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Guias e Dicas
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diagnosticodaspatologiasnasedificações, Notas de estudo de Engenharia Civil

Diagnósticos das patologias em edificações.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 25/07/2010

amos-terra-nova-matias-12
amos-terra-nova-matias-12 🇧🇷

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Baixe diagnosticodaspatologiasnasedificações e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! Diagnóstico das Patologias nas Edificações Engº Marcelo Iliescu 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 2 Objetivos Busca pela durabilidade da construção Ganhos na qualidade do produto Redução dos custos da produção Busca pela racionalização e compatibilização entre as partes Maior competitividade empresarial 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 5 Garantias da Qualidade Concepção: Garantia da plena satisfação do cliente, facilidade de execução e possibilidade de adequada manutenção Execução: Garantia do cumprimento do projeto Utilização: Satisfação do usuário e a possibilidade de extensão da vida útil da edificação 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 6 Patologias Inexistência do projeto específico Desperdício de materiais, mão-de-obra e tempo Elevados custos de produção Falhas e problemas patológicos 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 7 Entendimento das Patologias Levantamento de subsídios Documentos de Referência Não-conformidade Diagnóstico da situação Definição de conduta Responsabilidades 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 10 Não-conformidade É o não-atendimento de um requisito especificado (NBR ISO 8402, 1994). As condições de não-conformidade, segundo o ACI 121R (1985), são aquelas que podem afetar, desfavoravelmente, o desempenho satisfatório ou a aparência da estrutura, se permanecerem sem correção. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 11 Diagnóstico da situação Segundo Lichtenstein (1985), o diagnóstico da situação é o entendimento dos fenômenos em termos de identificação das múltiplas relações de causa e efeito que normalmente caracterizam um problema patológico. Cada subsídio, segundo este autor, obtido na vistoria do local, na anamnese ou nos exames complemen- tares deve ser interpretado no sentido de compor progressivamente um quadro de entendimento de como trabalha o edifício, como reage à ação dos agentes agressivos, porque surgiu e como se desenvolveu o problema patológico. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 12 Diagnóstico da situação (2) O processo de entendimento de um problema patológico pode ser descrito como o de geração de hipóteses ou modelos e o seu respectivo teste. Portanto, Lichtenstein (1985) afirma que o processo de diagnóstico constitui na contínua redução da incerteza inicial pelo progressivo levantamento de dados. Esta progressiva redução da incerteza é acompanhada por uma redução do número possível de hipóteses, até que se chegue numa correlação satisfatória entre o problema observado e um diagnóstico para este problema. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 15 Considerações A ocorrência dos problemas patológicos nas edificações ocasiona uma redução de sua vida útil, que está diretamente relacionada com o desempenho dos materiais ou componentes da edificação. O desempenho de um material é decrescente com o tempo, devido à ação dos agentes de deterioração. A perda de desem- penho dos materiais ou componentes pode ser parcialmente recuperada através das atividades de manutenção. Entretanto, esta atividade deve ser realizada antes do material ou componente da edificação atingir o nível mínimo de desem- penho. Para isto, a peridiciocidade da manutenção deve ser definida pelo construtor na fase de projeto. Bolorino et al. (1995), afirmam a importância de uma análise preliminar completa envolvendo todas as etapas do processo e a definição dos produtos e os procedimentos a serem aplicados considerando-se as propriedades do material, a identificação das contaminações e o estado a ser tratado. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 16 Avaliações A maioria das avaliações estruturais tem em comum alguns aspectos. Genericamente a avaliação consistirá em: 1. Definir a condição da edificação. • Examinar as informações disponíveis; • Executar, de imediato, a análise estrutural da estrutura; • Conduzir pesquisa de suas condições; • Determinar a(s) causa(s) do problema(s) e a(s) velocidade(s) de progressão; • Determinar os níveis da recuperação a ser feita. 2. Selecionar as peças estruturais que necessitam de uma avaliação detalhada. 3. Investigar as condições de carregamento originais, atuais e futuras. 