpinoideae Achizolobium paraubum guapuruvu Pioneira Erythrina falcata moxoco Pioneira Erythrina speciosa moxoco-grande Pioneira Lonchocarpus muehlbergianus embira-de-sapo Climax Machaerium nyctitans Bico-de-pato Clímax Machaerium stipitatum sapuva Pioneira Fabaceae Faboideae Myrocarpus frondosus óleo-vermelho Clímax Acacia polyphylla monjoleiro Pioneira Leucochloron incuriale sicupira Clímax Fabaceae Mimosoideae Ingá laurina ingá Pioneira Lamiaceae Vitex megapotamica tarumã Clímax Nectandra lanceolata canela-comum Clímax Nectandra nitidula canelinha Clímax Ocotea indecora canelinha Clímax Lauraceae Persea pyrifolia massaranduva Clímax Lecythidaceae Cariniana jequitibá-rosa Clímax Loganiaceae Strychnos brasiliensis salta-martim Clímax Lythraceae Lafoensia pacari dedaleira Clímax Magnoliaceae Talauma ovata pinha-do-brejo Clímax Ficus enormis mata-pau Clímax Ficus tomentella figueira-brava Clímax Moraceae Maclura tinctoria taiuveira Clímax Cedrela fissilis cedro Clímax Cedrela odorata cedro-d-brejo Climax Meliaceae Guarea kunthiana peloteira Clímax Melostomataceae Tibouchina sellowiana quaresmeira Pioneira Myrsinaceae Myrsine umbellata pororoca Pioneira ... Continua 19 ... continuação tabela 2 Família Nome científico Nome comum Grupo ecológico Campomanesia xanthocarpa gabirova Clímax Eugenia pyriformis uvaia Clímax Eugenia uniflora pitanga Clímax Eugenia edulis cambucá Clímax Psidium guajava goiaba Clímax Myrtaceae Eugenia cavalcanteana pitanga- preta Clímax Luehea divaricada açoita-cavalo Pioneira Malvaceae Chorisia speciosa paineira Clímax Nyctaginaceae Guapira opposita maria-mole Pioneira Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium mamica-deporca Clímax Rosaceae Prunus myrtifolia pessigueiro-bravo Pioneira Allophylus edulis Café-de-bugre Clímax Cupania vernalis frango-assado Clímax Sapindaceae Matayba guianensis papagaieiro Clímax Solanum granuloso-leprosum capoeira-branca Pioneira Solanaceae Solanum pseudoquina jurubeba-de-árvore Pioneira Urticaceae Cecropia glaziovii embaúva-roxa Pioneira a) Preparo do terreno: o terreno foi cercado com quatro fios de arame farpado e mourões de eucalipto a cada dois metro e vinte centímetro. b) Abertura e marcação das covas: as covas de plantio foram marcadas e abertas, com enxadão, seguindo o espaçamento de 3 m entre linhas e 2m entre covas. O tamanho das covas foi de 40 x 40 x 40 cm ( Figura 5). c) Distribuição das espécies na área: a distribuição das mudas das diferentes espécies na área foi feita de maneira a procurar imitar o modo como as árvores crescem na natureza - primeiramente nascem às espécies que precisam de luz para germinar e que crescem rápido, chamadas pioneiras, depois aparecem as espécies que precisam da sombra das pioneiras para crescer, chamadas secundárias. Neste modelo as mudas do grupo das pioneiras (espécies de preenchimento) e não pioneiras (espécies de diversidade) são alternadas na linha de plantio. Na linha seguinte, altera-se a ordem em relação à linha anterior (Figura 6). Segundo Macedo (1993) 20 a grande vantagem desse modelo é a distribuição mais uniforme dos dois grupos na área, promovendo um sombreamento mais regular. d) Plantio: as mudas foram retiradas das sacolas plásticas com cuidado para não destruir o torrão e colocadas na cova. Em seguida o torrão foi coberto, compactando a terra ao redor da muda. FIGURA 5: Preparo do terreno e distribuição das mudas. Fonte: Oliveira, 2008. FIGURA 6: Modelo de plantio adotado na recuperação por plantio de mudas. FONTE: Macedo, 1993. e) Replantio e Manutenção do Plantio: O replantio das mudas que morreram foi realizado após 90 dias do plantio, nem sempre com a mesma espécie. A manutenção do plantio se fez 21 As mudas plantadas teve monitorado mensalmente o diâmetro do caule a altura do solo (DAS), o diâmetro de copa e a altura. As mudas transplantadas teve monitorado a sobrevivência das mesmas. 4.4 Avaliação da qualidade da água A qualidade da água foi avaliada a partir de duas análises de coliformes termotolerantes e mesófilos no laboratório de microbiologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - Campus Inconfidentes. Uma análise foi realizada em dezembro de 2007 e a outra no mês de outubro de 2008. FIGURA 9: Analise laboratorial de água. Foi coletado amostra de água na quantidade de 1 litro, dentro do deposito de água que abastece a residência do proprietário, amostra esta que foi coletada em recipiente esterilizado em alto-clave. Em seguida a amostra foi levada ao laboratório de Microbiologia do Instituto Federal de Ciências e Tecnologia – Campo Inconfidentes. Para a preparação da amostra foi realizada as seguintes etapas: agitou-se a amostra 25 vezes a 45ºC; mediu 100ml em proveta esterilizada; foi colocado os tubos de Durhan de ponta cabeça em 5 tubos de ensaio com tampa de rosca, em seguida colocou 10ml de meio (caldo lactosado mais simples ou caldo lauril sulfato triptosa). Pipetou 10ml em 5 tubos; pipetou mais 1ml nos outros 5 tubos; e 0,1ml nos últimos 5 tubos, 24 todos estes procedimentos dentro da capela e em seguida foi encubado a 35° a 45°C durante 24 horas. Decorridas as 24 horas verificou se teve formação de bolhas de ar dentro dos tubos de Durhan, no entanto este foi o teste presuntivo. Para confirmação deste teste pegou-se três tubos com 10ml de caldo verde bile brilhante e com a alça de repicagem introduziu e passou nos tubos estéreis com o meio, em seguida levado para estufa a 35°C por mais 24 horas para verificar se realmente não houve a formação de bolhas de gás e então confirmar o resultado anterior (teste confirmativo). Para a análise de Mesófilos aeróbios os procedimentos estão descritos abaixo: foi utilizada a mesma amostra levada para executar a analise de coliformes fecais, no entanto com procedimentos diferentes. Pegou-se quatro Placas de Petri e pipetas de 1ml e 10ml previamente esterilizadas. Retirou-se assepticamente 1ml da amostra e pipetou em cada uma das quatro Placas de Petri. Foi adicionada, em cada placa, 15ml de Agar Padrão (PCA) para contagem, previamente fundido e resfriado `a temperatura de aproximadamente 35ºC a 48ºC. Homogeneizou com movimentos suaves, em forma de oito (cerca de 10 vezes) e deixou a temperatura ambiente até completa solidificação do Agar. Após a solidificação, as placas foram incubadas em posição invertida a 35ºC-37ºC por 48 horas. Transcorrido o tempo de incubação, considerou-se para contagem, somente as placas da mesma diluição que apresentarem de 30 a 300 colônias (ou 25 a 250 colônias). Multiplicado a media aritmética das mesmas pelo respectivo fator de diluição e expresso o resultado em UFC/ grama ou ml da amostra. 4.5 Avaliação da vazão das nascentes A vazão foi monitorada duas vezes, uma na época da seca em outubro de 2008 (sete meses após o plantio) e a outra no período das águas em fevereiro de 2009 (onze meses após o plantio). Por ser um curso d’água pequeno (Figura 10), a mensuração da vazão foi feita pelo método da capacidade. Para isso foi necessário um recipiente grande e um cronômetro para quantificar o tempo necessário para encher de água o recipiente. A água foi coletada na saída da represa, pois toda água que abastece este reservatório é proveniente das nascentes em recuperação. A vazão das nascentes foi obtida pela fórmula: 25 1000/⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛= t VolQ em que : Q = vazão da nascente (m³/s) Vol = volume de água (l ) t = tempo (s) FIGURA 10: Ponto de monitoramento de vazão. Fonte: Oliveira, 2008. 4.6 Monitoramento da fauna A fauna foi monitorada mensalmente com a classificação das espécies com nome popular e científico. 26 Linhas de plantio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 % 0 5 10 15 20 25 30 35 Replantio FIGURA 12: Replantio de mudas em porcentagem nas linhas de plantio. 5.1.3 Crescimento em altura das espécies clímax A altura das espécies clímax variou de 10 cm na 1ª avaliação a 57 cm na 12ª avaliação (Figura 13A e B). Estas variações estão dentro das normalidades, pois segundo Attanasio (2008) as espécies de diversidade (Clímax), não possuem bom crescimento e/ou boa cobertura de copa, mas são fundamentais para garantir a perpetuação da área plantada, já que espécies desse grupo irão, gradualmente, substituir as do grupo de preenchimento, quando estas entrarem em senescência (morte), ocupando definitivamente a área. Incluem-se, nesse grupo, todas as demais espécies regionais não pertencentes ao grupo de preenchimento, inclusive espécies consideradas pioneiras, mas que não promovem bom sombreamento (como as embaúbas) e outras formas de vida que não as arbóreas, como as arvoretas, os arbustos, as lianas, as epífitas, entre outras. A diversidade de espécies clímax plantadas foi de 42 espécies, superando as exigências da legislação onde segundo a Resolução SMA N° 21, de novembro de 2001, Art. 1º, “projetos com até 1 hectare é necessário a plantio de no mínimo 30 espécies distintas”. Assim, neste estudo a diversidade das espécies plantadas ultrapassa a legislação só considerando o número de espécies clímax plantadas (42), sem considerar o número de espécies pioneiras plantadas (23). O crescimento em altura foi diferenciado entre as espécies, e o desenvolvimento no crescimento foi significativo durante todo o período avaliado, ou seja, cada espécie teve uma diferença no crescimento satisfatório da primeira para a última avaliação. 29 1a avaliação 12a avaliação A ltu ra (c m ) 10 20 30 40 50 60 Aspidosperma parvifolium Cedrela fissilis Cupania vernalis Erythroxylum deciduum Eugenia cavalcanteana Ficus tomentella Guapira opposita Jacaratia spinosa Lafoensia pacari Lonchocarpus muehlbergianus Machaerium nyctitans Myrocarpus frondosus Persea pyrifolia Tabebuia ochracea 10 15 20 25 30 35 40 45 50 1a avaliação 12a avaliação A ltu ra (c m ) Cedrela odorata Tabebuia umbellata Matayba guianensis Guarea kunthiana A B Talauma ovata Aspidosperma polyneuron Ocotea indecora Hymenaea courbaril Eugenia uniflora Cordia ecalyculata Cordia superba Maclura tinctoria Nectandra lanceolata Cybistax antisyphillitica FIGURA 13: Espécies clímax que apresentaram crescimento em altura da 1ª avaliação para a 12ª avaliação 5.1.4 Diferença do crescimento em altura das espécies