4. Avaliar todos os resultados. 5. Preparar o relatório com a descrição dos resultados e procedimentos corretivos. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 17 Principais dados a serem obtidos Locação, tamanho, tipo e idade da estrutura. Qualquer detalhe de projeto ou construção que não seja usual. Condições de exposição ao meio ambiente, tais como variações de temperatura e de umidade relativa, chuvas e sua drenagem,impermeabilização, ambiente marinho ou industrial. Sobre as armaduras, se protendidas, se protegidas, cobrimento, detalhamento. Histórico de recuperações e reforços, manutenção, presença de sistemas de proteção anticorrosiva. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 20 Metodologia para Recuperação da Deterioração Informações sobre condições da estrutura e do meio ambiente; Levantamento eletroquímico e físico dos dados da estrutura e do meio ambiente; Análise destes dados, estabelecendo modelos de deterioração; Identificar opções viáveis de recuperação da estrutura; Projetar e detalhar tais soluções; Especificar materiais e procedimentos para recuperação; E opor Manifestação hijeção para monobtização. Problemas estéticos, Reforço com libra de carbono Nenhuma, * Baixa durabilidade. MEC. Concreto mal * Problemas de Proteção catódi Pastilh executado, poroso ! teção catúdica com Pastilhas Danos iscas. E Com segregações. roi al Z ou TELA G, ** Corrosão nas armaduras, Hidrorepelência com SILANO- CORA em concretos aparentes, ER hieção de RENEM, Probjemas estéticos, Probjemas estébcos Re fada * Trincas e fissuras, w Injeção para monoliização. em pisos, * poa com fibra de carbono Menta, vw Manutenção ataque comi o Lavagem com Proteção catodica com Pastilha E áeldos, w Corrosão nas armaduras, Ze TELA E Danos fisicos. o Impregnaçãode | a orrandia, Tratamento com FUNGE RG. Nenhum. jungos. 23/1/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações Causa do problema w Umidade excessiva & DELLE EE Desplacamentos com Proteção catúdica com Pastilha comosão nas armaduras Ze TELA 6 Danos fisicos, Confira, da coneneto, Pintura. Desplacamentos com corrosão nas armaduras Protução catúdica com Pastilha ” Maresia, do concreto, Ze TELA 6, Danos fisicos, Contaminação do Pintura, concreto, Desplacamentos com na corrosão nas armaduras Bug amv aih * Ataque química, do concreto, | Danos fisicos, ni e espacialcom EPÓXI concreto, Desplacamentos com É Fra mara E cormosão nas armaduras corrosão devido à do congreto, Proteção catúdica com T Al, Danos fisicos RR Contaminação do insignificantes, = g concreto, 23/1/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 25 Responsabilidades Construtoras Fabricantes Aplicadores Projetistas, consultores e pesquisadores 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 26 Responsabilidades das Construtoras Deficiências técnicas no conhecimento sobre o comportamento de alguns materiais, equipamentos e procedimentos Falta de sensibilidade com a necessidade de desenvolvimento Insensibilidade com a necessidade de se utilizarem projetos específicos Planejamento e controle da qualidade incompatíveis com a complexidade do problema Pouca preocupação com a capacitação das equipes de obra nos assuntos Preparo dos materiais com poucos critérios técnicos, muitas vezes definidos pelo próprio operário 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 27 Responsabilidades dos Fabricantes Deficiências no conhecimento do comportamento dos materiais e procedimentos e sobre as necessidades de mercado. Desconhecimento da aplicação de seus produtos Deficiência de pesquisa e desenvolvimento. O foco da pesquisa é voltado somente para alguns poucos materiais, equipamentos e procedimentos, por meio de de suas próprias formulações Pouca preocupação com a inexistência de normalização de desempenho de produto e de métodos de ensaio Pouca preocupação com a capacitação e certificação de aplicadores. Não produção de sistemas. Visão do produto estanque, da “commodity” Produção de produtos de baixo desempenho, de propriedades conflitantes e ineficazes. Produção de componentes de qualidade duvidosa e desperdício de boas oportunidades de negócio 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 30 Objetivo do Laudo Técnico Estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de recuperação e manutenção da edificação, de modo a preservar o desempenho, a segurança e a confiabilidade dos compo- nentes e dos sistemas da edificação, prolongar sua vida útil e reduzir os custos de manutenção. Seus pontos essenciais são: arquivo técnico da edificação, cadastro dos componentes e sistemas da edificação, programa de manutenção e organização da área de manutenção. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 31 Arquivo técnico e Cadastro dos componentes e sistemas da edificação O arquivo técnico da edificação será constituído por todos os documentos de projeto e construção disponíveis e os novos, incluindo memoriais descritivos, memoriais de cálculo, desenhos e especificações técnicas. Será integrado ainda pelos catálogos, instruções de montagem, manuais de manutenção e de operação e termos de garantia fornecidos pelos fabricantes e fornecedores dos componentes e sistemas da edificação. O arquivo técnico e o cadastro dos componentes e sistemas da edificação serão mantidos permanentemente atualizados, refletindo todas as modificações e complementações realizadas ao longo da sua vida útil, incluindo os memoriais e desenhos “como construído” elaborados durante a construção e todas as suas alterações posteriores. Registros históricos dos serviços de manutenção, facilidades de aquisição, disponibilidade de recursos e outras variáveis deverão orientar a fixação dos quantitativos e demais parâmetros de rotação do estoque necessário aos serviços de manutenção. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 32 Programa de manutenção O programa de manutenção será fundamentado nos procedimentos e rotinas de manutenção preventiva recomendados pelos manuais de manutenção dos fabricantes e fornecedores dos componentes e sistemas da edificação, assim como na experiência adquirida pelo Condomínio. A contratação de serviços de terceiros será realizada em função da complexidade e especialidade dos serviços de manutenção, do pessoal, recursos disponíveis e diretrizes do Condomínio. Todos os procedimentos e rotinas de manutenção preventiva utilizados deverão ser continuamente avaliados, ajustados e complementados pelo Condomínio e seus consultores, de modo a permanecerem sempre atualizados ao longo da evolução tecnológica e consistentes com as necessidades e experiência adquirida na gestão do Sistema de Manutenção. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 35 Condicionantes para o projeto Condições ambientais: insolação, regime de chuvas, umidade relativa do ar, temperatura, ventos predominantes, poluentes na atmosfera e outros. Arquitetura: projeto arquitetônico, cores, detalhes de elementos da fachada, elaboração dos reforços e juntas, definição dos pré-moldados. Estrutura: geometria, rigidez e deformações previstas para definição de juntas, detalhes construtivos das ligações das alvenarias com elementos estruturais, definição da ponte de aderência, entre outros. Instalações: interferência nas fachadas, como rasgos e aberturas, interferência com as armaduras dos elementos estruturais, interferência com os detalhes arquitetônicos. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 36 Controle de execução e acompanhamento a. Antes do inicio b. Durante a execução c. Após a conclusão 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 37 Origem dos problemas patológicos Detalhamento insuficiente Seleção inadequada de materiais e técnicas construtivas Não-conformidade entre o projetado e o executado Falta de controle Mão-de-obra despreparada Insuficiência de manutenção 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 40 Patologias durante a Construção (2) A motivação dos trabalhadores está relacionada à quantidade de informações técnicas a eles transmitida; As indústrias de materiais e componentes, em média, estão afastadas dos objetivos da qualidade das construções, que investem pouco na melhoria técnica e funcional de seus produtos; A ausência de normatização de diversos materiais e procedimentos, acrescida pela falta de fiscalização daqueles já normalizados; “A menor durabilidade, os erros dimensionais, a presença de agentes agressivos incorporados e a baixa resistência mecânica são apenas alguns dos muitos problemas que podem ser implantados nas estruturas como conseqüência da baixa qualidade dos materiais”; 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 41 Patologias durante a Utilização A estrutura deverá ter manutenção eficiente, em especial, nas partes onde o desgaste e a deterioração podem ser maiores; Nas construções em alvenaria armada, os usuários devem ser informados sobre quais paredes são estruturais; Nas estruturas sujeitas às cargas, tais informações devem ficar visíveis aos usuários; Deve ser evitada manutenção ineficiente ou inadequada; Deve ser prevista verba específica para manutenção; Devem ser feitas limpezas e impermeabilizações nos locais que possam acumular águas, tais como pleigraundes, coberturas, marquises, pistas e piscinas; 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 42 Problemas patológicos mais freqüentes Fissuras em elementos estruturais Armaduras corroídas Falhas de concretagens Aparelhos de apoio em condições inadequadas ou