clímax da 1ª avaliação para a 12ª avaliação A espécie que apresentou maior crescimento foi a Macherium nyctitans (bico-de-pato) (Figura 14), pois apresentou uma diferença de 35 cm em relação a quando foi avaliada pela primeira vez. Outra espécie que apresentou uma boa diferença foi a Cedrela fissilis (cedro), pois na primeira avaliação estava com 17,2cm e quando avaliado pela ultima vez, na décima segunda avaliação, apresentou altura de 47cm, podendo constatar uma diferença de 29,8cm, ou seja, teve um desenvolvimento ótimo. A espécie Persea pyrifolia (massaranduba) apresentou uma diferença de crescimento de 31,9cm, bom desenvolvimento para o primeiro ano de avaliação e nas condições de solo em que foi plantada que apresentava-se bastante ácido, com alumínio tóxico (0,70) e teores baixo de Ca, Mg e P, médio de K e de matéria orgânica. Assim, esta espécie pode ser utilizada na recuperação de áreas com solo apresentando maior deficiência de nutrientes. 30 FIGURA 14: Diferença do crescimento em altura das espécies clímax da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. 5.1.5 Espécies clímax que tiveram redução no crescimento em altura As espécies clímax Araucaria angustifólia, Allophylus edulis, Cariniana sp, Chorisia speciosa, Eugenia edulis, Eugenia pyriformis, Euterpe edulis, Nectandra nitidula, Psidium guajava, Strychnos brasiliensis e Zanthoxylum rhoifolium apresentaram redução na altura. Provavelmente, esta redução na altura pode ser devido ao fato destas espécies terem passado do ponto de serem plantadas, onde algumas mudas já aparentavam raízes enoveladas e, todavia não foi realizada a poda destas raízes. Ainda, esta redução na altura pode ser devido ao fato que algumas mudas tiveram suas pontas cortadas durante a ação de manutenção de roçadas ou capinas, onde a capina foi feita manualmente com enxadas e a roçada com roçadouras de costas, técnica, mesmo que realizada com cuidado pode cortar parte das mudas. Em estudo realizado por Moreira (2004), a espécie Chorisia speciosa (paineira) foi uma das que mais se destacou em crescimento aos 12 meses, indo ao desencontro com os resultados obtidos no presente estudo. O baixo desenvolvimento em altura de Chorisia speciosa neste 31 inicial das mudas, ou seja, elas sofreram para se manterem vivas devido a falta de chuva, própria da estação seca do ano na região. 1a avaliação 12a avaliação A ltu ra (c m ) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 Acacia polyphylla Aegiphilla sellowiana Alchornea sidifolia Bauhinia forficata Casearia lasiophylla Cecropia glaziovii Coussapoa microcarpa Croton urucurana Erythrina falcata Erythrina speciosa Ficus enormis Lithraea molleoides Luehea divaricata Prunus myrtifolia Sapium glandulosum Senna macranthera Solanum granuloso-leprosum Solanum pseudoquina Tibouchina sellowiana FIGURA 16: Espécies pioneiras que apresentaram crescimento em altura da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. 5.1.8 Diferença do crescimento em altura das espécies pioneiras da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. A maioria das espécies pioneiras plantadas teve um bom crescimento (Figura 17), mesmo tendo sido plantadas tardiamente, ou seja, foi possível perceber a olho nu e a partir de gráficos o desenvolvimento da altura destas espécies, ressaltando a característica própria dessas espécies que é o rápido crescimento. Algumas espécies apresentaram desenvolvimento melhor que outras, mas nem por isso as menos destacadas são menos importantes, o grau de importância é o mesmo para qualquer espécie, pois cada uma tem uma função própria na sucessão ecológica. A espécie Eyithrina speciosa (moxoco-grande) apresentou uma diferença de 119 cm em relação a 1ª avaliação, um ano antes, quando apresentava uma altura inicial de avaliação de 13 cm e na ultima avaliação apresentou uma altura de 132 cm. 34 0 20 40 60 80 100 120 A ca ci a po ly ph yl la A eg ip hi lla s el lo w ia na A lc ho rn ea s id ifo lia B au hi ni a fo rfi ca ta C as ea ria la si op hy lla C ec ro pi a gl az io vi i C ou ss ap oa m ic ro ca rp a C ro to n ur uc ur an a E ry th rin a fa lc at a E ry th rin a sp ec io sa Fi cu s en or m is Li th ra ea m ol le oi de s Lu eh ea d iv ar ic at a P ru nu s m yr tif ol ia S ap iu m g la nd ul os um S en na m ac ra nt he ra S ol an um g ra nu lo so - le pr os um D un al S ol an um p se ud oq ui na Ti bo uc hi na s el lo w ia na D ife re nç cm a ( ) FIGURA 17: Diferença do crescimento em altura das espécies pioneiras da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. 5.1.9 Espécies pioneiras que tiveram redução no crescimento em altura A espécie Achizolobium parahyba (guapuruvu) apresentou redução no crescimento pelo fato de estar constantemente perdendo as folhas, uma vez que não foi diagnosticado as causas destas perdas de folhas, no entanto, esta espécie gastou mais energia em rebrota do que no desenvolvimento dos parâmetros avaliados de altura. As espécies Croton floribundus (capixingui) e Machaerium stipitatum (sapuva) apresentaram redução devido as condições em que foram plantadas, com menos de 20 cm de altura, ou seja, não apresentavam qualidade em termos de porte (estavam pequenas). Outras espécies que apresentaram redução foram Durantha plumeria (espinho-de-jacu) e Ocotea catharinensis (canela-preta) devido o fato de que estas foram quebradas por um bezerro que entrou na área no período da noite e quando foi ser retirado ele pisou nestas espécies quebrando estas plantas, no entanto, após alguns dias estas rebrotaram. 35 5.1.10 Espécies pioneiras que se destacaram em altura ao longo de 1 ano de avaliação As espécies pioneiras que apresentaram destaque em altura foram Erytrina speciosa (moxoco-grande), Erytrina falcata (moxoco), Lithraea molleoides (aroeira-brava), Croton urucurana (sangra-d’água), Tibouchina sellowiana (quaresmeira), Solanum pseudoquina (jurubeba-de-árvore), Solanum-granuloso-leprosum (capoeira-branca), Prunus mytifolia (pessegueiro-bravo), Luehea divaricata (açoita-cavalo) e Coussapoa microcarpa (fiqueira) (Figura 18). As espécies Erytrina falcata (moxoco), Croton urucurana ( sangra-d’água) e Solanum- granuloso-leprosum (capoeira-branca) também se destacaram em estudo feito por Maximiano (2008) em nascente, também da região. Avaliações 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 A ltu ra (c m ) 0 20 40 60 80 100 120 140 Coussapoa microcarpa Croton urucurana Erythrina falcata Erythrina speciosa Lithraea molleoides Luehea divaricata Prunus myrtifolia S. granuloso-leprosum Solanum pseudoquina Tibouchina sellowiana FIGURA 18: Espécies pioneiras que se destacaram em altura ao longo de 1 ano de avaliação. 5.1.11 Crescimento em diâmetro a altura do solo das espécies clímax As espécies que apresentaram bom desenvolvimento em diâmetro a altura do solo (DAS) podem ser vistas na Figura 19 A e B. Todas estas espécies tiveram um desenvolvimento crescente desde a 1ª avaliação até a 12ª avaliação. A espécie Cordia ecalyculata (café-de-bugre) foi a espécie que maior DAS apresentou tendo uma variação no DAS da 1ª avaliação (1,20mm) para a 12ª avaliação (1,73mm) de 0,53mm (Figura 19 A, linha amarela). Porém, esta espécie não foi a 36 5.1.14 Espécies clímax que se destacaram em crescimento do diâmetro a altura do solo ao longo de 1 ano de avaliação As dez espécies que mais se destacaram em diâmetro a altura do solo (DAS) apresentam seu desenvolvimento ao longo de um ano de avaliação na Figura 21. Como pode ser observado na Figura 21 houve muitas oscilações de desenvolvimento do DAS durante o monitoramento de crescimento das espécies. Essas oscilações pode ter ocorrido pela falta de chuva ou por falta de nutrientes, já que não foi feito as adubações necessárias e o solo apresentar alto índice de acidez. De acordo com estudo realizado por Maximiano (2008) a espécie Cedrela fissilis (cedro) teve um crecimento regular, ou seja, foi crescendo mês a mês já no presente trabalho a espécie teve várias oscilações (Figura 21 - linha preta). As espécies que apresentarm menores oscilações no desenvolvimento do DAS foram Machaerium nyctitans (bico-de-pato) e Tabebuia ochracea (ipê cascudo). Avaliações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 D iâ m et ro a a ltu ra d o so lo (m m ) 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 Cedrela fissilis Cordia ecalyculata Guapira opposita Jacaratia spinosa Machaerium nyctitans Maclura tinctoria Myrocarpus frondosus Nectandra lanceolata Persea pyrifolia Tabebuia ochracea FIGURA 21: Espécies clímax que se destacaram em crescimento do diâmetro a altura do solo ao longo de 1 ano de avaliação 5.1.15 Diâmetro a altura do solo das espécies pioneiras As espécies que apresentaram melhor desenvolvimento em diâmetro a altura do solo foram Erytrina speciosa (moxoco-grande), Erytrina falcata (moxoco), Lithraea molleoides (aroeira-brava), Croton urucurana (sangra-d’água), Tibouchina sellowiana (quaresmeira), 39 Solanum pseudoquina (jurubeba-de-árvore), Solanum granuloso-leprosum (capoeira-branca), Luehea divaricata (açoita-cavalo) e Coussapoa microcarpa (fiqueira) (Figura 22). Em estudo realizado por Maximiano (2008) as espécies Erytrina falcata (moxoco) e Croton urucurana (sangra-d’água) também se destacaram em DAS. 1a avaliação 12a avaliação D iâ m et ro a a ltu ra d o so lo (m m ) 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 Acacia polyphylla Alchornea sidifolia Bauhinia forficata Cecropia glaziovii Coussapoa microcarpa Croton floribundus Croton urucurana Erythrina falcata Erythrina speciosa Ficus enormis Lithraea molleoides Luehea divaricata Machaerium stipitatum Prunus myrtifolia Sapium glandulosum Solanum granuloso-leprosum Solanum pseudoquina Tibouchina sellowiana FIGURA 22: Diâmetro a altura do solo das espécies pioneiras na 1ª avaliação e na 12ª avaliação. 