distorcidos Juntas de dilatação com selantes rompidos ou vedadas de forma inadequada, permitindo infiltrações Falta de pingadeiras ou guarda-corpos deteriorados Danos causados por incêndios Pavimentação deteriorada Sistema de drenagem inadequado ou inexistente Deslocamentos lineares por translações, flechas, recalques, rotações e deformações 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 45 Arquitetura Os serviços de conservação em arquitetura normalmente restringem-se à substituição de elementos quebrados ou deteriorados. Esta substituição deve ser feita após a remoção do elemento falho e da reconstituição original, se assim for o caso, de sua base de apoio, adotando-se, então, o mesmo processo construtivo descrito nas Práticas de Construção correspondentes. Conforme o caso, será necessária a substituição de toda uma área ao redor do elemento danificado, de modo que, na reconstituição do componente, não sejam notadas áreas diferenciadas, manchadas ou de aspecto diferente, bem como seja garantido o mesmo desempenho do conjunto. Se a deterioração do elemento for derivada de causas ou defeitos de base, deverá esta também ser substituída. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 46 Alvenaria Deve-se descascar ou retirar o revestimento de todo o componente, deixando à mostra a trinca, rachadura ou área deteriorada. Procede-se, então, ao seu alargamento e verificação da causa para sua correção. Após a correção, deverá ser feito preenchimento com argamassa de cimento e areia traço volumétrico 1:3, até obter-se um nivelamento perfeito da superfície. Posteriormente será aplicado o revestimento para refazer o acabamento de todo o componente original, atentando-se para a não formação de áreas de aspecto e desempenho diferentes. Recomenda-se avaliar entre as causas das deteriorações: movimentações da estrutura, deficiência do material, deficiência do substrato, deficiência de aderência, ação de intempéries e/ou agentes agressivos, expansão térmica ou higroscópica do componente, retração térmica ou higroscópica da base, inadequação das juntas de assentamento e ausência ou inadequação de juntas de movimentação. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 47 Causas da fissuração Fissuração causada por ações diretas; Fissuração oriunda de deformações impostas; Fissuração devida à retração plástica e ao assentamento do concreto; Fissuração devida à corrosão da armadura; Fissuração devida ao congelamento da água; Fissuração causada por ação química. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 50 Onde a corrosão pode ocorrer A corrosão do aço pode ocorrer nas estruturas que: a) não estejam preparadas para barrar o ingresso dos agentes agressivos que deflagram a corrosão; b) aquelas que não foram adequadamente projetadas para enfrentar o meio ambiente agressivo; c) aquelas em que este meio ambiente não foi adequadamente identificado em sua agressividade; d) aquelas que não foram preparadas para enfrentar as mudanças do meio ambiente durante sua vida útil. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 51 Corrosão do ferro como processo eletroquímico A ferrugem mais comumente encontrada é o Fe2O3.nH2O, óxido hidratado. A corrosão que ocorre no aço é um processo eletroquímico, de natureza galvânica, já que o aço da construção é composto de ferro e de outros diferentes metais e se desenvolve com a transferência de elétrons entre metais 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 52 Fatores que aumentam a corrosão 1. Presença de cloretos e sulfatos; 2. Presença de oxigênio e de umidade; 3. Ciclos de umedecimento e secagem; 4. Heterogeneidades no concreto e no aço; 5. Abaixamento do pH da água contida nos poros do concreto; 6. Carbonatação da pasta de cimento Portland e Lixiviação; 7. Fissuras no concreto; 8. Correntes de fuga; 9. Efeitos galvânicos resultantes do contato de metais dissimilares 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 55 Manifestações - Descolamento da pintura 1. Apresentação Perda de aderência da película; Pulverulências ou descolamentos; Escamação da película. 2. Investigações Verificar a existência de umidade no substrato; Verificar a existência de contaminantes na interface película da pintura com o substrato; Verificar as características do substrato e da superfície de aplicação quanto à lisura, porosidade e umidade 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 56 Manifestações - Descolamento da pintura 3. Diagnóstico A – Preparo inadequado do substrato / ausência deste preparo. Causas Aplicação de tinta em superfície contaminada por sujeira, poeira, óleo, graxa, eflorescência, partículas soltas, desmoldantes, etc.; Aplicação sobre substrato muito poroso, que absorve o veículo, restando apenas os pigmentos e as cargas em forma pulverulenta; Aplicação da tinta sobre substrato muito liso, tais como superfícies de concreto com desmoldante ou cerâmica vitrificada. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 57 Manifestações - Descolamento da pintura 3. Diagnóstico B – Aplicação em substrato instável. Causas Aplicação prematura da tinta formando película impermeável sobre argamassa insuficientemente curada, com perda de aderência, pulverulência e umidade na interface do filme com o substrato; Aplicação de tinta sobre substrato com elevado teor de sais solúveis em água, que por evaporação e capilaridade, depositam-se na interface do filme com o substrato; Aplicação de tinta sobre substratos em vias de expansão ou desagregação, magnificado pela alta temperatura e umidade. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 60 Manifestações - Defeitos no filme da pintura 3. Diagnóstico A – Problemas com a natureza da tinta Causas Aplicação de tinta com baixa resistência à radiação solar em ambiente externo, com destruição do filme por fissuramento ou por deterioração com pulverulência, eventualmente acompanhadas de perda de brilho e de cor; Aplicação de tinta com baixa flexibilidade sobre substrato de variação dimensional elevada, com destruição do filme por fissuramento; Aplicação de tinta com baixa resistência a álcalis, tornando a tinta pegajosa com sinais de bolhas d´água e de óleo; Aplicação prematura de tinta que forme película impermeável sobre substrato de argamassa curado em tempo insuficiente, levando a tinta a apresentar sinais de deterioração, às vezes com formação de pó; Aplicação de tinta com baixa resistência ao ataque por agentes biológicos, tais como bolor, fungos e algas, em substrato de alta umidade, com apresentação de manchas escuras sobre a superfície; Incompatibilidade das várias camadas do sistema de pintura, secagem muito rápida ou espessura elevada, produzindo enrugamentos. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 61 Manifestações - Defeitos no filme da pintura 3. Diagnóstico B – Problemas com a natureza do substrato Causas Aplicação da tinta sobre argamassa de revestimento contendo partículas expansivas, majorados os efeitos por altas temperaturas e umidades, apresentando bolhas e vesículas; Aplicação da tinta sobre argamassa de revestimento contendo partículas solúveis em água, produzindo manchas; Aplicação de tinta sobre substrato muito poroso, que absorve o veículo, restando na superfície apenas as cargas e os pigmentos, em forma de pó, facilmente removível. C – Aplicação em condições inadequadas Causas Secagem muito rápida devido à temperatura ou umidade inadequadas ou ventos fortes, enrugando o filme. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 62 Manifestações - Bolhas Diagnóstico - Causas 1. Umidade na superfície (segue exemplo em foto); 2. Quando é usada massa corrida PVA em paredes externas ou mesmo interna, mas que tenham contato com água (segue exemplo em foto); 3. Por poeiras que não foram removidas da superfície, principalmente sobre massa corrida, após ser lixada; 4. Ao aplicar uma tinta com melhor qualidade sobre uma de qualidade inferior. A nova tinta, ao infiltrar na antiga, poderá causar bolhas na superfície; 5. Podem ocorrer bolhas se e quando a tinta a ser aplicada não tiver sido diluída corretamente. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 65 Causas do colapso das estruturas incendiadas Nos edifícios de múltiplos andares, o colapso progressivo induzido por incêndio tem sido relacionado: às falhas nos sistemas de segurança e materiais de proteção passiva, à severidade do incêndio, em itens tais como taxa de aquecimento, extensão e duração, aos materiais estruturais em resistência, rigidez e ductilidade ao carregamento aplicado à estrutura e às características estruturais tais como o arranjo do sistema estrutural e sua capacidade de redistribuição de esforços (Scott et al. (2002)). 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 66 Fissuração e Corrosão A ação do combate ao incêndio pode ser tão destrutiva ao concreto quanto à própria ação do fogo. Os resfriamentos e contrações abruptas provocam fissuras (Cánovas (1988)). Em uma estrutura de concreto aquecida próximo a 500 °C, a ação da água produz uma grande elevação de temperatura em virtude da reação de reidratação do óxido de cálcio livre no concreto. O aumento da temperatura incide em novas expansões térmicas e portanto, novas rachaduras. O óxido de cálcio é produto da desidratação do hidróxido de cálcio da pasta, a partir dos 400 °C. Nesse processo há redução no pH do concreto para valores inferiores a 12,5. Na reidratação, o hidróxido de cálcio da pasta endurecida do concreto se recompõe, recuperando o pH