5.1.16 Diferença do crescimento em diâmetro a altura do solo das espécies pioneiras da 1ª avaliação para a 12ª avaliação A espécie que maior diferença apresentou no desenvolvimento do DAS ao longo dos doze meses de avaliação do experimento foi Erytrina falcata (moxoco), com diferença de 4 cm (Figura 23). Estudo realizado por Ferreira et al. (2007) mostra que a espécie Erytrina falcata (moxoco), esteve entre as melhores em todos os parâmetros avaliados altura, diâmetro de copa e diâmetro a altura do solo, indo ao encontro deste estudo. As espécies que apresentaram menor variação do DAS em relação à diferença da primeira para a ultima avaliação foram Croton floribundus (capixingui) (0,8cm), Prunus mytifolia (pessigueiro-bravo) (0,12cm) e Cecropia glaziovii (embaúva-roxa) (0,14cm). A diferença de 0,8cm no crescimento da espécie Croton floribundus é pode ser considerado baixo para a espécie, 40 podendo ter como justificativa o fato das mudas terem sido plantadas ainda sem atingir o tamanho ideal para ir a campo que é de 30cm de altura. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4 3,6 3,8 4 Ac ac ia  po lyp hy lla   Al ch or ne a   s id ifo lia   B a uh in ia   fo rfi ca ta   C e cro pia  g laz iov ii C o us s a po a  mi cr oc ar pa C r ot on  flo rib un du s   C r ot on  u ru cu ra na   E r yth rin a  fa lca ta   E r yth rin a   sp ec ios a F i cu s  e no rm is   L it hr a e a  m oll eo ide s   Lu eh ea  di va ric at a  M ac ha er ium  s t ipi ta tu m   P r un us  m yr tifo lia S a piu m  g lan du los um   S o lan um  g ra nu los o‐ lep ro s u m   S o lan um  p s e ud oq uin a   T i bo uc hin a   s e llo wi an a D if e re n ça  ( m m ) FIGURA 23: Diferença do crescimento em diâmetro a altura do solo das espécies pioneiras da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. 5.1.17 Espécies pioneiras que tiveram redução no crescimento em diâmetro à altura do solo As espécies pioneiras que reduziram de tamanho quanto ao parâmetro DAS foram Achizolobium paraubum (guapuruvu), Aegiphilla sellowiana (tamanqueiro), Casearia lasiophylla (fruta-de-galo), Durantha plumeria (espinho-de-jacu), Ocotea catharinensis (canela-preta) e Senna macranthera (minduirana). A redução de tamanho destas espécies deveu-se ao fato de que ao executar a capina com o intuito de coroar as mudas para a retirada de plantas invasoras e/ou competidoras, o solo que foi revolvido foi colocado ao redor das mudas fazendo com que a camada de solo ao redor ficasse mais alta, no entanto a parte mais grossa da planta ficou coberta por este solo, e, também, pelo fato de que foi realizada uma adubação com esterco bovino na quantidade de dois litros por muda após quatro meses do plantio, este esterco também cobriu uma parte do caule da muda. 41 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1 A llo ph yl us  e du lis A sp id os pe rm a  pa rv ifo liu m   A sp id os pe rm a  po ly ne ur on   C ed re la  f is si lis   C ed re la  o do ra ta   C ho ris ia  s pe ci os a C or di a  ec al yc ul at a  C or di a  su pe rb a  C up an ia  v er na lis   C yb is ta x  an tis yp hi lli tic a  E ry th ro xy lu m  d ec id uu m   eu ge ni a  ca va lc an te an a  E ug en ia  u ni flo ra G ua pi ra  o pp os ita H ym en ae a  co ur ba ril  L Ja ca ra tia  s pi no sa   La fo en si a  pa ca ri La fo en si a  pa ca ri  Lo nc ho ca rp us  m ue hl be rg ia nu s M ac ha er iu m  n yc tit an s  M yr oc ar pu s  fr on do su s  N ec ta nd ra  la nc eo la ta   N ec ta nd ra  n iti du la O co te a  in de co ra P er se a  py rif ol ia P si di um  g ua ja va   S tr yc hn os  b ra si lie ns is   T ab eb ui a  oc hr ac ea   T ab eb ui a  um be lla ta   T al au m a  ov at a  D if e re n ç a  ( m 2 ) FIGURA 26: Diferença do crescimento em diâmetro de copa das espécies clímax da 1ª avaliação para a 12ª avaliação. 5.1.21 Espécies clímax que tiveram redução no crescimento do diâmetro de copa As espécies Araucaria angustifólia (araucária), Euterpe edulis (palmito) e Ficus tomentella (figueira-brava) apresentaram redução no diâmetro de copa devido o fato de que a medida que cresciam em altura e DAS estas perdiam as folhas velhas e folhas novas surgiam, mas em diâmetro menor, e assim sucessivamente. Outras espécies que apresentaram redução foram Cariniana (jequitibá-rosa), Eugenia edulis (cambucá) e Eugenia pyriformis (uvaia). Nestas espécies não foi possível identificar as causas desta redução. As espécies Guarea kunthiana (peloteira), Matayba guianensis (Papagaieiro) e Zanthoxylum rhoifolium (Mamica de porca) apresentaram redução devido a algum predador que cortavam suas folhas mas não carregavam, apenas cortavam e deixavam dispostas ao redor do caule. Em nenhum momento no decorrer deste um ano de avaliação foi possível identificar e encontrar estes predadores, podendo estes ser de hábitos noturnos. 44 5.1.22 Espécies clímax que se destacaram em diâmetro de copa ao longo de 1 ano de avaliação. O desenvolvimento ao longo do período de avaliação, 12 meses, das dez espécies clímax que se destacaram em diâmetro de copa encontram-se na Figura 27. A espécie Tabebuia ochoracea (ipê-cascudo) foi a espécie clímax que apresentou maior diâmetro de copa (0,15m2 ou 150cm2), apresentando bom desenvolvimento e boa cobertura quando comparada com as outras espécies clímax. Já a espécie Myrocarpus frondosus (óleo-vermelho) teve um bom desenvolvimento mas apresentou variação ao longo do período de avaliação com pico máximo no meio do período chuvoso, após 10 meses do plantio (0,32m2 ou 320cm2), e queda brusca, em seguida, devido a perda das folhas velhas, e, conseqüentemente novas folhas surgiram. Pode ser que algumas medições foram realizadas quando a espécie estava ou com as folhas caídas ou então com folhas novas. A espécie Nectandra lanceolata (canela-comum) apresentou bom desenvolvimento de copa indo ao encontro ao trabalho de Maximiano (2008), onde esta espécie encontra-se entre as que melhor se desenvolveram neste parâmetro. Avaliações 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 D iâ m et ro d e co pa (m 2 ) 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 Nectandra lanceolata Lafoensia pacari Cordia ecalyculata Myrocarpus frondosus Machaerium nyctitans Cedrela fissilis Persea pyrifolia Cordia superba Guapira opposita Tabebuia ochracea FIGURA 27: Espécies clímax que se destacaram em diâmetro de copa ao longo de 1 ano de avaliação. 45 5.1.23 Diâmetro de copa das espécies pioneiras O diâmetro de copa das espécies pioneiras que apresentaram crescimento ao longo das avaliações encontram-se na Figura 28. Observando a figura 28 verifica-se que as espécies tiveram crescimento bem diferenciado, onde algumas se sobressaíram claramente da grande maioria. O fato de algumas se desenvolverem mais que outras pode ser devido a característica própria das espécies, onde, a espécie Acacia polyphylla (monjoleiro), a qual apresentou baixo desenvolvimento do diâmetro de copa, tem por característica pouca formação de copa, mas tem crescimento rápido onde irá proporcionar o sombreamento maior quando adulta. O baixo desenvolvimento desta espécie em relação ao diâmetro de copa vai a desencontro aos resultados obtidos por Maximiano (2008), onde esta espécie apresentou um bom desenvolvimento. Já a espécie Tibouchina sellowiana (quaresmeira), qual apresentou o maior desenvolvimento do diâmetro de copa (1,15m2), tem por característica própria a formação volumosa de copa. Avaliações 1a 12a D iâ m et ro d e co pa (m 2 ) 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 Acacia polyphylla Aegiphilla sellowiana Alchornea sidifolia Bauhinia forficata Casearia lasiophylla Cecropia glaziovii Coussapoa microcarpa Croton floribundus Croton urucurana Durantha plumeria Erythrina falcata Erythrina speciosa Lithraea molleoides Luehea divaricata Maclura tinctoria Sapium glandulosum Senna macranthera Solanum granuloso-leprosum Solanum pseudoquina Tibouchina sellowiana FIGURA 28: Diâmetro de copa das espécies pioneiras na 1ª avaliação e na 12ª avaliação. 5.1.24 Diferença do crescimento do diâmetro de copa das espécies pioneiras da 1ª avaliação para a 12ª avaliação A diferença do crescimento do diâmetro de copa das espécies pioneiras da 1ª avaliação para a 12ª avaliação encontra-se na Figura 29. Dentre as vinte e cinco espécies pioneiras 46 5.2 Semeadura direta 5.2.1 Percentual de covas germinadas das semeaduras do período seco e chuvoso. A semeadura direta foi realizada em duas etapas, a primeira no período final das chuvas (22/03/2008) e a segunda no período inicial das chuvas (22/11/2008). O fato de ter ocorrido duas etapas de semeaduras foi decorrente de que na primeira ocorreu um alto índice de covas não germinadas e para compensar este alto índice de não pegamento foi realizada a segunda semeadura na qual foram semeadas somente as covas que não apresentavam nenhuma plântula germinada na primeira semeadura. A semeadura em duas épocas distintas possibilitou a comprovação que sementes semeadas no período seco do ano germinam em menor quantidade em relação a semeadas durante o período chuvoso do ano (Figura 31), isto porque as sementes para que possam germinar necessitam de condições ideais, a qual se destaca a presença de água. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 1a (22/03/2008) 2a (19/01/2009) 3a (29/02/2009) 1a (6/12/2008) 2a (19/01/2009) 3a (29/02/2009) C ov as G er m in ad as (% ) 1a semeadura (22/03/2008) 2a semeadura (22/11/2008) FIGURA 31: Percentual de covas germinadas durante as semeaduras no início do período seco (22/03/2008) e no início do período chuvoso (22/11/2008). Durante a avaliação de germinação da primeira semeadura foi possível constatar que muitas sementes germinaram, mas com o passar dos dias morreram, fato este ocasionado pela falta de água e baixas temperaturas, quando comparado com a segunda semeadura onde a 49 germinação foi aumentando da primeira para a terceira avaliação. Ou seja, as condições para que pudesse ocorrer a germinação das sementes na segunda semeadura foram mais favoráveis quando comparados com as condições da primeira semeadura. Segundo estudos realizados por Davide e Silva (2008) vários fatores influenciam na germinação de sementes tais como: luz, temperatura, água, meio de crescimento, recipiente, nutrientes, alelopatia, fauna e micro-organismos. 5.2.2 Percentual de covas germinadas por grupo ecológico durante as semeaduras no período seco e chuvoso A porcentagem de covas germinadas foi maior nas covas semeadas com espécies do grupo ecológico clímax, tanto na primeira quanto na segunda semeadura (Figura 32). Deve-se ressaltar que as espécies plantadas nas duas semeaduras foram diferentes como pode ser visto na Tabela 1. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 C P C P C ov as G er m in ad as (% ) 1ª semeadura (22/03/2008) 2ª semeadura (22/11/2008) FIGURA 32: Percentual de covas germinadas por grupo ecológico durante as semeaduras no início do período seco (22/03/2008) e no início do período chuvoso (22/11/2008). 50 5.2.3 Percentual das espécies germinadas por grupo ecológico durante as semeaduras no as que germinaram apresentou uma variação em rela corrido esta diferença foi devido às épocas em que ocorreram as semead rem apresentado maior porcentagem de germinação que as espé FIGURA 33: Percentual das espécies germinadas por grupo ecológico durante as sem período seco (22/03/2008) e chuvoso (22/11/2008) A porcentagem de espécies clímax e pioneir ção à primeira e a segunda semeadura, sendo que na primeira semeadura a germinação foi menor quando comparada com a segunda semeadura nas espécies dos respectivos grupos ecológicos (Figura 33). O fato de ter o uras, pois a primeira foi realizada no período seco no qual pode ter faltado o elemento fundamental para a germinação, a água. Em relação as espécies clímax te cies pioneiras este fato foi desconhecido neste estudo sendo necessário então estudos mais aprofundados e específicos que não foi o objetivo do presente estudo. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 C P C P Es pé ci es (% ) 1ª semeadura (22/03/2008) 2ª semeadura (22/03/2008) eaduras no início do período seco (22/03/2008) e no início do período chuvoso (22/11/2008). 51 FIGURA 36: Regeneração natural. Fonte: Oliveira, 2009. 5.4 Avaliação da qualidade da água Para a analise de coliformes totais e termotolerantes os resultados foram negativos, ou seja, não apresentou bolhas de gás (Figura 37A). Sendo assim, a água da nascente não está contaminada com estes microrganismos provenientes de fezes de animais de sangue quente como bovinos e eqüinos que andavam livremente sobre esta nascente difusa antes da recuperação da área.. Para a análise de Mesófilos aeróbios foi realizado os procedimentos apenas para verificar se havia ou não estes microrganismos presente na água já que estes são mais freqüentes em alimentos. Os resultados obtidos foram positivos pois ao realizar a análise houve o aparecimento de colônias dentro das placas de petri (Figura 37 B). Espera-se que após 4 a 5 anos do início da recuperação desta área que os mesófilos encontrados não mais estejam presentes. 54 A B FIGURA 37: Avaliação da qualidade da água. Fonte: Oliveira,2009 5.5 Avaliação da quantidade de água As nascentes apresentaram vazão de 1,1 l/s na estação seca, primeira avaliação, e de 3,7 l/s na estação chuvosa do ano, segunda avaliação (Figura 38). Não se pode dizer que a maior vazão encontrada na segunda avaliação seja devida a recuperação, uma vez que o efeito desta recuperação será a médio e longo prazo (a partir do 4º ano). 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 1 2 Avaliações Va zã o (l/ s) 27/09/2008 21/02/ 009 FIGURA 38: Vazão na estação seca e chuvosa do ano 55 5.6 Avaliação da fauna local A fauna do local não apresentou entrada de novas espécies, devido ao pouco tempo de recuperação da área e as espécies plantadas ainda não estarem frutificando e ainda não terem altura suficiente para funcionarem como poleiros naturais. Espera-se que com o passar dos anos e com o avançar da recuperação, novos nichos sejam criados na área e que haja presença de novas espécies. TABELA 3. Espécies que foram catalogadas no local antes e durante a avaliação. Família Nome científico Nome comum Crotophagidae Crotophaga ani Anu preto Guira guira Anu branco Fringilídeos Zonotrichia capensis Tico-tico Furnariidae Furnarius rufus João –de-barro Columbidae Leptotila verreauxi Pomba juriti Psittacidae Brotogeris tirica Periquito verde Ardeidae Casmerodius albus Garça branca grande Charadriidae Vanellus Chilensis Quero-quero Rallidae Gallinula chloropus Frango-d’água Fringilídeo Molothrus bonariensis Chupim Emberizidae Sicalis flaveola Canário-da-terra Fringilídeo Sporoplila lucutuosa Bigodinho Trogladitidae Troglodites aedon Curruira Hirudimidae Hirudinideos Andorinha Apodidae Tachornis squamata Tesourinha Cariamidae Cariama cristata Seriema Emberezidae Spinus megallanicus Pintassilgo Turdidae Turdus rufiventris Sabia-laranjeira 56 7. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, O.A. DE. Implantação de matas ciliares por plantio Direto utilizando-se sementes peletilizadas. Lavras: UFLA, 2004.269p.:il. ATTANASIO, C. M. Manual Técnico: Restauração e Monitoramento da Mata Ciliar e da reserva Legal para a Certificação Agrícola - Conservação da Biodiversidade na Cafeicultura. Piracicaba, SP: Imaflora, 2008. 