inicial apenas nas camadas superficiais molhadas, deixando interior ressecado do concreto despassivado à mercê da “frente de carbonatação” de fora para dentro, pois o agente responsável pela frente é o gás carbônico do ar. A passivação da armadura depende da alcalinidade do meio. Uma vez que a “frente de carbonatação” atinge a armadura, inicia-se o processo de corrosão. As armaduras em situação de incêndio também podem ser afetadas pelo ácido clorídrico desprendido pelos produtos de PVC e derivados, inclusos no interior de peças de concreto. A combustão dos condutos hidráulicos e elétricos de PVC, libera vapores ácidos que reduzem o pH do concreto e, portanto, podem despassivar as armaduras (Cánovas (1988), Suprenant (1997)). 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 67 Correção das patologias Quais as opções para recuperar? Existem várias opções que podem ser adotadas para recuperar um dano estrutural em uma edificação. Evidentemente, será de grande importância a existência dos projetos da edificação e, por continuidade, o histórico de danos e,claro, sua condição atual. Estas informações possibilitarão a escolha da melhor estratégia, eliminando uma série de opções. Infelizmente, proprietários e engenheiros costumam recuperar estruturas com base no menor preço, como se fossem durar, se muito, 5 anos. Por outro lado, ao selecionar uma estratégia de recuperação ou reforço para uma edificação é necessário entender que existem fatores como a rejeição e a incompatibilidade. Um exemplo típico é o uso de grautes com cerca de 50MPa de resistência à compressão para recuperar ou reforçar peças de concreto armado de 20Mpa. Peca-se ao negligenciar a retração por secagem, o coeficiente de dilatação térmica, o módulo de elasticidade e a relaxação, propriedades pertinentes a cada material e que influenciam seu comportamento dimensional. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 70 Atividades da Fiscalização (2) solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam considerados defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços; solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle de qualidade dos serviços objeto do contrato; exercer controle sobre o cronograma de execução dos serviços, aprovando os eventuais ajustes que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos; aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar e atestar as respectivas medições, bem como conferir, vistar e encaminhar para pagamento as faturas emitidas pela Contratada; verificar e aprovar os relatórios de execução dos serviços, elaborados de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos; solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace ou dificulte a ação da Fiscalização ou cuja presença no local dos serviços seja considerada prejudicial ao andamento dos trabalhos. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 71 Relacionamento A atuação ou a eventual omissão da Fiscalização durante a realização dos trabalhos não poderá ser invocada para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços. A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência oficial e anotações ou registros no Relatório de Serviços. O Relatório de Serviços, em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será destinada ao registro de fatos e comunicações pertinentes à execução dos serviços, como conclusão e aprovação de serviços, indicações sobre a necessidade de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos, irregularidades e providências a serem tomadas pela Contratada e Fiscalização. As reuniões realizadas no local dos serviços serão documentadas por Atas de Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a serem tomadas. 23/7/2007 Diagnóstico das Patologias nas Edificações 72 Bibliografia (1) ASTM - Standard recommended practice for developing short-term accelerated test for prediction of the service life of building components and materials: E632-78. Philadelphia, 1980. pg.1121-8. Bonin, Luís Carlos. Manutenção de Edifícios: Uma revisão conceitual. in: Seminário sobre manutenção de edifícios: escolas, postos de saúde, prefeitura e prédios públicos em geral, RS, 1988. Anais. p. 1-27. Centre Scientifique et Techique de la Construction. Pathologie du Batiment: Humidité, Décollement, Fissuration, Corrosion. Bruxelles, 1979. Costella, M F. Geyer, A. Patologia da Umidade: Estudo de Caso. in: IV Congresso Ibero-americano de Patologia das Construções, Porto Alegre, 1997. Anais. p. 373-79. Ioshimoto, E. Incidência de manifestações patológicas em edificações habitacionais. Tecnologia de Edificações, SP. Pini, IPT ., Coletânea de trabalhos da Div. Edificações do IPT. 1988. p.545-48.
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