60 p. Disponível em <http://www.imaflora.org/arquivos/Restauracao_e_Monitoramento_da_Mata_Ciliar_e_da_Reser va_Legal_para_a_Certificacao_Agricola.pdf. > Acesso em: 10/03/2009. ALVARENGA, A.P. BOTELHO, S.A. PEREIRA, I.M. Avaliação da regeneração natural na recomposição de matas ciliares em nascentes na região sul de Minas Gerais. Lavras-MG. Cerne, Lavras, v.12, n.4,p.360-372,2006. ALVARENGA, AUWDRÉIA PEREIRA. Avaliação inicial da recuperação de mata ciliar em nascentes. Lavras-MG: UFLA. 2004.175p. BARBOSA, L.M. Manual para recuperação de áreas degradadas do estado de São Paulo: matas ciliares do interior paulista: Curso de capacitação e atualização em recuperação de áreas degradadas (RAD), com ênfase em matas ciliares do interior paulista .Guaratinguetá-SP, 2006. BECHARA, F.C. Unidades demonstrativas de restauração ecológica através de técnicas nucleadoras: Floresta estacional semidecidual, cerrado e restinga. Piracicaba, 2006, p.248. Tese 59 (Doutorado em recursos florestais. Área de concentração: Conservação de ecossistemas florestais) - Universidade de São Paulo escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2006. BOTELHO, S.A. Princípios e métodos silviculturais. Lavras-MG: UFLA. 2003.144p. BOTELHO, S.A. DAVIDE, A.C. Métodos silviculturais para recuperação de nascentes e recomposição de matas ciliares.In: Simpósio nacional sobre recuperação de áreas degradadas: água e biodiversidade, 5.,2002,Belo Horizonte.Anais...Belo Horizonte, 2002.p.123-145. BRASIL, Lei n. 4.771, 15 set. 1965. Dispõe As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4771.htm>. Acessado em 15 nov. 2007. BRASIL. Resolução SMA N° 21, 21 nov. 2001. Fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas e dá providências correlatas. Disponivem em.< http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamentoo/legislacao/estadual/resolucoes/2001_Res_SMA_21.p df>. Acessado em 14 abr. 2008. CALHEIROS, R. DE O ET AL. Preservação e recuperação das nascentes (de água e de vida). Piracicaba: Comitê das bacias hidrográficas dos rios PCJ-CTRN, 2004, p.53. CALHEIRO, R. DE O. Preservação e recuperação das nascentes (de água e de vida).4.ed. Piracicaba-SP, 2007. p. 40. CASTRO P.S. Recuperação e conservação de nascentes: série saneamento e meio-ambiente manual n° 296. Viçosa-MG. 2001 .67p.CPT (Centro de Produção Técnica). CRUZ, J.E. ET AL; Projeto ribeirão da cachoeira em Espírito Santo do Pinhal-SP. Ver. Ecossistema, v.27, n.1,2 jan. -dez. 2002. 60 DAVIDE, A. C.; SILVA,E. A. A. DA. Produção de sementes e mudas de espécies florestais. 1. ed. Lavras-MG: Ed. UFLA, 2008. 175 p. FERREIRA, W.C.ET AL. Avaliação do crescimento do estrato arbóreo de área degradada revegetada à margem do rio grande, na usina hidrelétrica de Camargos, MG. Viçosa, 2007. R. Árvore. Viçosa-MG, v.31, n.1, p.177-185, 2007. FLORIANO, E. P. Germinação e dormência de sementes florestais. Caderno Didático nº 2, 1ª ed. Santa Rosa, 2004. 19 p. il. GALVÃO, A. P. M. Reflorestamento de Propriedae Rurais para fins produtivos e ambientais: um guia para ações municipais e regionais. Brasília-DF. Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia. Capítulo 2. p 19-55.2000 GUILHERME, L.R.G. VALE, F.R. DO.;GUEDES, G.A.DE.A.fertilidade do solo: dinâmica e disponibilidade de nutrientes.ESAL/FAEPE.s.d.s.l.p.161. MACEDO. A.C. Revegetação matas ciliares e de proteção ambiental,São Paulo,1993,s.p. Governo do Estado de São Paulo. Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Fundação Florestal. São Paulo,1993 . MARTINS. S. V. Recuperação de matas ciliares. Editora Aprenda Fácil. Viçosa - MG, 2001. MIRANDA, E.E. DE. Campeões de desmatamento.O Estado de São Paulo-SP: 16-jan-2007. MOREIRA, P.R. Manejo do solo e recomposição da vegetação com vistas a recuperação de área degradadas pela extração de bauxita, Poços de Calda-MG. 155p. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) – Universidade Estadual paulista “Julio de Mesquita Filho”, Rio claro, SP. 61 ANEXOS Anexo 1: Analise de solo com recomendação de calagem e adubação. ....................................... 65 Anexo 2: Fotos da área.................................................................................................................. 68 64 Anexo 1: Analise de solo com recomendação de calagem e adubação. 65 2 7X EMATER-MG ) CPE: 055.813,376-24 Produtor: Fabiana de Oliveira Bairro: Cafundó de Cima Sítio: São José Cultura: Pastagem de Brachiaria Área: 1,0 hectare RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM E ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO 1- Calagem Aplicar 2600 kg de calcário ( PRNT 100%) distribuindo uniformemente em área total. 2- Fosfatagem Aplicar 300 Kg de Super Simples, na dosagem de 30 gramas por metro quadrado, trinta dias após a calagem. 3- Adubação Nitrogenada e Potássica Aplicar 500 Kg de 12-00-12, na dosagem de 50 gramas por metro quadrado, dividido em duas aplicações, sendo uma aos trinta e outra aos 60 dias após a fosfatagem e 50 Kg de FTE BRI2, na dosagem de 5 gramas por metro quadrado junto com 12-00-12. 4- Observações: Fazer uso de defensivos registrado para a cultura Proteja suas terras, matas, matas ciliares, nascentes e não faça queimada. DT Qoiniama de Dinino 20/03/2009 odrigo da Silva Binoti Fabiana de Oliveira DATA CREA- 506144038 Sitio São José EMATER-MG | EMATER - MG Bairro Cafundó de Cima Rodrigo da Silva Binoti Engº Ag - CREA 5061440308 finas Gerai randão-M 66
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